Ilessi segue tradições da MPB no belo 'Brigador'
Resenha de CD
Título: Brigador - Ilessi
Canta Pedro Amorim e
Paulo César Pinheiro
Artista: Ilessi
Gravadora: CPC-Umes
Cotação: * * * * 1/2
Afirma Paulo César Pinheiro, em texto feito para o encarte do primeiro álbum de Ilessi, Brigador, que a cantora carioca começa bem. Embora suspeito, já que é um dos compositores da parceria celebrada no disco, Pinheiro tem razão ao listar adjetivos como "afinada", "segura" e "corajosa" quando se refere à intérprete diplomada pela professora Amélia Rabello na Escola Portátil (RJ). De fato, Ilessi se mostra afinada, segura e corajosa ao abordar a obra (bela e ainda pouco ouvida) composta por Paulo Pinheiro com o bandolinista Pedro Amorim, convidado afetivo do samba Julgamento. Já no afro-samba que abre e dá título ao ótimo CD, gravado em 2007 mas circunstancialmente lançado somente neste 2009 em que estão sendo festejados os 60 anos de Pinheiro, as qualidades vocais de Ilessi saltam aos ouvidos com seu timbre que evoca ligeiramente o de Maria Rita. Entre o suingue nordestino de Barraqueiro de Caruaru e a melancolia de Ponto de Punhal (choro no qual a aluna já profissional dueta com a professora Amélia Rabello ao som da flauta chorosa de Marcelo Bernardes), a voz de Ilessi realça a poesia lírica da canção Olhos Azuis, se embrenha pelos campo na toada A Pena do Sabiá (faixa em que a viola de João Lyra acentua o clima ruralista) e sustenta bem o tom camerístico de Serena, valsa-canção que conta com o piano e o arranjo de Cristóvão Bastos (nas demais faixas, os bons arranjos são de Luis Barcelos, produtor do CD ao lado da própria Ilessi). No fim, tudo acaba em samba. Sestrosa tem balanço buliçoso que evoca as rodas baianas. Linha de Caboclo - o tema veloz que Maria Bethânia acabou tendo a primazia de apresentar no recém-editado álbum Encanteria - reforça o elo afro de Amorim e Pinheiro. Já A Sina do Negro destila o orgulho da raça no compasso majestoso de um samba-enredo. Todo gravado à moda tradicional, sem concessão aos sons eletrônicos que adornam a atual música brasileira, Brigador segue tradições da MPB e põe a promissora Ilessi na briga pelo título de intérprete de um dos melhores discos deste ano de 2009.
Título: Brigador - Ilessi
Canta Pedro Amorim e
Paulo César Pinheiro
Artista: Ilessi
Gravadora: CPC-Umes
Cotação: * * * * 1/2
Afirma Paulo César Pinheiro, em texto feito para o encarte do primeiro álbum de Ilessi, Brigador, que a cantora carioca começa bem. Embora suspeito, já que é um dos compositores da parceria celebrada no disco, Pinheiro tem razão ao listar adjetivos como "afinada", "segura" e "corajosa" quando se refere à intérprete diplomada pela professora Amélia Rabello na Escola Portátil (RJ). De fato, Ilessi se mostra afinada, segura e corajosa ao abordar a obra (bela e ainda pouco ouvida) composta por Paulo Pinheiro com o bandolinista Pedro Amorim, convidado afetivo do samba Julgamento. Já no afro-samba que abre e dá título ao ótimo CD, gravado em 2007 mas circunstancialmente lançado somente neste 2009 em que estão sendo festejados os 60 anos de Pinheiro, as qualidades vocais de Ilessi saltam aos ouvidos com seu timbre que evoca ligeiramente o de Maria Rita. Entre o suingue nordestino de Barraqueiro de Caruaru e a melancolia de Ponto de Punhal (choro no qual a aluna já profissional dueta com a professora Amélia Rabello ao som da flauta chorosa de Marcelo Bernardes), a voz de Ilessi realça a poesia lírica da canção Olhos Azuis, se embrenha pelos campo na toada A Pena do Sabiá (faixa em que a viola de João Lyra acentua o clima ruralista) e sustenta bem o tom camerístico de Serena, valsa-canção que conta com o piano e o arranjo de Cristóvão Bastos (nas demais faixas, os bons arranjos são de Luis Barcelos, produtor do CD ao lado da própria Ilessi). No fim, tudo acaba em samba. Sestrosa tem balanço buliçoso que evoca as rodas baianas. Linha de Caboclo - o tema veloz que Maria Bethânia acabou tendo a primazia de apresentar no recém-editado álbum Encanteria - reforça o elo afro de Amorim e Pinheiro. Já A Sina do Negro destila o orgulho da raça no compasso majestoso de um samba-enredo. Todo gravado à moda tradicional, sem concessão aos sons eletrônicos que adornam a atual música brasileira, Brigador segue tradições da MPB e põe a promissora Ilessi na briga pelo título de intérprete de um dos melhores discos deste ano de 2009.
5 Comments:
Afirma Paulo César Pinheiro, em texto feito para o encarte do primeiro álbum de Ilessi, Brigador, que a cantora carioca começa bem. Embora suspeito, já que é um dos compositores da parceria celebrada no disco, Pinheiro tem razão ao listar adjetivos como "afinada", "segura" e "corajosa" quando se refere à intérprete diplomada pela professora Amélia Rabello na Escola Portátil (RJ). De fato, Ilessi se mostra afinada, segura e corajosa ao abordar a obra (bela e ainda pouco ouvida) composta por Paulo Pinheiro com o bandolinista Pedro Amorim, convidado afetivo do samba Julgamento. Já no afro-samba que abre e dá título ao ótimo CD, gravado em 2007 mas circunstancialmente lançado somente neste 2009 em que estão sendo festejados os 60 anos de Pinheiro, as qualidades vocais de Ilessi saltam aos ouvidos com seu timbre que evoca ligeiramente o de Maria Rita. Entre o suingue nordestino de Barraqueiro de Caruaru e a melancolia de Ponto de Punhal (choro no qual a aluna já profissional dueta com a professora Amélia Rabello ao som da flauta chorosa de Marcelo Bernardes), a voz de Ilessi realça a poesia lírica da canção Olhos Azuis, se embrenha pelos campo na toada A Pena do Sabiá (faixa em que a viola de João Lyra acentua o clima ruralista) e sustenta bem o tom camerístico de Serena, valsa-canção que conta com o piano e o arranjo de Cristóvão Bastos (nas demais faixas, os bons arranjos são de Luis Barcelos, produtor do CD ao lado da própria Ilessi). No fim, tudo acaba em samba. Sestrosa tem balanço buliçoso que evoca as rodas baianas. Linha de Caboclo - o tema veloz que Maria Bethânia acabou tendo a primazia de apresentar no recém-editado álbum Encanteria - reforça o elo afro de Amorim e Pinheiro. Já A Sina do Negro destila o orgulho da raça no compasso majestoso de um samba-enredo. Todo gravado à moda tradicional, sem concessão aos sons eletrônicos que adornam a atual música brasileira, Brigador segue tradições da MPB e põe a promissora Ilessi na briga pelo título de intérprete de um dos melhores discos deste ano de 2009.
Muito bem vinda !
Tomara que não tenha influência da Amélia Rabela !
Salve PCP !
Diego
Acabo de ouvir as 3 faixas desse CD que estão no myspace da Ilessi. É de tirar o fôlego. Parabéns, Ilessi, parabéns a todos que contribuíram pra gente ouvir essa maravilha!
Eu como compositor fico feliz em constatar que sempre surgem uma nova intérpretes de alto nível como que numa benção da natureza pra não nos deixar um vazio na MPB tão carente de belas vozes como a de Ilessi com repertório de alto nível.
Eu como compositor fico feliz em constatar que sempre surge uma nova intérprete de alto nível como que numa benção da natureza pra não nos deixar um vazio na MPB tão carente de belas vozes como a de Ilessi com repertório de alto nível.
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