Pop popular sob o prisma pasteurizado de Paulo
Resenha de CD
Título: Prisma
Artista: Paulo Ricardo
Gravadora: EMI Music
Cotação: * *
Há 20 anos, em 1986, Paulo Ricardo era o popstar alçado (meteoricamente) ao olimpo nacional por conta do estouro de seu RPM. Havia, sim, muito marketing em torno dele, mas havia também o talento provado na assinatura das músicas do estupendo primeiro álbum de inéditas do grupo, de 1985. Duas décadas depois, entre várias idas e vindas tumultuadas do RPM, Paulo Ricardo já deu uma de ator, ensaiou candidatura a deputado federal e gravou disco de covers do rock estrangeiro à moda de Danni Carlos, dinamitando já ralo prestígio.
Prisma tenta repôr Paulo Ricardo nos trilhos do pop romântico, gênero com o qual ele chegou a fazer sucesso em 1997 graças ao êxito radiofônico de Dois, a balada do hitmaker Michael Sullivan incluída no álbum O Amor me Escolheu. O novo CD conta com produção de hitmaker menos inspirado, Cláudio Rabello, nome vinculado à gestão do (demitido) Marcos Maynard na EMI. Em parceria com o tecladista Julinho Teixeira, Rabello formatou o disco sob o prisma dos clichês da música pop(ular) romântica. A ponto de o grupo Yahoo assinar os arranjos com os produtores...
Há, sim, munição para rádios populares. Entre elas, Diz (balada melodiosa de autoria do próprio Paulo Ricardo, eleita o primeiro single) e Contradição, bela inédita que reafirma as credenciais de Guilherme Arantes para transitar na esfera romântica sem patinar na banalidade do gênero. Outro criador sumido, Kiko Zambianchi, também mostra serviço em Imã do Amor, canção de batida mais pop. Mas o fato é que Prisma não se sustenta nas suas 13 faixas e acaba marcado pelo tom repetitivo de suas baladas sentimentais.
Até que o cantor se esforça, ensaiando estilo mais visceral em A Pessoa Errada e forjando sensualidade nos sussurros de Gente (A Mais Bela História de Amor). Mas qualquer esforço esbarra no tom pasteurizado do CD, evidente na levada funkeada de Eu Vou Voltar pro Frio, com direito a metais, e na regravação de Ninfa, tema lançado numa das infrutíferas voltas do RPM. A propósito, balada composta por Ricardo em parceria com seu desafeto Luiz Schiavon (O Dia D, A Hora H) fecha o álbum, reforçando a ruim sensação de que Paulo Ricardo poderia ter sido muito mais do que efetivamente foi após o primeiro fim do RPM. Talento não faltava.
Título: Prisma
Artista: Paulo Ricardo
Gravadora: EMI Music
Cotação: * *
Há 20 anos, em 1986, Paulo Ricardo era o popstar alçado (meteoricamente) ao olimpo nacional por conta do estouro de seu RPM. Havia, sim, muito marketing em torno dele, mas havia também o talento provado na assinatura das músicas do estupendo primeiro álbum de inéditas do grupo, de 1985. Duas décadas depois, entre várias idas e vindas tumultuadas do RPM, Paulo Ricardo já deu uma de ator, ensaiou candidatura a deputado federal e gravou disco de covers do rock estrangeiro à moda de Danni Carlos, dinamitando já ralo prestígio.
Prisma tenta repôr Paulo Ricardo nos trilhos do pop romântico, gênero com o qual ele chegou a fazer sucesso em 1997 graças ao êxito radiofônico de Dois, a balada do hitmaker Michael Sullivan incluída no álbum O Amor me Escolheu. O novo CD conta com produção de hitmaker menos inspirado, Cláudio Rabello, nome vinculado à gestão do (demitido) Marcos Maynard na EMI. Em parceria com o tecladista Julinho Teixeira, Rabello formatou o disco sob o prisma dos clichês da música pop(ular) romântica. A ponto de o grupo Yahoo assinar os arranjos com os produtores...
Há, sim, munição para rádios populares. Entre elas, Diz (balada melodiosa de autoria do próprio Paulo Ricardo, eleita o primeiro single) e Contradição, bela inédita que reafirma as credenciais de Guilherme Arantes para transitar na esfera romântica sem patinar na banalidade do gênero. Outro criador sumido, Kiko Zambianchi, também mostra serviço em Imã do Amor, canção de batida mais pop. Mas o fato é que Prisma não se sustenta nas suas 13 faixas e acaba marcado pelo tom repetitivo de suas baladas sentimentais.
Até que o cantor se esforça, ensaiando estilo mais visceral em A Pessoa Errada e forjando sensualidade nos sussurros de Gente (A Mais Bela História de Amor). Mas qualquer esforço esbarra no tom pasteurizado do CD, evidente na levada funkeada de Eu Vou Voltar pro Frio, com direito a metais, e na regravação de Ninfa, tema lançado numa das infrutíferas voltas do RPM. A propósito, balada composta por Ricardo em parceria com seu desafeto Luiz Schiavon (O Dia D, A Hora H) fecha o álbum, reforçando a ruim sensação de que Paulo Ricardo poderia ter sido muito mais do que efetivamente foi após o primeiro fim do RPM. Talento não faltava.
8 Comments:
maldade com paulinho . ele tá um gato ainda!
Esse cara devia ganhar um prêmio pela insistência.
É impressionante a regularidade dos cds dele, todos ruins.
Jose Henrique
o que aconteceu com paulo ricardo e o rpm provam o que viraram as grandes gravadoras a partir de uma época.
se antes eles apoiavam a carreira de artistas iniciantes (veja por exemplo caetano, que teve vendagens mínimas no começo, até se tornar quem é), depois eles preferiram criar vendagens excessivas e artificiais no começo de carreira a custa do marketing e da superexposição dos artistas e da consequente destruição de suas carreiras (veja rpm, ritchie - coincidentemente ou não ambos da cbs, a gravadora que mais destruiu carreiras no brasil com este expediente).
o resultado disto está aí, não preciso nem falar.
P.R. é chato até dando entrevista pro Amaury e tentando ser erudito, "inteligente", descolado, quase acadêmico. É mole???
Até hoje eu não entendo o que esse cara faz.
Nem acho ele tão gato assim mas que na foto ele tá , ah isso tá !
Paulo ricardo é um grande artista e já tem seu lugar na história!
não se fala no rock brasileiro,nem nos anos 80,nem na indústria pop no brasil,sem citar seu nome.
além disso,o novo disco,prisma,é excelente.
feito pras rádios,mas com muita qualidade.
é só questão de tempo.
vai estourar.
ah vai, ele nunca teve talento nenhum.
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