25 de abril de 2010

Moby agita pista do Rio com um show orgânico

Resenha de Show
Título: Wait for me Tour
Artista: Moby (em fotos de Mauro Ferreira)
Realização: Time for Fun
Local: Citibank Hall (RJ)
Data: 24 de abril de 2010
Cotação: * * * *
É incorreto restringir Moby ao rótulo de ''DJ e produtor de música eletrônica'' se for levado em conta um show como o apresentado pelo artista de Nova York (EUA) na noite de sábado, 24 de abril de 2010, no Citibank Hall carioca, encerrando a miniturnê brasileira que o levou a quatro capitais nacionais. Em cena, Moby se porta como um cantor, versátil entertainer que tanto pode encarnar um roqueiro - e ele pareceu mesmo um ao empunhar sua guitarra com alguma fúria enquanto fazia no bis o cover de Whole Lotta Love, do Led Zeppelin - como um intérprete de country. Que convenceu ao recorrer no meio do show a um cover do repertório de Johnny Cash (1932 - 2003), Ring of Fire. Contudo, Moby não precisa se valer de repertório alheio para prender a atenção de seu público. Tanto que os melhores números do show orgânico feito no Rio de Janeiro (RJ) foram músicas dançantes de álbuns cultuados como Play (1999), revivido no roteiro com a incendiária Bodyrock. E também com o mais belo momento introspectivo do show, Why Does my Heart Feel so Bad?, número dedicado às vítimas das chuvas que paralisaram a capital do Rio de Janeiro neste mês de abril. Dentro do estilo dançante, Disco Lies (com ecos da disco music dos anos 70) e The Stars encerraram a apresentação - antes dos sucessivos bis - com a mesma vibração com que Extreme Ways a abriu, após o inebriante tema vocalisado A Seated Night (ouvido na introdução feita com o recurso do playback). É fato que, lá pelo meio, o show nem sempre manteve o pique. Mas tais (leves) oscilações não tiraram o brilho de apresentação no todo empolgante. Moby sabe comandar um show. Além de cantar, ele se movimenta muito bem pelo palco, se revezando na guitarra, na percussão e na bateria (aliás, houve inapropriado solo desta na abertura do segundo bis). E, por várias vezes, recorre aos gogós poderosos de suas vocalistas, com destaque para Joy Malcom, merecidamente ovacionada por seu solo poderoso em In This World, na abertura do primeiro bis. Enfim, Moby é - em tese - um DJ. Em cena, ele não se porta como tal, preferindo o papel do cantor à frente de uma banda de verdade que destaca a violinista. E o fato é que - com sons bem mais orgânicos do que eletrônicos - Moby acertou ao minimizar em cena o tom reflexivo do álbum Wait for me (2009) e conseguiu movimentar a sua pista carioca.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

É incorreto restringir Moby ao rótulo de 'DJ e produtor de música eletrônica' se for levado em conta um show como o apresentado pelo artista de Nova York (EUA) na noite de sábado, 24 de abril de 2010, no Citibank Hall carioca, encerrando a miniturnê brasileira que o levou a quatro capitais nacionais. Em cena, Moby se porta como um cantor, versátil entertainer que tanto pode encarnar um roqueiro - e ele pareceu mesmo um ao empunhar sua guitarra com alguma fúria enquanto fazia no bis o cover de Whole Lotta Love, do Led Zeppelin - como um intérprete de country. Que convenceu ao recorrer no meio do show a um cover do repertório de Johnny Cash (1932 - 2003), Ring of Fire. Contudo, Moby não precisa se valer de repertório alheio para prender a atenção de seu público. Tanto que os melhores números do show orgânico feito no Rio de Janeiro (RJ) foram músicas dançantes de álbuns cultuados como Play (1999), revivido no roteiro com a incendiária Bodyrock. E também com o mais belo momento introspectivo do show, Why Does my Heart Feel so Bad?, número dedicado às vítimas das chuvas que paralisaram a capital do Rio de Janeiro neste mês de abril. Dentro do estilo dançante, Disco Lies (com ecos da disco music dos anos 70) e The Stars encerraram a apresentação - antes dos sucessivos bis - com a mesma vibração com que Extreme Ways a abriu, após o inebriante tema vocalisado A Seated Night (ouvido na introdução feita com o recurso do playback). É fato que, lá pelo meio, o show nem sempre manteve o pique. Mas tais (leves) oscilações não tiraram o brilho de apresentação no todo empolgante. Moby sabe comandar um show. Além de cantar, ele se movimenta muito bem pelo palco, se revezando na guitarra, na percussão e na bateria (aliás, houve inapropriado solo desta na abertura do segundo bis). E, por várias vezes, recorre aos gogós poderosos de suas vocalistas, com destaque para Joy Malcom, merecidamente ovacionada por seu solo poderoso em In This World, na abertura do primeiro bis. Enfim, Moby é - em tese - um DJ. Em cena, ele não se porta como tal, preferindo o papel do cantor à frente de uma banda de verdade que destaca a violinista. E o fato é que - com sons bem mais orgânicos do que eletrônicos - Moby acertou ao minimizar em cena o tom reflexivo do álbum Wait for me (2009) e conseguiu movimentar a sua pista carioca.

25 de abril de 2010 às 11:57  
Anonymous Malu said...

Moby sempre foi assim, ninguém acha que ele é só um dj, talvez só vc

Malu, sp

25 de abril de 2010 às 11:59  

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