3 de janeiro de 2010

Ringo evoca Lennon com Paul no pacífico Y Not

Resenha de CD
Título: Y Not
Artista: Ringo Starr
Gravadora: Hip-O Records
Cotação: * * 1/2

Nas lojas em 12 de janeiro de 2010, o 15º disco solo de Ringo Starr, Y Not, dificilmente vai alterar o status discutível do artista no mercado fonográfico. A bem da verdade, a carreira solo do ex-beatle somente conseguiu alguma relevância com Ringo, álbum de 1973. De caráter trivial, embora comece bem com o rock Fill in the Banks (Ringo Starr e Joe Walsh), Y Not é o primeiro solo de Ringo em que ele assumiu a produção. Como de praxe, o baterista se escora no seu passado de glória vivido como o Beatle menos relevante. Se The Other Side of Liverpool revira as memórias daqueles anos mágicos, Peace Dream - faixa na figura com brilho discreto o baixo de Paul McCartney - evoca o sonho de paz de John Lennon (1940 - 1980), com letra que cita músicas como Imagine e Give Peace a Chance. McCartney bisa sua participação de forma mais perceptível ao unir sua voz à de Ringo em Walk with You (Ringo e Van Dyke Parks), ode à amizade que reitera o tom positivista das letras - traço marcante, aliás, no solo anterior de Ringo, Liverpool 8 (2008), trabalho de tom mais nostálgico. Por mais que a vibe seja boa, à medida que Y Not avança, músicas como Time reforçam o caráter mediano do repertório autoral. Entre tema de ambiência country (Can't Do It Wrong) e rock retrô (Who's Your Daddy? - interessante faixa valorizada pelos vocais calorosos de Joss Stone, a cantora britânica que traz na garganta a alma da soul music), Y Not não cativa de fato, apesar da energia da faixa-título e da ficha estelar que agrega nomes como Ben Harper e Richard Marx, ambos nos vocais. É mais um CD de Ringo.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Nas lojas em 12 de janeiro de 2010, o 15º disco solo de Ringo Starr, Y Not, dificilmente vai alterar o status discutível do artista no mercado fonográfico. A bem da verdade, a carreira solo do ex-beatle somente conseguiu alguma relevância com Ringo, álbum de 1973. De caráter trivial, embora comece bem com o rock Fill in the Banks (Ringo Starr e Joe Walsh), Y Not é o primeiro solo de Ringo em que ele assumiu a produção. Como de praxe, o baterista se escora no seu passado de glória vivido como o Beatle menos relevante. Se The Other Side of Liverpool revira as memórias daqueles anos mágicos, Peace Dream - faixa na figura com brilho discreto o baixo de Paul McCartney - evoca o sonho de paz de John Lennon (1940 - 1980), com letra que cita músicas como Imagine e Give Peace a Chance. McCartney bisa sua participação de forma mais perceptível ao unir sua voz à de Ringo em Walk with You (Ringo e Van Dyke Parks), ode à amizade que reitera o tom positivista das letras - traço marcante, aliás, no solo anterior de Ringo, Liverpool 8 (2008), trabalho de tom mais nostálgico. Por mais que a vibe seja boa, à medida que Y Not avança, músicas como Time reforçam o caráter mediano do repertório autoral. Entre tema de ambiência country (Can't Do It Wrong) e rock retrô (Who's Your Daddy? - interessante faixa valorizada pelos vocais calorosos de Joss Stone, a cantora britânica que traz na garganta a alma da soul music), Y Not não cativa de fato, apesar da energia da faixa-título e da ficha estelar que agrega nomes como Ben Harper e Richard Marx, ambos nos vocais. É mais um CD de Ringo.

3 de janeiro de 2010 às 10:28  
Anonymous Dirce said...

Deve ser rico...

4 de janeiro de 2010 às 18:47  

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