No palco, Taviani não evolui na medida do disco
Resenha de Show
Título: Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar
Artista: Isabella Taviani (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Canecão (RJ)
Data: 26 de setembro
Cotação: * * 1/2
Em seu quarto recém-lançado álbum, Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar, Isabella Taviani apara excessos e até ensaia guinada quase cool, guiada pela produção elegante de Jr. Tostoi e Rodrigo Campello. No show de lançamento do disco, que estreou no Rio de Janeiro (RJ) neste fim de semana, a artista mostra que, no palco, não evolui na medida do CD. Não, Taviani não nega as conquistas do disco, perceptíveis em números mais melodiosos como Presente-Passado e Borboletas e Risos, mas seu estilo exacerbado acaba se impondo e dando o tom do show. Na sequência final, quando Taviani canta o rock Luxúria e a nova Falsidade Desmedida iluminada por tons quentes de vermelho, a temperatura do espetáculo sobe aos perigosos níveis de shows anteriores. E, no bis, quando o público praticamente a obriga a cantar De Qualquer Maneira, um hit dos primeiros tempos não previsto no roteiro oficial, fica a certeza de que, para a alegria de seu público, Isabella Taviani continua (quase) a mesma em cena...
Aberto com Argumentos de Vidro (parceria com Jorge Vercillo repetida no bis com direito à citação de I Will Survive), o roteiro seria totalmente autoral não fosse Ternura - um dos sucessos de Wanderléa na Jovem Guarda - reaparecer acoplado ao hit Foto Polaroid quase como uma vinheta. E nisso reside um dos grandes problemas do show. Taviani não é a compositora que imagina ser. Montar o repertório de um show somente com músicas de sua autoria acaba tornando sua apresentação cansativa para o público que não se contenta em ouvir canções como Digitais, revivida com citação de Handy Man, tema de James Taylor. Boa cantora, sobretudo quando lapida seu canto, Taviani poderia se aventurar em cena por repertório alheio. Felizmente, ela ao menos começa a abrir o leque de parceiros. Arranjo, boa canção feita com Zélia Duncan, comprova no palco o acerto do disco. Mas é preciso mais.
Em sua segunda apresentação, o show Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar teve a ordem do roteiro alterada substancialmente em relação à estreia, ocorrida no Canecão em 25 de setembro de 2009. Mas certamente o tom roqueiro de Casa no Céu - cuja letra foi esquecida por Taviani na apresentação de sábado - continuou o mesmo. Assim como a coreografia flamenca que introduz Escorpião, número que realça o toque da bateria de Sérgio Melo. Em cena, a cantora também se permite entoar Diga Sim pra mim sentada em pneus cenográficos. O público aplaude e canta junto com ela. Mais tarde, já em pé com seu violão, Taviani apresenta Depois da Chuva, outra parceria com Jorge Vercillo, esta com a adesão de Zélia Duncan. A essa altura do show, já está claro que, para o bem ou para o mal, Taviani (quase) nunca é cool.
Título: Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar
Artista: Isabella Taviani (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Canecão (RJ)
Data: 26 de setembro
Cotação: * * 1/2
Em seu quarto recém-lançado álbum, Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar, Isabella Taviani apara excessos e até ensaia guinada quase cool, guiada pela produção elegante de Jr. Tostoi e Rodrigo Campello. No show de lançamento do disco, que estreou no Rio de Janeiro (RJ) neste fim de semana, a artista mostra que, no palco, não evolui na medida do CD. Não, Taviani não nega as conquistas do disco, perceptíveis em números mais melodiosos como Presente-Passado e Borboletas e Risos, mas seu estilo exacerbado acaba se impondo e dando o tom do show. Na sequência final, quando Taviani canta o rock Luxúria e a nova Falsidade Desmedida iluminada por tons quentes de vermelho, a temperatura do espetáculo sobe aos perigosos níveis de shows anteriores. E, no bis, quando o público praticamente a obriga a cantar De Qualquer Maneira, um hit dos primeiros tempos não previsto no roteiro oficial, fica a certeza de que, para a alegria de seu público, Isabella Taviani continua (quase) a mesma em cena...
Aberto com Argumentos de Vidro (parceria com Jorge Vercillo repetida no bis com direito à citação de I Will Survive), o roteiro seria totalmente autoral não fosse Ternura - um dos sucessos de Wanderléa na Jovem Guarda - reaparecer acoplado ao hit Foto Polaroid quase como uma vinheta. E nisso reside um dos grandes problemas do show. Taviani não é a compositora que imagina ser. Montar o repertório de um show somente com músicas de sua autoria acaba tornando sua apresentação cansativa para o público que não se contenta em ouvir canções como Digitais, revivida com citação de Handy Man, tema de James Taylor. Boa cantora, sobretudo quando lapida seu canto, Taviani poderia se aventurar em cena por repertório alheio. Felizmente, ela ao menos começa a abrir o leque de parceiros. Arranjo, boa canção feita com Zélia Duncan, comprova no palco o acerto do disco. Mas é preciso mais.
Em sua segunda apresentação, o show Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar teve a ordem do roteiro alterada substancialmente em relação à estreia, ocorrida no Canecão em 25 de setembro de 2009. Mas certamente o tom roqueiro de Casa no Céu - cuja letra foi esquecida por Taviani na apresentação de sábado - continuou o mesmo. Assim como a coreografia flamenca que introduz Escorpião, número que realça o toque da bateria de Sérgio Melo. Em cena, a cantora também se permite entoar Diga Sim pra mim sentada em pneus cenográficos. O público aplaude e canta junto com ela. Mais tarde, já em pé com seu violão, Taviani apresenta Depois da Chuva, outra parceria com Jorge Vercillo, esta com a adesão de Zélia Duncan. A essa altura do show, já está claro que, para o bem ou para o mal, Taviani (quase) nunca é cool.
18 Comments:
Em seu quarto recém-lançado álbum, Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar, Isabella Taviani apara excessos e até ensaia guinada quase cool, guiada pela produção elegante de Jr. Tostoi e Rodrigo Campello. No show de lançamento do disco, que estreou no Rio de Janeiro (RJ) neste fim de semana, a artista mostra que, no palco, não evolui na medida do CD. Não, Taviani não nega as conquistas do disco, perceptíveis em números mais melodiosos como Presente-Passado e Borboletas e Risos, mas seu estilo exacerbado acaba se impondo e dando o tom do show. Na sequência final, quando Taviani canta o rock Luxúria e a nova Falsidade Desmedida iluminada por tons quentes de vermelho, a temperatura do espetáculo sobe aos perigosos níveis de shows anteriores. E, no bis, quando o público praticamente a obriga a cantar De Qualquer Maneira, um hit dos primeiros tempos não previsto no roteiro oficial, fica a certeza de que, para a alegria de seu público, Isabella Taviani continua (quase) a mesma em cena...
Aberto com Argumentos de Vidro (parceria com Jorge Vercillo repetida no bis com direito à citação de I Will Survive), o roteiro seria totalmente autoral não fosse Ternura - um dos sucessos de Wanderléa na Jovem Guarda - reaparecer acoplado ao hit Foto Polaroid quase como uma vinheta. E nisso reside um dos grandes problemas do show. Taviani não é a compositora que imagina ser. Montar o repertório de um show somente com músicas de sua autoria acaba tornando sua apresentação cansativa para o público que não se contenta em ouvir canções como Digitais, revivida com citação de Handy Man, tema de James Taylor. Boa cantora, sobretudo quando lapida seu canto, Taviani poderia se aventurar em cena por repertório alheio. Felizmente, ela ao menos começa a abrir o leque de parceiros. Arranjo, boa canção feita com Zélia Duncan, comprova no palco o acerto do disco. Mas é preciso mais.
Em sua segunda apresentação, o show Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar teve a ordem do roteiro alterada substancialmente em relação à estreia, ocorrida no Canecão em 25 de setembro de 2009. Mas certamente o tom roqueiro de Casa no Céu - cuja letra foi esquecida por Taviani na apresentação de sábado - continuou o mesmo. Assim como a coreografia flamenca que introduz Escorpião, número que realça o toque da bateria de Sérgio Melo. Em cena, a cantora também se permite entoar Diga Sim pra mim sentada em pneus cenográficos. O público aplaude e canta junto com ela. Mais tarde, já em pé com seu violão, Taviani apresenta Depois da Chuva, outra parceria com Jorge Vercillo, esta com a adesão de Zélia Duncan. A essa altura do show, já está claro que, para o bem ou para o mal, Taviani (quase) nunca é cool.
Eu gosto da Isabela.. ela tem uma coisa meio teatral que me lembra a Bethânia!! Gosto quando ela visita repertório alheio... ela já regravou Preconceito e Viramundo do repertório da Bethânia.. ela poderia homenagear mais a Diva e cantar NEGUE ou GRITO DE ALERTA, acho que essas duas letras combinam com Taviani e faria muito sucesso com o publico dela!!
Eu gosto da ISabela.. ela tem uma coisa meio teatral que me lembra a Bethânia! Tambem queria muito que ela visitasse mais o repertório alhieo, ela sempre manda bem.. ela regravou duas músicas do repertório da Bethânia (Viramundo e Preconceito) e o resultado foi excelente!! Sei que ela é fã de Bethânia e poderia hoemnagear a DIca cantando músias como LAMA, GRITO DE ALERTA ou DRAMA.. essasmúsicas são a cara da Isabela!! Desejo muito sucesso pra ISabela!!!!
Oi, Mauro, tudo bem?
Rapaz, confesso que Isabella não me descia bem, de forma alguma, há algum tempo atrás. Era inevitável que eu a comparasse com a Ana Carolina, que também não é uma das minhas cantoras prefereridas.
Mas, ao ouvir este mais recente álbum da Isabella eu me surpreendi. Ela está cantando mais suave, seu repertório está bem melhor.
Ainda não fui ao show, mas, quem sabe...
Acho que ela está tentando melhorar a cada trabalho.
Tomara não?
Abraços,
Isabella está tentando ser cool sem poder ser. Ela é over, exagerada...quem gostar dela tem que ser assim. Eu não gosto!
Bem, acredito que Mauro foi bem preciso e feliz na sua colocação. Quem está no palco precisa a cada dia estar preparada para podar excessos e apresentar-se impecável. O púplico é exigente sim! Afinal estamos saturados de cantores de MPB no mercado e fora dele, logo qualidade é primordial.
Nem sendo verdadeiramente over e nem falsamente cool eu compro essa cantora!!
Mauro, essa não desce. Quando está solta é uma cópia piorada da Ana Carolina. Contida, não é rigorosamente nada.
ainda não entendi a que veio esta cantora...totalmente trash e com um repertório bem pior do que o da ana carolina
terra de muro baixo...
Tá na hora da Isabela gravar um grande compositor pra mostrar que é boa cantora. Um Gonzaguinha, um Ivan Lins, um Renato Russo... Ela tinha que sair um pouco desse mundo fechado das suas medianas composições.
Isabella é uma cópia de uma coisa que nem é totalmente original: Ana Carolina, chatíssima, nunca conseguiu disfarçar as "influências" de Cassia Eller (essa sim uma tremenda e original cantora). E o pior é que estes clones percorrem um romantismo piegas, meloso, cansativo, c/ uma dureza e uma certa raiva que nunca estiveram presentes no trabalho da "musa inspiradora" Eller, que tinha leveza e bom-humor.
O atual momento da Isabela é taõ falso , tão falso que nem ela própria consegue disfarçar. Super nervosa na estréia, ontem na Hebe fez questão de dizer que abandonou a rebeldia e agora está suave... Pura jogada de marketing, depois de tantas críticas ao seu jeito over de se apresentar. Só que não há sinceridade e entrega verdadeira aí. Dá no que dá.
Fernando Miguel diz:
Toda opinião é valida. É nitido que Isabella e Ana se parecem em questão de timbre. Não gostei muito do Novo CD da Isabella, apesar de gostar dela, posso ser tudo que quiserem me xingar, porem, o CD/DVD Isabella Taviani ao vivo, é uma apresentação cenografica perfeita. Os outros... não gostei tanto quanto o ao vivo!!!
É Fernando..cada um com seu gosto. O AO VIVO da Isabela pra mim é um pavor! Tudo errado ali. Super exagerada, a gente pensa que ela vai ter um enfarte a qq momento do show. Já o cd novo é bem mais centrado e coeso. Algumas canções mais melodiosas. Mas, de qq maneira, ela não toca muito aqui no meu cd player não...
Que saudades eu tenho de Cassia Eller!
Eu adoro a Isabela , fui ao show no canecao mas saí frustrado com a condução do show. Para mim foi monótono demais e cansativo ter que esperar ela trocar de violão a cada música. Apesar de ser um show de lançamento porém, deve se dosar as musicas quase desconhecidas com grandes sucessos para que o show nao perca o ritmo. Faltou ritmo. Tanto é verdade que a cada musica, pela demora na troca de violoes, tínhamos que escutar berros do publico e coisas ate constrangedoras como " eu te pego a noite toda". Isabela te adoro mas repense esse show que para mim ficou muito a desejar.
Sou fa da isabela porem em seu show faltou ritmo e dinamismo. Foi um show monótono e ter que esperar a cada musica alguem levar o violao pra ela , foi desanimador e enquanto esperavámos o público gritava e ainda falava gracinhas até um pouco constrangedoras como " eu te aguento a noite toda". No proximo show estarei lá porem quero ver mais dinamismo.
A Taviani não sei, por isso me limito a dizer que curto o som dela.
Mas a banda... Nossa! É 'Formidável', com todo sentido da palavra [off].
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