Mart'nália saúda Jorge, à vontade no seu espaço
Resenha de Show
Título: Mart'nália no Espaço Laranja
Artista: Mart'nália (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Hideaway - Espaço Laranja (RJ)
Data: 23 de abril de 2009
Cotação: * * * * 1/2
Em cartaz às quintas-feiras - às 22h30m - até 14 de maio de 2009
"Salve Jorge!", saudou Mart'nália diversas vezes enquanto desfiava roteiro inédito para o público que ocupava a pista da Hideaway. Era fim de noite de quinta-feira, 23 de abril de 2009, dia do santo guerreiro, do qual a artista é fiel devota. Vestida com camisa estampada com a imagem de São Jorge, Martnália estreou curta temporada de um show inédito que a levará ao palco da Hideaway por mais três quintas-feiras - sempre com um convidado diferente - enquanto prossegue pelo Brasil com a turnê do CD Madrugada. De aura GLS, o local - também conhecido como Espaço Laranja - é um mix de boate, casa de shows e pizzaria que vem abrigando nomes como Preta Gil. À vontade em qualquer espaço, Mart'nália fez show azeitado com auxílio de luxuosa banda de nove músicos (percussionistas, na maioria) que confirmou seu grande momento.
Samba da lavra coloquial da dupla Toquinho & Vinicius, Sei Lá... A Vida Tem Sempre Razão abriu o show, já em clima quente. Sem fazer gênero ou pose, Mart'nália foi intercalando músicas de discos mais antigos - quando será que vão relançar seu primeiro álbum, editado em 1987 pelo extinto selo 3M e ainda inédito em formato digital??? - com os desencanados sambas do delicioso CD Madrugada (2008). Já no segundo número, Pra Mart'nália, a temperatura estava nas alturas. E que o se viu foi apresentação coesa. Ex-Amor, Molambo, O Beco foram dando o clima de leveza, alegria e descontração que pontuou todo o show, de alma carioca.
Cantora baiana que vem chamando a atenção de público e crítica por conta de seu personalíssimo primeiro CD, Pecadinho, Márcia Castro foi a convidada da estréia. O primeiro dueto com Mart'nália, Entretanto, foi arrasador. O segundo - Nega Neguinha, samba de Zeca Baleiro, gravado por Castro no seu disco de estreia - surtiu menor efeito, mas as cantoras estavam em casa. Em seguida, já sem a colega, Mar'tnália saudou outro Jorge, o Ben Jor, de quem reviveu com propriedade Zumbi. Na sequencia, Benditas (com a artista ao violão) e Sem Compromisso (em clima e pegada contagiantes) engrossaram o cardápio de números que já fazem parte do repertório de Mart'nália, mas não figuram no roteiro do show Madrugada. No fim, Brasil Pandeiro (Assis Valente) - em duo novamente com Márcia Castro - e Kizomba, a Festa da Raça (o samba-enredo com a qual a escola carioca Unidos de Vila Isabel conquistou histórico primeiro campeonato no Carnaval de 1988) deixaram no ar gosto de quero mais por conta da espontaneidade e da ginga cativantes de Mart'nália, que se vira bem na percussão e somente precisa aprimorar a dicção - ainda deficiente no palco - para se exibir em cena e em qualquer espaço de forma irretocável.
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"Salve Jorge!", saudou Mart'nália diversas vezes enquanto desfiava roteiro inédito para o público que ocupava a pista da Hideaway. Era fim de noite de quinta-feira, 23 de abril de 2009, dia do santo guerreiro, do qual a artista é fiel devota. Vestida com camisa estampada com a imagem de São Jorge, Martnália estreou curta temporada de um show inédito que a levará ao palco da Hideaway por mais três quintas-feiras - sempre com um convidado diferente - enquanto prossegue pelo Brasil com a turnê do CD Madrugada. De aura GLS, o local - também conhecido como Espaço Laranja - é um mix de boate, casa de shows e pizzaria que vem abrigando nomes como Preta Gil. À vontade em qualquer espaço, Mart'nália fez show azeitado com auxílio de luxuosa banda de nove músicos (percussionistas, na maioria) que confirmou seu grande momento.
Samba da lavra coloquial da dupla Toquinho & Vinicius, Sei Lá... A Vida Tem Sempre Razão abriu o show, já em clima quente. Sem fazer gênero ou pose, Mart'nália foi intercalando músicas de discos mais antigos - quando será que vão relançar seu primeiro álbum, editado em 1987 pelo extinto selo 3M e ainda inédito em formato digital??? - com os desencanados sambas do delicioso CD Madrugada (2008). Já no segundo número, Pra Mart'nália, a temperatura estava nas alturas. E que o se viu foi apresentação coesa. Ex-Amor, Molambo, O Beco foram dando o clima de leveza, alegria e descontração que pontuou todo o show, de alma carioca.
Cantora baiana que vem chamando a atenção de público e crítica por conta de seu personalíssimo primeiro CD, Pecadinho, Márcia Castro foi a convidada da estréia. O primeiro dueto com Mart'nália, Entretanto, foi arrasador. O segundo - Nega Neguinha, samba de Zeca Baleiro, gravado por Castro no seu disco de estreia - surtiu menor efeito, mas as cantoras estavam em casa. Em seguida, já sem a colega, Mar'tnália saudou outro Jorge, o Ben Jor, de quem reviveu com propriedade Zumbi. Na sequencia, Benditas (com a artista ao violão) e Sem Compromisso (em clima e pegada contagiantes) engrossaram o cardápio de números que fazem parte do repertório de Mart'nália, mas não figuram no roteiro do show Madrugada. No fim, Brasil Pandeiro (Assis Valente) - em duo novamente com Márcia Castro - e Kizomba, a Festa da Raça (o samba-enredo com a qual a escola carioca Unidos de Vila Isabel conquistou histórico primeiro campeonato no Carnaval de 1988) deixaram no ar gosto de quero mais por conta da espontaneidade e da ginga cativantes de Mart'nália, que se vira bem na percussão e somente precisa aprimorar a dicção - ainda deficiente no palco - para se exibir em cena e em qualquer espaço de forma irretocável.
Adoro Mart'nália e os shows dela aqui no Recife e Olinda tem público cativo. Torço para que seja lançado em formato digital o seu primeiro disco, o único que me falta. Nivaldo
É um caso à parte essa menina. À primeira audição soa estranha depois é só prazer. Também quero o 1º!
"Salve Martinho" isso sim! DNA potente!
Martnália é um dos grandes valores da nova música brasileira.
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