18 de outubro de 2009

A festa autoral da compositora que sabe tudo...

Resenha de Show
Título: Tanto que Aprendi de Amor
Artista: Fátima Guedes (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Teatro Nelson Rodrigues (RJ)
Data: 17 de outubro de 2009
Cotação: * * * * 1/2
Em cartaz até domingo, 18 de outubro de 2009

Parece que Fátima Guedes já nasceu sabendo tudo sobre a vida, o amor e a arte de fazer música. Quando conseguiu seu lugar ao sol em 1979, gravou um primeiro álbum que abria com Onze Fitas, amostra da precoce sensibilidade musical e poética que logo passou pelo crivo de ninguém menos do que Elis Regina (1945 - 1982). No ano seguinte, a Pimentinha incluiria Onze Fitas no repertório do show e disco duplo Saudade do Brasil (1980). Sintomaticamente, é Onze Fitas a primeira música do roteiro inteiramente autoral do show Tanto que Aprendi de Amor, idealizado pela compositora - que tem se revelado cantora bem desinibida ao longo dos últimos anos - para celebrar seus 30 anos de carreira. Como a verdade não rima, Fátima tem sido posta injustamente à margem do mercado fonográfico nesta década e aproveita esse show retrospectivo para propagar músicas ainda inéditas, como Ela, que esperam chance de gravação em CD/DVD.

Na companhia de quarteto que inclui o tecladista Itamar Assiere e sob a direção musical do guitarrista Nelson Faria, Fátima Guedes apresenta show pautado pela delicadeza, perceptível em números com As Pessoas. A costura do roteiro é feita com poemas de Manuel Bandeira (1886 - 1968), entremeados com músicas da lavra da autora de Lilith (tema suingante em que Fátima ensaia sensuais passos de dança em interação com os músicos do show) e de Faca, tema cortante de tons passionais - não por acaso, é vermelha a luz que adorna o número - que vai ganhando crescente intensidade em cena. Na sequência de Faca, Os Amores que Eu Não Tive reitera o clima de densidade emocional que pontua o show e que é cortado eventualmente por um ou outro número mais leve e suingante, como Black-Tie, tema de atmosfera jazzy. Intérprete hábil na exposição dos sentimentos fortes de suas composições, Fátima rumina mágoas de amor em Eu te Odeio, destila desesperança na amarga Absinto e esboça teatralidade até graciosa para realçar o multifacetado perfil feminino traçado em Ela. A partir de Condenados, tema lançado por Simone que celebra em tom sensual os gozos da paixão, o show vai ganhando cores mais claras. Em Arco-Íris, música de 1981, a compositora - expansiva - festeja a incessante (re)criação da natureza. Em Minha Nossa Senhora, a interpretação da autora vai ficando cada vez mais fervorosa. No fim, Cheiro de Mato - música de 1980, revivida sob apropriadas luzes verdes - tem clima menos interiorano do que o evocado, alguns números antes, pela sanfona que pontua a toada A Vida que a Gente Leva. Mesmo que uma ou outra música ostente inspiração mais regular, caso de Nas Nuvens, o show deixa sensação de satisfação no espectador quando, já no bis, Fátima se despede com a canção Flor de Ir Embora logo depois de esboçar tons lúdicos com Lápis de Cor. Pela sensibilidade original da obra da compositora, coerente nessas três décadas, Tanto que Aprendi de Amor reforça a impressão - quase uma certeza - de que Fátima Guedes já sabia tudo quando apareceu há 30 anos.

40 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Parece que Fátima Guedes já nasceu sabendo tudo sobre a vida, o amor e a arte de fazer música. Quando conseguiu seu lugar ao sol em 1979, gravou um primeiro álbum que abria com Onze Fitas, amostra da precoce sensibilidade musical e poética que logo passou pelo crivo de ninguém menos do que Elis Regina (1945 - 1982). No ano seguinte, a Pimentinha incluiria Onze Fitas no repertório do show e disco duplo Saudade do Brasil (1980). Sintomaticamente, é Onze Fitas a primeira música do roteiro inteiramente autoral do show Tanto que Aprendi de Amor, idealizado pela compositora - que tem se revelado cantora bem desinibida ao longo dos últimos anos - para celebrar seus 30 anos de carreira. Como a verdade não rima, Fátima tem sido posta injustamente à margem do mercado fonográfico nesta década e aproveita esse show retrospectivo para propagar músicas ainda inéditas, como Ela, que esperam chance de gravação em CD/DVD.

Na companhia de quarteto que inclui o tecladista Itamar Assiere e sob a direção musical do guitarrista Nelson Faria, Fátima Guedes apresenta show pautado pela delicadeza, perceptível em números com As Pessoas. A costura do roteiro é feita com poemas de Manuel Bandeira (1886 - 1968), entremeados com músicas da lavra da autora de Lilith (tema suingante em que Fátima ensaia sensuais passos de dança em interação com os músicos do show) e de Faca, tema cortante de tons passionais - não por acaso, é vermelha a luz que adorna o número - que vai ganhando crescente intensidade em cena. Na sequência de Faca, Os Amores que Eu Não Tive reitera o clima de densidade emocional que pontua o show e que é cortado eventualmente por um ou outro número mais leve e suingante, como Black-Tie, tema de atmosfera jazzy. Intérprete hábil na exposição dos sentimentos fortes de suas composições, Fátima rumina mágoas de amor em Eu te Odeio, destila desesperança na amarga Absinto e esboça teatralidade até graciosa para realçar o multifacetado perfil feminino traçado em Ela. A partir de Condenados, tema lançado por Simone que celebra em tom sensual os gozos da paixão, o show vai ganhando cores mais claras. Em Arco-Íris, música de 1981, a compositora - expansiva - festeja a incessante (re)criação da natureza. Em Minha Nossa Senhora, a interpretação da autora vai ficando cada vez mais fervorosa. No fim, Cheiro de Mato - música de 1980, revivida sob apropriadas luzes verdes - tem clima menos interiorano do que o evocado, alguns números antes, pela sanfona que pontua a toada A Vida que a Gente Leva. Mesmo que uma ou outra música ostente inspiração mais regular, caso de Nas Nuvens, o show deixa sensação de satisfação no espectador quando, já no bis, Fátima se despede com a canção Flor de Ir Embora logo depois de esboçar tons lúdicos com Lápis de Cor. Pela sensibilidade original da obra da compositora, coerente nessas três décadas, Tanto que Aprendi de Amor reforça a impressão - quase uma certeza - de que Fátima Guedes já sabia tudo quando apareceu há 30 anos.

18 de outubro de 2009 às 15:33  
Anonymous Anônimo said...

Nossa Mauro!
Que coisa bonita!
Moro em São Paulo e não vi o show da querida Fatima Guedes. Gosto muito dela como compositora e cantora. Não é uma mentira, mentira não dura 30 anos. Acho a obra da Fatima peculiar. E ela é um doce de pessoa, muito gentil. Já fiz alguns shows com a Fatima. Ela tem público cativo, boa platéia. Eu fui feliz quando realizei espetáculos com ela. Ai que saudades. Vamos ver se conseguimos trazer esta beleza para Sampa, onde ela é muito amada e respeitada. Guedes sabe disso.
Estou com lágrimas nos olhos, essa cantora brasileira me faz chorar de alegria de viver de música. Sucesso e vida longa a Fatima Guedes...

18 de outubro de 2009 às 15:42  
Anonymous Anônimo said...

Emanuel Andrade disse..

Sempre eu ouço ou leio algo sobre Fátima Guedes lembro das capas (LPs) de seus discos as que trazem o formado de caixa de lápis e o caderno. O embrulho fantástico, o conteúdo, sem comentários. Já via, naquela fase algo de muito maduro e inteligente nas letras e melodias de uma jovem que surgia com o perfil universitáario etc. De lá para cá continuou compondo e sendo fiel ao seu estilo. Não buscou esquemas mercadológicos.
Nem foi percebida pelas podres trilhas de novelas, talvez uma vez, duas. se Nem de longe e nem de perto as compositoras que surgiram na geração 80, 90 e 2000.., carregem a carga poética de Fátima. Mas ela está ai, firme e forte, cantando canções feitas de amor e sensibilidade, não para fazer midia e nem ficar rica. E melhor, Fátima Guedes nunca pareceu uma cantora metida a estrela à la Ana Carolina e Adriana Calcanhoto. Viva Fátima Guedes que nem precisa dos programas de TVs que só sucumbem, feito Serginho Groisman que não abre mais as portas para a boa musica. Que venha mesmo um DVD.
Fátima faz parte da verdadeira história da MPB feminina.

P.S - Um recado para Gal, Simone e Bethania, que em vez de ficar pegando todo tipo de composição menos inspirada Fátima está em plena produção.Boa música ela sabe fazer, sem clichês.

Pernambuco

18 de outubro de 2009 às 15:53  
Blogger Unknown said...

Fátima Guedes e sua música são um universo particular e sofisticado na MPB !!! Amo !!!


Pedro

18 de outubro de 2009 às 17:17  
Anonymous Anônimo said...

Assisti o show da Fátima e Alaíde no teatro da FECAP aqui em Sampa ...maravilhosas!! Não entendo por que aquele show não virou DVD.. tem um registro de um música desse show no site oficial da Fátima. DESLUMBRANTE!!

18 de outubro de 2009 às 20:28  
Anonymous Luc said...

Tem uns músicos que só resta ouvir, ouvir e ouvir. Fátima, muito obrigado mesmo.

18 de outubro de 2009 às 20:58  
Blogger Unknown said...

É muito bom ouvir falar de Fátima Guedes! Tem uma presença discreta mas intensa na MPB, fruto da qualidade poética de toda a sua obra. É defendida pelas melhores cantoras, como Alaíde Costa, outra das minhas paixões, e, claro, Elis. É indispensável ouvi-la cantar as suas próprias composições, mas precisa de intérpretes mediáticas para chegar às massas. Acontece a muitos. Não é preciso opô-la a outras artistas bem sucedidas, rebaixando estas para valorizar a Fátima, como fez um dos comentadores. Ela tem o seu próprio valor e as outras também. Por exemplo, a Ana Carolina e a Adriana Calcanhoto têm uma relação com a pop anglo-saxónica moderna que a Fátima Guedes não tem, e isso abre todo um mercado para elas. A Fátima segue a rica tradição brasileira de grande sofistificação melódica e textual, que podemos encontrar também no Chico e no Guinga. É isso aí: Guinga e Fatima têm uma obra bissexta, adorada pelos músicos/cantores, mas nada popular.

18 de outubro de 2009 às 21:59  
Blogger Claudio Almeida said...

Um dos meus maiores tesouros são os discos (de vinil) da Fátima Guedes, lançados nos anos 80.
São: "Fátima Gudes"(1979), "Fátima Guedes" (1980), que aliás tem uma capa linda; um caderno em espiral."Fátima Guedes - Lápis de cor"(1981). O tal que a capa imita uma caixa de lápis de cor. "Muito Prazer" (1983), "Sétima arte" (1985), "Coração de Louca" (1988). Todos maravilhosos e raríssimos.

18 de outubro de 2009 às 23:13  
Anonymous Alexandre Siqueira said...

Esse show é um espetáculo e não estou sendo tautológico. Fátima é uma cantora/compositora de primeiro time, além de ser um amor de pessoa. Hoje, dia 18.10, a casa cheia e calorosa nos fez ver que há espaço para Fátima Guedes sim no mercado, nas rádios, e sobretudo na vida! Viva Fátima Guedes e que venham mais 30 anos de Música, Amor e Poesia!

18 de outubro de 2009 às 23:39  
Anonymous Anônimo said...

Vale lembrar que a primeira composição da compositora e cantora fazia parte do show Falso Brilhante da Elis Regina "Meninas da cidade" ou era do transversal do Tempo, ih agora me veia a essa duvida.Então antes do onze fitas Elis interpretou Meninas da cidades, acho que foi no falso Brilhante. bem, quem tiver a informqção exata, please...
Ela ja apareceu madura, composições de uma qualidade absoluta, quando se pensa a idade que tinha quando as realizou, somente um grande artista faz isso.
A Emi devia homenagear a artista e os fãs com a reedição dos primeiros albuns com boa qualidade de som e reprodução exata daquelas capas.

19 de outubro de 2009 às 06:38  
Anonymous Leo Ladeira said...

Assim como o Alexandre, estive no show neste domingo e foi uma saborosa celebração dos 30 anos de carreira dessa intérprete e compositora única. Fatima estava feliz, leve, solta no palco e o show fluiu deliciosamente. No final, fiz questão de parabenizá-la!

19 de outubro de 2009 às 08:08  
Anonymous Anônimo said...

Ouvir a música de Fátima Guedes é sempre muito bom, seja na voz de outras ou na sua própria. Ela cantando Faca e Ferrugem é lindíssimo. Injustiça Emanuel... Simone sempre gravou músicas da Fátima, sendo que a última foi As Pessoas, que é de uma delicadeza ímpar, se não me engano com a própria Fátima assoviando ao fundo, chega a ser etérea. Sem contar com o dueto das duas em Eu, além da gravação definitiva de Simone para Condenados.

19 de outubro de 2009 às 08:44  
Anonymous Anônimo said...

Qualquer comentário que aqui fizer a respeito de Fátima Guedes será redundante, mas ainda assim insisto em dizer que sua música é sempre muito comovente. Ela que sempre teve grandes intérpretes como as que foram aqui citadas (além de Nana Caymmi também), cresceu muito como intérprete também. Vide os trabalhos sobre as canções "desconhecidas" de Tom Jobim, ou o "Luzes da mesma luz", em parceria com Eduardo Gudin. Fátima é artista completa.

19 de outubro de 2009 às 09:47  
Anonymous Anônimo said...

Essa compositora/cantora sempre foi muito injustiçada. Mas a indústria da música e o público preferem coisas mais amenas.

19 de outubro de 2009 às 09:51  
Anonymous Anônimo said...

Vi um show da Fatima Guedes com a grande Vânia Bastos, no Sesc Ipiranga, no Teatro. Que encontro lindo. Fiquei emocionado com o dueto das duas. Que elas se encontrem mais vezes. Foi lindo!

19 de outubro de 2009 às 11:01  
Blogger Ju Oliveira said...

ela é uma grande compositora, mas não suporto sua voz e o seu jeito de cantar... por isso é uma pena tão grande que ela não seja mais gravada. Melhores cantoras poderiam fazer maravilhas com suas sublimes canções.

19 de outubro de 2009 às 11:35  
Anonymous Lurian said...

Fátima é uma das mais primorosas compositoras brasileiras. Adoro sua versatilidade e o 'lado feminino' exalado nas suas canções. Compositora festejada entre os bons intérpretes, é por demais injusto que ela não seja mais conhecida Brasil afora.

19 de outubro de 2009 às 12:48  
Anonymous Anônimo said...

Alô Kati e Olivia!!!

Que as Sras. Biscoito Fino atendam o nosso chamado e cumpram o dever de editar essa preciosidade e corrigir o erro que a indústria da música cometeu com Fátima Guedes.

Salve Fátima Guedes!!!

19 de outubro de 2009 às 13:04  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com alguns comentários acima, especialmente do Emanuel: faltou no novo disco da Simone, por exemplo, uma composição da Fátima Guedes. Para ser bem cri-cri: sobrou Erasmo e faltou Fátima Guedes e Sueli Costa. Salve as compositoras brasileiras!! As abençoadas compositoras brasileiras!!

19 de outubro de 2009 às 13:36  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,que emoção vc me proporcionou com a resenha.
Hoje vc está inspirado.
Francis e Fátima,que maravilhas!
Fátima Guedes é um cristal do mais puro valor da música brasileira.
Amo, amo, amo!

19 de outubro de 2009 às 14:25  
Anonymous Anônimo said...

Dizer que ela é genial é pouco. Fátima é iluminada, corajosa, sensível, coerente... é tudo de bom!

19 de outubro de 2009 às 15:40  
Anonymous Anônimo said...

o jeito é torcer para que o show venha a São Paulo.

19 de outubro de 2009 às 21:47  
Anonymous Denilson said...

Para mim, Fátima Guedes é simplesmente espetacular, quer como compositora, quer como cantora.

Pena que esse show foi pouquíssimo divulgado no Rio de Janeiro. Não fiquei sabendo, senão teria ido, com certeza.

Para tirar a dúvida que foi postada aqui, Elis Regina cantou a música "Meninas da Cidade" no show Transversal do Tempo e, em seguida, cantou a música "Onze Fitas" no show em Montreux e no show "Saudades do Brasil".

abração,
Denilson

20 de outubro de 2009 às 09:02  
Anonymous Anônimo said...

Só lembrando que Fátima é uma fonte de inspiradas composições, esse ano ela presenteou Nana Caymmi com "Pra quem ama demais" (Uma das melhores do novo disco da Nana) e em 2007 "Garrafas ao mar" para a Orquestra lunar, "Cartilha" para Jorge Vercilo e "Sublime" para Augusto Martins, todas pérolas de grande valor!

20 de outubro de 2009 às 10:50  
Anonymous Anônimo said...

O show não foi pouco divulgado. Além de chamadas de rádio, teve anúncios no jornal O Globo na sexta e no sábado.

20 de outubro de 2009 às 20:08  
Anonymous Anônimo said...

UMA COMPOSITORA PERFEITA. UMA CANTORA TANTO O QUANTO.

SÓ NESTA M... DE PAÍS TEMOS A EMI E A UNIVERSAL EM DÍVIDA COM A BOA MÚSICA. CADÊ SEUS DISCOS EM CD ?

E QUE VENHA UM DVD PARA ONTEM!

20 de outubro de 2009 às 20:23  
Anonymous Anônimo said...

CHEIRO DE MATO é uma das obras-primas desse país.

CONDENADOS então...

A música brasileira tem e sempre terá uma enorme dívida com Fátima.

20 de outubro de 2009 às 20:28  
Anonymous Anônimo said...

Sou um privilegiado. Pelo menos tenho suas 2 obras-primas "Cheiro de Mato" e "Lápis de Cor" em CD - a série 2 em 1 da Emi.

Se bem que gostaria de tê-los em separado, remasterizados e com capa e ficha-técnica decente.

Biscoito Fino: dá p'ra ser ?

20 de outubro de 2009 às 20:45  
Anonymous Anônimo said...

Ah, meu amor, estamos condenados
Nós já podemos dizer que somos um
"Nós somos um"
E nessa fase do amor em que se é um
É que perdemos a metade cada um

Ah, meu amor, estamos mais safados
Hoje tiramos mais proveito do prazer
E somos um
Quando dormimos juntos, sonhos separados
Que nós não vamos confessar de modo algum

Ah, meu amor, ah, meu amor
Quantas pequenas traições
Pobres mentiras diplomáticas de puras intenções
Estamos condenados

Ah, meu amor, de discretos pecados
Formamos esse ser tão uno divisível
Parece incrível
Que nós tentemos que ele dure eternamente
Nessas metades incompletas
Mas decentes

A MELODIA ? TÃO LINDA QUANTO A LETRA.
É UMA DÁDIVA!!!!!

20 de outubro de 2009 às 21:06  
Anonymous Anônimo said...

E pensar que era uma menina quando lançou seus primorosos e INEXPLICÁVEIS RAROS 3 primeiros discos. Gênios são assim.

20 de outubro de 2009 às 21:27  
Anonymous Anônimo said...

Desde "Passional" até "Flor-de-Ir-Embora": P-E-R-F-E-I-T-A.

E QUE VENHA UM DVD PARA ONTEM! (2)

20 de outubro de 2009 às 21:49  
Anonymous Anônimo said...

QUE VENHA É A DISCOGRAFIA TODA PARA ONTEM!!!!

EMI, POLYGRAM, VELAS... CADÊ ?

21 de outubro de 2009 às 20:37  
Anonymous Anônimo said...

QUE PRIMOR DE RESENHA E QUE QUALIDADE DE COMENTÁRIOS.

Fátima deveria ler. Saber que tem quem ouça MÚSICA e respeite uma estrela, perdão, uma constelação.

Abraços a todos.

Um fã - desde "Passional", arrebatado por "Cheiro de Mato" e ajoelhado ouvindo "Flor-de-Ir-Embora".

E CONCORDO E MUITO COM UM COMENTÁRIO AÍ DE CIMA: NOSSAS INTÉRPRETES PROFISSIONAIS DEVERIAM ESQUECER UM POUCO AS MODERNOSAS E NEM SEMPRE BOAS ATUAIS COMPOSIÇÕES E DAR UMA PESQUISADA NO QUE FÁTIMA JOBIM, PERDÃO, BUARQUE, PERDÃO, GUEDES! DEVE TER EM SEU BAÚ.

21 de outubro de 2009 às 23:42  
Anonymous Anônimo said...

E QUE VENHA UM DVD PARA ONTEM! (3)

22 de outubro de 2009 às 00:05  
Anonymous Anônimo said...

Sueli Costa, Ângela Rô Rô, Joyce e Fátima: O Quarteto Fantástico!

22 de outubro de 2009 às 21:40  
Anonymous Anônimo said...

Já mereceria meu respeito pela trajetória. Adoro artistas que não se vendem, que não trocam sua arte pela arte da mídia, pela arte da moda.
Além disso ainda compõe que é uma barbaridade e a cada ano vem cantando cada vez melhor.

22 de outubro de 2009 às 23:38  
Blogger Jozi Lucka said...

Quando ouvi Fátima pela primeira vez, eu ainda era uma menina e estava começando na vida musical em Nova Friburgo RJ. Tive a oportunidade de conhece-la, cantar suas mais que perfeitas canções. Ela foi um dos melhores presentes que tive ao longo dos meus 22 anos de carreira, como referencia musical e como pessoa. Amo de paixão essa "Fatinha" e sei que ela é uma das grandes e melhores da música brasileira.
Viva Fatima!!

23 de outubro de 2009 às 12:38  
Anonymous Anônimo said...

Prezada Jozi, eu era um molecote ouvinte de pop/rock quando ouvi na vitrola da mamãe os vocalises que abrem "Cheiro de Mato". FOI AMOR À PRIMEIRA VISTA. Depois a MPB passou a habitar a MINHA vitrola.

Viva Fatima!! (2)

23 de outubro de 2009 às 20:14  
Anonymous Anônimo said...

Tem uma música da Gênia aí que fez parte da trilha de "Pantanal". Tô errado ? Se não estiver, alguém poderia me ajudar a lembrar qual foi ?

23 de outubro de 2009 às 20:21  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo das 10:21h: Foi "Flor-de-ir-embora" na voz de Bethânia e foi da trilha de "A História de Ana Raio e Zé Trovão" que veio após "Pantanal".
Abraços.

24 de outubro de 2009 às 12:14  

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