'D.N.A.' de Vercillo gera renovação e banalidade
Resenha de CD
Título: D.N.A.
Artista: Jorge Vercillo
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *
Detratores de Jorge Vercillo encontrarão munição certeira em D.N.A. - mediano álbum de inéditas que marca a estreia do cantor na gravadora Sony Music. É certo que há músicas no disco - casos de Cor de Mar, parceria do compositor com Dudu Falcão, e de Me Transformo em Luar (eleita o primeiro single) - que reiteram certa banalidade que diluiu o valor da obra de Vercillo ao longo dos anos 2000. É como se, nestas músicas, ele tentasse reconstruir uma arquitetura pop que não já não exibe o mesmo acabamento. Contudo, D.N.A. gera também renovação. A mesma observada no anterior álbum de inéditas do cantor, Todos Nós Somos Um (2007), que aproximou Vercillo dos ritmos brasileiros. Aliás, D.N.A. traz um bom samba em embalagem tradicional que bem poderia figurar em Todos Nós Somos Um. Pena que Verdade Oculta, o tal samba, soe longo no disco (fica a impressão de que a faixa deveria ter um minuto a menos, mas que foi estendida desnecesariamente). D.N.A. não é tão brasileiro quanto o salutar álbum de 2007, mas Vercilo continua em busca de diversidade rítmica. Caso Perdido, parceria com Max Viana, é um exercício de suingue à moda de Stevie Wonder - até corajoso pelo risco de aproximar Vercillo de Djavan, de quem ele sempre foi visto como um genérico (Max é filho de Djavan). Arco-Íris - o tema que mais evidencia a habilidade de Vercillo como arquiteto pop - é temperada na segunda parte com um molho de salsa. O cantor e compositor Filó Machado é parceiro e convidado de Vercillo na faixa. Já Milton Nascimento valoriza Há de Ser, canção bonita que nem precisava dos sons indígenas inseridos no início e no fim da faixa (ainda que esses sons tribais remetam à obra de Milton). Mesmo porque, mesmo sem o viço de outrora, a voz de Milton ainda guarda resquícios divinos. Já Ninah Jo contribui com seus vocais em Memória do Prazer, balada de sensualidade terna, adornada com cordas. A introdução sugere sedutor clima jazzy - sublinhado pelo solo do flugelhorn de Jessé Sadoc - que não se sustenta ao longo da faixa. Em atmosfera bem diversa, Quando Eu Crescer tem sua linha afro realçada pelos versos traduzidos para o dialeto kimbundo por Filipe Mukenga e cantados por um coro angolano. Ao passo que Por Nós - parceria antiga com Alexandre Rocha, do tempo em que Vercillo era desconhecido cantor da noite - evoca na letra uma brasilidade rural que não é traduzida pelo arranjo. No fim das contas, D.N.A. alterna altos e baixos. As letras - que abordam questões filosóficas e espirituais com direito a incursões pelos mundos da ufologia e da física quântica - estão entre os pontos baixos do disco, prejudicando inclusive uma boa balada como Ventos Elísios. Nesse quesito, saltam aos ouvidos de forma positiva os versos da faixa que curiosamente vem a ser o ponto mais alto do disco: O Que Eu Não Conheço, a parceria com Jota Velloso que Maria Bethânia lançou em 2009 no disco Tua. Parece heresia, mas a gravação de Vercillo é muito superior à da intérprete e evidencia a beleza da melodia que - percebe-se agora - não se ajustou bem ao canto de Bethânia. Em suma, D.N.A. gera renovação, banalidade e alguma pretensão. Mas reitera o talento de Jorge Vercillo, artista alvo de amores e ódios intensos. O que pode impedir análises mais equilibradas de disco que tem méritos.
Título: D.N.A.
Artista: Jorge Vercillo
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *
Detratores de Jorge Vercillo encontrarão munição certeira em D.N.A. - mediano álbum de inéditas que marca a estreia do cantor na gravadora Sony Music. É certo que há músicas no disco - casos de Cor de Mar, parceria do compositor com Dudu Falcão, e de Me Transformo em Luar (eleita o primeiro single) - que reiteram certa banalidade que diluiu o valor da obra de Vercillo ao longo dos anos 2000. É como se, nestas músicas, ele tentasse reconstruir uma arquitetura pop que não já não exibe o mesmo acabamento. Contudo, D.N.A. gera também renovação. A mesma observada no anterior álbum de inéditas do cantor, Todos Nós Somos Um (2007), que aproximou Vercillo dos ritmos brasileiros. Aliás, D.N.A. traz um bom samba em embalagem tradicional que bem poderia figurar em Todos Nós Somos Um. Pena que Verdade Oculta, o tal samba, soe longo no disco (fica a impressão de que a faixa deveria ter um minuto a menos, mas que foi estendida desnecesariamente). D.N.A. não é tão brasileiro quanto o salutar álbum de 2007, mas Vercilo continua em busca de diversidade rítmica. Caso Perdido, parceria com Max Viana, é um exercício de suingue à moda de Stevie Wonder - até corajoso pelo risco de aproximar Vercillo de Djavan, de quem ele sempre foi visto como um genérico (Max é filho de Djavan). Arco-Íris - o tema que mais evidencia a habilidade de Vercillo como arquiteto pop - é temperada na segunda parte com um molho de salsa. O cantor e compositor Filó Machado é parceiro e convidado de Vercillo na faixa. Já Milton Nascimento valoriza Há de Ser, canção bonita que nem precisava dos sons indígenas inseridos no início e no fim da faixa (ainda que esses sons tribais remetam à obra de Milton). Mesmo porque, mesmo sem o viço de outrora, a voz de Milton ainda guarda resquícios divinos. Já Ninah Jo contribui com seus vocais em Memória do Prazer, balada de sensualidade terna, adornada com cordas. A introdução sugere sedutor clima jazzy - sublinhado pelo solo do flugelhorn de Jessé Sadoc - que não se sustenta ao longo da faixa. Em atmosfera bem diversa, Quando Eu Crescer tem sua linha afro realçada pelos versos traduzidos para o dialeto kimbundo por Filipe Mukenga e cantados por um coro angolano. Ao passo que Por Nós - parceria antiga com Alexandre Rocha, do tempo em que Vercillo era desconhecido cantor da noite - evoca na letra uma brasilidade rural que não é traduzida pelo arranjo. No fim das contas, D.N.A. alterna altos e baixos. As letras - que abordam questões filosóficas e espirituais com direito a incursões pelos mundos da ufologia e da física quântica - estão entre os pontos baixos do disco, prejudicando inclusive uma boa balada como Ventos Elísios. Nesse quesito, saltam aos ouvidos de forma positiva os versos da faixa que curiosamente vem a ser o ponto mais alto do disco: O Que Eu Não Conheço, a parceria com Jota Velloso que Maria Bethânia lançou em 2009 no disco Tua. Parece heresia, mas a gravação de Vercillo é muito superior à da intérprete e evidencia a beleza da melodia que - percebe-se agora - não se ajustou bem ao canto de Bethânia. Em suma, D.N.A. gera renovação, banalidade e alguma pretensão. Mas reitera o talento de Jorge Vercillo, artista alvo de amores e ódios intensos. O que pode impedir análises mais equilibradas de disco que tem méritos.
19 Comments:
Detratores de Jorge Vercillo encontrarão munição certeira em D.N.A. - mediano álbum de inéditas que marca a estreia do cantor na gravadora Sony Music. É certo que há músicas no disco - casos de Cor de Mar, parceria do compositor com Dudu Falcão, e de Me Transformo em Luar (eleita o primeiro single) - que reiteram certa banalidade que diluiu o valor da obra de Vercillo ao longo dos anos 2000. É como se, nestas músicas, ele tentasse reconstruir uma arquitetura pop que não já não exibe o mesmo acabamento. Contudo, D.N.A. gera também renovação. A mesma observada no anterior álbum de inéditas do cantor, Todos Nós Somos Um (2007), que aproximou Vercillo dos ritmos brasileiros. Aliás, D.N.A. traz um bom samba em embalagem tradicional que bem poderia figurar em Todos Nós Somos Um. Pena que Verdade Oculta, o tal samba, soe longo no disco (fica a impressão de que a faixa deveria ter um minuto a menos, mas que foi estendida desnecesariamente). D.N.A. não é tão brasileiro quanto o salutar álbum de 2007, mas Vercilo continua em busca de diversidade rítmica. Caso Perdido, parceria com Max Viana, é um exercício de suingue à moda de Stevie Wonder - até corajoso pelo risco de aproximar Vercillo de Djavan, de quem ele sempre foi visto como um genérico (Max é filho de Djavan). Arco-Íris - o tema que mais evidencia a habilidade de Vercillo como arquiteto pop - é temperada na segunda parte com um molho de salsa. O cantor e compositor Filó Machado é parceiro e convidado de Vercillo na faixa. Já Milton Nascimento valoriza Há de Ser, canção bonita que nem precisava dos sons indígenas inseridos no início e no fim da faixa (ainda que esses sons tribais remetam à obra de Milton). Mesmo porque, mesmo sem o viço de outrora, a voz de Milton ainda guarda resquícios divinos. Já Ninah Jo contribui com seus vocais em Memória do Prazer, balada de sensualidade terna, adornada com cordas. A introdução sugere sedutor clima jazzy - sublinhado pelo solo do flugelhorn de Jessé Sadoc - que não se sustenta ao longo da faixa. Em atmosfera bem diversa, Quando Eu Crescer tem sua linha afro realçada pelos versos traduzidos para o dialeto kimbundo por Filipe Mukenga e cantados por um coro angolano. Ao passo que Por Nós - parceria antiga com Alexandre Rocha, do tempo em que Vercillo era desconhecido cantor da noite - evoca na letra uma brasilidade rural que não é traduzida pelo arranjo. No fim das contas, D.N.A. alterna altos e baixos. As letras - que abordam questões filosóficas e espirituais com direito a incursões pelos mundos da ufologia e da física quântica - estão entre os pontos baixos do disco, prejudicando inclusive uma boa balada como Ventos Elísios. Nesse quesito, saltam aos ouvidos de forma positiva os versos da faixa que curiosamente vem a ser o ponto mais alto do disco: O Que Eu Não Conheço, a parceria com Jota Velloso que Maria Bethânia lançou em 2009 no disco Tua. Parece heresia, mas a gravação de Vercillo é muito superior à da intérprete e evidencia a beleza da melodia que - percebe-se agora - não se ajustou bem ao canto de Bethânia. Em suma, D.N.A. gera renovação, banalidade e alguma pretensão. Mas reitera o talento de Jorge Vercillo, artista alvo de amores e ódios intensos. O que pode impedir análises mais equilibradas de disco que tem méritos.
Mauro..vc está bem mesmo?? Colocar uma interpretação de Vercilo acima de Bethânia??? Não q eu não concorde. Acho a interpretação dele de ENCONTRO DAS ÁGUAS superior a todas q foram feitas por outros artistas, mas fico espantado por vc, fã e súdito de Bethânia comentar isso. Vc subiu no meu conceito. Preciso ouvir essa música!!!!
Mauro, confesso que senti um certo alívio ao ler o seu comentário acerca da gravação de Jorge ser superior a de Maria. Eu também achei a mesma coisa apesar de ser fã incondicional da abelha rainha. Ao ouvir Vercillo cantando esta música senti que havia uma valorização de letra, melodia e interpretação que não senti com Bethânia. Ao contrário, no álbum Tua, essa música passa como mais uma em meio a tantas outras, em um álbum que, aliás, para mim, soa dispensável na carreira da intérprete; todavia, Bethânia é Bethânia, não é mesmo? Temos que valorizar. Mas que a gravação de Jorge ficou melhor, isso ficou.
Interpretação de Vercilo melhor que Bethânia, kkkkkkkkkkkkk.
Mauro, você deve ter levado algum chega prá lá da grande cantora e tá numa dor de cotovelo que não dá para disfarçar.
Deixa eu ver se entendi bem. A primeira "análise" do disco novo do Jorge Vercillo, feita pelo Mauro, desceu o sarrafo no rapaz, que já deve tá meio habituado. Porque volta e meia a crítica dá umas cacetadas.
Agora depois de morder resolveu assoprar e falou o que? Que Jorge Vercillo está interpretando melhor que a melhor intérprete da música brasileira.
Quanta coerência!!
Menos, Mauro, muito menos.
Caro Mauro,
Acho o Jorge Vercilo um cantor afinado, mas um compositor e intérprete repetitivo.
"Encontro das Águas" (1994) é uma música bonita. "Fácil de Entender" (1996) é um pop agradável. Em 2000, Jorge Vercilo encontrou-se com o reconhecimento mais massificado com "Final Feliz", música bonitinha que curti muito. De lá prá cá, não consigo distinguir as músicas de JV - todas se parecem umas com as outras. Sempre discordei da comparação que faziam entre JV e Djavan, mas com a recente "Me transform em luar", fica patente o jeitão Djavan de ser do Jorge.
Sinceramente, esse papo de JV estar cantando melhor a própria música do que Bethânia é papo para render post na coluna, só pode ser.
Não sei porque o espanto, JV canta bem, respeita as silabas tônicas das palavras, não grita, por quê, então não pode cantar melhor que a abelha rainha para espanto de seus fãs fundamentalistas do Talibã. Começo a temer pela segurança de Vercillo.
Esse tipo de comportamento por parte dos fãs de Bethânia e Caetano me afastou de suas obras que têm o seu valor, mas não estão aima do bem e do mal. E acredito que eu não tenha sido o unico.
Quanto ao fato das letras conterem teor filosíco e religioso, acho bacana abordar o caminho do respeito de uma religião pelas outras. Tá cheio de padres e pastores e afins cantando, Vercillo falou de esoterismo, e olha que nesta ele nem colocou glossário. Mas pelo visto seria necessário que ele explcasse de que tratava a música.
Termino o comentário ainda preocupado com segurança de Vercilo que mexeu no fundamentalismo do clã xiita da abelha rainha e dos católicos e evangélicos.
Deus te proteja Jorge.
Jorge... ri muito com seu post e assino embaixo. Eu mesmo me afastei de Bethânia por conta desses fãs xiitas que ela tem. Não compro mais e nem vou mais ao sseus shows. Não não gosto muito do Verciloo, mas o q vc postou, tem sentido e muuuuito. Eu mesmo tinha essa posição exagerada em relação a Gal e qdo vi q estava afastando pessoas amigas de apreciarem e gostarem de Gal, me dei conta que estava endeusando e sendo muito radical. Mas isso é outro papo...
Compositor valoriza aspectos da própria composição que nenhum intérprete, por melhor que seja, é capaz de alcançar. É perfeitamente lógico que JV, um bom cantor (muito melhor que o sofrível compositor), possa encontrar em sua própria música formas de interpretação que MB esteja longe de imaginar. Pelo simples fato de que foi ele que fez.
Vercillo pra mim é craque no quesito regravação. Seus registros pra " Dindi ", " Palco " e " Deusa do amor " são irretocáveis.
Eu o conheci através de uma composição - " Sensivel Demais " - gravada por Chystian & Ralf. De fato canta bem, me agrada o timbre e que ele mantenha o costume de gravar duos com grandes nomes da (dita) MPB. Nesse album foi com Milton Nascimento e no anterior com Guinga.
Um abraço a todos!
Diogo Santos
Viva a democracia. é por isso que gosto desse blog. Pra mim a Bethânia jamais foi e será a melhor interprete da MPB mesmo tendo cantado antologias. O reconhecimento do Mauro é correto. Quanto a repetições, é coisa de compositor contumaz, caso do Vercillo. Ouçam Djavan, Caetano, Gil, Milton, pra mim os maiores do Brasil que vc ouvirá harmonias, melodias muito peculiares a eles mesmos. O Vercillo canta muito bem, toca um violão honestissimo e compõe como poucos novos compositores. Se repete? Sim, como os citados por mim. Pecou no glossário? Sim e muito, mas isso não tira o mérito nos acertos tais como Ventos Eliseos, onde a guitarra do Bernardo Bosisio é um primor. Mesmo com a pecha de genérico do Djavan, não vejo ninguém pra ele. Acho que só precisa andar com as próprias pernas. Ele sabe compor bem.
A letra de Me transformo em luar pode ser até banal, pueril, mas musicalmente ressalta bem a mistura que Vercilo faz bem de black music e ritmos latinos.
Leandro
Penso que um artista, por mais superlativo que seja, não é insuperável naquilo que faz o tempo todo. Ninguém é. Sobretudo quando se fala em arte. O fato de o Mauro ter dito que o Vercíllio interpretou melhor "uma determinada música" do que Bethânia o fez, não quer dizer que ele seja um intérprete melhor do que ela.
Existem algumas músicas que considero definitivas na voz de cantores que não curto muito, porque certas músicas combinam perfeitamente com determinadas vozes, e outras não. E isso necessariamente não tem a ver com a qualidade do intérprete. O artista, por mais virtuoso que seja, não tem total controle sobre o resultado do seu trabalho. Há sempre uma zona de mistério, de surpresa, de falibilidade que justificam o frio na barriga de qualquer artista que se preze.
Fabio de Sampa
Concordo com o Jorge também . MB por ser supostamente "cult" se tornou um culto, quase entidade, a vejo como uma das nossas grandes intérpretes, várias por sinal. Cansei tbém dessa idolatria desenfreada.
Existe vida inteligente, no BLOG do Mauro, onde eu desabafei, como sempre faço, quando me irrito com "nem ouvi mas não gostei..."
Abração Mauro pensei que fosse me censurar mais uma vez...
Como vc pode ver estou ficando mais dissimulado, descupe, quero dizer educado.
Bethania tem a sua realeza, porem, existe vida pensante alem da colméia.
Pelo conjunto da obra, Vercillo para mim ainda tem crédito, inova, com as mesmas melodias, com letras novas, há um quê de tolerância em suas letras, ingrediente tão necessário, para tornar nosso convívio menos doloroso.
"Quem não julga o desigual, nada vai discriminar
Se tudo é divino, tudo em Deus tem seu lugar"...
FORTE ABRAÇO!
A interpretação de Vercillo na canção "O que eu não conheço" é simplesmente primorosa e, realmente, bastante superior a de Bethânia. Inclusive, a "abelha rainha" mantém o título de melhor intérprete da música brasileira unicamente por ser quem é, mas seus discos têm sido demasiadamente monótonos e já não carregam mais a cor, o prazer e o sabor de "Mel", "Álibi" e "Maria" (só pra citar alguns). Os fãs incondicionais de Maria Bethânia deveriam ter ao menos a humildade de ouvir a gravação do Jorge Vercillo para a referida canção, não com o propósito de fazer comparações, e sim com o objetivo de perceber novas formas de interpretação. Isso é SOMA, não competição!
Max é filho de Djavan? Pensei que fosse de Simonal...
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