11 de outubro de 2010

'Gal Total' encaixota a plural obra áurea de Gal

Resenha de caixa de CDs
Título: Gal Total
Artista: Gal Costa
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * * 1/2

Nome de álbum revigorante lançado por Gal Costa em 1990, Plural seria um título mais adequado para a caixa que embala 14 dos 16 álbuns gravados pela cantora na extinta gravadora Philips (cujo acervo foi encampado pela Universal Music em 1999). Até porque, contrariando seu nome, a caixa Gal Total exclui os álbuns coletivos Temporada de Verão - Ao Vivo na Bahia (1974) e Os Doces Bárbaros (1976). Apesar das duas omissões, Gal Total faz, enfim, justiça à obra áurea de Gal Costa. A excelência da remasterização feita por Ricardo Carvalheira, da empresa Autorall, devolveu a vida ao som dos discos - chapado nas duas reedições anteriores da obra de Gal na Philips, produzidas em 1993 (na precária série Colecionador) e em 2000. Da mesma forma, o tratamento gráfico -  já decente nas reedições de 2000 - resultou ainda mais cuidadoso, reproduzindo no encarte toda a arte dos LPs originais e também as letras das músicas. Mérito do pesquisador musical Marcelo Fróes, produtor e idealizador dessa caixa que embala discos de uma fase divina, maravilhosa e plural da discografia da cantora. A pluralidade é atestada já no confronto do primeiro álbum de Gal - Domingo (1967), dividido com Caetano Veloso, arranjado por Dori Caymmi e moldado com devoção às lições do mestre João Gilberto - com o segundo, Gal Costa (1969)  gravado em 1968, no olho do furacão tropicalista, mas lançado somente no início do ano seguinte. Sob as bençãos da Tropicália, Gal Costa cruzou informações do iê-iê-iê da época com suas origens regionalistas (Sebastiana, sucesso de Jackson do Pandeiro, gravado em dueto com Gilberto Gil) em disco efervescente que lançou Não Identificado (Caetano Veloso) e incluiu antológicas gravações de Baby e Divino Maravilhoso.  Na sequência, ainda em 1969, a cantora mergulhou fundo na onda psicodélica da época em Gal (1969), álbum de espírito roqueiro que contou com as guitarras viajantes de Lanny Gordin, trouxe a gravação original de Meu Nome É Gal (presente de Roberto Carlos e Erasmo Carlos) e fez sucesso com País Tropical (em registro que uniu o canto juvenil de Gal às vozes de Caetano Veloso e Gilberto Gil, gravadas antes de eles serem forçados a se exilar em Londres). Diz a lenda que foi ouvindo gravações como a de Cinema Olympia que Elis Regina (1945 - 1982), então presa à MPB mais tradicional, deu a virada pop iniciada no álbum Em Pleno Verão... (1970). Sim, Gal era a tal em 1970 e - com Gil e Caetano exilados - seguiu carregando a bandeira da contracultura em Legal (1970), disco produzido por Manoel Barenbein com arranjos de base de Jards Macalé e Lanny Gordin. O repertório antenado de Legal destacou London London, dada por Caetano em Londres - numa das visitas de Gal aos amigos - e lançada antes em compacto. Embora menos psicodélico do que GalLegal manteve a cantora como a musa da contracultura. Posto sedimentado com Fa-Tal  - Gal a Todo Vapor (1971), o duplo disco ao vivo produzido por Paulo Lima sob a direção de Waly Salomão (1943 - 2003). É o disco em que Gal lança Luiz Melodia (Pérola Negra), eterniza Vapor Barato (Jards Macalé e Waly Salomão) e canta Novos Baianos (Dê um Rolê) antes da consagração do grupo com o álbum Acabou Chorare (1972). Em seguida, Índia (1973) - disco inspirado no show homônimo e gravado sob a direção musical de Gil - destacou a regravação da guarânia paraguaia (lançada no Brasil pela dupla Cascatinha e Inhana) que deu nome ao bom álbum. Reembalada em um monumental arranjo de cordas arquitetado por Rogério Duprat (1932 - 2006), Índia ficaria desde então associada também ao nome de Gal, mas o hit do disco foi Presente Cotidiano, inédita ofertada por um grato Luiz Melodia. Em Índia, o álbum, ainda se fizeram ouvir alguns ecos tropicalistas, mas o LP foi trabalho de transição que  preparou o terreno para a modernidade atemporal de Cantar (1974), disco produzido por Caetano Veloso e Perinho Albuquerque. Urdido fora da estética tropicalista, Cantar aproxima a artista de João Donato, com quem Gal gravou A Rã, Flor de Maracujá, Até Quem Sabe e a menos conhecida Chululu. Caetano contribuiu para o repertório com músicas então inéditas como Lua, Lua, Lua, Lua. Mas veio da lavra de Gil o tema, Barato Total, que daria projeção ao disco e ficaria eternamente associado ao canto de Gal. Na sequência, no embalo do estouro de sua gravação de Modinha para Gabriela, veiculada em 1975 na abertura da novela Gabriela, a cantora dedicou um disco ao repertório de Dorival Caymmi (1914 - 2008) quando o mercado ainda não estava habituado com songbooks do gênero. Gal Canta Caymmi (1976) - encaixotado em Gal Total sem a capa e encarte originais por questões jurídicas - resiste bem ao tempo por conta dos arranjos de João Donato e Perinho Albuquerque, que embalaram o cancioneiro de Caymmi com respeito à obra, mas sem excessiva devoção à sonoridade clássica da obra do mestre. Em seguida, sempre plural, Gal voltou no tempo e reavivou sua alma roqueira num show, Com a Boca no Mundo (1977), que originou o álbum Caras & Bocas, ainda hoje injustiçado. O hit imediato foi Tigresa (Caetano Veloso), mas, com o tempo, Negro Amor (versão de Caetano e Péricles Cavalcanti para um tema de Bob Dylan, It's All Over Now, Baby Blue) se tornaria cult como este disco em que Gal lançou Marina Lima (Meu Doce Amor). Na sequência, Gal abandonou a pegada roqueira e fez um disco enraizado no mainstream da MPB. Água Viva (1978) juntou pela primeira vez o canto cristalino de Gal a uma música de Chico Buarque, Folhetim,  hit radiofônico do LP em que a cantora gravou a primeira parceria de Milton Nascimento com Caetano Veloso (Paula e Bebeto) e reviveu um sucesso de Dalva de Oliveira (1917 - 1972), Olhos Verdes (Vicente Paiva). Estava preparado o terreno para a construção da fase tropical. Gal Tropical (1979), o disco, foi o registro de estúdio do show homônimo que deu a Gal o sucesso comercial que seus discos da fase tropicalista, a rigor, nunca tinham lhe dado. Balancê - marchinha de Braguinha (1907 - 2006) lançada em 1937 por Carmen Miranda (1909 - 1955) sem repercussão - foi o grande estouro de um disco que alinhava no repertório regravações de Força Estranha, Noites Cariocas, Estrada do Sol, Índia, Juventude Transviada e Meu Nome É Gal. Como o sucesso de Gal Tropical se estendeu ao longo de 1980, gravar um songbook de Ary Barroso (1903 - 1964), Aquarela do Brasil (1980), foi a saída encontrada por Gal para cumprir a obrigação contratual do disco anual e ganhar tempo para juntar o repertório de Fantasia (1981), lançado antes em show malhado pela crítica. Apesar de seguir a fórmula tropical do trabalho anterior e de já recorrer aos sons sintetizados que dariam o tom dos discos de MPB feitos nos anos 80, Fantasia continua sendo um dos melhores álbuns de Gal pela qualidade do repertório que destacou Festa do Interior (o frevo-quadrilha de Moraes Moreira e Abel Silva, hit radiofônico), Meu Bem, Meu Mal (canção de Caetano Veloso), Roda Baiana (samba de Ivan Lins e Vítor Martins, compositores até então nunca gravados por Gal), Canta Brasil (antigo samba-exaltação David Nasser e Alcyr Pires Vermelho) e O Amor (Caetano Veloso e Ney Costa Santos sob poema de Vladimir Maiakovski) - sem falar nas duas pérolas de Djavan, Açaí e Faltando um Pedaço, gravadas por Gal de forma definitiva. Mas o fato é que a receita tropical já não soou tão saborosa no posterior Minha Voz (1982), apesar do sucesso do frevo Bloco do Prazer (Moraes Moreira e Fausto Nilo) e da canção Azul (de Djavan, compositor recorrente na discografia de Gal nos anos 80). Já pausterizado, Baby Gal (1983) fechou melancolicamente a passagem de Gal pela Philips. Guiada pela luz de seu cristal e pelo conceito de seus produtores (Caetano Veloso, Waly Salomão, Gilberto Gil, Perinho Albuquerque, Roberto Menescal e Guilherme Araújo, empresário que atuou na produção dos discos da fase tropical), Gal foi divinamente plural na Philips!!

21 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Nome de álbum revigorante lançado por Gal Costa em 1990, Plural seria um título mais adequado para a caixa que embala 14 dos 16 álbuns gravados pela cantora na extinta gravadora Philips (cujo acervo foi encampado pela Universal Music em 1999). Até porque, contrariando seu nome, a caixa Gal Total exclui os álbuns coletivos Temporada de Verão - Ao Vivo na Bahia (1974) e Os Doces Bárbaros (1976). Apesar das duas omissões, Gal Total faz, enfim, justiça à obra áurea de Gal Costa. A excelência da remasterização feita por Ricardo Carvalheira, da empresa Autorall, devolveu a vida ao som dos discos - chapado nas duas reedições anteriores da obra de Gal na Philips, produzidas em 1993 (na precária série Colecionador) e em 2000. Da mesma forma, o tratamento gráfico - já decente nas reedições de 2000 - resultou ainda mais cuidadoso, reproduzindo no encarte toda a arte dos LPs originais e também as letras das músicas. Mérito do pesquisador musical Marcelo Fróes, produtor e idealizador dessa caixa que embala discos de uma fase divina, maravilhosa e plural da discografia da cantora. A pluralidade é atestada já no confronto do primeiro álbum de Gal - Domingo (1967), dividido com Caetano Veloso, arranjado por Dori Caymmi e moldado com devoção às lições do mestre João Gilberto - com o segundo, Gal Costa (1969) gravado em 1968, no olho do furacão tropicalista, mas lançado somente no início do ano seguinte. Sob as bênções da Tropicália, Gal Costa cruzou informações do iê-iê-iê da época com suas origens regionalistas (Sebastiana, sucesso de Jackson do Pandeiro, gravado em dueto com Gilberto Gil) em disco efervescente que lançou Não Identificado (Caetano Veloso) e incluiu antológicas gravações de Baby e Divino Maravilhoso. Na sequência, ainda em 1969, a cantora mergulhou fundo na onda psicodélica da época em Gal (1969), álbum de espírito roqueiro que contou com as guitarras viajantes de Lanny Gordin, trouxe a gravação original de Meu Nome É Gal (presente de Roberto Carlos e Erasmo Carlos) e fez sucesso com País Tropical (em registro que uniu o canto juvenil de Gal às vozes de Caetano Veloso e Gilberto Gil, gravadas antes de eles serem forçados a se exilar em Londres). Diz a lenda que foi ouvindo gravações como a de Cinema Olympia que Elis Regina (1945 - 1982), então presa à MPB mais tradicional, deu a virada pop iniciada no álbum Em Pleno Verão... (1970).

11 de outubro de 2010 às 11:54  
Blogger Mauro Ferreira said...

Sim, Gal era a tal em 1970 e - com Gil e Caetano exilados - seguiu carregando a bandeira da contracultura em Legal (1970), disco produzido por Manoel Barenbein com arranjos de base de Jards Macalé e Lanny Gordin. O repertório antenado de Legal destacou London London, dada por Caetano em Londres - numa das visitas de Gal aos amigos - e lançada antes em compacto. Embora menos psicodélico do que Gal, Legal manteve a cantora como musa da contracultura. Posto sedimentado com Fa-Tal - Gal a Todo Vapor (1971), o duplo disco ao vivo produzido por Paulo Lima sob a direção de Waly Salomão (1943 - 2003). É o disco em que Gal lança Luiz Melodia (Pérola Negra), eterniza Vapor Barato (Jards Macalé e Waly Salomão) e canta Novos Baianos (Dê um Rolê) antes da consagração do grupo com o álbum Acabou Chorare (1972). Em seguida, Índia (1973) - disco inspirado no show homônimo e gravado sob a direção musical de Gil - destacou a regravação da guarânia paraguaia (lançada no Brasil pela dupla Cascatinha e Inhana) que deu nome ao álbum. Reembalada em criativo arranjo de cordas arquitetado por Rogério Duprat (1932 - 2006), Índia ficaria desde então associada também ao nome de Gal, mas o hit do disco foi Presente Cotidiano, inédita ofertada por um grato Luiz Melodia. Em Índia, o álbum, ainda ressoou alguns ecos tropicalistas, mas foi trabalho de transição que preparou o terreno para a modernidade atemporal de Cantar (1974), disco produzido por Caetano Veloso e Perinho Albuquerque. Urdido fora da estética tropicalista, Cantar aproxima a artista de João Donato, com quem Gal gravou A Rã, Flor de Maracujá, Até Quem Sabe e a menos conhecida Chululu. Caetano contribuiu para o repertório com músicas então inéditas como Lua, Lua, Lua, Lua. Mas veio da lavra de Gil o tema, Barato Total, que daria projeção ao disco e ficaria eternamente associado ao canto de Gal. Na sequência, no embalo do estouro de sua gravação de Modinha para Gabriela, veiculada em 1975 na abertura da novela Gabriela, a cantora dedicou um disco ao repertório de Dorival Caymmi (1914 - 2008) quando o mercado ainda não estava habituado com songbooks do gênero. Gal Canta Caymmi (1976) - encaixotado em Gal Total sem a capa e encarte originais por questões jurídicas - resiste bem ao tempo por conta dos arranjos de João Donato e Perinho Albuquerque, que embalaram o cancioneiro de Caymmi com respeito à obra, mas sem excessiva devoção à sonoridade clássica da obra do mestre. Em seguida, sempre plural, Gal voltou no tempo e reavivou sua alma roqueira num show, Com a Boca no Mundo (1977), que originou o álbum Caras & Bocas, ainda hoje injustiçado. O hit imediato foi Tigresa (Caetano Veloso), mas, com o tempo, Negro Amor (versão de Caetano e Péricles Cavalcanti para um tema de Bob Dylan, It's All Over Now, Baby Blue) se tornaria cult como este disco em que Gal lançou Marina Lima (Meu Doce Amor).

11 de outubro de 2010 às 11:55  
Blogger Mauro Ferreira said...

Na sequência, Gal abandonou a pegada roqueira e fez um disco enraizado no mainstream da MPB. Água Viva (1978) juntou pela primeira vez o canto cristalino de Gal a uma música de Chico Buarque, Folhetim, o hit radiofônico do disco em que a cantora gravou também Milton Nascimento e Fernando Brant (Paula e Bebeto) e reviveu um sucesso de Dalva de Oliveira (1917 - 1972), Olhos Verdes (Vicente Paiva). Estava preparado o terreno para a construção da fase tropical. Gal Tropical (1979), o disco, foi o registro de estúdio do show homônimo que deu a Gal o sucesso comercial que seus discos da fase tropicalista, a rigor, nunca tinham lhe dado. Balancê - marchinha de Braguinha (1907 - 2006) lançada em 1937 por Carmen Miranda (1909 - 1955) sem repercussão - foi o grande estouro de um disco que alinhava no repertório regravações de Força Estranha, Noites Cariocas, Estrada do Sol, Índia, Juventude Transviada e Meu Nome É Gal. Como o sucesso de Gal Tropical se estendeu ao longo de 1980, gravar um songbook de Ary Barroso (1903 - 1964), Aquarela do Brasil (1980), foi a saída encontrada por Gal para cumprir a obrigação contratual do disco anual e ganhar tempo para juntar o repertório de Fantasia (1981), lançado antes em show malhado pela crítica. Apesar de seguir a fórmula tropical do trabalho anterior e de já recorrer aos sons sintetizados que dariam o tom dos discos de MPB feitos nos anos 80, Fantasia continua sendo um dos melhores álbuns de Gal pela qualidade do repertório que destacou Festa do Interior (o frevo-quadrilha de Moraes Moreira e Abel Silva, hit radiofônico), Meu Bem, Meu Mal (canção de Caetano Veloso), Roda Baiana (samba de Ivan Lins e Vítor Martins, compositores até então nunca gravados por Gal), Canta Brasil (antigo samba-exaltação David Nasser e Alcyr Pires Vermelho) e O Amor (Caetano Veloso e Ney Costa Santos sob poema de Vladimir Maiakovski) - sem falar nas duas pérolas de Djavan, Açaí e Faltando um Pedaço, gravadas por Gal de forma definitiva. Mas o fato é que a receita tropical já não soou tão saborosa no posterior Minha Voz (1982), apesar do sucesso do frevo Bloco do Prazer (Moraes Moreira e Fausto Nilo) e da canção Azul (de Djavan, compositor recorrente na discografia de Gal nos anos 80). Já pausterizado, Baby Gal (1983) fechou melancolicamente a passagem de Gal pela Philips. Guiada pela luz de seu cristal e pelo conceito de seus produtores (Caetano Veloso, Waly Salomão, Gilberto Gil, Perinho Albuquerque, Roberto Menescal e Guilherme Araújo, empresário que atuou na produção dos discos da fase tropical), Gal foi divinamente plural na Philips.

11 de outubro de 2010 às 11:55  
Blogger projetosolo said...

Mauro, boa resenha. Meu preferido é o primeiro disco de 69 (gravado em 68). Uma correção: Paula e Bebeto não tem letra do Fernando Brant, mas do Caetano Veloso (acho que foi a primeira parceria do Milton com o Caetano). Abraços!

11 de outubro de 2010 às 12:47  
Blogger Mauro Ferreira said...

Grato pela correção, Projeto Solo. Abs, MauroF

11 de outubro de 2010 às 13:05  
Blogger Adilson Marcelino said...

Mauro,
Até você, mente arejada na crítica musical, fala em gravações definitivas?
Só para entender: quando você diz isso, você quer dizer definitiva na voz do cantor tal ou definitiva mesmo, como se gravações posteriores não pudessem surgir ainda melhores?
Se for na voz do cantor, posso até entender, pois a própria Gal fica cada vez pior quando regrava as próprias músicas.
Já no segundo caso, você não acho que outras intepretações podem surgir até melhores?
Abs

11 de outubro de 2010 às 16:38  
Blogger Mauro Ferreira said...

Oi, Adilson, me refiro ao fato de ser definitiva na voz daquele cantor - como a de 'Ìndia', feita pela própria Gal em 1973. Jamais descarto a ideia de alguém fazer uma nova gravação que iguale ou mesmo supere um excelente registro anterior. Abs, MauroF

11 de outubro de 2010 às 17:39  
Blogger Adilson Marcelino said...

Ótimo saber Mauro, pois é assim que também penso.
E obrigado pela atenção em me responder.
Um abraço

11 de outubro de 2010 às 22:38  
Blogger Rafael Teixeira said...

Mauro, desculpe entrar na área dos comentários para fazer propaganda, mas o assunto também é música, e como não achei seu email, a alternativa foi vir por aqui. Fique com o link do blog epistolar que estou dividindo com outro jornalista apaixonado por música, meu caro Fernando Neumayer (assessor da Elba, talvez vocês já tenham se falado): http://epistolasmusicais.blogspot.com/

Grande abraço,

Rafael

11 de outubro de 2010 às 23:52  
Blogger Mauro Ferreira said...

Bem-vindos ao mundo dos blogs, Rafael e Fernando. Abs, MauroF

12 de outubro de 2010 às 11:42  
Blogger Pedro Progresso said...

Achei injusto 4 estrelas e meia pro box da Cigarra e 4 pra Gal que me parece mais legal e tem um cd duplo de raridades (que a Cigarra não tem!).

12 de outubro de 2010 às 13:07  
Blogger Mauro Ferreira said...

Pedro, a cotação do box de Gal é mesmo 4 estrelas e meia. Grato por me chamar atenção para isso. Na hora da edição, ao dar um 'enter' entre o cabeçalho e o texto, o 1/2 foi deletado. Abs, MauroF

12 de outubro de 2010 às 13:37  
Blogger Tudo foi feito ... said...

Gal sempre Gal. Agora pra ficar tudo maravilha, a Sony BMG tem q lançar a caixa dos álbuns que ela detém. Na BMG tem muita obra de arte feita pela Gal. A caixa com o Sorriso do Gato de Alice, Plural, Aquele Frevo Axé, Mina dàgua do meu canto, Gal 92 e por aí vai, lá também tem bastante sobras de estúdio. Vai ser sucesso de vendas também. E que venha o novo em 2011. Viva Gal, a caixa é absolutamente fantástica.

12 de outubro de 2010 às 17:07  
Blogger helio said...

Mauro Boa Noite!!!
Por gentileza, poderia informar se o cd Gal canta Caymmi constante na caixa Gal Total, possui sons de atabaques ?, segundo dizem alguns, nos albúns de 76, possuia e nas edições em Cd desse albúm não possuem mais, Grato Abs Hélio.

12 de outubro de 2010 às 20:05  
Blogger Mauro Ferreira said...

Hélio, como não tenho o LP de 1976, não posso afirmar que houve qualquer perda sonora. abs, MauroF

13 de outubro de 2010 às 10:46  
Blogger helio said...

Desculpe Mauro, acho que me expressei mal, o que gostaria de saber, é se o Gal canta Caymmi de agora tem atabaques que o mesmo lançado pela série colecionardor e lançado em 2000 não tem grato Abs Hélio

13 de outubro de 2010 às 12:56  
Blogger Claudio Almeida said...

Olà, Mauro, tudo bem.

Muito boa a resenha sobre o relançamento da obra de Gal durante a fase da Philips. Quanto aos atabaques que o leitor acima se refere, acredito que sejam os que estão na abertura do disco, na primeira faixa: "Vatapá". Não sabia que no relancamento (em 2000??), o som atabaques foram retirados.


Abs.
Claudio

13 de outubro de 2010 às 20:46  
Blogger Gill Sampaio Ominirò said...

Pois foram sim retirados nas edições anteriores. Agora estão de volta. Trata-se de uma introdução e encerramento do disco com atabaques em ritmo leve da "hamunya" do candomblé.

14 de outubro de 2010 às 23:39  
Blogger Mauro Ferreira said...

Hélio, o Gill acaba de responder sua pergunta. Sorry pela demora na resposta. Abs, MauroF

15 de outubro de 2010 às 07:19  
Blogger helio said...

Meus camaradas Gil e Mauro, muito obrigado pela atenção, Abs Hélio.

15 de outubro de 2010 às 13:44  
Blogger Gill Sampaio Ominirò said...

Eu venho pensando ultimamente muito em Gal e acabei por ouvir toda sua discografia neste fim de semana e não consigo ver fase áurea e outras menores em sua carreira.

Pelo contrário, a quadrilogia de estúdio BMG: PLURAL, GAL, O SORRISO DO GATO DE ALICE e MINA D'ÁGUA DO MEU CANTO são imbatíveis. Discos extraordinários tanto no contexto técnico, como na questão de repertório. Por outro lado, a capacidade músico-vocal, com a qual Gal se dispõe nesses discos estabelece um conceito de canto raro tanto para a interpretação quanto para a afinação.

Só pra ressaltar, Gal já disse inúmeras vezes que o disco Gal, de 1992, é o seu preferido.

Para quem tiver dúvidas (os que conhecem pouco é claro) ouçam com a devida atenção as seguintes canções:

1. I Didn't Know What Time It Was (Plural)
2. Cordas de Aço (Gal)
3. Errática (O Sorriso...)
4. Mãe da Manhã (O Sorriso...)
5. Atrás da Porta (Mina D'água...)
6. O Ciúme (Mina D'água...)
7. As Vitrines (Mina D'água...)
8. Desalento (Mina D'água...)

Isso sem contar com as belezas que são Acústico MTV e Gal canta Tom Jobim, com pérolas e interpretações devastadoras.

Gal é total e não parcial.

17 de outubro de 2010 às 01:06  

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