23 de abril de 2009

Livro viciante revela universo paralelo das raves

Resenha de Livro
Título: Festa Infinita
- O Entorpecente
Mundo das Raves
Autoria: Tomás
Chiaverini
Editora: Ediouro
Cotação: * * * *

Tommy Hol Ellingsen é um norueguês de pouco mais de 30 anos que forma com a sueca Leona Johansson e a alemã Natalie Mandeau, a Nati, um grupo que pratica sexo explícito em festas de viajante música eletrônica. Inclusive no Brasil. Na virada de 2007 para 2008, Tommy e suas parceiras - ambas na casa dos 20 anos - fizeram performances interativas no Universo Paralello, festival realizado numa praia do interior da Bahia. Mesmo no ambiente liberal das raves, o trio chamou a atenção e dividiu opiniões. A história de Tommy, Leona e Nati é apenas uma das muitas contadas pelo jornalista Tomás Chiaverini em Festa Infinita, recém-lançado e viciante livro sobre o mundo das raves, as festas de música eletrônica - regadas a drogas e a ritmos alucinógenos como o psytrance - que surgiram na Europa e se expandiram pelo mundo, inclusive no Brasil, mobilizando tribos de seguidores fervorosos. Chiaverini nunca havia passado perto de uma rave até se decidir a desvendar esse universo paralelo em livro. E esse é o maior mérito de Festa Infinita: ser um trabalho essencialmente jornalístico sobre um mundo desconhecido pela maioria da população. O autor perfila DJs, produtores de raves e, claro, seus fiéis frequentadores. Sem deixar de ressaltar que o uso indiscriminado de drogas sintéticas - em especial, o traiçoeiro ecstasy - pode inclusive matar. Como aconteceu com Fabrício Rotiely, morto aos 23 anos em hospital da cidade interiorana de Pirapora do Bom Jesus porque abusou da droga numa das edições da Tribe, uma das raves mais famosas do Brasil. Sem fazer julgamentos moralistas (exceto na página 140 quando descreve os corpos musculosos de alguns jovens ravers do sexo masculino), o autor mergulha num mundo que mobiliza centenas de profissionais para montar toda a infra-estrutura necessária para a organização das festas. Que, mesmo assim, às vezes dão errado. Nem que seja somente porque choveu no dia programado para a rave. Pelo apuro da investigação jornalística, Festa Infinita é livro que vai entreter até quem não suporta música eletrônica. A narrativa - objetiva e detalhista - é escrita em linguagem clara, com direito a explicações didáticas sobre termos específicos desse universo paralelo, para que os leitores menos informados sobre o tema não fiquem viajando. Entre nessa festa...

4 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Tommy Hol Ellingsen é um norueguês de pouco mais de 30 anos que forma com a sueca Leona Johansson e a alemã Natalie Mandeau, a Nati, um grupo que pratica sexo explícito em festas de viajante música eletrônica. Inclusive no Brasil. Na virada de 2007 para 2008, Tommy e suas parceiras - ambas na casa dos 20 anos - fizeram performances interativas no Universo Paralello, festival realizado numa praia do interior da Bahia. Mesmo no ambiente liberal das raves, o trio chamou a atenção e dividiu opiniões. A história de Tommy, Leona e Nati é apenas uma das muitas contadas pelo jornalista Tomás Chiaverini em Festa Infinita, recém-lançado e viciante livro sobre o mundo das raves, as festas de música eletrônica - regadas a drogas e a ritmos alucinógenos como o psytrance - que surgiram na Europa e se expandiram pelo mundo, inclusive no Brasil, mobilizando tribos de seguidores fervorosos. Chiaverini nunca havia passado perto de uma rave até se decidir a desvendar esse universo paralelo em livro. E esse é o maior mérito de Festa Infinita: ser um trabalho essencialmente jornalístico sobre um mundo desconhecido pela maioria da população. O autor perfila DJs, produtores de raves e, claro, seus frequentadores. Sem deixar de ressaltar que o uso indiscriminado de drogas sintéticas - em especial, o traiçoeiro ecstasy - pode inclusive matar. Como aconteceu com Fabrício Rotiely, morto aos 23 anos em hospital da cidade interiorana de Pirapora do Bom Jesus porque abusou da droga numa das edições da Tribe, uma das raves mais famosas do Brasil. Sem fazer julgamentos moralistas (exceto na página 140 quando descreve os corpos musculosos de alguns jovens ravers do sexo masculino), o autor mergulha num mundo que mobiliza centenas de profissionais para montar toda a infra-estrutura necessária para a organização das festas. Que, mesmo assim, às vezes dão errado. Nem que seja somente porque choveu no dia programado para a rave. Pelo apuro da investigação jornalística, Festa Infinita é livro que vai entreter até quem não suporta música eletrônica. A narrativa - objetiva e detalhista - é escrita em linguagem clara, com direito a explicações didáticas sobre termos específicos desse universo paralelo, para que leitores menos informados sobre o tema não fiquem viajando. Entre nessa festa...

23 de abril de 2009 às 19:33  
Anonymous Luc said...

Mauro, quem sabe um post sobre Susan Boyle? As gravações da cantora já circulam na rede.

23 de abril de 2009 às 22:16  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,
o que eu mais gosto do seu blog é que ele me surpreende a cada dia. Mas hoje, vc se superou. Muito legal vc ter resenhado esse livro. Eu tive a oportunidade de trabalhar com o Tomás na Folha e posso te garantir que ele é um repórter com aquele "sangue de repórter" mesmo. Como, aliás, fica comprovado nesse livro. Antes do "Festa Infinita", ele escreveu "Cama de Cimento". Não é sobre a nossa praia - a música - mas é muito interessante. O livro fala sobre a população de rua de SP. Recomendo que vc dê uma olhada nele também.
E, como sempre, parabéns pelo seu blog.
Grande abraço,
Luiz Felipe Carneiro.

24 de abril de 2009 às 13:51  
Anonymous Anônimo said...

Oi meu nome é mariene moro no interior de sampa, tenho 20 anos e já fui e vou em muita balada nessa vida, em tudo qnto é tanto desse País, não sou careta, tenho a mente aberta a novas coisas, sigo meus principios, oq acho certo p mim hj, tenhu "colegas" que usam de boa tenho "colegas" que são usuarios msmo, RAVE tem sim mtu droga mtu entorpecente, eu nunca useui, nunca esperimentei nunca senti vontade nem curiosidade, e mtu gente já me ofereceu!!
cada cabeça é uma sentença, 99.9 do "ser humano"´são enbalistars sim!!! Mais não é regra não é geral e nem imoral,cada um é responsavél por si!! Eu sou contra! acho q nunca deveria ser legalizado, mais cada um cada um..
é isso aeee "ENJOY LIFE"
"viva a balada como se não houvesse o amanhâ"
Faça o que tever vontade, sem prejudicar o proximo !!

24 de fevereiro de 2010 às 00:21  

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