Bom primeiro disco solo de Mussum é reeditado
Resenha de CD (Reedição)
Título: Mussum
Artista: Mussum
Ano: 1980
Gravadora: RCA Victor
/ Sony Music
Cotação: * * *
Associado mais ao humor do que à música no imaginário do brasileiro, Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941 - 1994), o Mussum, tem trajetória curiosa no mundo do samba. Na virada dos anos 60 para os 70, o artista fez parte da formação clássica d'Os Originais do Samba, conjunto carioca que, de certa forma, foi um precursor do suingue pop que nortearia - já nos anos 90 - o som de grupos de pagode como Raça Negra. Em 1980, Mussum lançou o primeiro de seus três únicos álbuns individuais. Ora reeditado pela Sony Music na vasta série Caçadores de Música, 30 anos depois do lançamento original, Mussum - o disco - tem seu valor. Foi produzido por José Milton com arranjos de José Briamonte e uma sonoridade que remetia ao samba que, àquela altura, já era colhido nos quintais do Cacique de Ramos. Não por acaso, músicos do Fundo de Quintal - grupo que também lançava seu primeiro álbum naquele ano de 1980 - ficaram responsáveis pela cozinha do disco de Mussum. Luxo que embalou repertório de bom nível, cujo único sucesso radiofônico foi A Vizinha (Pega Ela, Peru). Vale destacar Teatro Brasileiro (um esquecido samba de Martinho da Vila e Gemeu, gravado por Mussum na companhia do próprio Martinho), Papagaio (um dos melhores pagodes da parceria de Almir Guineto com Beto sem Braço e Luverci Ernesto) e Tempo Bom, Faz Tempo (outra pérola do pagode, lapidada por Mussum ao lado do autor Bidi). Como em 1980 Mussum já era sucesso nacional como humorista integrante do quarteto Os Trapalhões, então no auge da fama, o disco acena para o público infantil em Terra de Jó (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro) e em Descobrimento do Brasil (Walter Moreira e Geraldo Babão), faixa que contou com a participação lúdica dos próprios Trapalhões. Mas, infelizmente, a carreira fonográfica de Mussum não teria a continuidade e a projeção sinalizadas por este primeiro disco solo - oportunamente reeditado pela Sony Music.
Título: Mussum
Artista: Mussum
Ano: 1980
Gravadora: RCA Victor
/ Sony Music
Cotação: * * *
Associado mais ao humor do que à música no imaginário do brasileiro, Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941 - 1994), o Mussum, tem trajetória curiosa no mundo do samba. Na virada dos anos 60 para os 70, o artista fez parte da formação clássica d'Os Originais do Samba, conjunto carioca que, de certa forma, foi um precursor do suingue pop que nortearia - já nos anos 90 - o som de grupos de pagode como Raça Negra. Em 1980, Mussum lançou o primeiro de seus três únicos álbuns individuais. Ora reeditado pela Sony Music na vasta série Caçadores de Música, 30 anos depois do lançamento original, Mussum - o disco - tem seu valor. Foi produzido por José Milton com arranjos de José Briamonte e uma sonoridade que remetia ao samba que, àquela altura, já era colhido nos quintais do Cacique de Ramos. Não por acaso, músicos do Fundo de Quintal - grupo que também lançava seu primeiro álbum naquele ano de 1980 - ficaram responsáveis pela cozinha do disco de Mussum. Luxo que embalou repertório de bom nível, cujo único sucesso radiofônico foi A Vizinha (Pega Ela, Peru). Vale destacar Teatro Brasileiro (um esquecido samba de Martinho da Vila e Gemeu, gravado por Mussum na companhia do próprio Martinho), Papagaio (um dos melhores pagodes da parceria de Almir Guineto com Beto sem Braço e Luverci Ernesto) e Tempo Bom, Faz Tempo (outra pérola do pagode, lapidada por Mussum ao lado do autor Bidi). Como em 1980 Mussum já era sucesso nacional como humorista integrante do quarteto Os Trapalhões, então no auge da fama, o disco acena para o público infantil em Terra de Jó (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro) e em Descobrimento do Brasil (Walter Moreira e Geraldo Babão), faixa que contou com a participação lúdica dos próprios Trapalhões. Mas, infelizmente, a carreira fonográfica de Mussum não teria a continuidade e a projeção sinalizadas por este primeiro disco solo - oportunamente reeditado pela Sony Music.
6 Comments:
Associado mais ao humor do que à música no imaginário do brasileiro, Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941 - 1994), o Mussum, tem trajetória curiosa no mundo do samba. Na virada dos anos 60 para os 70, o artista fez parte da formação clássica d'Os Originais do Samba, conjunto carioca que, de certa forma, foi um precursor do suingue pop que nortearia - já nos anos 90 - o som de grupos de pagode como Raça Negra. Em 1980, Mussum lançou o primeiro de seus três únicos álbuns individuais. Ora reeditado pela Sony Music na coleção Caçadores de Música, 30 anos depois do lançamento original, Mussum - o disco - tem seu valor. Foi produzido por José Milton com arranjos de José Briamonte e uma sonoridade que remetia ao samba que, àquela altura, já era colhido nos quintais do Cacique de Ramos. Não por acaso, músicos do Fundo de Quintal - grupo que também lançava seu primeiro álbum naquele ano de 1980 - ficaram responsáveis pela cozinha do disco de Mussum. Luxo que embalou repertório de bom nível, cujo único sucesso radiofônico foi A Vizinha (Pega Ela, Peru). Vale destacar Teatro Brasileiro (um esquecido samba de Martinho da Vila e Gemeu, gravado por Mussum na companhia do próprio Martinho), Papagaio (um dos melhores pagodes da parceria de Almir Guineto com Beto sem Braço e Luverci Ernesto) e Tempo Bom, Faz Tempo (outra pérola do pagode, lapidada por Mussum ao lado do autor Bidi). Como em 1980 Mussum já era sucesso nacional como humorista integrante do quarteto Os Trapalhões, então no auge da fama, o disco acena para o público infantil em Terra de Jó (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro) e em Descobrimento do Brasil (Walter Moreira e Geraldo Babão), faixa que contou com a participação lúdica dos próprios Trapalhões. Mas, infelizmente, a carreira fonográfica de Mussum não teria a continuidade e a projeção sinalizadas por este primeiro disco solo - oportunamente reeditado pela Sony Music.
Mussum for evis.
Cacildes!
Mauro, não culpe o Mussum pelo pagode mauriçola dos anos 90.
Mauro,
De acordo com essa opinião sobre o primeiro disco e sobre os Originais, mas no disco do Mussum a cozinha sempre foi do Cacique mesmo. Ele era um frequentador assíduo das rodas da Rua Uranos.
Abraços,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
PS: Parabéns, Rodrigo Faour por mais três grandes resgates (o disco de 78, do Martinho: Tendinha, esse do Mussum e o disco É de lei, dos Originais do Samba)!!!!
Bem que a Sony poderia ter resgatado ao menos 1 disco de Agepê. Ela detém os direitos sobre 3 trabalhos dele: Canto de Esperança (1978), Agepê (1979) e Agepê (1981). Tomara que na próxima fornalha lembrem dele. Fica de olho, Faour!!!
Faour,
Fique de olho também nos discos da minha Rainha! Abs,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
PS: O Mauro já remasterizou e poderia também retornar ao catálogo!
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