Batidas artificiais envolvem CD pop de Wanessa
Resenha de CD
Título: Meu Momento
Artista: Wanessa
Gravadora: Sony Music
Cotação: * *
Embora Meu Momento já seja o sétimo CD de Wanessa (agora sem o Camargo no nome artístico), a persistente neta de Francisco sempre esteve em evidência na mídia mais por sua vida particular do que por sua música. O atual álbum é tentativa de Wanessa de se fazer notar fora do circuito de celebridades. A produção - a cargo do DJ Deeplick e de Denilson Miller - procura inserir a artista na cena pop contemporânea, à moda norte-americana. Aliás, a audição de Fly - primeiro single do CD, gravado em dueto com o rapper Ja Rule - pode fazer um desavisado supor que a gravação é de uma das muitas cantoras dos EUA que se debatem uniformes ao seguir a receita padronizada do mix de r & b, pop e rap que vem regendo a indústria musical daquele país. Impressão reforçada em faixas como Não me Leve a Mal (Let me Live), descontado o fato de, nesta e nas outras faixas, Wanessa cantar em português. Temas envolvidos em moldura eletrônica - em especial, Dono da Noite e Desejos - acenam para as pistas. O problema é que o CD soa artificial como as batidas que envolvem a voz de Wanessa, dando a impressão de que a guinada foi planejada em seus mínimos detalhes na sala de marketing da gravadora Sony Music. Prejudica o fato de Deeplick querer se impor como compositor através de Wanessa. Ele assina, com diversos parceiros, a maior parte do irregular repertório. No meio de tanta música estéril, há genuína delícia pop, Máquina Digital. Em contrapartida, a balada Sentido à Minha Vida faz Wanessa repisar o sentimentalismo brega que norteou boa parte de sua incoerente discografia. E, por fim, há a presença inusitada (mas harmoniosa) de Rita Lee na regravação moderninha de Coisas da Vida, balada lançada pela roqueira em 1976 em seu terceiro álbum gravado com o grupo Tutti & Frutti, Entradas e Bandeiras. Enfim, Meu Momento flagra Wanessa em busca de uma identidade no mercado fonográfico. Retrata o atual momento da artista com a sensação de que o próximo pode ser bem diferente caso sua guinada pop não lhe dê o status tão almejado na cena pop nacional. Em suma, o disco resulta artificial.
Título: Meu Momento
Artista: Wanessa
Gravadora: Sony Music
Cotação: * *
Embora Meu Momento já seja o sétimo CD de Wanessa (agora sem o Camargo no nome artístico), a persistente neta de Francisco sempre esteve em evidência na mídia mais por sua vida particular do que por sua música. O atual álbum é tentativa de Wanessa de se fazer notar fora do circuito de celebridades. A produção - a cargo do DJ Deeplick e de Denilson Miller - procura inserir a artista na cena pop contemporânea, à moda norte-americana. Aliás, a audição de Fly - primeiro single do CD, gravado em dueto com o rapper Ja Rule - pode fazer um desavisado supor que a gravação é de uma das muitas cantoras dos EUA que se debatem uniformes ao seguir a receita padronizada do mix de r & b, pop e rap que vem regendo a indústria musical daquele país. Impressão reforçada em faixas como Não me Leve a Mal (Let me Live), descontado o fato de, nesta e nas outras faixas, Wanessa cantar em português. Temas envolvidos em moldura eletrônica - em especial, Dono da Noite e Desejos - acenam para as pistas. O problema é que o CD soa artificial como as batidas que envolvem a voz de Wanessa, dando a impressão de que a guinada foi planejada em seus mínimos detalhes na sala de marketing da gravadora Sony Music. Prejudica o fato de Deeplick querer se impor como compositor através de Wanessa. Ele assina, com diversos parceiros, a maior parte do irregular repertório. No meio de tanta música estéril, há genuína delícia pop, Máquina Digital. Em contrapartida, a balada Sentido à Minha Vida faz Wanessa repisar o sentimentalismo brega que norteou boa parte de sua incoerente discografia. E, por fim, há a presença inusitada (mas harmoniosa) de Rita Lee na regravação moderninha de Coisas da Vida, balada lançada pela roqueira em 1976 em seu terceiro álbum gravado com o grupo Tutti & Frutti, Entradas e Bandeiras. Enfim, Meu Momento flagra Wanessa em busca de uma identidade no mercado fonográfico. Retrata o atual momento da artista com a sensação de que o próximo pode ser bem diferente caso sua guinada pop não lhe dê o status tão almejado na cena pop nacional. Em suma, o disco resulta artificial.
16 Comments:
Embora Meu Momento já seja o sétimo CD de Wanessa (agora sem o Camargo no nome artístico), a persistente neta de Francisco sempre esteve em evidência na mídia mais por sua vida particular do que por sua música. O atual álbum é tentativa de Wanessa de se fazer notar fora do circuito de celebridades. A produção - a cargo do DJ Deeplick e de Denilson Miller - procura inserir a artista na cena pop contemporânea, à moda norte-americana. Aliás, a audição de Fly - primeiro single do CD, gravado em dueto com o rapper Ja Rule - pode fazer um desavisado supor que a gravação é de uma das muitas cantoras dos EUA que se debatem uniformes ao seguir a receita padronizada do mix de r & b, pop e rap que vem regendo a indústria musical daquele país. Impressão reforçada em faixas como Não me Leve a Mal (Let me Live), descontado o fato de, nesta e nas outras faixas, Wanessa cantar em português. Temas envolvidos em moldura eletrônica - em especial, Dono da Noite e Desejos - acenam para as pistas. O problema é que o CD soa artificial como as batidas que envolvem a voz de Wanessa, dando a impressão de que a guinada foi planejada em seus mínimos detalhes na sala de marketing da gravadora Sony Music. Prejudica o fato de Deeplick querer se impor como compositor através de Wanessa. Ele assina, com diversos parceiros, a maior parte do irregular repertório. No meio de tanta música estéril, há genuína delícia pop, Máquina Digital. Em contrapartida, a balada Sentido à Minha Vida faz Wanessa repisar o sentimentalismo brega que norteou boa parte de sua incoerente discografia. E, por fim, há a presença inusitada (mas harmoniosa) de Rita Lee na regravação moderninha de Coisas da Vida, balada lançada pela roqueira em 1976 em seu terceiro álbum gravado com o grupo Tutti & Frutti, Entradas e Bandeiras. Enfim, Meu Momento flagra Wanessa em busca de uma identidade no mercado fonográfico. Retrata o atual momento da artista com a sensação de que o próximo pode ser bem diferente caso sua guinada pop não lhe dê o status tão almejado na cena pop nacional. Em suma, o disco resulta artificial.
Minha cara Wanessa, assim como Sandy, vá viver de renda, vá.
Eu só não tenho pena da Vanessa porque ela se casou com um homem rico e tem família rica também.Fica como socialite!É tão bacana!Vc é simpática nesta categoria.Assim eu até te acho interessante!Boa sorte!
um post sem necessidade....
mauro, vc fez por merecer seu salário...ouviu isso inteirinho???
Mauro, respeito suas opiniões, mas confesso que sua resenha soa um tanto contraditória em relação ao que você escreveu sobre o CD anterior da Wanessa. Na ocasião, você reclamou que ela gravava sempre o mesmo tipo de música e nunca tentava coisas novas; agora você reclama que ela mudou o tipo de músicas que grava? Afinal, o que você quer que ela faça?
Então ela gravou algumas músicas ao estilo r & b, outras que flertam com a música eletrônica. Isso não é repertório irregular, é exatamente o repertório que as cantoras internacionais seguem atualmente, como Rihanna, Britney Spears e Beyoncé. As baladas românticas "bregas", como você as define, são colocadas exatamente como um ponto de identificação para os ouvintes dos trabalhos anteriores dela não estranharem a mudança de sonoridade. E não me parece que elas atrapalhem ou prejudiquem a identidade do CD.
Achei interessante também que você elogia a música Máquina Digital e não faz referência à música Te Beijar, que segue a mesma linha.
Por fim, você reclama que o conjunto da obra soa artificial para você - mas afinal, soar artificial significa soar RUIM?? Redefinir a identidade musical entre um álbum e outro é um defeito? Porque até onde eu sei, a sempre elogiada por você Madonna faz a mesmíssima coisa e você nunca a criticou por isso. Justin Timberlake, outro bastante elogiado por aqui, usa e abusa de efeitos que artificializam (e nem por isso empobrecem) suas músicas, então ele também não deveria ser criticado? Desculpe pela minha opinião, posso estar errado e espero estar errado, mas me parece que sua crítica teria sido bem mais favorável se as mesmas músicas, com os mesmos arranjos e os mesmos efeitos, fossem lançadas por uma cantora que não fosse a Wanessa.
Por sinal, seu comentário que diz que ela "sempre esteve em evidência na mídia mais por sua vida particular do que por sua música" soa preconceituoso, parcial, incorreto e desnecessário num texto que se propõe a avaliar o trabalho musical de uma cantora, não sua vida pessoal.
Pelo amor de Deus, em situações similares, finjo que tais coisas não estão acontecendo, mas acho o conjunto da obra da artista tão ruim, tão cheio de nada que vou me reportar a |Caetano que diz "É a santificação de uma banalidade. UFFFF !!! desabafei
não creio que você achou "Maquina Digital" uma "delícia pop". Essa foi a primeira música que ouvi desse CD e a que me fez desistir de escutar o resto. É muito ruim! Kelly Key ganhou uma concorrente de peso!
pensando melhor, você foi irônico quando disse que "Maquina Digital" é uma "delícia pop", né? por um momento até acreditei que você tivesse realmente gostado, rsrsrs.
Eu gostei desse novo cd dela está bem pop e dançante.Adorei a música te beijar.
Sinceramente fiquei surpreso com esse novo cd de Wanessa Carmargo está muito bem produzido. As músicas Não me leve a mal; te beijar com participação de Alexandre do Natiruts; Me leva e a regravação de Coisas da vida com a participação luxuosa de Rita Lee são ótimas.
Esse cd não é tão ruim assim. Tem coisas muito piores. Trabalho numa loja de cds e sei disso. Mas é lógico que ela ainda tem que amadurecer profissionalmente e ela está se esforçando pra isso.
My God. A MPB é tão sublime e tem gente que se contenta com tão pouco, quase nada ou nada mesmo. Só lamento.
o cd é banal demais nao adianta ela dizer que R&B é o seu genero VERDADEIRO PORQUE SE NAO DAR CERTO NO PROXIMO ELA VAI CANTAR DE BANQUINHO E VIOLÃO PRA VER SE COLA
FLY E COISAS DA VIDA SÃO AS UNICAS QUE DA PRA OUVIR
fICOU PERFEITO ESTE CD...wANESSA CADAVEZ MELHOR!!!
Cada cantor tem um caminho a perseguir , o seu amadurecimento é ao longo dos anos e para Wanessa chegar ao que é hoje precisou percorrer caminhos como este. Na época era sucesso, era moda se lançar assim, a gravadora tb quer que ela venda discos, pouco se importa com a identidade do cantor. Wanessa se viu filha de um cantor famoso, criou o seu próprio espaço e estava sim numa zona confortável porque mal ou não, gostando ou não, ela vendia o essencial! Porque não adianta ser filha sei lá de quem e não vender. Se não vender qualquer gravadora manda embora! Lady gaga veio estourando e Wanessa esperta pegou isso pro seu trabalho, isso se chama influencia musical. Anos vi CD's sendo lançados com a mesma porcaria de sempre. O CD foi muito bem aceito, mas esquecemos que aqui no Brasil tudo é flopado!
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