15 de março de 2010

Reedições reiteram involução de Simone nos 80

Resenha de Reedições de CD
Série: Caçadores de Música
Títulos: Amar (1981), Corpo e Alma (1982) e Cristal (1985)
Artista: Simone
Gravadora das edições originais: CBS
Gravadora das reedições: Sony Music
Cotação: * * * 1/2 (Amar), * * * 1/2 (Corpo e Alma) e * * (Cristal)
Um ano depois do lançamento da caixa O Canto da Cigarra nos Anos 70 (EMI Music, 2009), que reeditou os 11 álbuns gravados por Simone na extinta Odeon entre 1972 e 1980, três títulos da controvertida fase da cantora na CBS ganham ótimas reedições coordenadas por Rodrigo Faour na série Caçadores de Música. Ouvidos em perspectiva, Amar (1981) e Corpo e Alma (1982) se revelam álbuns de sonoridade bem datada. Ao migrar da Odeon para a CBS, Simone passou a trabalhar com o produtor Marco Mazzola, que usou e abusou dos recursos tecnológicos da época. A reboque de sintetizadores, a MPB ganhava sotaque eletrônico que foi ficando pausterizado ao longo dos anos 80. Aliás, Cristal (1985), o pior título da trinca de reedições, já patina em fórmulas batidas, em que pese ter na ficha técnica arranjadores como Dori Caymmi e Cristóvão Bastos. Do ponto de vista técnico, todos os três álbuns foram gravados com excelência por Mazzola, sendo que o bom som das reedições não oferece ganho significativo em relação ao som das anteriores reedições em CD dos álbuns (a ficha técnica não faz alusão a qualquer processo de remasterização). Quanto à parte gráfica, todas as três reedições são primorosas, reproduzindo toda a arte das capas e encartes dos LPs originais. De bônus, cada reedição traz um texto específico de Faour sobre a gênese do disco em questão - com depoimento da própria Simone.
Amar tem repertório de bom nível, mas os registros de algumas músicas - como Yo no te Pido (Pablo Milanés), Vida (Chico Buarque) e a faixa-título (Milton Nascimento e Fernando Brant, autores também de Encontros e Despedidas) - foram prejudicados pelos arranjos de tom bastante pasteurizado. Os arranjadores César Camargo Mariano, Luiz Avelar e Wagner Tiso nem sempre acertaram a mão com o som sintetizado que norteia o álbum. O destaque fica para Mariano pela orquestração do samba Pão e Poesia (Moraes Moreira e Fausto Nilo). Contudo, no todo, os arranjos se impõem grandiosos, relegando as interpretações de Simone ao segundo plano. O único suspiro acústico acontece no fim, com o histórico dueto de Simone com Gal Costa em Bárbara (Chico Buarque). Apenas o violão de Toquinho emoldura as vozes das cantoras. Curiosamente, em repertório por algumas músicas que já eram ou que se tornariam standards da MPB, o maior hit do álbum na época foi Pequenino Cão, bonita balada de Caio Silvio, letrada por Fausto Nilo com versos (pretensamente...) poéticos.
Seguindo a bem-sucedida trilha eletrônica aberta por Amar, o LP Corpo e Alma escalou com voracidade as paradas de 1982 a reboque do petardo Alma, de Sueli Costa e Abel Silva, autor dos versos que mais parecem poesia. Capitaneada por Mazzola, a produção grandiosa incluía arranjadores como César Camargo Mariano, Chiquinho de Moraes (em O Sal da Terra, regravação do tema de Beto Guedes), Eduardo Souto Neto (em Alma) e Oscar Castro Neves (em Embarcação, samba de Chico Buarque e Francis Hime, destaque do repertório). Contudo, a pausterização - que diluiria a força da discografia de Simone - dava o tom do disco e já dava sinais de banalização estéril no arranjo funkeado de Tô que Tô (Kleiton & Kledir), um dos sucessos deste álbum que começa a cristalizar uma fórmula para a discografia de Simone nos anos 80.
Lançado três anos após Corpo e Alma, tendo sido precedido por Delírios & Delícias (1983) e Desejos (1984), Cristal já flagra Simone banalizada por tais fórmulas. Que, naquele ano de 1985, já incluía um samba-enredo para ser trabalhado no período pré-carnavalesco. No caso, o belo Amor no Coração. As amarras do mercado já são perceptíveis na capa padronizada. O auge da banalização é o arranjo pop pasteurizado criado por Lincoln Olivetti para Água na Boca (Tunai e Abel Silva). No entanto, o problema de Cristal não se limita aos arranjos ruins. Habituais fornecedores de repertório para a cantora, compositores como Sueli Costa & Abel Silva (Lábios Vermelhos), Ivan Lins & Vítor Martins (Sonhos - Arrastão dos Pescadores) não reeditaram a inspiração de discos anteriores. Salvam-se os vocais do Roupa Nova, inebriantes no refrão da regravação de Princesa (Flávio Venturini). Entre hits esquecíveis como Você É Real (Piska e Fausto Nilo), Cristal resistiu mal ao tempo. Mesmo porque já era ruim na sua época, embora naquele ano de 1985 nem a própria Simone pudesse supor que discos como este - assim como títulos posteriores como Amor e Paixão (1986) e Sedução (1988) - iriam macular tanto sua discografia quando passasse a febre tecnopop que engessou a MPB nos anos 80. As audições destes três discos ora reeditados mostram como Simone involuiu muito naquela década. E, pelo vacilo, a Cigarra paga preço alto até hoje.

52 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Um ano depois do lançamento da caixa O Canto da Cigarra nos Anos 70 (EMI Music, 2009), que reeditou os 11 álbuns gravados por Simone na extinta Odeon entre 1972 e 1980, três títulos da controvertida fase da cantora na CBS ganham ótimas reedições coordenadas por Rodrigo Faour na série Caçadores de Música. Ouvidos em perspectiva, Amar (1981) e Corpo e Alma (1982) se revelam álbuns de sonoridade seja datada. Ao migrar da Odeon para a CBS, Simone passou a trabalhar com o produtor Marco Mazzola, que usou e abusou dos recursos tecnológicos da época. A reboque de sintetizadores, a MPB ganhava sotaque eletrônico que foi ficando pausterizado ao longo dos anos 80. Aliás, Cristal (1985), o pior título da trinca de reedições, já patina em fórmulas batidas, em que pese ter na ficha técnica arranjadores como Dori Caymmi e Cristóvão Bastos. Do ponto de vista técnico, todos os três álbuns foram gravados com excelência por Mazzola, sendo que o bom som das reedições não oferece ganho significativo em relação ao som das anteriores reedições em CD dos álbuns (a ficha técnica não faz alusão a qualquer processo de remasterização). Quanto à parte gráfica, todas as três reedições são primorosas, reproduzindo toda a arte das capas e encartes dos LPs originais. De bônus, cada reedição traz um texto específico de Faour sobre a gênese do disco em questão - com depoimento da própria Simone.
Amar tem repertório de bom nível, mas os registros de algumas músicas - como Yo no te Pido (Pablo Milanés), Vida (Chico Buarque) e a faixa-título (Milton Nascimento e Fernando Brant, autores também de Encontros e Despedidas) - foram prejudicados pelos arranjos de tom bastante pasteurizado. Os arranjadores César Camargo Mariano, Luiz Avelar e Wagner Tiso nem sempre acertaram a mão com o som sintetizado que norteia o álbum. O destaque fica para Mariano pela orquestração do samba Pão e Poesia (Moraes Moreira e Fausto Nilo). Contudo, no todo, os arranjos se impõem grandiosos, relegando as interpretações de Simone ao segundo plano. O único suspiro acústico acontece no fim, com o histórico dueto de Simone com Gal Costa em Bárbara (Chico Buarque). Apenas o violão de Toquinho emoldura as vozes das cantoras. Curiosamente, em repertório por algumas músicas que já eram ou que se tornariam standards da MPB, o maior hit do álbum na época foi Pequenino Cão, bonita balada de Caio Silvio, letrada por Fausto Nilo com versos (pretensamente...) poéticos.
Seguindo a bem-sucedida trilha eletrônica aberta por Amar, Corpo e Alma escalou rapidamente as paradas de 1982 a reboque do petardo Alma, de Sueli Costa e Abel Silva, autor dos versos que mais parecem poesia. Capitaneada por Mazzola, a produção grandiosa incluía arranjadores como César Camargo Mariano, Chiquinho de Moraes (em O Sal da Terra, regravação do tema de Beto Guedes), Eduardo Souto Neto (em Alma) e Oscar Castro Neves (em Embarcação, samba de Chico Buarque e Francis Hime, destaque do repertório). Contudo, a pausterização - que diluiria a força da discografia de Simone - dava o tom do disco e já dava sinais de banalização estéril no arranjo funkeado de Tô que Tô (Kleiton & Kledir), um dos sucessos deste álbum que começa a cristalizar uma fórmula para a discografia de Simone nos anos 80.

15 de março de 2010 às 11:47  
Blogger Mauro Ferreira said...

Lançado três anos após Corpo e Alma, tendo sido precedido por Delírios & Delícias (1983) e Desejos (1984), Cristal já flagra Simone banalizada por tais fórmulas. Que, naquele ano de 1985, já incluía um samba-enredo para ser trabalhado no período pré-carnavalesco. No caso, o belo Amor no Coração. As amarras do mercado já são perceptíveis na capa padronizada. O auge da banalização é o arranjo pop pasteurizado criado por Lincoln Olivetti para Água na Boca (Tunai e Abel Silva). No entanto, o problema de Cristal não se limita aos arranjos ruins. Habituais fornecedores de repertório para a cantora, compositores como Sueli Costa & Abel Silva (Lábios Vermelhos), Ivan Lins & Vítor Martins (Sonhos - Arrastão dos Pescadores) não reeditaram a inspiração de discos anteriores. Salvam-se os vocais do Roupa Nova, inebriantes no refrão da regravação de Princesa (Flávio Venturini). Entre hits esquecíveis como Você É Real (Piska e Fausto Nilo), Cristal resistiu mal ao tempo. Mesmo porque já era ruim na sua época, embora naquele ano de 1985 nem a própria Simone pudesse supor que discos como este - assim como títulos posteriores como Amor e Paixão (1986) e Sedução (1988) - iriam macular tanto sua discografia quando passasse a febre tecnopop que engessou a MPB nos anos 80. As audições destes três discos ora reeditados mostram como Simone involuiu muito naquela década. E, pelo vacilo, a Cigarra paga preço alto até hoje.

15 de março de 2010 às 11:47  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com as colocações. No meio dessa sequência de produções, ainda relevo o bom disco "Delírios e Delícias" (que ainda será relançado)pelo repertório e a singela gravação de O Amanhã, ainda sem pinta de samba enredo que ficou obrigatório nos discos seguintes.
Cristal, realmente é o mais prejudicado desta sequência.
Só não concordo que a Cigarra seja condenada eternamente por isso, afinal, desde o belo e triste álbum Raios de Luz que a Cigarra sinaliza sua revigoração. Não tem porque condená-la por seguir caminhos que o próprio mercado sugeriu. É mercado, não se esqueçam.

15 de março de 2010 às 12:00  
Anonymous Anônimo said...

"Amar" e "Corpo e Alma" marcaram muito a minha vida. São discos inesquecíveis. De "Cristal", ainda faltou citar "A outra", que foi um sucesso graças à trilha da novela "Roque Santeiro".

15 de março de 2010 às 12:10  
Anonymous Anônimo said...

Augusto Flávio

Mauro concordo em termos, acho AMAR o melhor disco de Simone da década de 80. A gravação de encontros e despedidas é superior a de Maria Rita, de Flora Purim e de Mercedes Sosa. Quanto ao Cristal realmente é fraco, mas tem TINHA DE SER que é uma música imensamente bonita. E na realidade todos os artistas tem seus discos em altos e baixos, repertório ora chato, ora bom. Não sou tão fã de Simone, mas acho uma sacanagem querer crucifica-la, passei muito tempo criticando Simone por esse comportamento, mas hoje cheguei a real conclusão que todos os artistas são assim. Existe um mercado e onde rola grana vc sabe como é.

15 de março de 2010 às 12:36  
Anonymous Anônimo said...

Ja vi o album Amor e Paixão em pré-venda nos sites da Livraria Cultura e Saraiva. Mauro, gostaria de sugerir q vc fizesse a resenha deste tb, q vc acha? Um abraço a todos.

15 de março de 2010 às 12:42  
Blogger Amigos das Bibliotecas said...

Ao Anônimo das 12:00

Não entendi a colocação: "Não tem pq condená-la por seguir caminhos que o próprio mercado sugeriu."

Significa que Simone não tem autoridade artística?

Gravar esse monte de bobagens e não querer assumir a responsabilidade depois?

E não foi só ai né?

Ainda vimos a Simone gravar um CD de Natal!

Ninguém merece né???

Foi o mercado também?

Paga o preço sim. Foi só agora, no começo dessa década que a Cigarra resolveu aportar na música boa novamente e entre erros (Feminino e Ao Vivo) e acertos (Seda Pura,Baiana da Gema) eis que em 2009 fez o CD que devia aos fãs "Na Veia".

Que o "mercado" a oriente por novas trilhas!!!

15 de março de 2010 às 13:20  
Anonymous Anônimo said...

"Belas" capas. Através delas percebe-se que o conteúdo deve se igualar.

15 de março de 2010 às 13:22  
Anonymous Anônimo said...

Emanuel Andrade

Até ai Simone era tudo de bom, embora fosse tratada como estrela pausterizada da Globo com seus especiais de fim de ano.
Uma Simone cheia de clichês, desconfianças, fãs clubes, poder, grana etc e tal. Acabou essa fase. Simone agora tem que suar mesmo. Sobre os discos, os dois primeiros são maravilhosos, ai sim, foi a era dos compositores ainda belamente inspirados.O terceiro é meio chato, com a fase dos sambas enredos insuportáveis. Mas o Cristal de Gonzaguinha e a do Flávio venturini, Princesa, caíram como uma luva na voz da baiana. Ah e Tinha de Ser do Tunai que abre o disco é excelente. O resto era comercial. Essa capa também foi o cúmulo. Mas o Amar mereceria o Oscar, lindo disco, linda Simone ali.

15 de março de 2010 às 13:56  
Anonymous Anônimo said...

Eu adoro a Simone de Amar e Corpo e Alma. Concordo com o arranjo sofrível de Água na Boca. Mas, como disse o anônimo das 12:00, não há como condená-la apenas por esa fase ditada pelo mercado à qual el sucumbiu, assim como outras. Veja-se o exemplo Gal Costa tão discutido em outro post anterior a este. O fato é que Simone tem se mostrado forte em seu propósito de recuperar "coisas". Basta dar uma olhada nos vários trabalhos feitos recentemente. Tanto tem feito trabalhos interessantes que não foi à toa que o pianista Brad Mehldau se derramou em elogios ao mencionar Simone em 2005, quando visitou o Brasil. Dizia o rapaz que a tinha conhecido havia pouco tempo; que para ele foi como conhecer Sarah Vaunghan ou Dinah Washington. A Ciagrra ainda é poderosa. Basta ter um pouquinho de boa vontade, como se tem tido com as outras... Eu ainda adoro a Cigarra.

15 de março de 2010 às 14:27  
Anonymous Anônimo said...

Espero que relancem também os Cds da Cigarra lançados apenas no mercado europeu.

15 de março de 2010 às 14:34  
Anonymous Anônimo said...

Acho que ** é muito por Cristal. É muito ruim esse disco. Parei com a Cigarra aí e só voltei no Baiana da Gema. Chato q o "mercado" a tenha "obrigado" a descer tanto. Ela ganhou $muito$ mas perdeu o principal. Acho estranho nessa reedição que o Rodrigo Faour tente valorizar o que não tem valor. É forçar um pouco a barra e misturar tudo.
Luiz Felipe - Nova Friburgo

15 de março de 2010 às 15:32  
Anonymous Anônimo said...

Aos Amigos da Bibliotecas:

Se tem uma coisa que Simone fez ao longo de sua carreira foi assumir tudo o que fez.

Em nenhum momento disse que artistas têm que seguir tendências de mercado, mas não se pode ignorar isso quando, principalmente naquela época, as grandes gravadoras investiam. Ou alguém acha que mesmo os "Doces Bárbaros" não se renderam ao "mercado"?

Tem muita lenda por aí que não passa de marketing.

15 de março de 2010 às 17:09  
Anonymous Anônimo said...

Adoro o trabalho de Simone,s eu carisma, sua voz, sua altivez, seu axe imenso; e mesmo nao gostando de algumas coisas que ela gravou a considero uma das maiores cantoras do Brasil.
Na decada de 90 fez trabalhos lindissimos que foram muito pouco notados pelo grande publico mas hoje ainda continua viva, linda, plena, cantando muito, um timbre unico e com muita personalidade. Acho tambem uma "sacanagem" esta marcacao com ela.
Simone e suas cancoes consideradas bregas por uns, foi tocadissima por todas as radios, vendeu muito, habitou as casas e os coracoes de milhares de brasileiros e foi muito amada, eu me incluo neste meio dos que tiveram muitos momentos de felicidade com sua voz.
Nao acho pecado nenhum se tornar sucesso popular, ficar rica, vender muito e fazer concessoes. Quanto ao disco de Natal eu amo e acho o melhor ja feito por um grande artista no Brasil...preconceito ridiculo este que impede os grandes nomes dai de gravarem discos de Natal...e alem de tudo deveriam respeitar o fato de ser a data de nascimento dela..ela quis fazer e fez.

Mais uma baiana encantada para incomodar os pseudo intelectuais deste pais lindo e dadivoso mas muitas vezes mediocre e nada gentil!

15 de março de 2010 às 19:10  
Anonymous Anônimo said...

Grande besteira criticar um disco,uma peça ou um filme!Sempre vai ser assim: ruim pra uns, bom pra outros!Um milhão de pessoas,quinhentas mil,sei lá,compravam e curtiam os discos de Simone todo ano,ora sambando no carnaval,ora amando sob a coberta ou chorando na solidão!È somente inutil,qualquer tipo de classificação nesse sentido!Amo boa musica,da mpb ao sertanejo,passando por tudo,até pelo brega,sem preconceito,pois como sabemos ,preconceito é burrice!

15 de março de 2010 às 21:11  
Blogger lurian said...

A pasteurização e grandiloquencia as vezes desnecessária prejudicam alguns arranjos sim, caso de 'Amar', bela música q o próprio Ivan soube gravar de forma mais econômica e convincente. Quanto ao cd de Natal não vejo problemas em Simone tê-lo gravado, o problema é ter feito sucesso... isso faz as pessoas criticarem-na. No entanto as grandes divas de jazz fizeram cd de natal já que o mercado americano é bastante aberto ao tema.

15 de março de 2010 às 23:39  
Anonymous Anônimo said...

O disco de Natal é constrangedor de tão ruim... Mas mesmo assim, Simone é dona de um dos timbres mais bonitos da MPB, juntamente com Gal e Zizi.

16 de março de 2010 às 08:45  
Anonymous Anônimo said...

Um milhão de pessoas,quinhentas mil,sei lá,compravam e curtiam os discos de Simone todo ano,ora sambando no carnaval,ora amando sob a coberta ou chorando na solidão! (II)

Concordo plenamente. Simone consegue levar alguém às lágrimas, como confessou um renomado DJ que fez um "bate-estaca" em cima de sua versão de PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES" (e que hoje é trilha sonora de raves por todo o mundo); fez muita gente sambar com seus sambões; é capaz de levar um cara como Quincy Jones a declarar que gostaria de ouvi-la cantando COMERÇAR DE NOVO antes de morrer; foi e é capaz de levar mulheres e homens ao delírios com suas músicas de amor.

Ora, uma artista como essa, o mínimo que merece é respeito.


Respeito era o que se tinha por Simone naquela época. Basta ler as matérias lançadas naquele período.

Essa perseguição à Simone já deveria haver acabado há algum tempo. Não tem mais sentido, já que todas as outras que patinaram no popularesco nos 80 foram devidamente perdoadas e não sofrem o mesmo tipo de discriminação que ela, pelo menos, não com a mesma intensidade.

16 de março de 2010 às 09:39  
Blogger Santana Filho said...

Gostaria mesmo é q fosse relançado o CD 'SOU EU', com repertório, gravado em estúdio, do show homônimo. Um recital de extremo bom gosto que Simone apresentou no começo dos 90.

16 de março de 2010 às 09:47  
Anonymous Anônimo said...

O disco de natal é, digamos, popularesco... Se ele é popularesco cumpriu e cumpre perfeitamente seu papel, pois se vendeu mais de um milhão de cópias e também foi lançado na América Latina e teve razoável sucesso, é porque a grande massa se identificou com ele. Música é pra todo mundo... Quem no Brasil, por mais que odeie o famigerado ENTÃO É NATAL, não sabe cantarolar a versão de Simone para a música do Lennon?

16 de março de 2010 às 10:12  
Anonymous Marcelo said...

Nada pode ser mais saudável para um artista do que a possibilidade de amealhar sentimentos, sejam eles bons ou ruins. O que acredito que deva ser levado em consideração, no final das contas, é o legado. Ninguém faz 38 anos de carreira sem um firme propósito, sem verdade e sem errar. Sou fã incondicional da Cigarra, mesmo quando, na opinião alheia, ela era. Fica a sugestão para que esses trabalhos realizados na CBS/Sony Music (que senão me engano foi encerrado em 1992 com "Sou eu") sejam relançados em uma caixa, assim como foram feitos com os discos da Odeon, com faixas extras, discos em espanhol e tudo que tiver direito. Acho que SImone nunca se importou com unanimidade, senão estaria dando aula de basquete no interior da Bahia.

16 de março de 2010 às 10:26  
Anonymous Anônimo said...

Não existe unanimidade.Tanto Elis quanto Nana,sempre foram muito criticadas por venderem pouco,serem elitistas e pouco populares.E isso sempre veio por parte da crítica.

16 de março de 2010 às 11:32  
Anonymous ana said...

o primeiro show q assisti da cigarra foi sou eu.
inesquecível.
lindamente vestida por ocimar e com um repertório de primeira.
não acompanhei esses desvarios referidos.
mas desde sou eu só voltei a curtir simone com este último cd (talvez um pouquinho tb o seda pura), mas show como aquele ela não fez jamais.

16 de março de 2010 às 12:28  
Anonymous Anônimo said...

Simone não é uma figura qualquer do cenário musical brasileiro. Estes lançamentos provam isso - bom ou ruim sempre haverá o seu público e espaço para debates.
Eu particularmente adorei Simone em cada fase, algumas com reservas, mas sempre fiel, pois o que faz um ídolo é um conjunto de fatores e a Cigarra tem de sobra: Carisma, sentimento, beleza, determinação, etc.
Criticar o estilo num momento em que todas as cantoras s eperderam é perda de tempo. Falar do disco de natal é balela, pois se seguiram outras tentaivas, mas só a Cigarra emplacou e cabe aqui a pergunta: gravar o quê se as canções de natal sempre foram aquelas?
Enfim, que venham os outros CDs que faltam (Delírios e Delícias, Desejos, Sedução e Simone) e que a os CDs da caixa O Canto da Cigarra sejam vendidos avulso.

16 de março de 2010 às 14:01  
Anonymous Antônio Meirelles Aguiar said...

Tenho a impressão que a grande maioria dos comentadores aqui são centenários. Vivem cobrando destas artistas que já sonham ardentemente com a aposentadoria, atitudes de jovens profissionais, desbravadoras, irriquietas, ou então apontando 'erros' cometidos no passado.
Os posts das sexagenárias são sempre os mais acessados e praticamente com os mesmos comentários: não faz nada novo, se repete ad eternum, tropeçou nos 80, desafinava nos 60, pasteurizou o som, gravou Massadas, se rendeu ao Olivetti, vendeu demais, gravou de menos, cantou sertanejo, embregou, que canseira, mano!!!
Se Gal Costa, por ex, não tivesse 'tropeçado' nos Sullivan da vida, é provável que hj não pudesse estar de havaianas em sua casa da Bahia cuidando do filho, dos cães e das plantas, realizando o sonho antigo de Elis 'onde possa plantar meus amigos, meus discos, e NADA MAIS...'
Bethânia pode se dar ao luxo de repetir à náusea seu estilão de viver (com amor, festa e muita devoção) pq encontrou uma empresária muito rica que a venera e tem condições de bancar suas 'verdades'.
Tenho 74 anos e jamais me ocorreu cobrar a grande Elizeth por ter gravado Eu Bebo Sim, e tolices semelhantes, ou acusar a insuperável Ângela Maria por trazer sempre o Babalu para o centro do palco.
Assim, sugiro aos senhores que guardem suas expectativas para quem ainda está plantando, porque, plantio feito, não há como reclamar da colheita.
E, cá pra nós, ainda tem sim uma ou outra 'cantora brasileira' que mereça tomar conhecimento de seus sofisticados conhecimentos de arte musical - Marcia Castro, talvez. Com alguma sorte, um ou outro poderá até descolar um emprego de produtor e assim, na função, vai descobrir, realmente, com quantos holofotes se ilumina um cenário.

16 de março de 2010 às 17:03  
Anonymous Anônimo said...

Meirelles Aguiar fantástico teu comentário cara, penso da mesma forma.Viva o que todas trouxeram de bom para MPB mas no caso específico de Simone há um ranço da crítica a quem a mesma já chamava nos seus áureos anos 70, só considerados assim hole em dia, de filhos do demo com o capeta e cantores frustrados, nunca a perdoaram poe isso.

16 de março de 2010 às 19:15  
Anonymous Anônimo said...

E se reabre a discussão que há pouco ocorreu a respeito dos relançamentos da Gal na mesma série.

Mancada da Gal, da Simone e de qualquer outra que no jogo do milhão abriu mão da sua identidade artística para fazer jus às metas dos executivos das gravadoras, abrindo, também, mão da sua credibilidade.

Se a questão é a boa aposentadoria, todas estão muito bem, podem parar de procurar os holofotes perdidos ou a condescendência da crítica.

16 de março de 2010 às 23:25  
Anonymous Anônimo said...

Canta um canta o que acha que deve cantar, ninguém é obrigado a ouvir. Acho você é real uma música linda, talvez a mais linda que já ouvi com a simone, se é brega, f!

17 de março de 2010 às 00:17  
Anonymous Du Valente said...

Antônio Meireles, nota 1000.

Simone, Gal, Bethania, sempre as + comentadas neste blog são senhoras q, bem ou mal, contribuíram para o rico showbiz tupiniquim.

Simone foi feérica nos 70 e meados dos 80, Bethânia fez bonito até virar arauto de si mesma, e Gal, enquanto quis, foi a grande voz feminina do país desde a morte de Elis (sem esquecer, como bem disse Antônio, Elizeth, Ângela Maria, Dalva, Maysa, etc).

Bethânia, inclusive, já disse que 'A-D-O-R-A' qdo cruza 'especialistas' q se metem a saber o q seria mais adequado para o artista.

Simone nunca teve O disco intocável (tipo Elis e Tom) mas sempre acertou aqui e ali. Nunca teve a voz de uma Nana, mas consegue ser vigorosa. E todas elas subverteram conceitos de beleza, sexualidade, emissão de voz, etc. Tá de muito bom tamanho.

Até entendo que numa época em q Maria Gadu, por ex, seja referência de qualidade musical, subsista um impertinente saudosismo, mas cobrar destas senhoras o q essa nova leva não consegue realizar é querer enfiar fé na misericórdia.

17 de março de 2010 às 00:26  
Anonymous Anônimo said...

Mancada da Gal, da Simone e de qualquer outra que no jogo do milhão abriu mão da sua identidade artística para fazer jus às metas dos executivos das gravadoras, abrindo, também, mão da sua credibilidade.(2)
concordo em gênero número e grau, e colocaria nesta lista também cantores como fagner.
se tem gente que reclama é porque o talento destes artistas é muito maior do que as porcarias que eles gravaram e infelizmente vão deixar para a posteridade.
fazer concessões devia ser crime capital.
e quando se vê uma cantora como maria rita gravando um disco de sambas de quinta categoria e fazendo shows com vestidinhos curtos pra mostrar o corpicho, vemos que a moda da concessão ainda não acabou.
o problema da concessão está justamente aí. quando o sistema está viciado deste jeito, quem canta muitas vezes entra no jogo ou não consegue aparecer por ter os espaços fechados.

17 de março de 2010 às 06:38  
Blogger Unknown said...

Condescendência da crítica? Não meu caro, elas tem algo que outras ainda ten que provar ;Sucesso de mais de 40 anos n se faz sem voz e carisma, quanto a credibilidade Simone e Gal como Bethânia tem de sobra, aliás Mpb e essas são sinônimos, elas são história da nossa música.

17 de março de 2010 às 07:42  
Anonymous Anônimo said...

Não acho que Simone ou Gal pagão qualquer ônus pelas suas respectivas histórias. Se fizeram sucesso e são lembradas pelo que gravaram é porque deu muito certo. Tanto que os CDs estão sendo relançados. Discussão sem propósito, críticas idem. Elas são Divas e ponto final.

17 de março de 2010 às 09:54  
Anonymous Anônimo said...

17 de março de 2010 09:54

Corrigindo: pagam (desculpem-me).

17 de março de 2010 às 11:49  
Anonymous Anônimo said...

esses cds mereciam ser reeditados porque estavam esgotados fazia tempo e eram vendidos nos mercados paralelos por fortunas o que quer dizer que Simone sempre teve, tem e terá o seu público fiel. E merece!! Como esss BAIANA merece!!!
Alencar-Fortaleza-CE

17 de março de 2010 às 13:04  
Anonymous Anônimo said...

São criticados os discos gravados em razão da sede de lucros das gravadoras. É fato que esses albuns foram bem mais rentáveis do que aqueles dos anos de consolidação da carreira, mas também trazem esvaziamento artístico.

Creio que discute-se Gal, Bethânia, Simone e até a finada Elis trinta anos após a sua partida pq o modelo imposto pelas gravadoras não foi capaz de gerar qualquer estrela da mesma grandeza.

Talento, por certo, é o que não falta no mercado, porém o que os americanos chamam de "star system" (do qual Marisa Monte e Maria Rita talvez sejam as últimas crias) foi mortalmente ferido pelas tranferências digitais.

Pra quem gosta desses delírios e delícias de araque, meus respeitos, mas que essas artístas pagam o preço pelo sucesso fácil, sim, pagam!

17 de março de 2010 às 14:38  
Anonymous Anônimo said...

Antônio Meireles Aguiar,parabéns pela lucidez de idéias.Apenas não concordo que sejam "cobranças" dos fãs.Muito pelo contrario é excesso de amor e dar importância a quem a gente ama e quer preservar,cuidar.Normal!Simone foi a que mais pisou na bola.Era nova ainda devia ter lutado mais pela nobreza de seu canto e da música que representava.Tinha força para isso,uma legião ao seu lado.Elis não deu conta mais das concessôes impostas,sabemos hoje que esse foi o maior motivo de seu fim prematuro.Elizeth,aquela maravilha sim,ja tinha feito por demais pela MPB.Gal pisou muito pouco na bola.Como Bethania.Nana se manteve mais,foi a mais forte de todas.Mesmo hoje,saindo de sua garganta preciosa,frases como "cores fortes do arco-íris do amor",dói,mas relevamos sim.Pode crer!Abraços fraternos!

17 de março de 2010 às 14:50  
Anonymous Anônimo said...

O grande barato de Simone é que ela foi e é capaz de cativar pelo carisma que tem e a emoção que transmite na voz. Foi capaz de alcançar desde os intelectualóides (O que será, Mar e lua, Bárbara, Gota d'água) até os românticos (Jura Secreta, Condenados, Iolanda); os revolucionários (Cordilheiras, Caminhando); os modernosos (Seda Pura e Na Veia); os saudosistas (Fica comigo, Que queres tu de mim, Matriz ou filial); as feministas (Começar de novo, Mulher e daí?); e até os mais popularescos - sem nenhum preconceito de minha parte (Separação, Amei demais). O fato é que, querendo ou não, é uma artista de grande abrangência... Acho que no fundo, no fundo, chega a ser um mérito... No começo foi considerada cantora de elite e acho que esse rótulo tampouco a agradava...

17 de março de 2010 às 16:05  
Anonymous Anônimo said...

Simone era a mais requisitada nos anos 80, estava no auge do sucesso, linda ,voz potente, carismática. Os anos 80 foram assim e quem fez sucesso nessa época n estão pagando preço nenhum, era essa a estética de cantar e de arranjos dessa época,o bonito foi a mesma saber se reiventar com discos memoráveis como seu último trabalho aos sessenta anos, isso é para poucas!Aliás mil vezes a Simone dos anos 80 que as Ivetes e Cláudias Leites !!!!!Isso sim é ser brega!!

17 de março de 2010 às 17:52  
Anonymous Luc said...

A gravação de 'Encontros e Despedidas' é muito boa.

O cabelão serviu de modelo para toda uma geração de moças.

17 de março de 2010 às 18:04  
Anonymous Anônimo said...

Que mulher bonita! Sensual sem ser vulgar, carismática e que voz...Qto a discos...Simone sempre foi impecável no palco, ali sim é seu lugar, seus shows memoráveis, n sobrava para ninguém!

17 de março de 2010 às 18:10  
Anonymous Anônimo said...

Amar é um bom álbum, apesar da produção apressada e algo desleixada. Porém o restante da produção da cantora na antiga CBS, sem dúvida, comprometeu o seu nome.

Pautar a carreira pelo mercado não parece ter sido bom negócio para qualquer das artistas citadas neste debate, uma vez que até hoje buscam o resgate do seu público original (e certamente mais exigente) com o lançamentos de discos elegantes e repertório sofisticado, mas sempre vistas com reserva.

Simone não é exceção.

17 de março de 2010 às 19:51  
Anonymous Anônimo said...

Quem viu Simone em EM BOA COMPANHIA pode comprovar seu vigor e a maneira como vê a vida agora: altíssimo astral. Vão-se longe os tempos melancólicos e dramáticos (que eram lindos e emocionantes, de Jura Secreta e Alma).
Viva a nova Cigarra!!! Que cante muito ainda...

17 de março de 2010 às 20:12  
Anonymous Anônimo said...

Oi Mauro, doeu no meu coração de fã de Simone a última frase que voce escreveu"pelo vacilo a Cigarra paga preço alto até hoje". Voce tem razao. Infelizmente voce tem razao. Show aqui em Sampa, show Na Veia lindo, lindo e teatro vazio. Dói, cara, dói prá caramba essa voz maravilhosa, essa mulher sensual e o público longe dela. Valeu, abraço
Fabiano Leite
Capital,SP

18 de março de 2010 às 00:18  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, não entendi a frase: ...se revelam álbuns de sonoridade seja datada".

18 de março de 2010 às 08:39  
Blogger Unknown said...

N acho q o público está longe n, já fui a show do Caetano sem platéia, Bibi Ferreira meia platéia e por aí vai...qualidade musical é isso, se quiser lotar o ibirapuera chame uma dupla sertaneja ou a cláudia leite, sinal dos tempos.

18 de março de 2010 às 17:39  
Anonymous Anônimo said...

Nasci nos meio dos anos 80 e aqui em Portugal a música é tão "datada" como no Brasil. Por isso, parece-me que era mesmo assim na época. É uma questão de moda, de estilo...
Adoro a Simone e a Bethânia, ouço todos os dias. As vozes dessas mulheres são grandes de mais... podem cantar tudo!!! O timbre da Cigarra torna qualquer música bonita e o carisma de Bethânia dá uma intensidade sem comparação aos poemas que canta...
E o CD Na Veia é maravilhoso!!! Estou ansiosa pelo Show em Portugal. Parabéns Cigarra, pelos 37 anos de carreira comemorados hoje. Uma carreira de sonho que é um privilégio acompanhar...

20 de março de 2010 às 17:45  
Anonymous Anônimo said...

Parabéns à Cigarra pelos 37 anos de produção de canção pra ninar gente grande! Isso não é pra qualquer um.São tantos momentos vividos ao som de Simone ao longo da vida que não saberia dizer se seriam tão bons sem essa trilha sonora.
Luca

21 de março de 2010 às 06:22  
Anonymous Anônimo said...

rodrigo faour podia aproveitar e lançar os discos do milton na cbs com capa e encartes como se deve. o único que está em catálogo é o último, o planeta blue na estrada do sol, numa edição pra lá de desleixada.
e se não for sonhar demais, quem sabe os dois discos da poligram que ainda não foram editados em cd, o corazon americano, com milton, mercedes sosa e leon gieco e o brazil night ao vivo em montreux com milton, wagner tiso e alceu valença, ainda que neste caso cada um dos artistas merecessem um cd individual com a integra das suas apresentações.

21 de março de 2010 às 08:10  
Anonymous Anônimo said...

A propósito da resenha do Mauro, pus pra tocar o CD Amar que eu já tinha em casa: que coisa gloriosa a interpretação de Simone e também o arranjo para MUNDO DELIRANTE, da Sueli e do Abel. É de uma delicadeza profunda.

21 de março de 2010 às 21:55  
Anonymous Anônimo said...

Se vende pouco é fracasso
Se vende muito é comercial
Vai entender essas opiniões.
Esses discos são maravilhosos, apesar de nao gostar muito de Cristal.
Simone foi soberana nos anos 80 e é pra mim a melhor cantora do país até hoje.
Tem luz própria, carisma...

23 de março de 2010 às 14:17  
Blogger Silvio Tadeu said...

Poxa eu sou fã da Simone , mas é notável a decadência de repertório dessa fase .
Podemos afirmar " é mercado " , mas Bethânia jamais abriu mão de seu trabalho em prol de uma Mercedes do ano ou dos especiais de fim de ano .
Ela errou mais como ser humano do que como artista , pois apesar de tudo , esses discos ainda trazem algumas pérolas .
Simone se iludiou com o brilho da fama , mesmo erro caiu tantas outras estrelas de hoje .
Achou que o megassucesso iria ser eterno tal qual acontece com Roberto Carlos , que era tbém da CBS .
Sou artista e tenho a seguinte opinião : temos de ser fiéis ao nosso trabalho !!!!!

11 de outubro de 2010 às 11:34  
Blogger ADEMAR AMANCIO said...

Não foi ela que gravou um disco só com músicas do repertório de Julio iglesias,Vixe!

22 de setembro de 2012 às 14:32  

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