22 de julho de 2010

Fresno põe peso no chororô emo de 'Revanche'

Resenha de CD
Título: Revanche
Artista: Fresno
Gravadora:
Arsenal

Music / Universal Music
Cotação: * * 1/2

Se comparado com o fracote Redenção (2008), álbum em que o Fresno diminuiu bem o volume das guitarras em favor dos teclados, Revanche é, de fato, mais pesado - como anunciara o grupo gaúcho. Riffs de guitarra pontuam músicas como Relato de um Homem de Bom Coração, Die Lüge e a faixa-título. Mas esse peso parece precisamente calculado pelo produtor Rick Bonadio para não adensar além da conta o som de uma banda que precisa seguir o padrão da MTV e das rádios. Para estas, há o single Deixa o Tempo, canção de melodia redonda que se impõe como um dos poucos destaques de repertório irregular assinado pelo vocalista Lucas Silveira, autor das 13 inéditas - ora sozinho, ora em parceria com o baixista Rodrigo Tavares. O CD Revanche dá mais peso ao chororô emo do Fresno sem elevar, a rigor, a cotação do grupo no mercado. Entre baladas mais (Eu Sei) ou menos (Nesse Lugar) pesadas, o Fresno quase nunca exibe em Revanche o frescor e a inspiração que pautaram o (ótimo) primeiro disco solo de Lucas Silveira, The Rise and Fall of Beeshop (2010). Com exceção de uma ou outra balada sustentada por teclados, como a soporífera Quando Crescer, as guitarras dão o tom de Revanche sem alterar substancialmente o padrão Bonadio de qualidade. Nem a dose de eletrônica de A Minha História Não Acaba Aqui modifica de fato a fórmula de um som que já moldou o mau gosto da juventude que consome o rock industrializado veiculado na MTV nos anos 2000.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Se comparado com o fracote Redenção (2008), álbum em que o Fresno diminuiu bem o volume das guitarras em favor dos teclados, Revanche é, de fato, mais pesado - como anunciara o grupo gaúcho. Riffs de guitarra pontuam músicas como Relato de um Homem de Bom Coração, Die Lüge e a faixa-título. Mas esse peso parece precisamente calculado pelo produtor Rick Bonadio para não adensar além da conta o som de uma banda que precisa seguir o padrão da MTV e das rádios. Para estas, há o single Deixa o Tempo, canção de melodia redonda que se impõe como um dos poucos destaques de repertório irregular assinado pelo vocalista Lucas Silveira, autor das 13 inéditas - ora sozinho, ora em parceria com o baixista Rodrigo Tavares. O CD Revanche dá mais peso ao chororô emo do Fresno sem elevar, a rigor, a cotação do grupo no mercado. Entre baladas mais (Eu Sei) ou menos (Nesse Lugar) pesadas, o Fresno quase nunca exibe em Revanche o frescor e a inspiração que pautaram o (ótimo) primeiro disco solo de Lucas Silveira, The Rise and Fall of Beeshop (2010). Com exceção de uma ou outra balada sustentada por teclados, como a soporífera Quando Crescer, as guitarras dão o tom de Revanche sem alterar substancialmente o padrão Bonadio de qualidade. Nem a dose de eletrônica de A Minha História Não Acaba Aqui modifica de fato a fórmula de um som que já moldou o mau gosto da juventude que consome o rock industrializado veiculado na MTV nos anos 2000.

22 de julho de 2010 às 11:55  
Anonymous Marques said...

Oi Mauro,
Não vai sair nenhuma nota sobre o tracklist do novo disco do Pato Fu?

22 de julho de 2010 às 22:01  

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