Bom acústico da MTV não altera rota de Lenine
Resenha de CD / DVD
Título: Acústico MTV
Artista: Lenine
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * * * 1/2
Já na estrada, em turnê que passará pelas principais capitais brasileiras, o projeto Acústico MTV de Lenine é lance decisivo na carreira de um artista que já lançara anteriormente outro registro de show (Lenine In Cité, 2004). A parceria com a emissora é uma tentativa de tornar mais popular um compositor de talento apreciado em círculo restrito. Ao apostar em Lenine, a MTV negociou um roteiro de músicas mais conhecidas. E, nesse sentido, o acústico do compositor cumpre o prometido. Estão lá, embaladas em cordas, baladas como Paciência (pontuada pela harpa lírica de Cristina Braga), A Medida da Paixão (com o toque exótico dos versos em francês do baixista de camarões Richard Boná) e a menos inspirada Tudo por Acaso. Jóias da canção pop...
O rodízio intercontinental de convidados inclui ainda a cantora mexicana Julieta Venegas em Miedo - parceria de Lenine com Pedro Guerra - e o chileno Victor Astorga, que toca seu oboé em O Último Pôr do Sol. E o fato é que Lenine mantém o alto padrão de arranjos que caracteriza sua obra, na qual a embalagem refinada é forma de acentuar a riqueza de um som de caráter universal. Em bom português, Lenine não saiu da rota ao gravar seu Acústico MTV. Sim, seu cancioneiro vai soar mais palatável aos ouvidos do chamado grande público, inclusive porque a mixagem geralmente põe a voz do cantor em primeiro plano, só que paira em todas as músicas o requinte característico deste compositor que une o Nordeste ao pop, ao rock e às suas levadas bem contemporâneas.
A propósito, A Ponte (parceria de Lenine com Lula Queiroga) é atravessada no compasso do rap do brasiliense GOG e Dois Olhos Negros ganha o peso da bateria do ex-Sepultura Iggor Cavalera. A surpresa do roteiro é Santana, tema de Junio Barreto que Lenine já cantara em show com Maria Rita e que revive sem inovações. Arranjos de cordas e metais, bem pilotados por Ruriá Duprat, acentuam o tom camerístico das baladas e o suingue de músicas como Que Baque É Esse? e Jack Soul Brasileiro. Enfim, o acústico de Lenine o credencia a ser ouvido por maiores e merecidas platéias. Mas, se a loucura que impera no mercado fonográfico impedir o upgrade comercial, a obra vai permanecer imaculada...
Título: Acústico MTV
Artista: Lenine
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * * * 1/2
Já na estrada, em turnê que passará pelas principais capitais brasileiras, o projeto Acústico MTV de Lenine é lance decisivo na carreira de um artista que já lançara anteriormente outro registro de show (Lenine In Cité, 2004). A parceria com a emissora é uma tentativa de tornar mais popular um compositor de talento apreciado em círculo restrito. Ao apostar em Lenine, a MTV negociou um roteiro de músicas mais conhecidas. E, nesse sentido, o acústico do compositor cumpre o prometido. Estão lá, embaladas em cordas, baladas como Paciência (pontuada pela harpa lírica de Cristina Braga), A Medida da Paixão (com o toque exótico dos versos em francês do baixista de camarões Richard Boná) e a menos inspirada Tudo por Acaso. Jóias da canção pop...
O rodízio intercontinental de convidados inclui ainda a cantora mexicana Julieta Venegas em Miedo - parceria de Lenine com Pedro Guerra - e o chileno Victor Astorga, que toca seu oboé em O Último Pôr do Sol. E o fato é que Lenine mantém o alto padrão de arranjos que caracteriza sua obra, na qual a embalagem refinada é forma de acentuar a riqueza de um som de caráter universal. Em bom português, Lenine não saiu da rota ao gravar seu Acústico MTV. Sim, seu cancioneiro vai soar mais palatável aos ouvidos do chamado grande público, inclusive porque a mixagem geralmente põe a voz do cantor em primeiro plano, só que paira em todas as músicas o requinte característico deste compositor que une o Nordeste ao pop, ao rock e às suas levadas bem contemporâneas.
A propósito, A Ponte (parceria de Lenine com Lula Queiroga) é atravessada no compasso do rap do brasiliense GOG e Dois Olhos Negros ganha o peso da bateria do ex-Sepultura Iggor Cavalera. A surpresa do roteiro é Santana, tema de Junio Barreto que Lenine já cantara em show com Maria Rita e que revive sem inovações. Arranjos de cordas e metais, bem pilotados por Ruriá Duprat, acentuam o tom camerístico das baladas e o suingue de músicas como Que Baque É Esse? e Jack Soul Brasileiro. Enfim, o acústico de Lenine o credencia a ser ouvido por maiores e merecidas platéias. Mas, se a loucura que impera no mercado fonográfico impedir o upgrade comercial, a obra vai permanecer imaculada...
1 Comments:
esse cara ainda precisa ser colocado num altar no Brasil
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