5 de outubro de 2009

Bethânia celebra amor outonal no delicado 'Tua'

Resenha de CD
Título: Tua
Artista: Maria Bethânia
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * * 1/2

Distante da energia festiva do gêmeo Encanteria, Tua - o disco romântico de Maria Bethânia - celebra o amor em clima outonal. A faixa que abre o CD, É o Amor Outra Vez (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro), traduz o tom do álbum com sua suavidade que deságua na atmosfera esfumaçada dos sambas-canções. Bethânia evita os arroubos dramáticos de outrora - ligeiramente evocados em Você Perdeu (Márcio Valverde e Nélio Rosa), linda canção de altivez mais firme, introduzida pela citação de Dama, Valete e Rei (Ruthinaldo e Paulo Gracindo) - em favor do tempo da delicadeza. É nesse fogo brando que arde a chama da paixão celebrada em Tua, a faixa-título de Adriana Calcanhotto. A citação de canções para sublinhar o sentido dos versos de outras músicas funciona bem e reafirma o perfeito entendimento que Bethânia tem dos textos que recita ou interpreta. Pena que uma canção como O Que Eu Não Conheço (Jorge Vercillo e J. Velloso) - costurada com A Mão do Amor (Roque Ferreira) - esteja aquém do histórico dos autores e do repertório habitual da intérprete. A faixa é pontuada pelo toque pop da guitarra de Victor Biglione. Aliás, a presença de virtuoses é uma das marcas de Tua. Se o bandolim de Hamilton de Holanda valoriza Remanso (uma das canções mais pungentes da parceria de Moacyr Luz com Aldir Blanc), o fraseado de Paulinho Trompete brota límpido em Fonte (Saul Barbosa e Jorge Portugal), faixa na qual Bethânia arrisca falsetes no final, exibindo a força de uma voz que envelhece como os melhores vinhos. E o fato é que, nesse tempo de maturidade, Bethânia oferece grandes momentos no CD Tua. A canção de Arnaldo Antunes e Cézar Mendes, Até o Fim, põe fé no amor com comovente devotamento. O acordeom de Toninho Ferragutti pontua a faixa com uma maestria que atinge alto grau de refinamento na sublime Domingo (Roque Ferreira), valsa em que o acordeom remete tanto à atmosfera das canções francesas quanto ao lúdico ambiente interiorano dos circos das periferias. Bethânia é do interior. É das profundezas de seu interior que emanam as forças que animam o dueto com Lenine na sertaneja Saudade (Chico César e Moska) e que alimentam a melancolia da ruralista guarânia Guriatã (Roque Ferreira, sempre inspirado). Enfim, por mais que nem todo o repertório seja irretocável (O Nunca Mais também está aquém da inspiração habitual de seus autores Roberto Mendes e Capinam), Tua - no todo - se impõe, pela refinada costura e pelo canto da intérprete, como outro grande CD de Maria Bethânia em década tão profícua.

64 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Distante da energia festiva do gêmeo Encanteria, Tua - o disco romântico de Maria Bethânia - celebra o amor em clima outonal. A faixa que abre o CD, É o Amor Outra Vez (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro), traduz o tom do álbum com sua suavidade que deságua na atmosfera esfumaçada dos sambas-canções. Bethânia evita os arroubos dramáticos de outrora - ligeiramente evocados em Você Perdeu (Márcio Valverde e Nélio Rosa), linda canção de atitude mais firme, introduzida pela citação de Dama, Valete e Rei (Ruthinaldo e Paulo Gracindo) - em favor do tempo da delicadeza. É nesse fogo brando que arde a chama da paixão celebrada em Tua, a faixa-título de Adriana Calcanhotto. A citação de canções para sublinhar o sentido dos versos de outras músicas funciona bem e reafirma o perfeito entendimento que Bethânia tem dos textos que recita ou interpreta. Pena que uma canção como O Que Eu Não Conheço (Jorge Vercillo e J. Velloso) - costurada com A Mão do Amor (Roque Ferreira) - esteja aquém do histórico dos autores e do repertório habitual da intérprete. A faixa é pontuada pelo toque pop da guitarra de Victor Biglione. Aliás, a presença de virtuoses é uma das marcas de Tua. Se o bandolim de Hamilton de Holanda valoriza Remanso (uma das canções mais pungentes da parceria de Moacyr Luz com Aldir Blanc), o fraseado de Paulinho Trompete sublinha os versos de Fonte (Saul Barbosa e Jorge Portugal), faixa na qual Bethânia arrisca falsetes no final, exibindo a força de uma voz que envelhece como os melhores vinhos. E o fato é que, nesse tempo de maturidade, Bethânia oferece grandes momentos no CD Tua. A canção de Arnaldo Antunes e Cézar Mendes, Até o Fim, põe fé no amor com comovente devotamento. O acordeom de Toninho Ferragutti pontua a faixa com uma maestria que atinge alto grau de refinamento na sublime Domingo (Roque Ferreira), em que o acordeom remete tanto à atmosfera das canções francesas quanto ao ambiente interiorano dos circos das periferias. Bethânia é do interior. É das profundezas de seu interior que emanam as forças que animam o dueto com Lenine na sertaneja Saudade (Chico César e Moska) e que alimentam a melancolia da ruralista toada Guriatã (Roque Ferreira, sempre inspirado). Enfim, por mais que nem todo o repertório seja irretocável (O Nunca Mais também está aquém da inspiração habitual de seus autores Roberto Mendes e Capinam), Tua - no todo - se impõe, pela refinada costura e pelo canto da intérprete, como outro grande CD de Maria Bethânia em década tão profícua.

5 de outubro de 2009 às 11:06  
Blogger Mauro Ferreira said...

Pronto, queridos e ansiosos leitores: aí está a resenha do Tua (em breve, posto a do Encanteria). Também tenho meu tempo próprio. É melhor esperar para fazer uma crítica 'madura' do que ficar refazendo o texto depois para consertar impressões apressadas.
abs, MauroF

5 de outubro de 2009 às 11:08  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, discordo de você em dois pontos: amor outonal? que clichê mais sem graça. Eu adorei o CD, achei de uma delicaza e de uma pujança de arrepiar. Outro ponto que discordo de você, as estrelinhas, na minha opinião: mil estrelas.
Maria
Rio de Janeiro

5 de outubro de 2009 às 11:46  
Anonymous Anônimo said...

Bethânia: Obrigado.
M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!!!!!
Como canta essa mulher...
Arrepiou...
Fernando - Rio

5 de outubro de 2009 às 12:48  
Anonymous Sérgio said...

Eu amei esse disco da Bethânia.

ATÉ O FIM tem um acordeon que realmente me lembrou a música francesa. A letra é linda e delicada, nem parece de Arnaldo Antunes. Escolheram essa faixa pra novela das 8 (Viver a Vida).

É O AMOR OUTRA VEZ começa num piano e deságua num samba-canção que me relembrou Dalva de Oliveira, incluive Bethânia faz um lari-lará no final.

VOCÊ PERDEU é a melhor música do disco. Bethânia com aquele tom de superação, de Volta por Cima. Ela brilho nessa faixa e a citação de Dama Valete e Rei é genial.

SAUDADE é tristíssima, dá vontade de chorar. A voz do Lenine é um bálsamo e como já comentam por aí o dueto já nasceu antológico.

TUA traz uma caracteristica da Adriana que é ter uma canção poética (é poesia pura) com uma batida pisando levemente no pop. A música é linda e tem cara de hit.

FONTE é uma canção de amor literalmente. Ela me lembrou as canções do Rei Roberto Carlos. Um clima de boate com um trompete ficou lindo.

O QUE EU NÃO CONHEÇO - EU gostei e achei muito bem escrita. Jorge Versillo mostrando seu eu-lírico feminino. "O que de mim aparece é o que Deus tece" "quando te encotro descubro novos limites" Isso é a alma feminina Mauro! Gostei da letra sim e da melodia mais ainda, o arranjo com guitarras é a surpresa (boa) da faixa!

Essas são as faixas que eu mais gostei!

5 de outubro de 2009 às 13:59  
Anonymous Anônimo said...

Maria Bethânia arrasou nesses dois novos CDs, estão lindos e me surpreendi com a qualidade musical do disco Tua. A parceria com Omara rendeu à Maria Bethânia uma melhor compreensão musical. Ela está cantando cada vez melhor e os arranjos estão muito sofisticados.
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Leo

5 de outubro de 2009 às 14:07  
Anonymous Laura said...

Os melhores discos do ano, já baixei e certamente vou comprá-los ! Bethânia está maravilhosa!! Amei a música tua e você perdeu!!!

5 de outubro de 2009 às 14:09  
Anonymous Anônimo said...

"...uma voz que envelhece como os melhores vinhos..."

Adorei esta frase sua, Mauro!

5 de outubro de 2009 às 14:09  
Anonymous Anônimo said...

Corretíssimo,Mauro!Belíssimo o "clima outonal" que Bethania nos apresenta.Mostra que essa adequação é coerente com sua alma peculiar de artista com compromisso com sua verdade.Não busca mais os apelos do sentimentalismo dos grandes desejos e paixões desenfreadas.Bethania não combina com dançantes tardes quentes em salões embolerados.Sabe mesmo é que a atmosfera de frescor e a luminosidade da noite onde o samba-canção reina com elegância requinte e principalmente brasilidade,a expressão do interprete munida dessa combinação de ritmo,poesia e lingua natos o torna um previlegiado no universo.Bethania quer,Bethania pode!

5 de outubro de 2009 às 15:29  
Anonymous Bia said...

Betânia reina! Estou ouvindo sem parar as faixas Tua e Fonte. Não há nada melhor pra quem está apaixonada...

5 de outubro de 2009 às 16:07  
Anonymous Pedro said...

Tua é o disco do ano, ao lado de Pelo Sabor do Gesto, da Zéila. Aliás, Zélia e Bethânia (duas deusas) merecem todo nossa reverência. Senti falta de uma canção de Zélia nesse disco novo.. quando será que Bethânia vai se render à poesia-pop de Zélia Duncan e vai gravá-la?

Gpostei das 11 faixas, mas cito entre as minhas preferidas: Tua, Até o Fim e Dama Valete e Rei/Você Perdeu. O dueto com Lenine realmente ficou encantador. As músicas escolhidas pra abrir e fechar o disco também são bem fortes (bem Bethânia).

Bethânia está cantando absurdamente bem, a voz dela está uma coisa encorpada, os arranjos estão chiques. Bethânia passa a impressão que encorporou uma Edith Piaf ou Judy Garland. Sem dúvida, é a artista da década.

O Encanteria também é um luxo.

5 de outubro de 2009 às 16:19  
Anonymous maria said...

Este me pegou de jeito. Foi a trilha sonora de meu final de semana.
O acordeom de Ferragutti me levou para lugares deliciosos. Bethânia cantando na medida certa. Repertório primoroso, a gente ouve na sequência sem quebrar o clima.

Você Perdeu me arrebatou. Remeteu a uma das canções que mais me emocionam em seu repertório: Na Primeira Manhã.

Não há dúvida que essa exuberância criativa da Bethânia XXI poderia resultar obsoleta ou repetitiva não fôsse produto da vivacidade de uma artista incrivelmente antenada com seu tempo e em invejável consonância consigo.

maria

5 de outubro de 2009 às 16:28  
Anonymous Neto said...

Falar de Maria Bethânia é chover no molhado, ela é maravilhosa e sempre faz coisas, de bom gosto e bem feitas. O disco Tua é irreprensível. Amei e não paro de escutar.

Gostei muito da música A Mão do Amor (Roque Ferreira). Pena que ela só canta um trecho pra introduzir uma outra música. Gostaria de ouví-la de maneira integral..

Será que Bethânia vai cantar essa música no novo show, com a letra completa, Mauro?

5 de outubro de 2009 às 16:36  
Anonymous Anônimo said...

A Maria Bethânia arrasou... essa capa tá linda, a música tua é realmente muito bonita, inclusive gostei muito desse título do disco TUA, que belo nome pra abtizar um CD..

Tua tua tua e só tua...

5 de outubro de 2009 às 16:41  
Anonymous Anônimo said...

A Bethania arrasou DE-NO-VO.
Essa mulher tem uma pontaria que, louvado seja o deus!!!!!!

2 cds antológicos. Eu sempre imaginei que ainda houvesse boa música para ser gravada, não era possível que não saísse nada realmente relevante (hj toda cantora muderninha quer apresentar sua "lavra"). Aí chegou a baiana e mostrou que as labaredas ainda queimam. Com isso tem me proporcionado dias de enlevo.

APLAUSOS DE PÉ, MARIA BETHANIA!

5 de outubro de 2009 às 17:20  
Anonymous Léo said...

Maria Bethânia sempre surpreendendo.. enquanto todos eperavam que ela viesse falando de amor de um jeito pop, confessional e até mesmo comercial, ela chega mostrando nuances do amor, esolhendo ele como substantivo e falando exatamente sobre ele e o melhor, de uma maneira clara, direta, curta e certeira.

Como disseram, os arranjos estão sofistiados, ela veio com novos intrumentos, sempre fugindo do óbvio.

Maria Bethânia está cada vez melhor.

5 de outubro de 2009 às 18:08  
Anonymous Anônimo said...

Cade a musica que a Ana Carolina fez pra ela?? Vc mesmo disse Mauro que a Ana havia entregado uma linda canção pra Betania!! Adoro quando a diva Betania canta algo da Aninha...

5 de outubro de 2009 às 18:09  
Anonymous Anônimo said...

rosemberg

lindo cd.
da vontade de comprar um monte deles e sair distribuindo as pessoas que amamos.
tomara que a gravadora trabalhe bem para que ele chegue ao maximo de pessoas possiveis.

lenine é dez.

5 de outubro de 2009 às 19:40  
Anonymous Anônimo said...

Ah,que cd delicado,bom de se ouvir!
A medida que vamos ouvindo tudo fica mais incrível.Se só tivéssemos
"É o amor outra vez","Tua',"Até o
Fim","Saudade",já bastaria.E a voz e interpretações da cantora? Tocantes.Que bom ter Bethania tão ativa ,tornando nossas vidas mais felizes! Que músicos especiais (TUA/ ENCANTERIA).Acertou de novo!!

5 de outubro de 2009 às 20:14  
Anonymous Anônimo said...

Desta vez a Rainha resolveu deixar claro que ainda é a grande cabeça pensante entre as cantoras da MPB.
Fez os dois melhores cds dos últimos tempos. Estrela, Vc Perdeu e Fonte não me saem da cabeça.
E olha que estou economizando as audições para prolongar o prazer o máximo possível.

5 de outubro de 2009 às 20:15  
Anonymous Anônimo said...

arranjo sublime!!
metaforas maravilhosas!!
nós, baianos estamos definitivamente gratos e emocionados com a oportunidade que Maria Bethania dá aos incriveis compositores da nossa terra!!!
linda canção, "você perdeu" é a melhor musica do cd tua!!

5 de outubro de 2009 às 20:18  
Anonymous Lúcio said...

Todo mundo fala da música VOCÊ PERDEU e esquece de outras canções lindas do CD.. Fonte é maravilhosa, Tua é muito linda também, sem contar aquela música que ela canta com Lenine que é pra mim o ponto alto do CD!

5 de outubro de 2009 às 23:21  
Anonymous Anônimo said...

Bethânia se supera!! Belissimo esse disco e o encanteria, destaco sete trovas e tua como as minhas preferidas

5 de outubro de 2009 às 23:27  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com Lúcio, há várias canções belíssimas no disco, como Fonte, É o amor outra vez, Até o fim, muito embora Você Perdeu seja arrebatadora e um momento especialíssimo da Bethânia. Onde teria garimpado essa jóia? Eu nunca vi falar dos compositores!
Lia, de Sampa

6 de outubro de 2009 às 06:47  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, embora o outono seja minha estação preferida, não concordo com sua adjetivação 'amor outonal' para o CD em questão.
Com o bom senso que lhe é peculiar, Bethania passa longe dos arroubos juvenis mas apresenta canções de amor para as quatro estações.

Obrigadíssimo pelos posts.

6 de outubro de 2009 às 09:35  
Anonymous Anônimo said...

É que Voce Perdeu traz de volta a Bethania arrebatada em uma canção pungente, daquelas que ela gostava e que a gente gosta até hj...meus sais!

6 de outubro de 2009 às 11:33  
Anonymous Anônimo said...

Bethânia conseguiu fazer o CD DE AMOR mais lindo do mundo. Não existe nada igual. Amor dito da forma mais linda possível. Sem ser piegas, lamurioso, brega. E o hit gay, ninguém sacou?
Cláudio - Rio

6 de outubro de 2009 às 12:15  
Anonymous Anônimo said...

Só existe uma nota para esse trabalho: UM MILHÃO DE ESTRELAS.
ARRASOU!
Frederico

6 de outubro de 2009 às 13:32  
Anonymous Sérgio said...

Amei Você Perdeu, mas concordo que há outras músicas lindas no CD e até melhores que essa, como é o caso de Até o Fim, Fonte, Saudade e Domingo.

6 de outubro de 2009 às 13:34  
Anonymous Leo said...

Para o anônimo das 12:15:

Eu não percebi nenhum hit gay! De qual música você está falando? Poderia ser mais especifico.

6 de outubro de 2009 às 14:57  
Anonymous Anônimo said...

Bethânia é maravilhosa, já sabia que vinham duas pérolas, assim como Mar de Sophia e Pirata!

6 de outubro de 2009 às 14:58  
Anonymous Omar said...

Os dois cds são bonitos, mas a Bethânia está ficando muito elitista pro meu gosto.. discordo de quem disse que ela está falando de amor de maneira simples, pois não há nada de simples nesse disco!! Algumas letras são dificeis pra compreender, como é o caso de remanso, o nunca mais, saudade e até mesmo a balada Tua.. as melodias são bonitas, os arranjos também, mas pouca gente entende a letra, são frases com construções dificeis e palavras pouco usadas no dia a dia!! Eu sei que isso é bom, é sinal de qualidade, mas eu acho que ela poderia fazer uma coisa poética, mas que seja simples, como explode coração por exemplo. Podem me apedrejar, mas é a minha opinião, isso não tira do disco a qualidade, pois realmente é bonito, mas dificilmente ela vai estourar alguma música no Brasil com esse tipo de letra!! Até mesmo VOCÊ PERDEU que tão elogiando aqui no forum tem umas frases estranahs, ja começa com um enigma NOVES FORA É QUASE NADA E ERA DE VIDRO O PAPEL, MEIA VOLTA NA CIRANADA ??? É mais ou menos desse tipo de coisa que eu to falando!!

Mas é só a minha humilde opinião!!

6 de outubro de 2009 às 15:41  
Anonymous anne said...

15.41, amei os cds mas amei igualmente seu comentário.
Às vezes faz falta um Nossa Canção pra gente sossegar os neurônios...
palmas pra vc

6 de outubro de 2009 às 16:06  
Anonymous Sérgio said...

Me poupe.. se querem romantismo com letras fáceis e populares pra "estourar" procurem um disco de Alcione!!

Era só o que me faltava..

6 de outubro de 2009 às 17:26  
Anonymous Sergio II said...

Com certeza no show MB apresentará algo mais 'palatável'. Recentemente tivemos Vai ficar na Saudade, Nossa Canção, Escandalosa, Gostoso Demais, e um ou outro Roberto Carlos - até onde não deveria como em Dentro do Mar... E sempre que o roteiro vai ficando cansativo ela ataca de Negue, Ronda, Mensagem, enfim, estes torpedos certeiros que acordam a plateia. Portanto, fiquemos tranquilos.

Embora Encanteria seja mais 'fácil', gostei mais do Tua. A gente vai digerindo devagar e ele fica mais saboroso a cada audição. No total deve ter apenas umas 3 ou 4 canções que considero dispensáveis.
Estrela, Domingo, Sete Trovas, são deslumbrantes. E Bethania voltou a cantar - em estudio - com garra. Como faz em cena.

6 de outubro de 2009 às 18:20  
Anonymous Anônimo said...

Tua e Encanteria estão na lista dos 10 melhores discos de estúdio de Bethânia, sem dúvida.

.

junto com: Ambar, Drama, 25 anos, Brasileirinho, Ciclo, Pássaro Proibido, Mar de Sophia, Pirata...

6 de outubro de 2009 às 18:24  
Anonymous Anônimo said...

Meu Caro Omar
Leia outra vez a letra de Você Perdeu.
"noves fora quase nada e era de vidro o anel, meia volta na ciranda não há estrelas no céu..."´Parece-me uma brincadeira com uma cantiga de roda tão conhecida!
Pense bem que vc vai lembrar e gostar mais ainda da canção que É B E L I S S I M A.

CARLA - sÃO PAULO/sp

6 de outubro de 2009 às 22:34  
Anonymous Anônimo said...

Gente!!!

Mais uma vez Bethania arrasoooooou!

Tua (CD) é uma preciosidade. Tua (canção) é lindíssima.
A parceria com Lenine é tudo.
Você Perdeu é muito, muito linda.
Quem são esses caras (Marcio e Nelio)Mauro????

Marcia
Rio de Janeiro

6 de outubro de 2009 às 22:39  
Anonymous Anônimo said...

Oi Mauro!
Quando alguém que eu curto lança um CD fico aguardando seus comentários só pra ver se eu penso mais ou menos como um grande crítico. Fiquei distante do computador por uns dias e assim que pude fui ver quais eram as suas novidades. Quando vc falou de Bethânia corri pra Biscoito Fino pra ouvir o Cd meu olho bateu em Você Perdeu e eu ouvi várias vezes, é linda. Tb estou encantada por Saudade, que parceria fantástica Bethania e Lenine!

Abraço

Dani

6 de outubro de 2009 às 22:46  
Anonymous Leo said...

Para OMAR:

Se a maioria da população não tem capacidade para compreender versos de poesia musicados, a culpa não é de Bethânia. Ela está cumprindo seu papel de artista e gravando belíssimas músicas. Ela não pode se guiar pelo fácil e popularesco para agradar à grande massa.

No mais, acho que você exagerou. Há canções simples no disco. "Fonte" , "Domingo" e "Até o Fim" são bem fáceis. A própria "Você Perdeu" é de fácil entendimento, como explicou o colega acima, tanto que é a que agradou a maioria dos fãs. Tem até cara de hit.

Portanto, não podem criticar Bethânia de está sendo elitista. Os discos estão lindos! Uma crítica tão vazia como essa de que "as letras são difciceis"só pode ser brincadeira..

Ouça com mais atenção que você vai entender! Abraços

7 de outubro de 2009 às 01:09  
Anonymous Anônimo said...

Simone grava Agepê, Caetano grava Que faço eu da vida sem vc, Marisa grava Amor I love you, Nana grava boleros de monte, Gal já foi de Sullivan e Massadas, enfim...nem só de Wisnick, Guinga, Chico, Tom, Sueli, vivem estes intérpretes que precisam, sim, se comunicar com a galera. E, cá entre nós, quem não gosta de uma Lama, um Robertão, um Beijinho Doce (sabiam que Bethania cantava esta em um show dos 70?)

Me irrita menos o repertório 'elitista' do que o cantar desentesado, apenas protocolar. Bethania já fez isso algumas vezes mas nestes 2 cds está em plena Estudantina. Dando o seu melhor.
Sucesso!!! E que venha o show (parece que nos ensaios ela tem emendado Guriatã com Meu Primeiro Amor)

7 de outubro de 2009 às 09:33  
Anonymous Anônimo said...

Isso de cantora elitista é papo passado.Não convence mais niguem.Vem desde a era Collor que dinamitou a cultura nacional propagando que tudo que se produz tem que dar muito dinheiro para compensar o investimento,então valorizou o mercado das massas.FHC endossou isso.É célebre a sua briga ideológica com Chico Buarque que recebeu do presidente neo-liberal a alcunha de "elitista".O governo do PT,partido fundado por um aelite intelectual,diz que não, mas utiliza o mesmo modelo econômico e também o mesmo preconceito ao tal "elitismo". Bethania não é boba,hoje tem toda uma empresa competentíssima e empreendedora da boa música que lhe da todo suporte para fazer o que quer,sem se preocupar apenas com lucro.Seus objetivos são outros.Sua unica herdeira e necessitada de cuidados especiais é a MPB de qualidade.E de quebra o que sobra para nos são essas maravilhas que vem produzindo.Ao contrário de sua musa Nana Caymmi,adepta e fã do neo-liberalismo,vem remando numa corrente contrária de Bethania.Iniciou uma carreira maravilhosa,se impos como sinônimo de qualidade acima de tudo e agora permanece ainda iludida e preocupada com o mercado.Talvez Bethania elogi e fale tanto de de Nana atualmente porque queira traze-la para o lugar onde sempre reinou e possam reinar juntas,porque essa Betha é o maximo!

7 de outubro de 2009 às 09:51  
Anonymous Anônimo said...

“Se a gente não sabe se ama
Se a gente não sabe se quer
Não vai saciar essa chama
Se não decifrar o que é
Se algo entre nós se insinua
E doce tontura nos traz
O que delicia a tortura
E não dá descanso nem paz

É que o amor
Não se dissolve assim
Sem dor
Se não for até o fim

Se a gente não sabe se ama
E não se decide que quer
A dúvida não desinflama
Enquanto a gente não se der
Se algo entre nós se insinua
E não se disfarça sequer
Não dá pra deixar pra outro dia
De outra semana qualquer

É que o amor
Não se dissolve assim
Sem dor
Se não for até o fim”

Até o fim, na brilhante interpretação de Maria Bethânia, uma belíssima e comovente canção de amor. O mais lindo “hino de amor gay” que já ouvi. O tipo de música que faria encher a pista de enamorados nos tempos da saudosa Gaivota!

Maria - Rio

7 de outubro de 2009 às 11:53  
Anonymous Sérgio said...

Maria,

Essa de hino gay não tem nada a ver! A música fala de amor - só isso! Tanto pessoas homossexuais, como pessoas heterossexuais podem se sentir identificadas com a letra.. a letra é aberta. Tanto é que a música é tema de um casal homem/mulher da novela das 8 que são amigos e colegas de profissão (médicos), mas que há um clima estranhho entre eles que pode ser o início de uma paixão. A mulher já percebeu isso, mas o rapaz ainda não. Toca essa música quando eles se encontram e a letra tem tudo a ver com a situação.

Pode ser que um gay se identifique com a música, mas isso não significa que ela seja um hino gay! Que bobagem!

7 de outubro de 2009 às 13:22  
Anonymous Anônimo said...

Eu acho que Até o fim é uma das mais bonitas canções de amor que eu já ouvi, na voz de Bethânia arrebenta... E tem tudo para virar um hino gay, sim, que não tem nada a ver com os autores da canção ou os personagens de novela. É tudo amor, mas quando cai no coração do público gay é uma maravilha. Fica uma delícia. Lembram do Grito de Alerta, do Gonzaguinha, e do Paula e Bebeto, do Milton e Caetano? Músicas de amor, qualquer que ele seja – pois toda forma de amor vale a pena – e que são maravilhosos hinos gay.
Carlos - Sampa

7 de outubro de 2009 às 14:56  
Anonymous Anônimo said...

Eu acho que Até o fim é uma das mais bonitas canções de amor que eu já ouvi, na voz de Bethânia arrebenta... E tem tudo para virar um hino gay, sim, que não tem nada a ver com os autores da canção ou os personagens de novela. É tudo amor, mas quando cai no coração do público gay é uma maravilha. Fica uma delícia. Lembram do Grito de Alerta, do Gonzaguinha, e do Paula e Bebeto, do Milton e Caetano? Músicas de amor, qualquer que ele seja – pois toda forma de amor vale a pena – e que são maravilhosos hinos gay.
Carlos - Sampa

7 de outubro de 2009 às 16:01  
Anonymous lucca said...

Maria Rio, menas, bebê...bem menas...amor é amor

09.51, vc está coberto de razão quanto a Nana. Ela própria comentou em entrevista que depois das vendagens do primeiro disco de boleros, gostou da coisa e resolveu seguir adiante pq tb precisa de grana...
Acho a voz de Nana uma viagem. Quando jovenzinho nem sempre conseguia ouvi-la pq ela me provocava uma sensação extremamente forte. Com o tempo isto foi se diluindo e hj seus cds abolerados não me dizem muita coisa.
Bethânia, entretanto, é uma fonte recorrente de emoção da boa.
Estes cds estão bem bacanas. Ouvi tanto por estes dias que resolvi dar uma segurada pra não empapuçar.

abçs a todos.

7 de outubro de 2009 às 16:09  
Anonymous Bruno said...

Li reclamações sobre letras dificeis e acho REMANSO uma música dificilima, mas ao mesmo tempo tãolinda.. versos soltos que falam sobre os olhos da pessoa amada.. e aquele bandolim maravilhoso acompnahando, que faz um solo mais marvailhoso ainda.. é de chorar!!

7 de outubro de 2009 às 16:22  
Anonymous Anônimo said...

A Zélia Duncan (maravilhosa) fez uma crítica sobre o Tua e Encanteria que foi publicada na Folha de São Paulo!

Resenha lindissima!

Bem que Bethânia poderia gravar Zélia..

7 de outubro de 2009 às 16:24  
Anonymous Anônimo said...

Cadê a crítica que a Zélia Duncan fez? Alguém poderia copiar aqui?

Bom, nem li a crítica ainda, mas Zélia ganhou pontos comigo ao elogiar os dois CDs da Bethânia. Soube até que ela lançou um disco esse ano, vou até comprá-lo pra prestar mais atenção nela!

Bem que ela poderia compor uma música pra Abelha Rainha, né?

8 de outubro de 2009 às 00:57  
Anonymous Anônimo said...

acesse o site da folha de são paulo. o texto da zelia está lá.

alguem perguntou e aqui vai: bethania vem pra são paulo em dezembro e se apresentará no teatro abril.

este show está me parecendo apenas lançamento de cds. as datas do rio e são paulo já foram alteradas, e bethania nada falou a respeito dos shows nas entrevistas. estranho...

8 de outubro de 2009 às 09:13  
Anonymous Anônimo said...

Lucca,mas é claro que as razões de Nana foram outras,ela sai pela tangente pela classe.Depois de anos de carreira quase "indie",sem concessões ao mercado,estava "dura".Sofreu isso na pele com a tragédia do filho.Hoje os tempos são outros, também não sei se Bethania naquela época,com o trabalho que faz hoje teria o mesmo respaldo e o respeito de agora.A revista Bravo a reverencia nos dias hoje.Não dou credibilidade nenhuma a esse veículo.Primeiro que BethAnia não tem nada a ver com Ella Fitzgerald.Tem muito mais a ver com Nana,principalmente agora.E foi ridícula na edição passada na matéria sobre o primeiro FIC.Não havia rivalidade entre Nana e Elis.Elis era muito competitiva e se rivalizava com tudo e com todos.Nana ganhou a fase nacional do festival louvores da platéia. As vaias foram na fase internacional e Elis ja estava fora.Ficou parecendo na matéria que o publico preferia Elis a Nana.Ainda por cima colocaram como ilustração uma foto de Clara Nunes como se fosse Nana.A falta de popularidade de Nana sempre foi motivo para certos veículos discriminá-la e marginalizá-la.Bethania sabe disso como ninguem.Bethania sabe tudo e um pouco mais e com intelig~encia e sensibilidade suprema.E ai de quem não respeita-la.

8 de outubro de 2009 às 09:16  
Anonymous Anônimo said...

Há tempos MB não vinha com um disco tão bom quanto TUA. Show!

8 de outubro de 2009 às 21:23  
Anonymous zeca said...

Encantaria me agradou bem menos, embora tenha Estrela que é rapidamente digerida, e Quatro Trovas que é bem gostosa e ganhou bom arranjo de samba do bom - sem escapismos ou estilizações dispensaveis. De resto é mais do mesmo: auto-referências, louvações, violas, etc.

Tua consegue ser contemporâneo sem ser modernoso. Bethania consegue passar credibilidade na paixão sem recorrer a antigas prerrogativas que soariam vulgares a esta altura de sua vida. E abriu espaço para os músicos (alguns virtuoses) como raramente faz. Ficou bacana.
A gente ama mais o que leva mais tempo para começar a amar. Isso é Proust.

8 de outubro de 2009 às 23:55  
Anonymous Anônimo said...

Caro Zeca, é Sete Trovas, da mineira Consuelo de Paula, compositoraça!, merece ser ouvida. No mais, penso contrário a você: considero o Tua mais do mesmo, é modernoso, não-moderno. Já Encanteria, um desses discos que veio para ficar muito, muito tempo. Algumas canções (como Sete Trovas)facilmente se tornarão referência clássica no repertório de Bethânia.
(Vinícius)

9 de outubro de 2009 às 16:51  
Anonymous Lia Márcia said...

Para o anônimo 00:57
ZÉLIA DUNCAN
ESPECIAL PARA A FOLHA DE SÃO PAULO

Chegam então na minha casa "Tua" e "Encanteria" , os novos álbuns de Maria Bethânia. Pensando no "álibi de ter nascido ávida", abro o envelope com pressa e começo a tentar ouvi-los pelas imagens. Sou da geração que acredita nas capas, que precisa delas. São fotos verticais, que apontam aos meus olhos que o caminho é sempre mais que a chegada e que ela, já tão imensa, sempre estará disposta a crescer.
A contracapa me dá outras pistas. Em uma, "Tua", há uma impossível bússola entalhada pelas palavras "love", "yes", "no", "me", num quase coração de ferro, onde uma seta aponta para a palavra "yes". Sim, o coração de Bethânia diz sim. Na outra, "Encanteria" , suas mãos, pintadas de um vermelho índio, tocam o tronco de uma árvore. Bethânia sempre encosta no fundamental, se alimenta de suas raízes, não as perde de vista.
Fone nos ouvidos para não perder nada, deixo Bethânia desfolhar as melodias que escolheu em "Tua". Ah, o sentimento de cantar, o sopro desse instrumento misterioso que mora dentro da gente.
Preciso de duas audições para absorver também os outros instrumentos, se não Bethânia me leva sozinha para o seu universo onde a voz se basta. O piano de João Carlos Assis Brasil me traz do transe vocal para o transe da primeira canção como um todo. Afinal, os autores Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro abrem os trabalhos com jeito de clássico.
Não à toa, composições de Roque Ferreira, conterrâneo de Bethânia cada vez mais cantado, aparecem em três ocasiões, inclusive no encerramento, com direito ao acordeon musette (sonoridade mais francesa) de Toninho Ferragutti. Sempre que Bethânia canta algo de Adriana Calcanhotto eu as ouço como uma dupla. Algo certo, justo, inteiro e emocionante. A faixa-título, "Tua", não me deixa mentir.
"Fonte" (Saul Barbosa/ Jorge Portugal) e "Você Perdeu" (Márcio Valente/ Nélio Barbosa), separadas por uma citação ("Dama, Valete e Rei"), chegam rasgando a cena, com um jeito deliciosamente popular.
Lenine abre a linda "Saudade" (Chico César/Moska) como cantor convidado, fazendo jus ao convite, com a verve de quem ouviu muito Bethânia pela vida. "Saudade desigual, nunca termina no final."
"Quero nada que clareia, quem clareia aqui sou eu." Aqui, Bethânia é natureza, prece, reafirmação do olho d'água de sua vida e de seu canto. Mas, ainda assim, inédita, trazendo a brisa do que está sempre sendo descoberto por ela. O prazer renovado de estar em cena porque tem muitas coisas para dizer. Roque Ferreira e sua produção generosa aparecem não menos que quatro vezes, ao lado de Paulo Pinheiro, Pedro Amorim, Jaime Alem, Consuelo de Paula, Etel Frota, Rubens Nogueira, Vanessa da Mata e Vander Lee. Caetano e Gil se revezam na irresistível "Saudade Dela" (Roberto Mendes/ Nizaldo Costa) para matar nossa saudade dos três juntos.
"Encanteria" não é mais brasileiro, porém soa mais regional e enraizado, conforme prometia a linda contracapa. Agora, misturo "Encanteria" e "Tua" para tentar entender por que eles são dois, mas confesso que, no meu iPod, vou passar de um para o outro sem perceber. Mais do que ponte, a alma da voz amarra os assuntos, os autores e tudo mais que se transforma no desejo de Bethânia de abrir a boca e nos levar para onde ela quiser. Assim como no Flautista de Hamelin, seguimos desarmados e felizes pelas estradas da Bahia e do mundo.

9 de outubro de 2009 às 18:32  
Anonymous Eduardo Alves said...

Olá a todos... sou compositor e cantor, me chamo Eduardo Alves, sou santamarense, portanto conterrâneo de Bethãnia fã incondional dela, independente da proximidade.
De Márcio valverde e Nélio Rosa, sou amigo e irmão. Vi num desses posts do agradabilíssimo blog de Mauro Ferreira, alguém perguntando quem eles são... a canção já os credencia, mas faço questão de apresentá-los a vocês.
Márcio e Nélio são amigos, compadres e grandes compositores, verdadeiros estetas da canção, e agora pela voz de Bethânia são revelados à cena da MPB em grande estilo. Saibam que da safra de ambos, existem tantas outras pérolas feito Você perdeu. Atenções intérpretes, Santo Amaro lhes aguarda, a fonte está aqui viva e abundante.
Márcio acaba de produzir o primeiro cd de sua espósa Lívia Milena, intitulado "Olhos de Pagu". No álbum, que esperamos ser lançado o quanto antes, inúmeras canções de Márcio e outros compositores de nosso convívio, todos próximos geográfica e emocionalmente. Justamente para marcar este momento especial e festivo que estamos vivendo aqui, Você perdeu gravada de forma deslumbrante, comentários efusivos, e a certeza de uma vida inteira dedicada a este nobre ofício de compor,enfim dando frutos que hão de perdurar.
Márcio tem dois cds lançados, e Nélio um, com seus poemas musicados e declamados por um monte de gente bacana. Em nome deles, agradeço demais a todos vocês que dão força a essa bela história. Quem quiser saber mais da obra dos dois, fique a vontade em perguntar, abraços.

10 de outubro de 2009 às 10:29  
Anonymous Anônimo said...

Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas faltou um revisor de texto para o encarte de TUA.
Escritas de próprio punho por Bethania, as letras das canções estão repletas de erros crassos, especialmente na acentuação. MB perdeu, no mínimo, umas duas revisões da lingua portuguesa.
Para quem anda se apresentando em universidades divulgado nossa lingua...

Bethania é grande demais para pagar este mico.
Sua plateia a ouve (e agora a lê), portanto Maria precisa aprender a vigiar.

Nem todos estão surdos (cegos???)

11 de outubro de 2009 às 09:50  
Anonymous Bruno said...

Mauro, qual o nome do novo show? Você tem alguma novidade quanto à isso? Se tiver, por favor nos informe porque esse show está muito pouco comentado, a agenda está confusa, ninguem sabe quando e eonde será o show de SP, cada um diz uma coisa! Eu queria saber notivias sobre o show, o nome, o figurino, o cenário, enfim mais detalhes! Poste aqui quando souber de algo!!

11 de outubro de 2009 às 11:31  
Anonymous Anônimo said...

Ainda bem que alguem chamou a atenção para o fato (anô 9:50). Tb percebi.

Encanteria já me encheu um cadiquinho mas Tua aprecio + a cada audição.
Não vejo a hora de conferir o show.

Vc perdeu é uma canção bacaninha valorizada por uma interpretação primorosa e um arranjo igualmente sensacional. (uma hora achei que ia virar música espanhola).
É O Amor Outra Vez vai nos ganhando aos poucos.
Fonte grudou na minha cabeça.
Guriatã tb grudou.

Bethânia é F........

ah, a crítica do encarte não é demérito...apenas para registrar...a gente não quer só comida...

11 de outubro de 2009 às 11:41  
Blogger Unknown said...

Bacaninha? Por favor!
Você perdeu é a MELHOR cação do cd!

12 de outubro de 2009 às 09:12  
Blogger Safado RJ said...

Caro Omar. Para quem curtiu brincadeiras de criança (nós, geração pré-videogame) sabe do que se está falando em "Você perdeu". São referências a cantigas entoadas pelas crianças e que tratam do universo do amor, no caso "Ciranda, cirandinha". Isso não é elitista, ao contrário, é extremamente popular, mas talvez a memória do povo esteja se perdendo com a tecnologia e qualquer coisa fora do midiático passa a ser "acusada" de culta ou esnobe, como se culto, de cultura fosse algo ruim. Por isso precisamos de Bethânia, para colocar as coisas certas no lugar certo, junto com os compositores que ela grava, como o Valverde e o Rosa. E ainda dizem que ela é repetitiva. Oxalá continue assim!

13 de outubro de 2009 às 16:02  
Anonymous Anônimo said...

ainda ouço TUA em recorrente êxtase

14 de outubro de 2009 às 17:22  
Anonymous Anônimo said...

Uma amiga foi comprar o CD Tua e está esgotado no site da BF. Eu deixei para comprar no dia do show em BH. Será que vou conseguir?
Lucas - BH

4 de novembro de 2009 às 11:45  

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