Moura realça suingue plural do país em 'Brasis'
Resenha de CD
Título: Brasis
Artista: Gabriel Moura
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * * *
"Tem um Brasil que soca / Outro que apanha / Um Brasil que saca / Outro que chuta / Vai à luta, bate bola / Porém não vai à escola", enquadra Gabriel Moura na letra do frevo Brasis, faixa-título de seu ótimo primeiro disco solo, produzido e arranjado por seu tio Paulo Moura. Lançado em 2006 de forma independente, Brasis ganha reedição da Som Livre neste mês de dezembro de 2009 com outra capa, um outro projeto gráfico e faixa-bônus (Som Mil). Um dos fundadores do grupo Farofa Carioca, que projetou em 1996 o mais bem-sucedido Seu Jorge, Moura cumpre a expectativa depositada neste CD individual. Compositor já gravado por Zeca Pagodinho e Ana Carolina, parceiro de Seu Jorge em sucessos recentes como Burguesinha e Mina do Condomínio, Moura viaja pela diversidade rítmica dos vários Brasis, partindo do samba, como deixa claro no cartão de visitas do álbum, Eu Canto Samba, tema de sua autoria (homônimo do samba que batizou o disco lançado por Paulinho da Viola em 1989). Sim, Moura canta samba e parte do samba, mas chega logo ao samba-rock, à moda de Bebeto, em O Perfume da Nega e em Mini Saia. Mas tem também um pouco do balanço funk em algumas faixas deste Brasis. Em Chose de Louque, Moura diz versos em francês no compasso do rap. Quando compõe sozinho, como em Garota do Méier, as letras adquirem tom descritivo, meio cinematográfico, ainda que eventualmente maculadas por versos imperdoáveis como "Quem é do Méier não bobeia". Entre a levada nordestina de Tem Fila e o clima acústico das baladas É Bom Andar a Pé (Melhor) e Estrela do Céu, há vários Brasis. E Gabriel Moura procura sintetizá-los em disco que prima ora pelo suingue, ora pelo intimismo (como em Inverno no Rio). Tomara que, com a oportuna reedição do álbum pela Som Livre, sua farofa azeitada seja tão saboreada e popularizada quanto a de Seu Jorge.
Título: Brasis
Artista: Gabriel Moura
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * * *
"Tem um Brasil que soca / Outro que apanha / Um Brasil que saca / Outro que chuta / Vai à luta, bate bola / Porém não vai à escola", enquadra Gabriel Moura na letra do frevo Brasis, faixa-título de seu ótimo primeiro disco solo, produzido e arranjado por seu tio Paulo Moura. Lançado em 2006 de forma independente, Brasis ganha reedição da Som Livre neste mês de dezembro de 2009 com outra capa, um outro projeto gráfico e faixa-bônus (Som Mil). Um dos fundadores do grupo Farofa Carioca, que projetou em 1996 o mais bem-sucedido Seu Jorge, Moura cumpre a expectativa depositada neste CD individual. Compositor já gravado por Zeca Pagodinho e Ana Carolina, parceiro de Seu Jorge em sucessos recentes como Burguesinha e Mina do Condomínio, Moura viaja pela diversidade rítmica dos vários Brasis, partindo do samba, como deixa claro no cartão de visitas do álbum, Eu Canto Samba, tema de sua autoria (homônimo do samba que batizou o disco lançado por Paulinho da Viola em 1989). Sim, Moura canta samba e parte do samba, mas chega logo ao samba-rock, à moda de Bebeto, em O Perfume da Nega e em Mini Saia. Mas tem também um pouco do balanço funk em algumas faixas deste Brasis. Em Chose de Louque, Moura diz versos em francês no compasso do rap. Quando compõe sozinho, como em Garota do Méier, as letras adquirem tom descritivo, meio cinematográfico, ainda que eventualmente maculadas por versos imperdoáveis como "Quem é do Méier não bobeia". Entre a levada nordestina de Tem Fila e o clima acústico das baladas É Bom Andar a Pé (Melhor) e Estrela do Céu, há vários Brasis. E Gabriel Moura procura sintetizá-los em disco que prima ora pelo suingue, ora pelo intimismo (como em Inverno no Rio). Tomara que, com a oportuna reedição do álbum pela Som Livre, sua farofa azeitada seja tão saboreada e popularizada quanto a de Seu Jorge.
2 Comments:
"Tem um Brasil que soca / Outro que apanha / Um Brasil que saca / Outro que chuta / Vai à luta, bate bola / Porém não vai à escola", enquadra Gabriel Moura na letra do frevo Brasis, faixa-título de seu ótimo primeiro disco solo, produzido e arranjado por seu tio Paulo Moura. Lançado em 2006 de forma independente, Brasis ganha reedição da Som Livre neste mês de dezembro de 2009 com outra capa, novo projeto gráfico e faixa-bônus (Som Mil). Um dos fundadores do grupo Farofa Carioca, que projetou em 1996 o mais bem-sucedido Seu Jorge, Moura cumpre a expectativa depositada neste CD individual. Compositor já gravado por Zeca Pagodinho e Ana Carolina, parceiro de Seu Jorge em sucessos recentes como Burguesinha e Mina do Condomínio, Moura viaja pela diversidade rítmica dos vários Brasis, partindo do samba, como deixa claro no cartão de visitas do álbum, Eu Canto Samba, tema de sua autoria (homônimo do samba que batizou o disco lançado por Paulinho da Viola em 1989). Sim, Moura canta samba e parte do samba, mas chega logo ao samba-rock, à moda de Bebeto, em O Perfume da Nega e em Mini Saia. Mas tem também um pouco do balanço funk em algumas faixas deste Brasis. Em Chose de Louque, Moura diz versos em francês no compasso do rap. Quando compõe sozinho, como em Garota do Méier, as letras adquirem tom descritivo, meio cinematográfico, ainda que eventualmente maculadas por versos imperdoáveis como "Quem é do Méier não bobeia". Entre a levada nordestina de Tem Fila e o clima acústico das baladas É Bom Andar a Pé (Melhor) e Estrela do Céu, há vários Brasis. E Gabriel Moura procura sintetizá-los em disco que prima ora pelo suingue, ora pelo intimismo (como em Inverno no Rio). Tomara que, com a oportuna reedição do álbum pela Som Livre, sua farofa azeitada seja tão saboreada e popularizada quanto a de Seu Jorge.
Bravo!!! Vida longa a obra prima de Gabriel Moura!
Postar um comentário
<< Home