Soraya e Sacramento fazem o teatro do samba
Resenha de CD
Título: Breque Moderno
Artista: Soraya Ravenle,
Marcos Sacramento e
Luís Filipe de Lima
Gravadora: Rob Digital
Cotação: * * * 1/2
Integrantes do elenco do bom musical É com Esse que Eu Vou, em cartaz no Rio de Janeiro (RJ) desde 20 de agosto de 2010, Soraya Ravenle e Marcos Sacramento recorrem à sua verve teatral para encarar o repertório gracioso de Breque Moderno, disco produzido por Luís Filipe de Lima. A união da dupla resulta especialmente harmoniosa em sambas que exigem embate do casal de intérpretes como Não Quero Saber Mais Dela (Sinhô) - tema em que Soraya simula sotaque português para interpretar a mulher que dialogo com o malandro encarnado por Sacramento - e o menos inspirado O Relógio Lá de Casa (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins). Ora terno, como em Joujoux e Balangandãs (Lamartine Babo), ora cheio de ginga, como em Tem que Rebolar (José Batista e Magno de Oliveira), o casamento de Soraya com Sacramento dá certo em Breque Moderno porque ambos caem no samba com suingue e muita propriedade. Sacramento prima pelas divisões espertas que valorizam até um samba menor de Paulinho da Viola - caso de Responsabilidade. Soraya é intérprete cheia de ginga, atestada por seus registros do Samba Rasgado (Portello Juno e J. Pereira) e de Recenseamento (Assis Valente), cuja introdução evoca a cadência falada do rap. A dupla junta fina musicalidade e teatralidade em faixas como Boneca de Piche (Ary Barroso e Luiz Iglésias) e Quem É? (Custódio Mesquita e Joracy Camargo), mostrando que seu - espirituoso - casamento em disco pode durar enquanto houver repertório adequado para tal união.
Título: Breque Moderno
Artista: Soraya Ravenle,
Marcos Sacramento e
Luís Filipe de Lima
Gravadora: Rob Digital
Cotação: * * * 1/2
Integrantes do elenco do bom musical É com Esse que Eu Vou, em cartaz no Rio de Janeiro (RJ) desde 20 de agosto de 2010, Soraya Ravenle e Marcos Sacramento recorrem à sua verve teatral para encarar o repertório gracioso de Breque Moderno, disco produzido por Luís Filipe de Lima. A união da dupla resulta especialmente harmoniosa em sambas que exigem embate do casal de intérpretes como Não Quero Saber Mais Dela (Sinhô) - tema em que Soraya simula sotaque português para interpretar a mulher que dialogo com o malandro encarnado por Sacramento - e o menos inspirado O Relógio Lá de Casa (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins). Ora terno, como em Joujoux e Balangandãs (Lamartine Babo), ora cheio de ginga, como em Tem que Rebolar (José Batista e Magno de Oliveira), o casamento de Soraya com Sacramento dá certo em Breque Moderno porque ambos caem no samba com suingue e muita propriedade. Sacramento prima pelas divisões espertas que valorizam até um samba menor de Paulinho da Viola - caso de Responsabilidade. Soraya é intérprete cheia de ginga, atestada por seus registros do Samba Rasgado (Portello Juno e J. Pereira) e de Recenseamento (Assis Valente), cuja introdução evoca a cadência falada do rap. A dupla junta fina musicalidade e teatralidade em faixas como Boneca de Piche (Ary Barroso e Luiz Iglésias) e Quem É? (Custódio Mesquita e Joracy Camargo), mostrando que seu - espirituoso - casamento em disco pode durar enquanto houver repertório adequado para tal união.
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Integrantes do elenco do bom musical É com Esse que Eu Vou, em cartaz no Rio de Janeiro (RJ) desde 20 de agosto de 2010, Soraya Ravenle e Marcos Sacramento recorrem à sua verve teatral para encarar o repertório gracioso de Breque Moderno, disco produzido por Luís Filipe de Lima. A união da dupla resulta especialmente harmoniosa em sambas que exigem embate do casal de intérpretes como Não Quero Saber Mais Dela (Sinhô) - tema em que Soraya simula sotaque português para interpretar a mulher que dialogo com o malandro encarnado por Sacramento - e o menos inspirado O Relógio Lá de Casa (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins). Ora terno, como em Joujoux e Balangandãs (Lamartine Babo), ora cheio de ginga, como em Tem que Rebolar (José Batista e Magno de Oliveira), o casamento de Soraya com Sacramento dá certo em Breque Moderno porque ambos caem no samba com suingue e muita propriedade. Sacramento prima pelas divisões espertas que valorizam até um samba menor de Paulinho da Viola - caso de Responsabilidade. Soraya é intérprete cheia de ginga, atestada por seus registros do Samba Rasgado (Portello Juno e J. Pereira) e de Recenseamento (Assis Valente), cuja introdução evoca a cadência falada do rap. A dupla junta fina musicalidade e teatralidade em faixas como Boneca de Piche (Ary Barroso e Luiz Iglésias) e Quem É? (Custódio Mesquita e Joracy Camargo), mostrando que seu - espirituoso - casamento em disco pode durar enquanto houver repertório adequado para tal união...
O "Breque" eu encontrei, e os dois são talentosíssimos, mas a pergunta que fica é: Por que "Moderno". O Repertório não me parece Nada "MUDERNO". O Gemal faz um monte de sambas de breque moderníssimos, com temas contemporâneos. Por que não? Só regravação?!
Vou comprar com certeza.
Sacramento é o melhor cantor dessa geração. Ele não é monocórdio, tem variação na interpretação. Canta muito bonito. Tem técnica, afinação e sensibilidade musical. E ainda é muito bonito.
Se quiserem conferir o talento da dupla ao vivo antes de decidir por comprar o CD, vão ver o musical "É Com Esse Que Eu Vou" (que aliás também já tem CD e duplo, diga-se de passagem). É uma delícia de espetáculo! Eu diria assim... algo como... perfeito! Esse trio simplesmente ar-ra-sa! E atentem também para o vozeirão de Mackley Matos... Depois comentem aqui.
Acho curioso o fato de nunca ter lido um post do Mauro em que ele faça menção ao Sacramento de maneira entusiasmada. Digo isso por que desde a primeira vez que ouvi Marcos Sacramento, o entusiasmo foi imediato: ficava claro - e o tempo e o conhecimento de sua obra só reforçaram isso - que estava diante do maior cantor do Brasil no momento. Claro que o autor do blog não é obrigado a concordar com isso, mas não entendo como Mauro não se rende ao talento ímpar desse cara.
Anderson Falcão
Brasília - DF
(ouvindo Orquestra Rumpillez)
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