Segundo solo do titã Sérgio Britto tem pegada
Resenha de CD
Título: Eu Sou 300
Artista: Sérgio Britto
Gravadora: Arsenal
/ Universal Music
Cotação: * * *
Um dos fundadores do grupo Os Titãs, hoje reduzido a um quinteto com a morte de Marcelo Fromer e as saídas de Arnaldo Antunes e Nando Reis, Sérgio Britto sempre esteve na sombra de outros integrantes da banda, a despeito de ter assinado alguns clássicos do repertório titânico. Com seu título extraído de poema homônimo de Mário de Andrade, o segundo disco solo de Britto, Eu Sou 300, confirma a afiada verve autoral do cantor e compositor. O sucessor de A Minha Cara (2000) é um CD bem menos hermético. Basta ouvir Vem Andar Comigo, pop ganchudo de batida envolvente, para atestar sua vocação para as paradas.
Com poética inquieta, na qual são ouvidos ecos tropicalistas na já explícita Como Já Dizia Rogério Duarte e em versos da ótima faixa de abertura, São Paulo (Cosmópolis), o titã retrata o caos urbano em repertório de pegada roqueira. Na ácida Anticorporativa, o alvo são multinacionais e apetrechos hi-tech da vida moderna. "Não são o paraíso esses portões automáticos", decreta verso da letra. Com levada frenética, o delicioso pop rock Café Expresso atenta para essa automação urgente do cotidiano que sufoca os habitantes da cosmópolis sem perder o sabor de hit radiofônico.
Peça-chave do punch roqueiro de Eu Sou 300, a ótima guitarra de Emerson Villani - o eficiente produtor e arranjador do disco - geme em músicas como Um Novo Samba-Enredo. No terreno das baladas, Raquel (DDD) ratifica o tom palatável do repertório. Que ainda tem canção melodiosa de Arnaldo Antunes, Na Linha do Horizonte, letrada por Britto. Destoantes, mas nem por isso menos interessantes, Nós (faixa mais introspectiva criada pelo titã em parceria com o poeta Carlos Rennó), a irreverente e esportista Chulapa Free (regravação da banda Tiroteio, de Santos - SP) e o tema instrumental José - solado ao piano por Britto em ambiente camerístico - completam o bom disco que, a despeito de perder um pouco o pique na segunda metade, mostra que Sérgio Britto merece ter mais holofotes sob sua produção autoral e sua cara.
Título: Eu Sou 300
Artista: Sérgio Britto
Gravadora: Arsenal
/ Universal Music
Cotação: * * *
Um dos fundadores do grupo Os Titãs, hoje reduzido a um quinteto com a morte de Marcelo Fromer e as saídas de Arnaldo Antunes e Nando Reis, Sérgio Britto sempre esteve na sombra de outros integrantes da banda, a despeito de ter assinado alguns clássicos do repertório titânico. Com seu título extraído de poema homônimo de Mário de Andrade, o segundo disco solo de Britto, Eu Sou 300, confirma a afiada verve autoral do cantor e compositor. O sucessor de A Minha Cara (2000) é um CD bem menos hermético. Basta ouvir Vem Andar Comigo, pop ganchudo de batida envolvente, para atestar sua vocação para as paradas.
Com poética inquieta, na qual são ouvidos ecos tropicalistas na já explícita Como Já Dizia Rogério Duarte e em versos da ótima faixa de abertura, São Paulo (Cosmópolis), o titã retrata o caos urbano em repertório de pegada roqueira. Na ácida Anticorporativa, o alvo são multinacionais e apetrechos hi-tech da vida moderna. "Não são o paraíso esses portões automáticos", decreta verso da letra. Com levada frenética, o delicioso pop rock Café Expresso atenta para essa automação urgente do cotidiano que sufoca os habitantes da cosmópolis sem perder o sabor de hit radiofônico.
Peça-chave do punch roqueiro de Eu Sou 300, a ótima guitarra de Emerson Villani - o eficiente produtor e arranjador do disco - geme em músicas como Um Novo Samba-Enredo. No terreno das baladas, Raquel (DDD) ratifica o tom palatável do repertório. Que ainda tem canção melodiosa de Arnaldo Antunes, Na Linha do Horizonte, letrada por Britto. Destoantes, mas nem por isso menos interessantes, Nós (faixa mais introspectiva criada pelo titã em parceria com o poeta Carlos Rennó), a irreverente e esportista Chulapa Free (regravação da banda Tiroteio, de Santos - SP) e o tema instrumental José - solado ao piano por Britto em ambiente camerístico - completam o bom disco que, a despeito de perder um pouco o pique na segunda metade, mostra que Sérgio Britto merece ter mais holofotes sob sua produção autoral e sua cara.
3 Comments:
titã é arnaldo antunes
Horácio, o personagem da Turma da MÔNICA, é um filhote de Tyrannossaurus rex. Mas não parece. É gentil, amigo, preocupado em auxiliar o próximo.
as radios deviam tocar mais esse cara.
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