4 de agosto de 2010

Roberta e Trio giram ousados na roda de Roque

Resenha de CD
Título: Quando o Canto É Reza - Canções de Roque Ferreira
Artista: Roberta Sá & Trio Madeira Brasil
Gravadora: MP,B / Universal Music
Cotação: * * * * *
A ausência de signos da cultura afro-brasileira na capa do álbum Quando o Canto É Reza já dá a pista certeira da trilha seguida por Roberta Sá e o Trio Madeira Brasil neste CD em que abordam a obra do compositor baiano Roque Ferreira. Sem romper com a estética da obra fonográfica da cantora, o disco tira a obra de Roque - caracterizada por louvação aos orixás e aos símbolos míticos da Bahia - do sagrado altar afro-brasileiro em que seu repertório é mantido quando gravado (com muita propriedade, diga-se) por cantoras como Maria Bethânia e Mariene de Castro. Produtor do álbum, Pedro Luís soube manter a leveza dos discos anteriores de Roberta, cujo canto cheio de frescor se mostra cada vez mais refinado nesse diálogo inteligente com as cordas do Trio Madeira Brasil. As percussões sutis de Zero Telles e Paulino Dias temperam o cancioneiro sem que o baticum dê o tom do disco. São as cordas magistrais de Marcello Gonçalves (violão de sete cordas), Ronaldo do Bandolim e Zé Paulo Becker que imperam refinadas nos arranjos que eventualmente até deslocam a obra de Roque de seu eixo habitual sem anular a origem afro-baiana - já impressa, a rigor, na maioria das letras do compositor, repletas de imagens. A introdução instrumental do ijexá Menino - para citar um detalhe - evoca o universo dos afro-sambas de Baden Powell & Vinicius de Moraes e é exemplo do bordado sofisticado que costura 13 músicas de Roque com múltiplas referências alinhadas com tal maestria que todo o trançado soa natural. A vivência carioca do Trio Madeira Brasil e da própria Roberta - nascida no Rio Grande do Norte, mas desde menina radicada no Rio de Janeiro (RJ) - transparece no ritmo de samba-choro que baixa em Orixá de Frente (em curioso contraponto com a temática afro-baiana da letra que versa sobre signos do Candomblé), na pitada de maxixe que tempera o samba-de-roda Cocada (com um toque de coco também) e no embate conjugal interpretado por Roberta com Moyseis Marques em Tô Fora, samba moldado à moda da Lapa (bairro carioca em cujo circuito atuam novas vozes do samba como Moyseis). Girando na roda situada entre Rio e Bahia, Quando o Canto É Reza soa irretocável - com direito a uma escala na América Latina na introdução marota de A Mão do Amor. Sozinha com as cordas do Trio Madeira Brasil, Roberta canta Roque em feitio de oração em Marejada e em Festejo. Ao fim do disco, Festejo põe na roda citação de Samba pras Moças (Grazielle & Roque Ferreira), um sucesso de Zeca Pagodinho. Do repertório de Zeca, aliás, Roberta e Trio pescam lindamente Água da Minha Sede, samba embebido em ondas de maracatu e ciranda. A parceria de Roque com Dudu Nobre ressurge mais melodiosa e límpida com esse banho de loja dado em registro que destaca a viola caipira de Zé Paulo Becker quando a letra cita o instrumento normalmente associado ao cancioneiro ruralista. Para quem espera mergulho mais tradicional no mar da Bahia, o samba de roda Chita Fina ganha o instrumental típico do gênero. Já em outro samba-de-roda - Xirê, no qual os floreios vocais de Roberta atestam a crescente evolução da cantora - as palmas se inserem em outro contexto harmônico sem nunca descaracterizar o ritmo original do tema. É que Roberta Sá e o Trio Madeira Brasil rezam ousados pela cartilha de Roque Ferreira sem devoção cega ao universo em que o compositor ambienta sua obra. É por isso que temas como Mandingo (que retorna ao ritmo original de samba com o qual foi composto por Roque com Pedro Luís, intérprete original do tema em registro feito com a Parede) e Zambiapungo (parceria de Roque com Zé Paulo Becker) soam tão leves. A carga afro-brasileira enraizada no cancioneiro de Roque é atenuada sem prejuízo estético. A voz de Roberta deita e rola na elegante cama instrumental armada pelo Trio Madeira Brasil, cujos integrantes se alternaram na confecção dos arranjos. E o trio brilha na execução dessas orquestrações. Ora é um solo do bandolim de Ronaldo que adorna um tema. Ora são as sete cordas do violão de Marcello Gonçalves que transportam Roque Ferreira para outro universo. Ora é a viola caipira de Zé Paulo Becker que entra majestosa na roda. Resultado: os sons ouvidos em Quando o Canto É Reza parecem mesmo sagrados quando se escuta o ijexá Água Doce, de cuja letra foi extraído o verso que dá título a este CD que entroniza Roberta Sá no time (con)sagrado das grandes cantoras brasileiras.

66 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

A ausência de signos da cultura afro-brasileira na capa do álbum Quando o Canto É Reza já dá a pista certeira da trilha seguida por Roberta Sá e o Trio Madeira Brasil neste CD em que abordam a obra do compositor baiano Roque Ferreira. Sem romper com a estética da obra fonográfica da cantora, o disco tira a obra de Roque - caracterizada por louvação aos orixás e aos símbolos míticos da Bahia - do sagrado altar afro-brasileiro em que seu repertório é mantido quando gravado (com muita propriedade, diga-se) por cantoras como Maria Bethânia e Mariene de Castro. Produtor do álbum, Pedro Luís soube manter a leveza dos discos anteriores de Roberta, cujo canto cheio de frescor se mostra cada vez mais refinado nesse diálogo inteligente com as cordas do Trio Madeira Brasil. As percussões sutis de Zero Telles e Paulino Dias temperam o cancioneiro sem que o baticum dê o tom do disco. São as cordas magistrais de Marcello Gonçalves (violão de sete cordas), Ronaldo do Bandolim e Zé Paulo Becker que imperam refinadas nos arranjos que eventualmente até deslocam a obra de Roque de seu eixo habitual sem anular a origem afro-baiana - já impressa, a rigor, na maioria das letras do compositor, repletas de imagens. A introdução instrumental do ijexá Menino - para citar um detalhe - evoca o universo dos afro-sambas de Baden Powell & Vinicius de Moraes e é exemplo do bordado sofisticado que costura 13 músicas de Roque com múltiplas referências alinhadas com tal maestria que todo o trançado soa natural. A vivência carioca do Trio Madeira Brasil e da própria Roberta - nascida no Rio Grande do Norte, mas desde menina radicada no Rio de Janeiro (RJ) - transparece no ritmo de samba-choro que baixa em Orixá de Frente (em curioso contraponto com a temática afro-baiana da letra que versa sobre signos do Candomblé), na pitada de maxixe que tempera o samba-de-roda Cocada (com um toque de coco também) e no embate conjugal interpretado por Roberta com Moyseis Marques em Tô Fora, samba moldado à moda da Lapa (bairro carioca em cujo circuito atuam novas vozes do samba como Moyseis). Girando na roda situada entre Rio e Bahia, Quando o Canto É Reza soa irretocável - com direito a uma escala na América Latina na introdução marota de A Mão do Amor. Sozinha com as cordas do Trio Madeira Brasil, Roberta canta Roque em feitio de oração em Marejada e em Festejo. Ao fim do disco, Festejo põe na roda citação de Samba pras Moças (Grazielle & Roque Ferreira), sucesso de Zeca Pagodinho. Do repertório de Zeca, aliás, Roberta e Trio pescam lindamente Água da Minha Sede, samba embebido em ondas de maracatu e ciranda. A parceria de Roque com Dudu Nobre ressurge mais melodiosa e límpida com esse banho de loja dado em registro que destaca a viola caipira de Zé Paulo Becker quando a letra cita o instrumento normalmente associado ao cancioneiro ruralista. Para quem espera mergulho mais tradicional no mar da Bahia, o samba de roda Chita Fina ganha o instrumental típico do gênero. Já em outro samba-de-roda - Xirê, no qual os floreios vocais de Roberta atestam a crescente evolução da cantora - as palmas se inserem em outro contexto harmônico sem nunca descaracterizar o ritmo original do tema. É que Roberta Sá e o Trio Madeira Brasil rezam ousados pela cartilha de Roque Ferreira sem devoção cega ao universo em que o compositor ambienta sua obra.

4 de agosto de 2010 às 09:21  
Blogger Mauro Ferreira said...

É por isso que temas como Mandingo (que retorna ao ritmo original de samba com o qual foi composto por Roque com Pedro Luís, intérprete original do tema em registro feito com a Parede) e Zambiapungo (parceria de Roque com Zé Paulo Becker) soam tão leves. A carga afro-brasileira enraizada no cancioneiro de Roque é atenuada sem prejuízo estético. A voz de Roberta deita e rola na elegante cama instrumental armada pelo Trio Madeira Brasil, cujos integrantes se alternaram na confecção dos arranjos. E o trio brilha na execução dessas orquestrações. Ora é um solo do bandolim de Ronaldo que adorna um tema. Ora são as sete cordas do violão de Marcello Gonçalves que transportam Roque Ferreira para outro universo. Ora é a viola caipira de Zé Paulo Becker que entra majestosa na roda. Resultado: os sons ouvidos em Quando o Canto É Reza parecem mesmo sagrados quando se escuta o ijexá Água Doce, de cuja letra foi extraído o verso que dá título a este CD que entroniza Roberta Sá no time (con)sagrado das grandes cantoras brasileiras.

4 de agosto de 2010 às 09:21  
Anonymous Marcelo said...

É realmente impressionante e muito prazeroso presenciar a evolução de uma cantora que beira o impecável nesse irretocável disco. Será impossível não tecer comparações e sei que vários posts aqui vão dizer que não sei quem ficou pra trás, que fulana perdeu o posto, mas proponho que todos nós só nos concentremos na inteligência musical de Roberta que atirou seu carro na contramão e venceu lindamente a corrida. Que isso sirva de teto para o que for feito daqui pra frente e que o sucesso e o reconhecimento legitimem esse estupendo trabalho.

4 de agosto de 2010 às 10:11  
Blogger Amigos das Bibliotecas said...

Sem dúvida o melhor CD da Roberta e que entrará na lista dos grandes clássicos da Música Brasileira.

"Menino" é uma das músicas mais bonitas que já ouvi.

O CD do ano! (até agora, claro!)

4 de agosto de 2010 às 10:52  
Blogger Luca said...

O crítico do jornal O globo também botou o disco e a Roberta nas alturas.

4 de agosto de 2010 às 10:53  
Anonymous Anônimo said...

Roberta Sá é uma das melhores de sua geração. Gostei do CD, 4 estrelas. Mas achei que está meio distante da África do compositor nos arranjos e canto. É minha opinião. Um bom disco. Prefero os tambores e o canto forte de Fabiana Cozza, que também já gravou o Roque e muito bem. A música " Quando o Céu Clarear", de Roque Ferreira, virou clássico na voz de Cozza.

4 de agosto de 2010 às 11:07  
Blogger Fernando said...

É emocionante ouvir o talento de Roberta Sá... Cada vez mais apurada e acompanhada de jóias não óbvias da música brasileira, Roberta eleva o mercado fonográfico com o álbum mais bonito do ano. Um viagem de primeira classe a Bahia.

4 de agosto de 2010 às 11:10  
Anonymous Anônimo said...

Não gostei do cd, não gosto do Roque, mas amo a Roberta. Acho ela uma das grandes cantoras surgidas nos últimos anos. Ainda acho o BRASEIRO seu grande disco.

4 de agosto de 2010 às 11:33  
Anonymous Anônimo said...

a maior cantora dessa geração se chama maria rita. escutei o disco de roberta sá e não achei nada de espetacular. um disco morno, sá não é cantora virtuosa. é apenas uma boa cantora que cuida do seu trabalho com profissionalismo. isso é interessante. ela não mudou o canto, em nada, desde o cd "que belo estranho dia pra se ter alegria", um disco bem fraquinho.

4 de agosto de 2010 às 12:07  
Anonymous Anônimo said...

Mauro deu 5 estrelas para esta obra-prima! Para os ouvidos mais acostumados com a levada pop da Roberta, até se estranha no início, mas depois com mais atenção e calma, percebe-se que se trata de uma obra fantástica...Não sei se foi minha percepção, mas em "Tô fora" parece muito com as músicas de Dalva e Herivelto!

4 de agosto de 2010 às 12:37  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com o Anônimo da Silva de 4 de agosto. Estava com a maior expectativa quanto ao cd e depois de escutá-lo, baixou a decepção! Está muito repetitivo, enfadonho! Talvez o homenageado não tenha essa força toda para bancar um cd inteiro. Roberta por sua vez, não é uma cantora de grandes variações vocais, então fica meio cansativo ouvir o cd de cabo a rabo. Mas é inegável a evolução do canto de Roberta, e também o valor de Roque, mas era melhor um cd sortido, com vários compositores, na minha humilde opinião, claro! Concordo com o caro Anônimo que, apesar de Roberta, à época, ainda estivesse um pouco crua, BRASEIRO continua sendo seu melhor título.

4 de agosto de 2010 às 12:53  
Anonymous Anônimo said...

Nunca tinha ouvido esta cantora, mas esse disco é digno da presente resenha. O disco é ÓTIMO! Parabéns Mauro! Viva Roque Viva Roberta!

4 de agosto de 2010 às 13:33  
Blogger Ju Oliveira said...

Na primeira audição senti muita falta do Roque Ferreira. Quem conhece e ama sua obra sabe que ela não precisa ser melhorada, é perfeita na sua simplicidade.

Passada a decepção inicial, gerada por altas expectativas que tinha pela combinação de um compositor que amo, com uma linda voz e grandes músicos, pude ouvir o disco pelo que ele é, ou se propõe a ser, e gostei bastante.

É o melhor CD da Roberta, cujas batidas eletrônicas nos CDs anteriores me incomodavam (às vezes irritavam) um pouco. Como se ela achasse que elas fossem necessárias pro trabalho parecer "moderno".

É o melhor também pelo repertório regular, todo bom, sem os altos e baixos que vejo nos CDs anteriores.

4 de agosto de 2010 às 13:37  
Anonymous lurian said...

Gostei muito do disco, mas tenho cá comigo algumas questões. O disco é uma revoada à la Clara Nunes. Gostei bastante e levo em consideração o fato de Roberta ter gravado um compositor santamarense onde o ritmo do samba de roda é quem dá a levada. No entanto se Roque Ferreira é tão saudado como compositor que transita em diversos ritmos, creio q o disco poderia tê-los explorado melhor, ficou um pouco a sensação de repetição que as vezes leva a crer que nem se está em outra faixa; ao menos foi isso que senti do meio pro fim de algumas audições. No entanto isso não tira o brilho do cd de Roberta que é boa cantora. (Não é excepcional pq seu timbre é comum, mas tem evoluido) e é uma moça que tem sabido cuidar da carreira - Isso é admirável. O Tri Madeira Brasil fez um trabalho de muito boa qualidade.
A canção que mais gostei foi do maracatu Água da minha sede; e senti falta de alguma canção de amor, porque amar também é reza e traria uma diversidade. Mas me parece que Roberta tem preferido as canções 'festivas e alegres' à interpretações mais densas.
Parabéns a Roberta que fez o melhor disco, até agora, de 2010!

4 de agosto de 2010 às 14:06  
Blogger Carlos Cardoso said...

Gostei muito do disco pois correspondeu às minhas expectativas.
Acho que a grande sacada do disco realmente foi esta parceria com o trio Madeira já que antes de Roberta outras duas cantoras lançaram suas idéias de gravar um CD todo com o Santoamarense.
Realmente melhor CD do primeiro semestre de 2010.
Parabéns Roberta!!

4 de agosto de 2010 às 16:44  
Blogger Rener Melo said...

Adorei este CD quando o ví pela capa. Morri de vontade de comprar... E vou!

4 de agosto de 2010 às 17:06  
Anonymous Anônimo said...

Logo na primeira música,já se percebe que é um "déjà vu" dos discos anteriores.Digamos que é uma continuação.
O que não desmerece o trabalho excelente da Roberta Sá,nem seu belo canto.

4 de agosto de 2010 às 17:34  
Anonymous Anônimo said...

Admito que ha uma semana venho todo dia aqui esperando pela critica deste cd. Estou fora do pais, entao tive que "baixa-lo" mas eh um disco que faco questao de comprar assim que retornar ao Brasil no proximo mes. Escutei com coracao aberto, ja que Roberta eh, desde tempos de fama, minha cantora favorita. O disco eh lindo, complexo e nao pra qualquer ouvido. Acho que eh o melhor disco de Roberta, e nao esperava nada menos do que 5 estrelas.

4 de agosto de 2010 às 17:55  
Anonymous Anônimo said...

Amei o disco, eu já tinha toda certeza que seria fabuloso, como tudo que ela lançou até hoje. Um disco impecável do começo ao fim, pra mim é 6 estrelas e sem dúvida o disco do ano. Já é um clássico.

4 de agosto de 2010 às 18:26  
Anonymous Osmar said...

Adoro Roberta Sá. Acompanho sua carreira desde antes do Braseiro – tive o prazer de tomar contato com seu disco de “pré-estreia” – Sambas e Bossas. E o Trio Madeira Brasil é maravilhoso – já conheço alguns de seus trabalhos anteriores (inclusive o DVD Brasileirinho, que é todo pontuado pelo excelente Trio). Realmente o canto de Roberta e os arranjos do Trio (de muita fluência harmônica e melódica) são muito bons. Entretanto acho os discos anteriores de Roberta melhores. Acho que o CD ficou muito linear – as músicas ficaram todas meio parecidas. Tive a oportunidade de ver o show de pré-lançamento no CCC e já tive essa impressão. Achei que ouvindo o disco várias vezes, conhecendo melhor as músicas, essa impressão fosse desaparecer. Mas não – após várias audições continuo achando um disco de muita linearidade e acho mesmo que a obra de Roque está um tanto superestimada pela mídia. Mas não há como negar – é um disco arrojado e corajoso – apesar de continuar achando Braseiro seu melhor CD, acho que Roberta está construindo uma carreira sólida e única, não se deixando levar pelas mesmices que se ouvem nas rádios – e só podemos elogiar essa sua trajetória. Quanto ao CD, dou nota 3,5.

4 de agosto de 2010 às 18:28  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, aproveito a resenha do disco da Roberta pra perguntar sobre outra resenha q ainda num saiu aqui, aliás, resenhas, dos dois discos da Nina Becker, "Azul" e "Vermelho", qdo sai?

Sobre o disco da Roberta depois vou baixar pra ver o q acho. =)

4 de agosto de 2010 às 18:30  
Blogger Cris Carriconde said...

Concordo com o que você escreveu. Comprei o disco na semana passada e fiquei encantada com ele.

4 de agosto de 2010 às 19:18  
Anonymous Anônimo said...

achei o cd bacana. Mas senti falta de mais percussão. Por isso tive a mesma sensação que do meio pra frente fica chatinho. Prefiro arranjos mais pesados, pois me deixam orgulhoso de o Brasil ter percussionistas maravilhosos. Adoro os cd anteriores da Roberta, esse também é bom, mas para o meu gosto pessoal, é leve demais, e as composições me sugerem outra leitura. 3 estrelas está ótimo.
Ouvi EU VI MAMÃE NA AREIA, que vai estar no cd novo da Mariene de Castro e já gostei mais do tipo de arranjo que mariene escolheu.
Eduardo Caffaro - abc

4 de agosto de 2010 às 19:21  
Anonymous Anônimo said...

Comprei o cd e continuo adorando a Roberta cantora. Mas a impressão que fica é que estamos ouvindo a mesma música até o final do cd. É repetitivo demais, salvando-se uma ou duas canções. Roberta precisa diversificar. Arranjos bem cuidados, mas presos a uma mesma linha.

4 de agosto de 2010 às 19:43  
Anonymous Anônimo said...

Adoro a Roberta, comprarei sempre tudo que ela lançar, pois confesso que virei fã, porém, o disco não me cativou.
Acho o MAIOR ERRO uma pessoa lançar um disco de samba e ficar somente no voz e violão. Se o disco fosse mais percussivo, talvez me agradaria MUITO MAIS.
Roque Ferreira é um ótimo compositor, mas algumas de suas músicas precisam de COZINHA, DE BATUCADA,de SOM AFRO e infelizmente, na minha opinião falta.
Existe uma grande diferença do ÁGUA DA MINHA SEDE do Zeca (muito superior) ao da Roberta. E desculpe a comparação, apesar de PREFERIR a Roberta, mas bem fez Maria Rita no seu cd de samba que soube DIVERSIFICAR. A impressão que fica é que ouvimos as mesmas músicas desde o início.
E na minha opinião o disco tem uma crescente. As últimas faixas são as melhores e como bem descreveu o Mauro, Água Doce é a mais bonita do cd. Abraços,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

4 de agosto de 2010 às 20:00  
Anonymous Anônimo said...

Lindo disco.Roberta merece todas estrelas possíveis.Por tudo!Principalmente por ter a coragem de ter feito um disco para poucos.Queria muito que esse trabalho fizesse bastante sucesso,vendesse muito.Mas a realidade sabe que isso é ilusão.

4 de agosto de 2010 às 20:22  
Anonymous Bruno said...

A Roberta tá muito "Maria Bethânia" pro meu gosto. Parece que a Bethânia realmente tá fazendo escola com esse estilo de pedrinhas, riozinhos e conhinhas e com esses arranjos de violas e violões.

O tema é chato, mas a Bethânia pelo menos faz isso com vigor. A Roberta precisa cantar com mais vigor e soltar essa voz.

4 de agosto de 2010 às 21:05  
Anonymous Danilo said...

Este disco me deu a mesma sensação quando ouvi o disco da Zélia, Eu Me Transformo Em Outras. Os arranjos são muito parecidos o que torna o albúm um tanto cansativo, sem falar que o fato de explorar um único compositor contribui ainda mais pra isso. Como algumas pessoas já disseram, meu cinco estrelas da Roberta ainda é o Braseiro.

4 de agosto de 2010 às 21:56  
Anonymous Marcelo Brasilia-DF said...

Estupendo cd, foge totalmente do óbvio, em todos os aspectos, e agrada muito aos amantes da boa música. Roberta Sá comprova o que já vinha evidenciando nos seus discos, é a melhor novidade na MPB nos últimos anos. Eu gostei de todas as músicas, perfeito, e como Roberta está cantando lindamente!!!! BRAVO!!!!

4 de agosto de 2010 às 22:48  
Anonymous Anônimo said...

Digamos que é um "mais do mesmo" com qualidade.

4 de agosto de 2010 às 23:28  
Anonymous Anônimo said...

Ouvi com muita cuiriosidade este CD. Gosto do Roque Ferreira, mas acho que a intenção de Roberta neste Cd foi tornar Roque Ferreira o menos Roque Ferreira possível, é uma opção corajosa, por isso louvo, mas o resultado é decepcionante. Alaíde Costa fez algo parecido com canções de carnaval e o resultado também não ficou bom. Falta cor, Bahia, Vibração, diversidade, tempero. Roberta é muito límpida e com isso conseguiu seus fãs ardorosos, mas então que busque um repertório condizente com esses fãs e com esse perfil que ela se propõe ser, assim como faz Monica Salmaso. Concordo com os que citaram Fabiana Cozza e Mariene de Castro, essas conseguiram entender a obra do grande Roque. Roberta sá passou longe, mas pelo que tenho lido no jornal ela já alcançou o lugar em que tudo que fizer será colocado como o último biscoito do pacote.

5 de agosto de 2010 às 00:04  
Anonymous Anônimo said...

O DISCO PERDEU EM BAIANIDADE - Roque Ferreira conversou com o jornal O Estado de São Paulo, 02/08/2010,sobre o novo CD de Roberta Sá. Ele ficou muito contente com a homenagem, mas sentiu falta da baianidade do samba-de-roda do qual é porta-estandarte. Também gostaria que tivesse sido incluído no encarte o glossário que explica os termos em línguas africanas presentes em boa parte das faixas, para que se compreendesse do que ele fala. O disco é light, e o samba-de-roda não é light, é um samba que tem grande quantidade de percussão, o que no disco da Roberta não tem. Isso não tira o mérito. Eu fico muito grato pela homenagem. As melodias são bonitas, as harmonias são simples. Eles sofisticaram as harmonias, é bonito, mas se eu mostrar pro pessoal do Recôncavo, eles não vão acreditar.
Sobre o novo CD do compositor... Se eu fizer o CD mesmo (o título provisório é Terreiros), se tiver coragem de viajar, vai ser bem diferente do da Roberta, com predominância de percussão, viola. Não vai ter bandolim, e sim cavaco, até mais do que no meu primeiro disco.

5 de agosto de 2010 às 07:34  
Anonymous Anônimo said...

Adorei esta forma de Roberta tratar da obra do Roque Ferreira. Muitos aqui criticam dizendo que ela não fez samba de roda, mas ora bolas, se o disco inteiro fosse neste estilo iriam reclamar que ela só usou samba de roda. Uma coisa é fato, ninguém agradou e agradará a todos! Amo Roberta Sá e quase tudo o que ela faz é de primeira qualidade (tirando o "Dê um rolê" que foi ruim), portanto, nada mais normal que a crítica apontar o preciosidade desta grande interprete que Roberta é!
Viva Roberta Sá!!!!!

5 de agosto de 2010 às 10:13  
Anonymous Anônimo said...

Eu acho samba de roda cansativo. Não suporto mais que 3 músicas. Por isso continuo não louvando alguns que fazem esse estilo. A 'baianidade' tem seu diferencial, mas ainda prefiro a boa cultura nordestina que é bem mais diversificada, e por isso interessante!!! Dai por que eu louvo Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Xangai, Socorro Lira (que quase ninguém comentou seu cd aqui)e outros que fazem desde um som festivo e contagiante aos lamentos desse povo.

5 de agosto de 2010 às 10:34  
Anonymous Presidente said...

Estou com o Roque e não abro: o disco desperdiçou a riqueza rítmica do samba do recôncavo.

O disco é um total equívoco: enfadonho!

O canto de Roberta é mecânico, duro e desprovido de emoção.

Os arranjos destruíram a riqueza rítmica e melódica da música de Roque, sua alma foi substituída por um corpo harmônico inócuo. Música fria!

Que bom que o próximo disco de Roque está nas mãos da competente Luciana Rabello. Ouçam o primeiro disco do Roque e vocês irão entender quem é e o que pensa, musicalmente, Roque Ferreira.

Com a palavra, do próprio Roque: http://www.exkola.com.br/scripts/noticia.php?id=37252424

O cara é um gênio! Viva Roque.

Presidente

5 de agosto de 2010 às 11:09  
Anonymous Anônimo said...

Na falta de uma "nova" Gal Costa, com qualidade absoluta vocal e beleza de voz, tudo que Sá fizer será estupendo. Crítico é bobo. Ainda bem que o público, vejo aqui no blog, é bem atento e inteligente. Viva o público de música boa do Brasil. Viva os inteligentes. Quanto crítico carneirinho, sem te ofender Mauro, vc eu respeito. Tô passado com as colocações lúcidas de algumas pessoas. Isso me dá a certeza de que o Brasil vai pra frente, em tudo, na política e cultura. Roberta não retratou a obra de Roque e nem é a melhor cantora do Brasil. É apenas badalada. Bom pra ela. O mundo precisa disso pra girar. A Cleópatra não era raínha? Que Roberta seja também... Todo mundo quer ser rei e raínha por algum tempo. Com isso não tiro os méritos dela como artista. O trabalho é bem profissional. Mas nada de 5 estrelas, 3 estrelas está ótimo. E justo!

5 de agosto de 2010 às 11:21  
Anonymous Anônimo said...

"Roberta sá passou longe, mas pelo que tenho lido no jornal ela já alcançou o lugar em que tudo que fizer será colocado como o último biscoito do pacote... (2)"

Cinco estrelas!!!??? Mais mais uma que por aqui pode plantar bananeira que o crítico vai achar lindo. É tudo muito previsível mesmo...

5 de agosto de 2010 às 11:40  
Anonymous Anônimo said...

Adoro o canto da Roberta Sá, mas tem muita gente despeitada que só aprecia cantoras que se descabelam no palco!!! Gosto é gosto, e Roberta me agrada com o seu canto e sua sutileza. Fazia muito tempo que eu não me encantava com uma artista. Dizer que a crítica ESPECIALIZADA está equivocada por dar o justíssimo destaque para a Roberta é muito despeito e falta de reconhecimento do excelente trabalho realizado pela majestosa Roberta Sá. Ainda bem que ela usou vários elementos da música nordestina e não se prendeu apenas ao samba de roda!!!! Viva a diversidade de ritmos!!

5 de agosto de 2010 às 14:12  
Anonymous Anônimo said...

Achei muito justo. Roberta Sá, sem dúvida, é a melhor cantora do Brasil e merece 5 estrelas sim. O CD está excelente.

5 de agosto de 2010 às 17:51  
Anonymous Luiz said...

Se for pra fazer o mesmo que todos fazem é melhor não fazer!
Roberta acerta ao dar a sua personalidade à música de Roque. O papel do artista não é copiar e sim mostrar a SUA arte de coração aberto, gostem ou não.

5 de agosto de 2010 às 21:13  
Anonymous Lu Velloso said...

Concordo com LURIAN. Penso praticamente igual.
Já ouvi três vezes o CD, constatei a elegância e a evolução da cantora, mas não diria que ela 'deita e rola' como cantora. Seu timbre comum e sua voz pouco extensa a impedem de ser - efetivamente - uma grande intérprete.
Mas a acho uma graça.

5 de agosto de 2010 às 22:44  
Anonymous Anônimo said...

Roberta deu seu toque a música de Roque Ferreira? Sim, deu. E daí? Isso não é motivo suficiente pra me fazer gostar do cd. Achei muito linear mesmo, como já disseram. Tudo muito igual e arranjos pouco criativos. Roberta é CANTORA e não INTÉRPRETE. Não exijam dela emoção, seu canto é técnico mesmo. É lindo, mas é técnico.

5 de agosto de 2010 às 23:09  
Anonymous Pedro said...

Me sinto na obrigação de deixar minha opinião. Acompanho desde o início a carreira da Roberta e esse disco, ao meu ver, é um lindo presente. Estou fascinado pela riqueza com que trouxe a obra do Roque para "suas águas"...O cd é para ser deliciado a cada faixa e, ao contrário do que muitos expressaram, cada uma me proporciona um sabor diferente.

5 de agosto de 2010 às 23:18  
Anonymous Anônimo said...

Mauro que resenha certeira, fui correndo comprar o CD, estou curtindo direto! Parabéns ROBERTA! Grande e histórico disco. Só ela para provocar quase 50 comentários. NIVALDO OLIVEIRA

6 de agosto de 2010 às 09:13  
Anonymous Anônimo said...

Um Roque Ferreira que não sou como ele mesmo, é a mesma coisa que um acarajé de kiwi, diferente, mas estranho no início e para muitos.
O Roque Ferreira é o melhor interprete para sua própria obra.
Apesar de eu ser fã incondicional da Roberta Sá, acho que o cd da Clécia Queiróz, que é uma cantora boa e afinada mas sem badalação na mídia, é infinitamente melhor pois transmitiu a essência do autor e daquilo que é a sua obra.
Johnny

6 de agosto de 2010 às 09:16  
Anonymous Anônimo said...

Em primeiro lugar, acho que um cd tributo tem que se ater ao seu homenageado. É a mesma coisa de homenagear Vinicius de Morais e transformar suas canções em raps ou xaxados. Não entendo porque não respeitam a obra original. Não curto Roque, mas o cd de Roberta não traduz o compositor. Roberta deveria dar o seu toque e sua visão pra composições que são entregues exclusivamente a ela. Aí sim , ela poderia ter a liberdade de fazer o que quiser. Tá delicado? sim. Bem arranjado? médio. Linear e monótono? Sim. Os fãs vão comprar e ir nos shows? SIM. E a vida segue...

6 de agosto de 2010 às 09:41  
Anonymous lurian said...

Depois de ler alguma notas volto aqui para reafirmar alguns pontos e expressar outros...
Não se pode avaliar o disco pelo que Roberta não fez. Ela e o Trio Madeira Brasil assimilaram a obra de Roque à sua maneira. Não vejo nisso um demérito, tenha Roque e o 'pessoal do Recôncavo' gostado ou não. Isso em absoluto tira o brilho e a qualidade do disco. Bathânia, que canta samba de roda do Recôncavo desde o início da carreira, também não pôs uma 'cozinha' temperada nas canções de Roque e ninguém falou nada, obviamente porque a abelha escolheu músicas menos festivas, eu diria. Roberta fez um disco justo e ajustado ao seu estilo, isso me parece bom, não soa forçado para contemplar uma baianidade requerida que Roberta não tem! Tecnicamente o disco é bom. Falta alguma canção densa? Falta sim! mas feliz da intérprete/cantora que reconhece suas limitações! Roberta inicia sua carreira sabendo cuidar da mesma. Equívoco seria ela cantar novamente uma "Valsa da solidão" como o fez num disco anterior, que de fato deve ter sido escolhida por algum produtor, e diga-se de passagem, foi maldade com a moça! Música dificílima que exige um trabalho árduo de intérprete já magistralmente registrada por Elizeth Cardoso, que até agora ninguém se atrevera a (re)gravar. Por essas e outras Quando Roberta assimila Roque ao seu estilo, eu percebo nisso evolução e um distanciamento maior aos ditames de produtores, gravadoras e afins. Nisso saúdo o cd e a boa fase da moça reconhecendo sua evolução, mas com a certeza que ela ainda tem muito a crescer e a oferecernos.

6 de agosto de 2010 às 10:14  
Anonymous Anônimo said...

Luriel, gostei do teu último comentário. Só discordo quanto à interpretação da Roberta para Valsa da Solidão. Acho esta música a melhor que ela gravou até hoje. Na minha opinião, ela "segurou' bem nesta canção longíqua de Paulinho de Viola!

6 de agosto de 2010 às 11:14  
Anonymous Anônimo said...

adorei o texto do mauro...comprei o cd.
concluí q não devo entender nada de música.
achei o cd monocórdio e redundante...o canto de roberta, embora afinadinho, nada a ver com o universo do autor, enfim...totalmente fake.

6 de agosto de 2010 às 16:10  
Anonymous Moisés said...

Roberta Sá e Trio Madeira Brasil são Roberta Sá e Trio Madeira Brasil. Não são Roque Ferreira. Do contrário, para que soasse igual, muito melhor não fazer. Artistas precisam, e essa é uma das coisas mais importante, de personalidade. Coisa que todos esses músicos tem e souberam adicionar à bela obra de Roque.

6 de agosto de 2010 às 16:42  
Anonymous Anônimo said...

O cd está bem trabalhado , mas também achei monótono e enfadonho . A voz de Roberta está linda e ela é sim uma ótima cantora . Mas para mim o melhor cd dela continua sendo o Braseiro .

6 de agosto de 2010 às 19:58  
Anonymous Anônimo said...

Não gosto muito da Roberta, não ouvi, nem vou, seu novo disco.
Agora, um artista pode, e deve, fazer da obra do outro o que bem entender.
É a versão dela, o jeito dela, sua assinatura. Não é cover!

6 de agosto de 2010 às 23:09  
Anonymous Anônimo said...

Caros, alguma coisa deu errado, temos que admitir! De 51 posts 26 criticam de alguma forma o CD, frontalmente ou tergiversando. As palavras mais usadas foram:
chato, chatíssimo, monótono, enfadonho, repetitivo.
Uma pista e tanto não é?
Quando um ou dois ou meia duzia pensam assim, tudo bem. São uns chatos! Mas quando mais da metade se manifesta dessa maneira, é que alguém errou no ponto.
As perguntas são:

O problema é a cantora?

O problema é dos arranjos?

O problema é do homenageado?

Na minha opinião Roberta é uma cantora ótima, com uma emissão perfeita, e de personalidade. Está cantando cada vez melhor, como este e os trabalhos anteriores atestam.

O Trio madeira é maravilhoso, o trabalho deles é ímpar, criativo, acompanha vários artistas sensacionais pelo Brasil afora e neste cd, tece variações de ritmo, de timbre e faz improvisos cativantes.

Por fim chegamos ao cerne da questão. Roque não é isso tudo que lhe imputam. Seus sambas de roda são honestos. E Só. Suas melodias são repetitivas e os temas idem. Roberta poderia ter escolhido Roberto Mendes, por exemplo, que é mais criativo e menos redundante que o Roque. Mas a moda cega as pessoas, ou os produtores! Rs!
Até mesmo um cd sobre o reconcavo como um todo seria mais rico. Com Batatinha, Riachão, Roberto e, aí sim Roque. No seu devido lugar: mais um, e não O UM.

Eis uma análise longe da fascinação dos fãs e também distanciada das pedras dos detratores gratuitos. ( com trava-língua por favor)

Abraços.

7 de agosto de 2010 às 01:38  
Anonymous Maria Lina said...

Concordo com o anônimo da 1.38, além de aplaudir sua lucidez.
O CD é monótono, Roque não é isso tudo MESMO, a cantora á boa (não é ÓTIMA).
As faixas vão soando monótonas, atonais, enfadonhas. o Canto de Roberta não surpreende, embora os arranjos sejam frequentemente bárbaros (dentro do possível).
Enfim, RS tem investido em seu talento, vem crescendo como cantora, mas, em minha opinião, se não retrocedeu com este trabalho, também não avançou minimamente.
Chega de ver Roberta 'rodar' em cena ( Clara Nunes, por exemplo, 'rodava' à beça, mas tinha uma VOZ...). Talvez ela possa mais do que isso. Que tal voltar a Lenine, por exemplo?!

Mais um CD para a 'estante'. Lamentavelmente.

7 de agosto de 2010 às 12:51  
Anonymous Anônimo said...

Me desculpa anônimo das 01:38, mas quer dizer que a "culpa" é do compositor? Não força! A culpa é da cantora e dos produtores e arranjadores na FEITURA do cd. Mil desculpas, EU AMO a Roberta, mas o cd é chatinho graças aos arranjos e a FALTA de percussão.
Parece um cd de bossa nova (com todo respeito ao ritmo, mas o cara é SAMBISTA!!!!).
No mais, é muita farofa da crítica especializada, pois trata-se de um compositor gravado por Bethânia, Beth, Clara e outras que merece o nosso RESPEITO (no mínimo). A culpa está mais nas escolhas do que propriamente na obra do compositor.
Abraços,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

PS: Respondendo a um outro anônimo que não encontrei o comentário sobre os discos da Bethânia, eu também não curti os cd's. Nem foi pelas músicas do Roque, mas EU não troco o Encanteria e o Tua pelos dois anteriores que eram MARAVILHOSOS e falava sobre as águas (Pirata e o estupendo Mar de Sophia).

7 de agosto de 2010 às 14:28  
Blogger Jorge Reis said...

Roque de fato não é isso tudo, os arranjos são irrepreensíveis, e Roberta avançou muito em sua carreira, e consegue um CD para superar "braseiro", trazendo a luz mais classico para MPB...

7 de agosto de 2010 às 14:37  
Blogger Rener Melo said...

Achei o CD ótimo. Digno de 5 estrelas, sim! Este CD está gostoso, gostoso! Mas ao fazer a resenha de 'Encanteira' da Maria Bethânia, CD muito parecido com este e lançando anteriomente... Tbm deveria ter ganho 5 estrelas. Só um detalhe bobo. E voltando á Roberta... Super cresceu com este! Parabéns à ela.

7 de agosto de 2010 às 15:38  
Anonymous Moisés said...

26 ou sei lá quantos podem achar chatos, mas tem gente que acha excelente. Ou seja, a opinião que vale é a nossa. Abraços.

7 de agosto de 2010 às 16:58  
Anonymous Anônimo said...

Quanta demagogia nesse texto.
Mauro, não confunda a amizade com Roberta com seu óficio.
Roberta está longe de pertence ao primeiro time de cantoras.

O disco é somente bom, Nada além disso.

Sempre tiro o chapéu para seus comentários, mas esse foi funesto.

7 de agosto de 2010 às 18:48  
Anonymous Luiz said...

Que coisa mais besta ficar procurando culpados!
Só o fato de ter os que acham excelente e os que acham ruim, mostra que não há certeza nem uma verdade única pra uma obra de arte.
Explicar arte não é tão simples quanto imaginam. No fundo, tudo é uma profunda questão de gosto.

7 de agosto de 2010 às 22:31  
Anonymous Anônimo said...

Roberta é OTEEEEEEMA....
Ela entra DE VEZ para o time das grandes cantoras do Brasil, só não vê quem não quer ou pensa que só cantora OVER é que tem valor!!!
Outra coisa, pega-se muito no pé do Mauro por ele apenas expor a opinião dele acerca do trabalho da Roberta, entretanto, não é APENAS o dono deste blog que acha a Roberta sensacional...Portanto, concordo com o Moisés e digo que ela EXCELENTE!!!

7 de agosto de 2010 às 23:32  
Anonymous Anônimo said...

Nunca li tanta asneira junta. Ora, Roberta Sá não é Roque Ferreira e o simples fato de não emular o estilo do compositor já é muito bem-vindo. Acho que as audições apressadas não captaram a riqueza dos arranjos de "Quando o canto é reza" (e olhe que o cd tem ijexá, ciranda, maxixe, afro-samba...). O Mauro disse tudo: "São as cordas magistrais de Marcello Gonçalves (violão de sete cordas), Ronaldo do Bandolim e Zé Paulo Becker que imperam refinadas nos arranjos que eventualmente até deslocam a obra de Roque de seu eixo habitual sem anular a origem afro-baiana - já impressa, a rigor, na maioria das letras do compositor, repletas de imagens". Linear e conservador era o "Pra se ter alegria". Onde está a linearidade de "Quando o canto é reza"? "Mandingo" é absolutamente distinta de "Orixá de frente", como "Menino" é a antípoda de "Marejada". São todos grandes sambas, mas cada um de uma linhagem específica. Também achei que o choro do Madeira Brasil conferiu um outro toque às canções "de chão" do Roque Ferreira. Ficou sofisticado e bonito pra caralho! E a voz da Roberta está mais límpida do que nunca. Obra prima.

8 de agosto de 2010 às 14:27  
Anonymous Anônimo said...

Existe certo exagero em torno a tudo que se diz em relação a Roberta, o mesmo com a Maria Rita, talvez por uma necessidade de uma geração ter sua GRANDE CANTORA, mas nós, mais velhos, não podemos cair nessa, Roberta é uma cantora correta apenas, o trio madeira Brasil é ótimo, mas esse disco não era para a voz da Roberta. Até a Luciana Melo tem mais recursos e cores na voz que a Roberta. Ela derrapou e feio.

8 de agosto de 2010 às 14:49  
Blogger aguiar_luc said...

Achei o cd muito triste e parado!

10 de agosto de 2010 às 08:10  
Anonymous Anônimo said...

Cada vez que eu escuto o novo trabalho de Roberta Sá, mais eu me impressiono com a qualidade da obra. De fato, tanto o Mauro Ferreira como grande parte da crítica especializada não estão equivocados em dizer que se trata de uma das grandes da MPB! Parabéns Roberta por não se repetir e não se acomodar com o que fez até aqui!

11 de agosto de 2010 às 11:23  
Anonymous Anônimo said...

Roberta é maravilhosa, o trio também, mas acho que não foi uma feliz escolha a de Roberta pelo repertório de Roque... Já que ela quer cantar uma MPB mais light, deveria ter escolhido outro compositor... A obra do Roque não é isso que ela apresenta no disco... Muito longe de merecer as 5 estrelas...
Também achei um desperdício ter incluído no repertório canções já conhecidas e gravadas por outros intérpretes, já que Roque Ferreira possui um vasto número de composições que nunca foram gravadas e que Roberta poderia ter tido o privilégio de mostrar para o grande público em primeira mão.

28 de agosto de 2010 às 22:22  

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