Mika deixa de ser sensação pop no segundo CD
Resenha de CD
Título: The Boy Who Knew Too Much
Artista: Mika
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * 1/2
Título: The Boy Who Knew Too Much
Artista: Mika
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * 1/2
Fosse o primeiro álbum de Mika, The Boy Who Knew Too Much seria avaliado como o ótimo disco que, a rigor, ele é. Mas o CD - que já vazou na internet antes de chegar às lojas a partir da próxima segunda-feira, 21 de setembro de 2009 - sofre infeliz e inevitavelmente com o peso da cruel comparação com uma das melhores estreias fonográficas de todos os tempos, Life in Cartoon Motion (2007), o festivo álbum de vibe gay que projetou este imigrante libanês radicado na Inglaterra. E o fato é que The Boy Who Knew Too Much não supera Life in Cartoon Motion, ainda que seja paradoxalmente mais bem produzido. Os refrões esfuziantes de Blame It on the Girls e Rain tornam estas faixas candidatas em potencial a reeditar o sucesso de gemas anteriores como Grace Kelly. Mas, como já sinalizara o single We Are Golden (encorpado com coro infantil), a safra 2009 de Mika chega perto, mas não atinge a perfeição pop das músicas de seu primeiro álbum. Sim, dá para identificar em Dr. John e em Good Gone Girl, por exemplo, a mesma vibração que pontuava a anterior Lollipop - a segunda com direito aos falsetes desenvoltos de Mika. Mas nada soa como antes... Há ecos de George Michael em Touches You como havia na anterior My Interpretation. Mas nada soa como antes. Em especial na seara das baladas. I See You (formatada com piano, cordas e coro) e, sobretudo, Pick up of the Floor (outra faixa de produção suntuosa) não roçam a beleza da anterior Any Other World. Embora tenha recorrido novamente ao produtor Greg Wells, Mika ousou não seguir à risca a fórmula do primeiro disco - e isso é um dos méritos de The Boy Who Knew Too Much. O clima de cabaré de Lover Boy, o acento latino-caribenho de Blue Eyes, a ornamentação lúdica de Toy Boy - um destaque de um disco que aborda a infância - e o refinado arranjo vocal de By the Time indicam que Mika evolui e não ambiciona se tornar um clone dele mesmo. O problema é que somente se pode ser a sensação pop uma vez. E Mika o foi em 2007. Por isso, mesmo sendo um bom álbum, The Boy Who Knew Too Much desfaz parte da magia que havia no disco anterior do artista. Pena.
9 Comments:
Fosse o primeiro álbum de Mika, The Boy Who Knew Too Much seria avaliado como o ótimo disco que, a rigor, ele é. Mas o CD - que já vazou na internet antes de chegar às lojas a partir da próxima segunda-feira, 21 de setembro de 2009 - sofre infeliz e inevitavelmente com o peso da cruel comparação com uma das melhores estreias fonográficas de todos os tempos, Life in Cartoon Motion (2007), o festivo álbum de vibe gay que projetou este imigrante libanês radicado na Inglaterra. E o fato é que The Boy Who Knew Too Much não supera Life in Cartoon Motion, ainda que seja paradoxalmente mais bem produzido. Os refrões esfuziantes de Blame It on the Girls e Rain tornam estas faixas candidatas em potencial a reeditar o sucesso de gemas anteriores como Grace Kelly. Mas, como já sinalizara o single We Are Golden (encorpado com coro infantil), a safra 2009 de Mika chega perto, mas não atinge a perfeição pop das músicas de seu primeiro álbum. Sim, dá para identificar em Dr. John e em Good Gone Girl, por exemplo, a mesma vibração que pontuava a anterior Lollipop - a segunda com direito aos falsetes desenvoltos de Mika. Mas nada soa como antes... Há ecos de George Michael em Touches You como havia na anterior My Interpretation. Mas nada soa como antes. Em especial na seara das baladas. I See You (formatada com piano, cordas e coro) e, sobretudo, Pick up of the Floor (outra faixa de produção suntuosa) não roçam a beleza da anterior Any Other World. Embora tenha recorrido novamente ao produtor Greg Wells, Mika ousou não seguir à risca a fórmula do primeiro disco - e isso é um dos méritos de The Boy Who Knew Too Much. O clima de cabaré de Lover Boy, o acento latino-caribenho de Blue Eyes, a ornamentação lúdica de Toy Boy - um destaque de um disco que aborda a infância - e o refinado arranjo vocal de By the Time indicam que Mika evolui e não ambiciona se tornar um clone dele mesmo. O problema é que somente se pode ser a sensação pop uma vez. E Mika o foi em 2007. Por isso, mesmo sendo um bom álbum, The Boy Who Knew Too Much desfaz parte da magia que havia no disco anterior do artista. Pena.
Taí a resenha do disco, com meus agradecimentos ao leitor-fonte que me passou o link do disco e pediu anonimato. Grato. Abs, MauroF
Mauro, Vc recebeu o CD Nego? Ele conta com a participação de diversos artitas, como Maria Rita, Gal Costa, Carlinhos Brown. Não teremos sua critica sobre este CD?
O primeiro cd é ainda garantia de sucesso em qualquer festa na minha casa! Dez!!!! Quem ainda nao ouviu nao sabe o que está perdendo... Claro que vou adquirir o segundo que mesmo nao sendo ótimo, já fica acima da média do que está aí, nao é? Ele é jovem e ainda vai aprontar muito!!! rsrsr beijo a todos
achei o cd ótimo. Claro, o primeiro é melhor, pelo frescor de novo. Mas este ultimo, é tão interessante quanto o primeiro.
Mauro
Leio diariamente seu blog.
Gostaria de coseguir seu e-mail, porque desejaria encaminhar para você um material de um músico do Rio Grande do Norte.
Abraços, aguardo retorno.
Então, de acordo com a sua posição, Mika deveria ter encerrado a carreira após o primeiro CD? É isso?
concordo com o mauro....esperava mais desse cd,mas fato é,ja estavamos muito acostumado com o primeiro,por isso que não nos acostumamos com o segundo!
Poxa, o Mika deixou claro desde o começo que esse álbum seria totalmente diferente do primeiro. O disco NÃO aborda a infância, e sim a adolescência do cantor, da para perceber claramente pelos versos de we are golden. The Boy who knew too much nao desfez magia do Mika, pelo contrário, deu um toque a mais como misturar avelã ao chocolate. O proprio cantor afirmou que o segundo album nao seria para as rádios. E como você disse, em nenhum momento Mika se tornou um clone monótono, pelo contrario ele sempre faz exatamente o que nao esperamos. É por isso que nunca vai deixar de ser o grande cantor e o exemplo de ser humano que ele é. Comparar as musicas novas com as de life in cartoon motion é crueldade, até mesmo porque se pararmos para observar podemos encontrar até mesmo pensamentos filosóficos com muita mais facilidade em The boy who knew too much. Desculpe se minha opinião vai contra a sua, mas acho que ambos cds são incomparáveis a ponto de tal critica.
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