Badu suaviza som (e discurso) em 'Amerykah 2'
Resenha de CD
Título: New Amerykah Part Two - Return of the Ankh
Artista: Erykah Badu
Gravadora: Motown / Universal Music
Cotação: * * *
Sexto álbum de Erykah Badu, a segunda parte do projeto New Amerykah - intitulada Return of the Ankh - deixa no ouvinte certa decepção, embora seja injusto classificar como ruim este quinto disco de estúdio da cantora habituada a fazer classuda mistura de neosoul e r & b. É que, na comparação com a primeira explosiva parte, Return of the Ankh soa sem pegada, quase linear. Badu suavizou o discurso e o som, atualmente quase todo orgânico, sem a dose alta de eletrônica que saltou aos ouvidos em New Amerykah Part One - 4th World War (2008), álbum de alto teor político, timbrado na cadência incendiária do rap mais engajado. Nessa atual sequência, produzida com a sofisticação recorrente na discografia da artista, Badu desloca o discurso da esfera política para a afetiva. Mais leve e mais convencional, o som de músicas como 20 Feet Tall e Love está em sintonia com tal mudança de rota, que desvia o discurso da artista do público para o privado. Ainda que a controvertida decisão de Badu de filmar o clipe da (boa) faixa Window Seat inteiramente nua, na rua, tenha provocado sido, em última análise, uma decisão política que testa os limites e a moral da Nova América. Artista sempre inquieta e interessante, Badu deixa que o piano assuma o primeiro plano em boa parte dos arranjos de Return of the Ankh. Há até grooves funkeados em uma ou outra faixa, como Turn me Away (Get MuNNY), mas a vibe do álbum é calma. O que, em si, não é um defeito. O maior problema do disco é, a rigor, a irregularidade da (autoral) safra de inéditas que a artista apresenta nessa sequência.
Título: New Amerykah Part Two - Return of the Ankh
Artista: Erykah Badu
Gravadora: Motown / Universal Music
Cotação: * * *
Sexto álbum de Erykah Badu, a segunda parte do projeto New Amerykah - intitulada Return of the Ankh - deixa no ouvinte certa decepção, embora seja injusto classificar como ruim este quinto disco de estúdio da cantora habituada a fazer classuda mistura de neosoul e r & b. É que, na comparação com a primeira explosiva parte, Return of the Ankh soa sem pegada, quase linear. Badu suavizou o discurso e o som, atualmente quase todo orgânico, sem a dose alta de eletrônica que saltou aos ouvidos em New Amerykah Part One - 4th World War (2008), álbum de alto teor político, timbrado na cadência incendiária do rap mais engajado. Nessa atual sequência, produzida com a sofisticação recorrente na discografia da artista, Badu desloca o discurso da esfera política para a afetiva. Mais leve e mais convencional, o som de músicas como 20 Feet Tall e Love está em sintonia com tal mudança de rota, que desvia o discurso da artista do público para o privado. Ainda que a controvertida decisão de Badu de filmar o clipe da (boa) faixa Window Seat inteiramente nua, na rua, tenha provocado sido, em última análise, uma decisão política que testa os limites e a moral da Nova América. Artista sempre inquieta e interessante, Badu deixa que o piano assuma o primeiro plano em boa parte dos arranjos de Return of the Ankh. Há até grooves funkeados em uma ou outra faixa, como Turn me Away (Get MuNNY), mas a vibe do álbum é calma. O que, em si, não é um defeito. O maior problema do disco é, a rigor, a irregularidade da (autoral) safra de inéditas que a artista apresenta nessa sequência.
4 Comments:
Sexto álbum de Erykah Badu, a segunda parte do projeto New Amerykah - intitulada Return of the Ankh - deixa no ouvinte certa decepção, embora seja injusto classificar como ruim este quinto disco de estúdio da cantora habituada a fazer classuda mistura de neosoul e r & b. É que, na comparação com a primeira explosiva parte, Return of the Ankh soa sem pegada, quase linear. Badu suavizou o discurso e o som, atualmente quase todo orgânico, sem a dose alta de eletrônica que saltou aos ouvidos em New Amerykah Part One - 4th World War (2008), álbum de alto teor político, timbrado na cadência incendiária do rap mais engajado. Nessa atual sequência, produzida com a sofisticação recorrente na discografia da artista, Badu desloca o discurso da esfera política para a afetiva. Mais leve e mais convencional, o som de músicas como 20 Feet Tall e Love está em sintonia com tal mudança de rota, que desvia o discurso da artista do público para o privado. Ainda que a controvertida decisão de Badu de filmar o clipe da (boa) faixa Window Seat inteiramente nua, na rua, tenha provocado sido, em última análise, uma decisão política que testa os limites e a moral da Nova América. Artista sempre inquieta e interessante, Badu deixa que o piano assuma o primeiro plano em boa parte dos arranjos de Return of the Ankh. Há até grooves funkeados em uma ou outra faixa, como Turn me Away (Get MuNNY), mas a vibe do álbum é calma. O que, em si, não é um defeito. O maior problema do disco é, a rigor, a irregularidade da (autoral) safra de inéditas que a artista apresenta nessa sequência.
a capa é inspiradora!
isso que você chama de blog nao tem nem um post sobre Taylor Swift?
que mancadaaaaa!
escreve sobre a tay ae ...!
inspiradora até é, mas não 'capto' a mensagem...
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