Energia de Kidjo cativa o Rio em show elétrico
Resenha de Show
Título: Djin Djin
Artista: Angélique Kidjo (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Canecão (RJ)
Data: 10 de setembro de 2009
Cotação: * * * * 1/2
Show em cartaz no Brasil em 13 de setembro na Praça
do Museu Nacional da República, em Brasília (DF)
Foi mais do que um show. A rigor, foi quase um happening, um ritual em que a dança e a música africanas foram postas a serviço da comunhão entre artista e público. Os (poucos) cariocas que foram conferir a apresentação da cantora Angélique Kidjo no Canecão - realizada na noite de 10 de setembro de 2009 dentro de turnê que integra a programação do Ano da França no Brasil - saíram encantados e eletrizados com a energia da cantora nascida na costa de Benin. Ao fim da calorosa apresentação, pessoas da platéia - entre elas, Lenine e a cantora Maria Gadú - já dividiam com a artista o palco do Canecão, incentivadas pela própria Kidjo. A apresentação de Tumba - parceria da artista africana com Carlinhos Brown - serviu de pretexto para um ritual de dança ditado pelo toque tribal dos tambores. Já era uma celebração, e não apenas um show, encerrado com consagrador bis que incluiu Shango e Batonga, hits dessa cantora que aborda a música afro com aguda consciência social e um sotaque global, sem fronteiras.
Ritmos africanos como o zouk e a juju music estão presentes no som caloroso de Kidjo - tocado nos shows por entrosado quinteto formado por músicos negros oriundos de países como Congo, Suriname e Senegal - mas o leque estético da música da artista extrapola o habitual coquetel afro. Entre temas próprios como Malaika e Djin Djin, parceria de Kidjo com Alicia Keys que deu título a álbum lançado em 2007, a africana aborda os repertórios de Rolling Stones (Gimme Shelter), Gilberto Gil (Refavela) e até do popular Peninha (Sozinha, destoante tema entoado em português bem desenvolto, com Kidjo lendo a letra). A temperatura já é alta por si só, mas o discurso humanitário e pacifista da artista aquece músicas como Mama Golo Papa. Elétrica no palco, Kidjo conta ainda a seu favor com uma voz realmente poderosa - como ficou comprovado no tema Senamour (C'est l'Amour), um dos muitos destaques do roteiro. Que começou a virar um happening quando, ao cantar Áfirika (tema de refrão empolgante), Kidjo desceu do palco e percorreu toda a platéia do Canecão, cantando, dançando e propondo a comunhão entre artista e seu público. Inesquecível!!
Título: Djin Djin
Artista: Angélique Kidjo (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Canecão (RJ)
Data: 10 de setembro de 2009
Cotação: * * * * 1/2
Show em cartaz no Brasil em 13 de setembro na Praça
do Museu Nacional da República, em Brasília (DF)
Foi mais do que um show. A rigor, foi quase um happening, um ritual em que a dança e a música africanas foram postas a serviço da comunhão entre artista e público. Os (poucos) cariocas que foram conferir a apresentação da cantora Angélique Kidjo no Canecão - realizada na noite de 10 de setembro de 2009 dentro de turnê que integra a programação do Ano da França no Brasil - saíram encantados e eletrizados com a energia da cantora nascida na costa de Benin. Ao fim da calorosa apresentação, pessoas da platéia - entre elas, Lenine e a cantora Maria Gadú - já dividiam com a artista o palco do Canecão, incentivadas pela própria Kidjo. A apresentação de Tumba - parceria da artista africana com Carlinhos Brown - serviu de pretexto para um ritual de dança ditado pelo toque tribal dos tambores. Já era uma celebração, e não apenas um show, encerrado com consagrador bis que incluiu Shango e Batonga, hits dessa cantora que aborda a música afro com aguda consciência social e um sotaque global, sem fronteiras.
Ritmos africanos como o zouk e a juju music estão presentes no som caloroso de Kidjo - tocado nos shows por entrosado quinteto formado por músicos negros oriundos de países como Congo, Suriname e Senegal - mas o leque estético da música da artista extrapola o habitual coquetel afro. Entre temas próprios como Malaika e Djin Djin, parceria de Kidjo com Alicia Keys que deu título a álbum lançado em 2007, a africana aborda os repertórios de Rolling Stones (Gimme Shelter), Gilberto Gil (Refavela) e até do popular Peninha (Sozinha, destoante tema entoado em português bem desenvolto, com Kidjo lendo a letra). A temperatura já é alta por si só, mas o discurso humanitário e pacifista da artista aquece músicas como Mama Golo Papa. Elétrica no palco, Kidjo conta ainda a seu favor com uma voz realmente poderosa - como ficou comprovado no tema Senamour (C'est l'Amour), um dos muitos destaques do roteiro. Que começou a virar um happening quando, ao cantar Áfirika (tema de refrão empolgante), Kidjo desceu do palco e percorreu toda a platéia do Canecão, cantando, dançando e propondo a comunhão entre artista e seu público. Inesquecível!!
5 Comments:
Foi mais do que um show. A rigor, foi quase um happening, um ritual em que a dança e a música africanas foram postas a serviço da comunhão entre artista e público. Os (poucos) cariocas que foram conferir a apresentação da cantora Angélique Kidjo no Canecão - realizada na noite de 10 de setembro de 2009 dentro de turnê que integra a programação do Ano da França no Brasil - saíram encantados e eletrizados com a energia da cantora nascida na costa de Benin. Ao fim da calorosa apresentação, pessoas da platéia - entre elas, Lenine e a cantora Maria Gadú - já dividiam com a artista o palco do Canecão, incentivadas pela própria Kidjo. A apresentação de Tumba - parceria da artista africana com Carlinhos Brown - serviu de pretexto para um ritual de dança ditado pelo toque tribal dos tambores. Já era uma celebração, e não apenas um show, encerrado com consagrador bis que incluiu Shango e Batonga, hits dessa cantora que aborda a música afro com aguda consciência social e um sotaque global, sem fronteiras.
Ritmos africanos como o zouk e a juju music estão presentes no som caloroso de Kidjo - tocado nos shows por entrosado quinteto formado por músicos negros oriundos de países como Congo, Suriname e Senegal - mas o leque estético da música da artista extrapola o habitual coquetel afro. Entre temas próprios como Malaika e Djin Djin, parceria de Kidjo com Alicia Keys que deu título a álbum lançado em 2007, a africana aborda os repertórios de Rolling Stones (Gimme Shelter), Gilberto Gil (Refavela) e até do popular Peninha (Sozinha, destoante tema entoado em português bem desenvolto, com Kidjo lendo a letra). A temperatura já é alta por si só, mas o discurso humanitário e pacifista da artista aquece músicas como Mama Golo Papa. Elétrica no palco, Kidjo conta ainda a seu favor com uma voz realmente poderosa - como ficou comprovado no tema Senamour (C'est l'Amour), um dos muitos destaques do roteiro. Que começou a virar um happening quando, ao cantar Áfirika (tema de refrão empolgante), Kidjo desceu do palco e percorreu toda a platéia do Canecão, cantando, dançando e propondo a comunhão entre artista e seu público. Inesquecível!!
Angélique Kidjo é uma artista maravilhosa. Tive o prazer de conhecer seu trabalho após os lindos duetos com Daniela Mercury em "Tumba" e "Dara". É virtuosa, calorosa, uma explosão. Aqui em Salvador o show dela na Concha Acústica não deixou ninguém parado e, com certeza, arrebatou uma legião de fãs, que eu nem sabia que ela tinha aqui no País. Maravilhosa! Viva Angélique! Que venha mais ao Brasil!
tenho quase todos os cds,
ainda me lembro,da tarde em sampa,qd ouvi pela primeira vez, "oremi"!
ela é de outro planeta!
Lu!
Será que agora se acha com mais facilidade os cds dela por aqui, no Brasil? Odeio ter que ficar baixando, mas se as gravadoras não querem vender, não tenho outra opção, pois o importado é muito caro!
Oi Mauro
você tem mais fotos ou algum vídeo desse show?
Fui uma das pessoas que ela tirou pra dançar no palco e adoraria ter um registro desse momento.
Obrigado
abs
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