Fusões de Gotan já (se) exaurem em 'Tango 3.0'
Resenha de CD
Título: Tango 3.0
Artista: Gotan Project
Gravadora: MCD
Cotação: * * 1/2
Em 2001, quando lançou seu primeiro estupendo álbum, La Revancha del Tango, o trio Gotan Project revitalizou o mais internacional dos ritmos argentinos com fusões antenadas que levaram o tango para as pistas. Em 2006, Lunático aprofundou as experiências rítmicas do grupo formado em Paris por Philippe Cohen Solal, Christoph Mueller e Eduardo Makaroff. Já Tango 3.0 - o terceiro álbum de inéditas, lançado em escala mundial em abril de 2010, inclusive no Brasil - flagra o Gotan em momento de menor inspiração. É como se as misturas de tango com dub e eletrônica já estivessem chegando a um ponto de exaustão. Temas como Tango Square (no qual Dr. John pilota suavemente seus teclados Hammond B3), Rayuela (faixa que reverencia o romance homônimo do escrito argentino Julio Cortázar) e Desilusión soam pouco sedutores, meio déjà vu. Mesmo as faixas que se destacam - casos de Peligro e de La Gloria (eleita acertadamente o primeiro single) - não são capazes de diluir a decepção com Tango 3.0. Detalhe: La Gloria incorpora a locução de Victor Hugo Morales, veterano e lendário comentarista do futebol argentino. A sacada é boa, mas, no todo, o som de Tango 3.0 bate na trave. Talvez por já estar repetitivo.
Título: Tango 3.0
Artista: Gotan Project
Gravadora: MCD
Cotação: * * 1/2
Em 2001, quando lançou seu primeiro estupendo álbum, La Revancha del Tango, o trio Gotan Project revitalizou o mais internacional dos ritmos argentinos com fusões antenadas que levaram o tango para as pistas. Em 2006, Lunático aprofundou as experiências rítmicas do grupo formado em Paris por Philippe Cohen Solal, Christoph Mueller e Eduardo Makaroff. Já Tango 3.0 - o terceiro álbum de inéditas, lançado em escala mundial em abril de 2010, inclusive no Brasil - flagra o Gotan em momento de menor inspiração. É como se as misturas de tango com dub e eletrônica já estivessem chegando a um ponto de exaustão. Temas como Tango Square (no qual Dr. John pilota suavemente seus teclados Hammond B3), Rayuela (faixa que reverencia o romance homônimo do escrito argentino Julio Cortázar) e Desilusión soam pouco sedutores, meio déjà vu. Mesmo as faixas que se destacam - casos de Peligro e de La Gloria (eleita acertadamente o primeiro single) - não são capazes de diluir a decepção com Tango 3.0. Detalhe: La Gloria incorpora a locução de Victor Hugo Morales, veterano e lendário comentarista do futebol argentino. A sacada é boa, mas, no todo, o som de Tango 3.0 bate na trave. Talvez por já estar repetitivo.
5 Comments:
Em 2001, quando lançou seu primeiro estupendo álbum, La Revancha del Tango, o trio Gotan Project revitalizou o mais internacional dos ritmos argentinos com fusões antenadas que levaram o tango para as pistas. Em 2006, Lunático aprofundou as experiências rítmicas do grupo formado em Paris por Philippe Cohen Solal, Christoph Mueller e Eduardo Makaroff. Já Tango 3.0 - o terceiro álbum, lançado em escala mundial em abril de 2010, inclusive no Brasil - flagra o Gotan em momento de menor inspiração. É como se as misturas de tango com dub e eletrônica já estivessem chegando a um ponto de exaustão. E o fato é que temas como Tango Square (no qual Dr. John pilota suavemente seus teclados Hammond B3), Rayuela (faixa que reverencia o romance homônimo do escrito argentino Julio Cortázar) e Desilusión soam pouco sedutores, meio déjà vu. Mesmo as faixas que se destacam - casos de Peligro e de La Gloria (eleita acertadamente o primeiro single) - não são capazes de diluir a decepção com Tango 3.0. Detalhe: La Gloria incorpora a locução de Victor Hugo Morales, veterano e lendário comentarista do futebol argentino. A sacada é boa, mas, no todo, o som de Tango 3.0 bate na trave. Talvez por já estar repetitivo.
Maurão,
O Gotan tem, ainda, dois outros álbuns: "Inspiración · Espiración", que tem, além de 4 faixas inéditas, uma compilação de tangos raros e 'funkeados' e Gotan Project Live, lançado em 2008.
E o Tango 3.0 é, mesmo, uma decepção.
Abraços,
Lula
Obrigado, Lula, eu me referia ao fato de ser o terceiro álbum de inéditas - detalhe que ressaltei ao refazer o texto para evitar confusões. Abs, MauroF
De nada, Mauro.
Eu escutei o álbum novamente e continuo o achando sem o brilho e o frescor dos dois primeiros, principalmente do Lunático, que eu adoro.
Abração,
Lula
Pois eu achei tão bom quanto os outros. A única diferença, na minha opinião, é que este "é mais suave".
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