Pereira faz 'Serenata' com samba, baião e ijexá
Cantor e compositor carioca, Oswaldo G. Pereira lança neste mês de outubro seu terceiro álbum, Serenata, pelo selo Dubas. As 12 músicas do repertório inédito e autoral foram produzidas por Luis Filipe de Lima, que arregimentou virtuoses como o baixista Jorge Hélder e o saxofonista Eduardo Neves. G. Pereira faz sua serenata indie com samba (Aquela Mulher Só Dava Azar), ijexá (Oriental), baião (Pensamento), maxixe (Primeiros Passos) e canções (Água de Olho e Sofrimento). G. Pereira assina sozinho as músicas, com exceções de Queria que Fosses Minha (com Júlio Moura) e Cordel (com Beto Valente). Ele já lançou os CDs Olha Zé e As Árvores.
9 Comments:
Nunca ouvi falar.
Ai vai uma pergunta séria pro Mauro ou pra qualquer outro leitor.
O que seria 'Ijexá'?
Ijexá é o ritmo tocado pelos grupos de afoxé da Bahia.
Mauro explica isso direito pro leitor. Se ele não sabe o que é ijexá vai saber o que é grupo de afoxé ?
Tinha a mesma duvida do Caçula Mauro e pra lhe ser sincero continuo
Claro que ijexá, coco , aboio e milongas existem há tempos mas não é verdade que de uns tempos pra cá os artistas , produtores e criticos tem usado mais essas expressões ?
Sobre o cd e o cantor não conheço mas fiquei interessado pelo cd . Vou procurar mais informações.
Valeu Mauro
Bom domingo a todos
Diogo Santos
Pronto, para os preguiçosos de plantão...
O Ijexá resiste atualmente como ritmo musical presente nos Afoxés.
O Ijexá, dentro do Candomblé é essencialmente um ritmo que se toca para Orixás, Nkisis e Voduns, Oxum, Oxóssi, Logum-edé e Oyá-Yansan.
Ritmo suave mas de batida e cadência marcadas de grande beleza, no som e na dança. O Afoxé Filhos de Gandhi da Bahia, é talvez o mais tenaz dos grupos culturais brasileiros na preservação desse ritmo.
O Afoxé Filhos de Gandhi basicamente só toca Ijexá e assim ele se mantém vivo. Herança de África, viva aqui na Latinamérica.
Na música popular o ritmo se manifesta em gravações como ¨Beleza Pura¨ de Caetano Veloso, ¨Palco¨ (versão do Acústico Unplugged) de Gilberto Gil, ¨É d´Oxum¨ de Gerônimo e Vevé Calazans, gravada por Gal Costa e por vários outros intérpretes da música brasileira.
Afoxé também chamado de Candomblé de rua - é um cortejo de rua que sai durante o carnaval.
O afoxé é um bloco carnavalesco de comportamento específico, seus foliões estão vinculados a diversos terreiros de candomblé. Têm consciência de grupo, de valores e hábitos que os distinguem de qualquer outro bloco. Para quem não conhece o candomblé e suas cantigas, olha como se fosse um bloco carnavalesco diferente, mas é o candomblé de rua, segundo Raul Lody.
Podem ser encontrados no Carnaval da Bahia em Salvador. Nas Cidades de Fortaleza, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nos anos 80, havia um grupo em Belo Horizonte, o Afoxé Ilê Odara, fundado por Gilberto Gil e a ialorixá Oneida Maria da Silva Oliveira, a Mãe Gigi. O afoxé foi extinto e desfilou pela última vez, em Belo Horizonte, no ano de 1988, após a morte de dona Oneida. Desfilavam no grupo mineiro nomes como o cientista político da UFMG Dalmir Francisco, o bailarino Márcio Valeriano e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Maurício Campos, além de personalidades da comunidade negra, como a coreógrafa Marlene Silva, o músico Mamour Bá, a bailarina Rosileide Oliveira e o sambista Raimundo Luiz de Oliveira, o Velho Dico. Em Ribeirão Preto, SP, o Afoxé Ómò Orunmila iniciou nos anos 90 sua participação no Carnaval de Rua local, sob iniciativa do Centro Cultural Orunmilá que tem na cidade entre outras a função de resistência cultural ante as tentativas de dominação da cultura negra pela cultura ociental e de preservação dos laços negros e afrodescentes do carnaval de rua, seus espetáculos e suas agremiações carnavalescas locais.
As principais características são as roupas, nas cores dos Orixás, as cantigas em dialeto Iorubá, instrumentos de percussão, atabaques, agogôs, afoxés e xequerês.
Fonte: Wikipedia, ao alcance de todos.
Sarapatel.
Mauro, por que o cantor deixou de assinar simplesmente Osvaldo Pereira para assinar Oswaldo G. Pereira?
Rosana, pelo mesmo motivo que Jorge Benjor mudou de nome...nenhum, ou seja, coisas de artista...Oswaldo eu conheço de shows, para mim é o maior compositor de sambas da atualidade, e o fato de não o conhecermos é prova de que o samba está penando...infelizmente
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