16 de agosto de 2008

Madonna chega aos 50 anos ainda no trono pop

Toda a atenção dispensada a Madonna pela mídia mundial neste sábado - 16 de agosto de 2008, data em que a estrela completa 50 anos - é a prova do poder ainda vigente da cantora na cena pop. É difícil identificar no visual de Madonna seus 50 anos. Contudo, é mais difícil ainda detectar a idade da diva na sua música. Hard Candy, o álbum que a cantora lançou em abril de 2008, não é o álbum de uma artista cinqüentona. Ciente de que o tempo não espera por ninguém, Madonna sempre correu atrás dele, o tempo. Seus cultuados discos dos anos 80 - True Blue (1986) e Like a Prayer (1989), entre eles - têm a cara daquela década. Mas Madonna nunca se repetiu. Às vezes, até erra e lança discos menores. E American Life (2003) é o melhor exemplo de como um disco de Madonna também pode soar equivocado, quase ruim. Mas ela nunca fez o que se espera dela. Em 1998, com o álbum Ray of Light, a diva soube se inserir na cena eletrônica que passou a dar o tom na cena mundial. E o que dizer de seus shows? São eventos midiáticos que ajudam a manter a estrela no trono pop do qual, a rigor, ela nunca saiu. Prova é a corrida de ingressos para ver qualquer uma das apresentações já confirmadas da Stick & Sweet Tour - a turnê que Madonna estréia no próximo dia 23 de agosto, no País de Gales, e que vai passar pelo Brasil, em dezembro de 2008, com shows no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP). Aos 50 anos, Madonna ainda consegue ser... Madonna.
Madonna é um produto de marketing, costumam alegar seus detratores. Sim, há muito marketing envolvido em cada calculado passo da artista. Mas, desde que o pop é pop, o marketing sempre andou ao lado da música. Uma leitura de qualquer biografia dos Beatles atesta o poder da máquina na cena pop e ninguém jamais questionou a genialidade dos Fab Four. Ao remexer em temas sempre controvertidos, como sexualidade e espiritualidade, não raro juntando estes pólos tidos como opostos, Madonna atiça o inconsciente coletivo de seu público, gera notícia e se mantém no trono. Escorada em música ainda sedutora que lhe garante súditos na fiel tribo GLS nos vários cantos do mundo. Parabéns, Madonna!

14 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Toda a atenção dispensada a Madonna pela mídia mundial neste sábado - 16 de agosto de 2008, data em que a estrela completa 50 anos - é a prova do poder ainda vigente da cantora na cena pop. É difícil identificar no visual de Madonna seus 50 anos. Contudo, é mais difícil ainda detectar a idade da diva na sua música. Hard Candy, o álbum que a cantora lançou em abril de 2008, não é o álbum de uma artista cinqüentona. Ciente de que o tempo não espera por ninguém, Madonna sempre correu atrás dele, o tempo. Seus cultuados discos dos anos 80 - True Blue (1986) e Like a Prayer (1987), entre eles - têm a cara daquela década. Mas Madonna nunca se repetiu. Às vezes, até erra e lança discos menores. E American Life (2002) é o melhor exemplo de como um disco de Madonna também pode soar equivocado, quase ruim. Mas ela nunca fez o que se espera dela. Em 1998, com o álbum Ray of Light, a diva soube se inserir na cena eletrônica que passou a dar o tom na cena mundial. E o que dizer de seus shows? São eventos midiáticos que ajudam a manter a estrela no trono pop do qual, a rigor, ela nunca saiu. Prova é a corrida de ingressos para ver qualquer uma das apresentações já confirmadas da Stick & Sweet Tour - a turnê que Madonna estréia no próximo dia 23 de agosto, no País de Gales, e que vai passar pelo Brasil, em dezembro de 2008, com shows no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP). Aos 50 anos, Madonna ainda consegue ser... Madonna.
Madonna é um produto de marketing, costumam alegar seus detratores. Sim, há muito marketing envolvido em cada calculado passo da artista. Mas, desde que o pop é pop, o marketing sempre andou ao lado da música. Uma leitura de qualquer biografia dos Beatles atesta o poder da máquina na cena pop e ninguém jamais questionou a genialidade dos Fab Four. Ao remexer em temas sempre controvertidos, como sexualidade e espiritualidade, não raro juntando estes pólos tidos como opostos, Madonna atiça o inconsciente coletivo de seu público, gera notícia e se mantém no trono. Escorada em música ainda sedutora que lhe garante súditos na fiel tribo GLS nos vários cantos do mundo. Parabéns, Madonna!

16 de agosto de 2008 às 16:19  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, concordo plenamente quando disse que:
"Escorada em música ainda sedutora que lhe garante súditos na fiel tribo GLS nos vários cantos do mundo."
Como essa trupe não é pequena, está explicado o motivo de seu reinado!

16 de agosto de 2008 às 16:48  
Anonymous Anônimo said...

Tenho lido muito que American Life é equivocado ou até mesmo ruim.
É um álbum sombrio em que a cantora desagradou os fãs que exigem a porção festiva da moça exclusivamente, mas ainda assim é um disco cheio de (bons) hits.

16 de agosto de 2008 às 17:17  
Anonymous Anônimo said...

Madonna é uma mulher de sucesso (falo no sentido de ganhar dinheiro)...deu a volta por cima (pois já foi daquelas que se preocupava com o dinheiro do aluguel de um apartamento pequeno no subúrbio cheio de baratas)...mas sem dúvidas, é uma grande estrela também. Não é fácil se manter no topo por três décadas e se atualizar, se reiventar...é preciso muita coragem, ousadia e também muito talento.
Além de, ao contrário do que dizem alguns, ser uma mulher inteligente.
Ah, sim, sou gay e amo Madonna.
Mas não são pos gays que mais apoiam o estrelato de qualquer cantora pelo mundo afora ?
Basta conferir a presença majoritária de gays em shows aqui no Brasil de algumas cantoras nem tão pops como a Madonna (como Bethania, Alcione e Elba Ramalho - só por citar)

Glauber 97

16 de agosto de 2008 às 17:59  
Anonymous Anônimo said...

MAURO, ÓTIMA RESENHA, ADOREI!!
MADONNA É ÍCONE!!!

16 de agosto de 2008 às 19:55  
Anonymous Anônimo said...

por que a maioria da crítica não gosta do American Life?Eu acho ele um puta disco.Foi por causa dele que eu comecei a ouvir Madonna(antes ouvia o que chegava aos meus ouvidos e só).As letras são bem legais(confessionais e,apesar de simples,originais) e as bases interessantes(um som que é minimalista e ainda sim muito dançante-os Timbalands da vida acham que pra fazer dançar,tem que encher toda música de sons).Gosto do fato das letras terem um significado ao inves da besteiras que ela canta no Confessions...Eu acho o trio Ray of Light,Music e American life muito bom.O confessions me decepcionou e o novo ainda não ouvi(os dois singles são hits,mas músicas fracas,e Miles Away,sim,é um canção).

16 de agosto de 2008 às 20:54  
Anonymous Anônimo said...

Senti um quê de preconceito no comentário anterior, quase como uma rejeição a essa "trupe", que, graças aos deuses, "não é pequena". Talvez por isso ainda exista o bom senso nas artes, falando em termo mundial.

Quanto ao post, achei legal até a parte em que Mauro afirma que Americam Life - álbum de 2003, não de 2002 - é um disco "quase ruim". Ali residem, juntos, a espiritualidade de Like a Prayer, de 1989, e a eletrônica, já refinada, da qual Madonna lançou mão a partir de 1994, com Bedtimes Stories - sim, Mauro, nesse álbum está o embrião de Ray of Light, de 1998; Music, de 2000; e American Life, de 2003.

Tanto que, em 1995, Madonna se aliou ao Massive Attack para gravar "I want You", música que entrou na belíssima compilação de baladas "Something to Remember", lançada no mesmo ano.

16 de agosto de 2008 às 21:30  
Anonymous Anônimo said...

Aliás,

segue link da matéria mais sensata já escrita sobre o contraste American Life e Hard Candy.

http://www.revistaparadoxo.com/materia.php?ido=5430&PHPSESSID=e118bf45802a58af47e27874742b3fb8

16 de agosto de 2008 às 21:33  
Anonymous Anônimo said...

Sem dúvidas, 99,9% do público dela é de gays...

17 de agosto de 2008 às 00:21  
Anonymous Anônimo said...

ANÔNIMO QUE PASSOU O LINK DA MATÉRIA, OBRIGADO, SUPER INTERESSANTE!!!
SE TIVER OUTROS LINKS, PASSE POR FAVOR!!!

QUANTO A 99,9% DO PÚBLICO SER GAY É MEIO CONTROVERSO, E AS MENINAS QUE SE VESTIAM COMO LIKE A VIRGIN NA ÉPOCA, ERAM TODAS LÉSBICAS? MAIS AINDA MINHA MÃE QUE SEMPRE GOSTOU E ME PASSOU A MÚSICA DE MADONNA!!! ACHO QUE O 1% QUE RESTOU SOU EU E MINHA MÃE POIS SOU CASADA E PELO QUE ME CONSTA, MINHA MÃE AINDA CONTINUA CASADA COM MEU PAI E AINDA NÃO SE RENDEU AO LESBIANISMO!!!

17 de agosto de 2008 às 15:55  
Blogger Pedro Progresso said...

No fim das contas, o que importa é que a tia está aí.

GOD SAVE THE QUEEN.

17 de agosto de 2008 às 18:10  
Anonymous Anônimo said...

Bom, que a música bate-cabelo dela agrada mais as bils isso ninguém tem o que duvidar!!!

17 de agosto de 2008 às 20:43  
Anonymous Anônimo said...

A Madonna pode ser uma figura interessante, mas canta pedras. Acho até que os shows investem tudo no design e na tecnologia para encobrir esse 'pecado original'.

O marketing em torno dela é irritante. Tudo ali é vendável, desde a vida pessoal dos filhos até a versão 2000 da cabala. Se ela realmente fosse uma super cantora, vá lá...

18 de agosto de 2008 às 01:03  
Anonymous Anônimo said...

Mas as super cantoras de todas as partes do mundo nao vendem como a Madonna e tambem nao se reinventaram como ela- nao se atualizam - deixam qualquer cantorazinha nova sentar no trono e ai elas ficam so com os louros do passado..e claro, com os fans gays pois estes amam mesmo suas divas mesmo quando decadentes. Sim, sou gay e gosto muito da Madonna..com seus erros e desacertos e mesmo com pouca extensao vocal. Existem momentos para ela , e existem momentos para Bethania, Mariah, Cher, e muitas outras.

20 de agosto de 2008 às 00:04  

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