4 de novembro de 2006

Som Livre Masters 2 - Cláudia desponta mal...

Dentre os 19 títulos reeditados por Charles Gavin na série Som Livre Masters 2, um dos mais raros é o primeiro disco de Cláudia, a cantora que despontou em fins dos anos 60, fazendo frente até mesmo a Elis Regina pela primorosa técnica vocal. Mas o fato é que Cláudia, o álbum de estréia da intérprete, já soava antiquado em 1967, ano em que a música brasileira vivia a efervescência dos festivais e da fase pré-tropicalista de Caetano Veloso e Gilberto Gil - compositor, aliás, presente na ficha técnica por conta da autoria de Vento de Maio e Ninguém Dá o que Não Tem, parcerias com Torquato Neto e João Augusto, respectivamente. A despeito de a produção do álbum ter sido do antenado Manoel Barenbein, a cantora estreou com repertório irregular e de ranço saudosista em faixas como Silêncio para um Rancho Passar. Não poderia ser mais inapropriado para uma época em que a MPB começava a respirar ares mais modernos. Mas Cláudia já era em 1967 a grande cantora que - por capricho da sorte ou do mercado fonográfico - acabaria não tendo a grande carreira que deveria (e merecia) ter tido pela voz privilegiada. Que, dizem, deixou Elis Regina mexida.

2 Comments:

Anonymous Hélio said...

é uma grande cantora que errou no repertório

17 de dezembro de 2009 às 11:26  
Blogger ADEMAR AMANCIO said...

linda voz que nunca soube escolher repertório,ou de repente fazer a música se adequar,ou até mesmo melhorar a música como sua rival elis,fazia tão bem.

9 de abril de 2012 às 16:40  

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