23 de janeiro de 2008

Magia do 'Pelô' valoriza o show de Armandinho

Resenha de show
Título: Terça da Benção Especial
Artista: Armandinho
Local: Largo do Pelourinho (Salvador, Bahia)
Data: 22 de janeiro de 2008
Cotação: * * *

Pólo de espiritualidade e tradições afro-brasileiras, o Pelourinho tem vibe tão boa que valoriza shows realizados naquela área ao ar livre - como o feito pelo guitarrista Armandinho na noite de 22 de janeiro, abrindo a série de espetáculos Terça da Benção Especial. Ás da guitarra baiana, instrumento no qual ainda é insuperável, o músico tocou até o Bolero, de Ravel, neste show festivo. A rigor, musicalmente, a apresentação talvez entediasse o público em um espaço de shows convencional. Mas, no Pelourinho, os números ganharam ar sedutor, mágico. Ainda que o vocalista da banda de Armandinho seja cantor opaco. Nada pareceu importar quando soaram os primeiros acordes de músicas como Zanzibar (hit do grupo Cor do Som, integrado por Armadinho), Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (a música-manifesto de Sérgio Sampaio que a diva Margareth Menezes lembrou de trazer para o universo afro-baiano) e Baianidade Nagô (pérola do repertório da Banda Mel). Os sambas-reggaes, em especial, deram um tempero extra à festa-show. Escutar Elegibô, Protesto Olodum (E Lá Vou Eu), A Luz de Tieta e Salvador Não Inerte no Largo do Pelourinho, ao ar livre, numa noite estrelada de verão, é experiência mágica que atenua o fato de, em alguns números, Armandinho e sua imbatível guitarra baiana serem coadjuvantes na tal festa. A vibe do Pelô deu o tom.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Deve ter sido muito bom esse show, o Armandinho baiano é craque.
Guitarra baiana é muito bom!

Jose Henrique

24 de janeiro de 2008 às 01:30  

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