28 de junho de 2009

Outra coletânea para lembrar legado do Smiths

Resenha de CD
Título: The Sound of
The Smiths
Artista: The Smiths
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * *

Para quem não viveu os anos 80, The Smiths foi influente quarteto britânico que girou fora do círculo deliciosamente frívolo do tecnopop que dominou aquela década movida a egos e sintetizadores. Ao combinar a guitarra melódica de Johnny Marr com a poesia densa do atormentado Morrissey, o grupo criou um dos sons que deixaram marcas no mundo pop. Havia algo de Smiths - para citar somente um exemplo - na Legião Urbana do clássico álbum Dois (1986). A banda existiu de 1982 a 1987, tendo gravado apenas quatro álbuns de estúdio e alguns singles. É esse material que aparece rebobinado na coletânea dupla The Sound of The Smiths, produzida em 2008 e ora lançada no Brasil, via Warner Music, com seis meses de atraso. Como já existem dezenas de coletâneas dos Smiths, esta tenta se escorar nos 22 fonogramas (mais ou menos) raros enfileirados no disco 2 enquanto o disco 1 cumpre sua função de mapear a produção fonográfica oficial do quarteto. O que conta a favor dessa atual compilação é a masterização. O som dos Smiths nunca soou tão claro. E, mesmo para quem já tem todos os álbuns, a seleção de raridades do CD 2 tem lá seus encantos. Como o remix (intitulado New York Vocal) de This Charming Man. Ou o registro ao vivo de What's the World? (cover da banda James), que, de acordo com a ficha técnica do disco, foi lançado em cassete em 1987. Há ainda alguns lados B de singles que podem fisgar fãs do grupo. Contudo, a rigor, The Sound of The Smiths é mais indicada para quem quer se inteirar do legado dessa banda que influenciou gente hoje bem influente. Renato Russo (1960-1996) ouviu muito Morrissey.

4 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Para quem não viveu os anos 80, The Smiths foi influente quarteto britânico que girou fora do círculo deliciosamente frívolo do tecnopop que dominou aquela década movida a egos e sintetizadores. Ao combinar a guitarra melódica de Johnny Marr com a poesia densa do atormentado Morrissey, o grupo criou um dos sons que deixaram marcas no mundo pop. Havia algo de Smiths, para citar somente um exemplo, na Legião Urbana do álbum Tempo Perdido (1986). A banda existiu de 1982 a 1987, tendo gravado apenas quatro álbuns de estúdio e alguns singles. É esse material que aparece rebobinado na coletânea dupla The Sound of The Smiths, produzida em 2008 e ora lançada no Brasil, via Warner Music, com seis meses de atraso. Como já existem dezenas de coletâneas dos Smiths, esta tenta se escorar nos 22 fonogramas (mais ou menos) raros enfileirados no disco 2 enquanto o disco 1 cumpre sua função de mapear a produção fonográfica oficial do quarteto. O que conta a favor dessa atual compilação é a masterização. O som dos Smiths nunca soou tão claro. E, mesmo para quem já tem todos os álbuns, a seleção de raridades do CD 2 tem lá seus encantos. Como o remix (intitulado New York Vocal) de This Charming Man. Ou o registro ao vivo de What's the World? (cover da banda James), que, de acordo com a ficha técnica do disco, foi lançado em cassete em 1987. Há ainda alguns lados B de singles que podem fisgar fãs do grupo. Contudo, a rigor, The Sound of The Smiths é mais indicada para quem quer se inteirar do legado dessa banda que influenciou gente hoje bem influente. Renato Russo (1960-1996) ouviu muito Morrissey.

28 de junho de 2009 às 11:48  
Anonymous Anônimo said...

Caro Mauro, "Tempo Perdido", não. O álbum era "Dois".

Agora, concordo que, se há uma faixa que mostra a influência que os Smiths tiveram no disco, é mesmo a citada.

Felipe dos Santos Souza

28 de junho de 2009 às 18:17  
Anonymous Rafa said...

Oi Mauro!
Obrigado pela resenha!
Só corrige uma coisa: o disco da Legião Urbana de 1986 em que consta a smithiana "Tempo Perdido" chama "Dois".
Um abraço!

28 de junho de 2009 às 22:21  
Blogger Mauro Ferreira said...

Felipe (grato pelos comentários sempre construtivos) e Rafa, valeu pela observação. Viajei mesmo. Pensei na música e acabei me esquecendo que o nome do álbum, claro, era Dois. Obrigado, MauroF

28 de junho de 2009 às 23:52  

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