22 de julho de 2010

Scissor refaz festa dos 70 e 80 em 'Night Work'

Resenha de CD
Título: Night Work
Artista: Scissor Sisters
Gravadora: Polydor
/ Universal Music
Cotação: * * * *

Difícil ouvir o terceiro álbum de estúdio do grupo Scissor Sisters sem lembrar logo dos embalos noturnos dos sábados da década dançante em que Tony Manero / John Travolta foi o rei das pistas. Nigth Work e, sobretudo, Any Which Why (com ecos da fase disco do trio Bee Gees) remetem de imediato aos tempos da discoteca. Mas Night Work - não a música e, sim, o terceiro álbum do grupo de Nova York (EUA), sucessor de Tah-Dah (2006) - não se limita a fazer um revival dos anos 70. Com doses calculadas de eletrônica, o produtor Stuart Price - que pilotou Confessions on a Dance Floor (2005), o vibrante álbum em que Madonna flertou descaradamente com os mesmos embalos - reprocessou sons de tempos idos sem excessivo saudosismo. E sem se restringir à década áurea de Donna Summer. Se Harder You Get poderia estar num disco glamurizado do David Bowie dos 70, faixas como Running out ecoam as batidas sintetizadas dos anos 80 enquanto Sex and Violence traduz o clima puramente eletrônico das pistas mais recentes e mostra que o Scissor Sisters se recusou a entrar no túnel do tempo. A banda refaz a festa dos 70 e 80 à sua moda contemporânea. E o fato é que, acima de rótulos e referências, paira a vibe sedutora de um grande álbum que apresenta grandes músicas dançantes como Fire with Fire. Ótimo combustível para os trabalhos noturnos de qualquer época!

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Difícil ouvir o terceiro álbum de estúdio do grupo Scissor Sisters sem lembrar logo dos embalos noturnos dos sábados da década dançante em que Tony Manero / John Travolta foi o rei das pistas. Nigth Work e, sobretudo, Any Which Why (com ecos da fase disco do trio Bee Gees) remetem de imediato aos tempos da discoteca. Mas Night Work - não a música e, sim, o terceiro álbum do grupo de Nova York (EUA), sucessor de Tah-Dah (2006) - não se limita a fazer um revival dos anos 70. Com doses calculadas de eletrônica, o produtor Stuart Price - que pilotou Confessions on a Dance Floor (2005), o vibrante álbum em que Madonna flertou descaradamente com os mesmos embalos - reprocessou sons de tempos idos sem excessivo saudosismo. E sem se restringir à década áurea de Donna Summer. Se Harder You Get poderia estar num disco glamurizado do David Bowie dos 70, faixas como Running out ecoam as batidas sintetizadas dos anos 80 enquanto Sex and Violence traduz o clima puramente eletrônico das pistas mais recentes e mostra que o Scissor Sisters se recusou a entrar no túnel do tempo. A banda refaz a festa dos 70 e 80 à sua moda contemporânea. E o fato é que, acima de rótulos e referências, paira a vibe sedutora de um grande álbum que apresenta grandes músicas dançantes como Fire with Fire. Ótimo combustível para os trabalhos noturnos de qualquer época!

22 de julho de 2010 às 10:08  

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