16 de setembro de 2010

Saul Barbosa deu dignidade à música da Bahia

Quem viu o último show de Maria Bethânia - Amor, Festa, Devoção - sabe que um dos grandes momentos do espetáculo é Fonte. Música gravada por Bethânia no álbum Tua (2009), Fonte é parceria de Jorge Portugal e Saul Barbosa (foto). Morto aos 57 anos na madrugada de quarta-feira, 15 de setembro de 2010, Saul sai de cena como um dos melhores compositores baianos dos últimos 20 anos. Não é à toa que o último álbum de Saul - Bahia, Cidade Aberta II (2009), extensão do CD editado em 1995 - enfileirou participações de nomes como Gilberto Gil, Lenine e Jorge Aragão. Gravado por cantoras como Daniela Mercury (Menino do Pelô), Elba Ramalho (Acaba Quando Começa) e Margareth Menezes (Toté de Maiangá, hit no Carnaval da Bahia), Saul Barbosa construiu obra que sempre pairou acima do nível rasteiro da maior parte da música afro-baiana rotulada como axé music. Nascido em Ilhéus (BA), Saul foi compositor do porte de seus contemporâneos Gerônimo, Vevé Calazans, Jorge Portugal e Roberto Mendes, entre outros nomes que deram e dão dignidade à música da Bahia - sem jamais apelar para o populismo.

8 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Quem viu o último show de Maria Bethânia - Amor, Festa, Devoção - sabe que um dos grandes momentos do espetáculo é Fonte. Música gravada por Bethânia no álbum Tua (2009), Fonte é parceria de Jorge Portugal e Saul Barbosa (foto). Morto aos 57 anos na madrugada de quarta-feira, 15 de setembro de 2010, Saul sai de cena como um dos melhores compositores baianos dos últimos 20 anos. Não é à toa que o último álbum de Saul - Bahia, Cidade Aberta II (2009), extensão do CD editado em 1995 - enfileirou participações de nomes como Gilberto Gil, Lenine e Jorge Aragão. Gravado por cantoras como Daniela Mercury (Menino do Pelô), Elba Ramalho (Acaba Quando Começa) e Margareth Menezes (Toté de Maiangá, hit no Carnaval da Bahia), Saul Barbosa construiu obra que sempre pairou acima do nível rasteiro da maior parte da música afro-baiana rotulada como axé music. Nascido em Ilhéus (BA), Saul foi compositor do porte de seus contemporâneos Gerônimo, Vevé Calazans, Jorge Portugal e Roberto Mendes, entre outros nomes que deram e dão dignidade à música da Bahia - sem jamais apelar para o populismo.

16 de setembro de 2010 às 12:20  
Blogger Marcelo Barbosa said...

Com todo respeito, mas nunca ouvi falar. Em compensação faleceu na terça o grande partideiro e cantor Deni de Lima e você não deu nenhuma nota, Mauro. Fica aqui o registro.
O Deni foi uma das grandes revelações do samba surgidas no Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, aliás, fica a dica para o relançamento dos seus álbuns em cd. Abraços,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

16 de setembro de 2010 às 15:01  
Blogger Luca said...

Acaba quando começa foi gravado primeiro pela Simone Moreno, uma cantora que não decolou mas era boa. Depois é que a Elba gravou.

16 de setembro de 2010 às 20:33  
Blogger Marcelo Barbosa said...

Não sabia que ele era autor de Menino do Pelô. Grande disco de estréia da Daniela, pena que decaiu após o cd Feijão com Arroz.

16 de setembro de 2010 às 20:39  
Blogger Unknown said...

que pena que você sempre desmerece a música feita na Bahia para carnaval... ela não é rasteira: ela é feliz e acho que é isso que importa na vida... ser feliz

16 de setembro de 2010 às 22:15  
Blogger Mauro Ferreira said...

Pedro, não desmereço a (boa) música feita para Carnaval na Bahia. Aliás, sou talvez o único crítico do eixo Rio-SP que nunca escondeu que gosta de axé. O problema é que o gênero decaiu muito nos últimos anos, por conta da ganância da indústria. abs, MauroF

17 de setembro de 2010 às 07:29  
Blogger aguiar_luc said...

Por falar em música da Bahia, do carnaval ou não! Nossa Vania Abreu gravou um DVD e quando é que esse trabalho vai sair? No site tem até release já faz um tempão!

17 de setembro de 2010 às 08:05  
Blogger Unknown said...

No ano passado, quando produzimos o bRatuques na Sala Baden Powell, um dos convidados foi o Saul Barbosa, no mesmo dia da Margareth Menezes. Ele impressionou a todos com um suíngue absolutamente fantástico no violão. A notícia me deixa muito triste. Foi um grande músico.
Marcelo Pera (Delira)

17 de setembro de 2010 às 12:03  

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