Retrô 2006 - Stones fizeram história em Copa
Foi (quase) somente rock'n'roll, com alguns blues e uma ou outra balada, mas todo mundo gostou. Na noite de 18 de fevereiro, os Rolling Stones mostraram no Rio, em show histórico na Praia de Copacabana, para público estimado em um milhão de pessoas, que o rock ainda sobrevive muito bem sem batidas de rap, sem bases programadas por DJs, sem toques de world music, enfim, sem qualquer aditivo que não faça parte de sua árvore genealógica. Quando a guitarra de Keith Richards reproduziu o riff incendiário de I Can't Get no (Satisfaction) (1965), com Mick Jagger vestido com camisa estampada com a Bandeira Nacional na qual se lia 'Brasil - Rio de Janeiro', A Bigger Bang World Tour começou a se despedir do Rio após show antológico e bastante coeso em seus 20 números (apesar dos pequenos intervalos entre um e outro...).
Jagger e Cia. já entraram no palco dizendo a que tinham vindo. O primeiro bloco do show, enxuto e roqueiro, foi dinamite pura com seqüência aberta por Jumpin' Jack Flash (1969) e seguida por It's Only Rock'n'Roll (But I Like It) (1974), You Got me Rocking (1994, tema não previsto no roteiro dito oficial) e Tumblin' Dice (1972). Com as boas guitarras de Keith Richards e Ron Woods em primeiro plano, Mick Jagger correu elétrico pelo palco e saudou o público, em português até desenvolto, com frases como "Tudo bem?" e "Boa noite, galera". Por esse certeiro bloco inicial, pareceu que o tempo não passara para os Stones. Mas o tempo não espera por ninguém, como aliás sentenciou o próprio Jagger, e o rock Oh no, Not You Again (2005) - do último e bom disco do grupo, A Bigger Bang - até cresceu ao vivo, só que não resistiu à cruel comparação com os petardos antigos. E foram eles que garantiram o pique do show, entre balada de 1971 (Wild Horses, definida por Jagger como "uma triste canção de amor") e números que ratificaram a raiz blues da obra stoniana - casos de Rain Fall Down (grande música de 2005 em que brilhou o bom baixista Darryl Jones) e Midnight Rambler (1969), blues cheio de improvisos e climas, em que Jagger rebolou alucinado pela extensão do palco armada em forma de passarela.
Se houve surpresa no roteiro, foi a inclusão de (Night Time Is) The Right Time, blues gravado por Ray Charles em 1958, revivido com direito a imagem do Genius no telão. Se houve momento em que o show perdeu um pouco o pique, foi quando Keith Richards pegou o microfone e o violão para cantar, tal qual um trovador folk dos anos 60, This Place Is Empty (anêmica canção da safra de 2005). Richards ainda emendou Happy (número recorrente em sua voz desde os anos 70) antes de Jagger reassumir o microfone para reviver Miss You (1978), o flerte dos Stones com a disco music (mas sem - felizmente!! - evocar qualquer clima retrô ou dance...).
Com Jagger no palco móvel que o aproximou da multidão, o show retomou o pique roqueiro com Rough Justice (o mais típico rock stoniano da safra 2005), Get Off of my Cloud (1965), Honky Tonk Women (1969), Sympathy for the Devil (1968), Star me up (1981) e Brown Sugar (1971). Outra seqüência infalível e arrebatadora! Em seguida, You Can't Get Always What You Want (1969) até poderia ter sido um anticlímax se a platéia, atendendo ao apelo de Jagger, não tivesse repetido o título da música em (enjoado) coro.
Ao som de seu hino Satisfaction, cantado a plenos pulmões pela multidão, os Stones deixaram o palco com a missão cumprida de entreter uma platéia que, em boa parte, nem era nascida quando eles deram seus primeiros passos, em 1962. Foi um grande show! Foi quase somente rock'n'roll. Por isso mesmo, todos gostaram. E, pela energia do quarteto, sobretudo a de Jagger, ficou a sensação de que - contrariando excepcionalmente a máxima do grupo - o tempo até tem esperado por esses grandes roqueiros sessentões...
Jagger e Cia. já entraram no palco dizendo a que tinham vindo. O primeiro bloco do show, enxuto e roqueiro, foi dinamite pura com seqüência aberta por Jumpin' Jack Flash (1969) e seguida por It's Only Rock'n'Roll (But I Like It) (1974), You Got me Rocking (1994, tema não previsto no roteiro dito oficial) e Tumblin' Dice (1972). Com as boas guitarras de Keith Richards e Ron Woods em primeiro plano, Mick Jagger correu elétrico pelo palco e saudou o público, em português até desenvolto, com frases como "Tudo bem?" e "Boa noite, galera". Por esse certeiro bloco inicial, pareceu que o tempo não passara para os Stones. Mas o tempo não espera por ninguém, como aliás sentenciou o próprio Jagger, e o rock Oh no, Not You Again (2005) - do último e bom disco do grupo, A Bigger Bang - até cresceu ao vivo, só que não resistiu à cruel comparação com os petardos antigos. E foram eles que garantiram o pique do show, entre balada de 1971 (Wild Horses, definida por Jagger como "uma triste canção de amor") e números que ratificaram a raiz blues da obra stoniana - casos de Rain Fall Down (grande música de 2005 em que brilhou o bom baixista Darryl Jones) e Midnight Rambler (1969), blues cheio de improvisos e climas, em que Jagger rebolou alucinado pela extensão do palco armada em forma de passarela.
Se houve surpresa no roteiro, foi a inclusão de (Night Time Is) The Right Time, blues gravado por Ray Charles em 1958, revivido com direito a imagem do Genius no telão. Se houve momento em que o show perdeu um pouco o pique, foi quando Keith Richards pegou o microfone e o violão para cantar, tal qual um trovador folk dos anos 60, This Place Is Empty (anêmica canção da safra de 2005). Richards ainda emendou Happy (número recorrente em sua voz desde os anos 70) antes de Jagger reassumir o microfone para reviver Miss You (1978), o flerte dos Stones com a disco music (mas sem - felizmente!! - evocar qualquer clima retrô ou dance...).
Com Jagger no palco móvel que o aproximou da multidão, o show retomou o pique roqueiro com Rough Justice (o mais típico rock stoniano da safra 2005), Get Off of my Cloud (1965), Honky Tonk Women (1969), Sympathy for the Devil (1968), Star me up (1981) e Brown Sugar (1971). Outra seqüência infalível e arrebatadora! Em seguida, You Can't Get Always What You Want (1969) até poderia ter sido um anticlímax se a platéia, atendendo ao apelo de Jagger, não tivesse repetido o título da música em (enjoado) coro.
Ao som de seu hino Satisfaction, cantado a plenos pulmões pela multidão, os Stones deixaram o palco com a missão cumprida de entreter uma platéia que, em boa parte, nem era nascida quando eles deram seus primeiros passos, em 1962. Foi um grande show! Foi quase somente rock'n'roll. Por isso mesmo, todos gostaram. E, pela energia do quarteto, sobretudo a de Jagger, ficou a sensação de que - contrariando excepcionalmente a máxima do grupo - o tempo até tem esperado por esses grandes roqueiros sessentões...
1 Comments:
showzaço!
Postar um comentário
<< Home