23 de setembro de 2009

Matisyahu propaga fé à luz de (muita) produção

Resenha de CD
Título: Light
Artista: Matisyahu
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *

Em 2006, o nome incomum de Matisyahu foi recorrente em todo e qualquer balanço do ano fonográfico. Sim, foi quase inevitável falar (bem) do judeu nascido nos Estados Unidos com o nome de Mattew Paul Miller. É que, em 2006, Matisyahu surpreendeu o universo musical ao lançar vibrante álbum, Youth, em que propagou as crenças e a fé do povo judaico no ritmo do reggae e do rap. Embora já fosse a rigor o terceiro título da discografia do artista, Youth foi seu primeiro CD a ter visibilidade, tendo passado como seu álbum de estreia. Por isso, Light chega ao mercado via Sony Music como uma espécie de segundo disco de Matisyahu. Gravado entre os Estados Unidos e a Jamaica, com a colaboração do duo Sly & Robbie em algumas faixas, Light tem produção de David Kahne e se revela diferente logo na primeira das 13 músicas, o dancehall Smash Lies. A diferença reside sobretudo na produção, bem mais encorpada e ajustada às leis do mercado. Ao fim da última faixa, a chorosa canção Silence (o instante mais radicalmente acústico de um álbum que também dispensa aparatos tecnológicos no quase folk I Will Be the Light), fica a sensação de que Matisyahu não precisava recorrer a tanta produção porque sua música está muito calcada na força de suas letras. Mas, no todo, a impressão é boa. Mesmo irregular, a safra de inéditas burilada a partir de 2008 apresenta pérolas como One Day - que expressa a esperança num mundo melhor - e On Nature. O reggae ainda está presente no som de Matisyahu, a exemplo de Motivate, mas o leque rítmico de Light é mais aberto do que o de Youth. Embora o CD anterior seja mais inspirado. Matisyahu não vai estar no balanço de 2009...

3 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Em 2006, o nome incomum de Matisyahu foi recorrente em todo e qualquer balanço do ano fonográfico. Sim, foi quase inevitável falar (bem) do judeu nascido nos Estados Unidos com o nome de Mattew Paul Miller. É que, em 2006, Matisyahu surpreendeu o universo musical ao lançar vibrante álbum, Youth, em que propagou as crenças e a fé do povo judaico no ritmo do reggae e do rap. Embora já fosse a rigor o terceiro título da discografia do artista, Youth foi seu primeiro CD a ter visibilidade, tendo passado como seu álbum de estreia. Por isso, Light chega ao mercado via Sony Music como uma espécie de segundo disco de Matisyahu. Gravado entre os Estados Unidos e a Jamaica, com a colaboração do duo Sly & Robbie em algumas faixas, Light tem produção de David Kahne e se revela diferente logo na primeira das 13 músicas, o dancehall Smash Lies. A diferença reside sobretudo na produção, bem mais encorpada e ajustada às leis do mercado. Ao fim da última faixa, a chorosa canção Silence (o instante mais radicalmente acústico de um álbum que também dispensa aparatos tecnológicos no quase folk I Will Be the Light), fica a sensação de que Matisyahu não precisava recorrer a tanta produção porque sua música está muito calcada na força de suas letras. Mas, no todo, a impressão é boa. Mesmo irregular, a safra de inéditas burilada a partir de 2008 apresenta pérolas como One Day - que expressa a esperança num mundo melhor - e On Nature. O reggae ainda está presente no som de Matisyahu, a exemplo de Motivate, mas o leque rítmico de Light é mais aberto do que o de Youth. Embora o CD anterior seja mais inspirado. Matisyahu não vai estar no balanço de 2009...

23 de setembro de 2009 às 08:33  
Anonymous Plava said...

Gospel music com sabor kosher e aroma de cânhamo.

23 de setembro de 2009 às 17:19  
Blogger André Santos said...

Meu amigo, juro que não entendo. O artigo é todo ele um elogio à singularidade do artista em questão e no final acaba com um "Matisyahu não vai estar no balanço de 2009..."
Não estará a entrar em contra-senso?

8 de novembro de 2009 às 01:31  

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