Livro trata em imagens batida polêmica do funk
Em ensaio escrito para o livro Funk - Que Batida É Essa?, recém-lançado pela editora Aeroplano, uma antropóloga, Adriana Facina, afirma - com sagacidade e certa razão - que os atuais combatentes do funk carioca são, de certa forma, seguidores dos opressores do samba, vítima de preconceito nos anos 20 e 30, décadas em que portar um violão ou um pandeiro pela rua podia ser passaporte para a cadeia. O texto de Facina, que historia e defende o batidão carioca, é um dos pontos altos do livro, mas, a rigor, Funk - Que Batida É Essa? é um livro de arte que expõe em imagens a catarse provocada pelo som de preto e de favelado nos bailes da pesada. A matéria-prima do livro são fotos feitas nos bailes do Cantagalo e Castelo das Pedras pelos autores André Castro e Julia Haiad, ambos recém-formados em Desenho Industrial pela PUC, uma das faculdades mais elitistas do Rio de Janeiro (RJ). Além das imagens, tratadas graficamente como pinturas pelos autores, o livro traz entrevistas com nomes associados ao funk, casos da atriz Regina Casé e do DJ Sany Pitbull.
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Em ensaio escrito para o livro Funk - Que Batida É Essa?, recém-lançado pela editora Aeroplano, uma antropóloga, Adriana Facina, afirma - com sagacidade e certa razão - que os atuais combatentes do funk carioca são, de certa forma, seguidores dos opressores do samba, vítima de preconceito nos anos 20 e 30, décadas em que portar um violão ou um pandeiro pela rua podia ser passaporte para a cadeia. O texto de Facina, que historia e defende o batidão carioca, é um dos pontos altos do livro, mas, a rigor, Funk - Que Batida É Essa? é um livro de arte que expõe em imagens a catarse provocada pelo som de preto e de favelado nos bailes da pesada. A matéria-prima do livro são fotos feitas nos bailes do Cantagalo e Castelo das Pedras pelos autores André Castro e Julia Haiad, ambos recém-formados em Desenho Industrial pela PUC, uma das faculdades mais elitistas do Rio de Janeiro (RJ). Além das imagens, tratadas graficamente como pinturas pelos autores, o livro traz entrevistas com nomes associados ao funk, casos da atriz Regina Casé e do DJ Sany Pitbull.
Não li (ainda) esse livro. Mas acho que dá pra afirmar que a associação do funk à criminalidade não é uma questão de preconceito de A ou B com o "ritmo" da favela. Trata-se de constatação mais do que evidente.
Agora, quanto ao valor melódico do funk carioca, bem, opiniões subjetivas à parte, deve ser interessante ler sobre o tema, a forma como as canções são construídas, o tipo de "arranjo", etc. Só não si se o livro cuida dessa abordagem...
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