DVD de Vanessa cumpre a função retrospectiva
Resenha de CD e
DVD
Título: Multishow
ao Vivo
Artista: Vanessa
da Mata
Gravadora: Sony
BMG
Cotação: * * * 1/2
Foram três álbuns de estúdio e nenhum (!!!) registro de show - algo já raro na volátil era audiovisual da música. Mas eis que Vanessa da Mata lança, enfim, uma gravação ao vivo e esta cumpre bem sua função retrospectiva, se esgotando nela. Há pouca novidade no roteiro do show captado em 27 de novembro de 2008, ao ar livre, no Centro Histórico de Paraty, uma pequena cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro. No entanto, essa parece ter sido a intenção da artista. Emoldurada por cenário bucólico e vestida em figurinos coloridos que traduzem a brasilidade de sua obra já industrializada, a artista rebobina o repertório de seus três álbuns e dá sua versão de Acode, boa música que passou despercebida no primeiro álbum de Shirle de Moraes. A banda, antenada, realça o suingue de músicas como Quando um Homem Tem uma Mangueira no Quintal e Fugiu com a Novela. O balanço vem muito das cordas da guitarra de Davi Moraes e dos teclados de Donatinho - expoentes de uma banda ao qual o duo jamaicano Sly (Dunbar) & Robbie (Shakespeare) foi incorporado em números como Vermelho, Ilegais, Pirraça e Absurdo, sendo que os dois últimos são exibidos somente como extras do DVD (nos quais são mostrados takes da artista com seus músicos ao longo da recente turnê da trupe pela Europa). Mas Um Dia, um Adeus - faixa que corteja as mesmas FMs populares que, em 2008, foram seduzidas pela balada Amado (cantada em coro pelo público) - figura tanto no CD como no DVD. Extraída da memória afetiva da artista, a canção romântica de Guilherme Arantes (hit radiofônico de 1987) é adornada pelo violão de sete cordas - tocado por Rogério Caetano - e se torna quase uma toada interiorana, em sintonia com a origem da obra inicial de Mata. Desta safra mais antiga, Viagem ganha citação de Mamãe Passou Açúcar em mim, sucesso de Wilson Simonal (1938 - 2000). No todo, o DVD resulta bonito, sobretudo nas imagens noturnas (as tomadas captadas com dia claro ostentam menor beleza plástica), e reforça a assinatura bem pessoal da obra da compositora. Que, no palco, não prima pela afinição absoluta. Contudo, tal traço de imperfeição se ajusta - com perfeição - à música de Mata, composta de forma mais intuitiva do que técnica.
DVD
Título: Multishow
ao Vivo
Artista: Vanessa
da Mata
Gravadora: Sony
BMG
Cotação: * * * 1/2
Foram três álbuns de estúdio e nenhum (!!!) registro de show - algo já raro na volátil era audiovisual da música. Mas eis que Vanessa da Mata lança, enfim, uma gravação ao vivo e esta cumpre bem sua função retrospectiva, se esgotando nela. Há pouca novidade no roteiro do show captado em 27 de novembro de 2008, ao ar livre, no Centro Histórico de Paraty, uma pequena cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro. No entanto, essa parece ter sido a intenção da artista. Emoldurada por cenário bucólico e vestida em figurinos coloridos que traduzem a brasilidade de sua obra já industrializada, a artista rebobina o repertório de seus três álbuns e dá sua versão de Acode, boa música que passou despercebida no primeiro álbum de Shirle de Moraes. A banda, antenada, realça o suingue de músicas como Quando um Homem Tem uma Mangueira no Quintal e Fugiu com a Novela. O balanço vem muito das cordas da guitarra de Davi Moraes e dos teclados de Donatinho - expoentes de uma banda ao qual o duo jamaicano Sly (Dunbar) & Robbie (Shakespeare) foi incorporado em números como Vermelho, Ilegais, Pirraça e Absurdo, sendo que os dois últimos são exibidos somente como extras do DVD (nos quais são mostrados takes da artista com seus músicos ao longo da recente turnê da trupe pela Europa). Mas Um Dia, um Adeus - faixa que corteja as mesmas FMs populares que, em 2008, foram seduzidas pela balada Amado (cantada em coro pelo público) - figura tanto no CD como no DVD. Extraída da memória afetiva da artista, a canção romântica de Guilherme Arantes (hit radiofônico de 1987) é adornada pelo violão de sete cordas - tocado por Rogério Caetano - e se torna quase uma toada interiorana, em sintonia com a origem da obra inicial de Mata. Desta safra mais antiga, Viagem ganha citação de Mamãe Passou Açúcar em mim, sucesso de Wilson Simonal (1938 - 2000). No todo, o DVD resulta bonito, sobretudo nas imagens noturnas (as tomadas captadas com dia claro ostentam menor beleza plástica), e reforça a assinatura bem pessoal da obra da compositora. Que, no palco, não prima pela afinição absoluta. Contudo, tal traço de imperfeição se ajusta - com perfeição - à música de Mata, composta de forma mais intuitiva do que técnica.
P.S.: Você Vai me Destruir ganhou regravação matadora!
24 Comments:
Resenha de CD e
DVD
Título: Multishow
ao Vivo
Artista: Vanessa
da Mata
Gravadora: Sony
BMG
Cotação: * * * 1/2
Foram três álbuns de estúdio e nenhum (!!!) registro de show - algo já raro na volátil era audiovisual da música. Mas eis que Vanessa da Mata lança, enfim, uma gravação ao vivo e esta cumpre bem sua função retrospectiva, se esgotando nela. Há pouca novidade no roteiro do show captado em 27 de novembro de 2008, ao ar livre, no Centro Histórico de Paraty, uma pequena cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro. No entanto, essa parece ter sido a intenção da artista. Emoldurada por cenário bucólico e vestida em figurinos coloridos que traduzem a brasilidade de sua obra já industrializada, a artista rebobina o repertório de seus três álbuns e dá sua versão de Acode, boa música que passou despercebida no primeiro álbum de Shirle de Moraes. A banda, antenada, realça o suingue de músicas como Quando um Homem Tem uma Mangueira no Quintal e Fugiu com a Novela. O balanço vem muito das cordas da guitarra de Davi Moraes e dos teclados de Donatinho - expoentes de uma banda ao qual o duo jamaicano Sly (Dunbar) & Robbie (Shakespeare) foi incorporado em números como Vermelho, Ilegais, Pirraça e Absurdo, sendo que os dois últimos são exibidos somente como extras do DVD (nos quais são mostrados takes da artista com seus músicos ao longo da recente turnê da trupe pela Europa). Mas Um Dia, um Adeus - faixa que corteja as mesmas FMs populares que, em 2008, foram seduzidas pela balada Amado (cantada em coro pelo público) - figura tanto no CD como no DVD. Extraída da memória afetiva da artista, a canção romântica de Guilherme Arantes (hit radiofônico de 1987) é adornada pelo violão de sete cordas - tocado por Rogério Caetano - e se torna quase uma toada interiorana, em sintonia com a origem da obra inicial de Mata. Desta safra mais antiga, Viagem ganha citação de Mamãe Passou Açúcar em mim, sucesso de Wilson Simonal (1938 - 2000). No todo, o DVD resulta bonito, sobretudo nas imagens noturnas (as tomadas captadas com dia claro ostentam menor beleza plástica), e reforça a assinatura bem pessoal da obra da compositora. Que, no palco, não prima pela afinição absoluta. Contudo, tal traço de imperfeição se ajusta - com perfeição - à música de Mata, composta de forma mais intuitiva do que técnica.
P.S.: Você Vai me Destruir ganhou regravação matadora!
Sou da época que o artista gravava pelo menos uns 10 discos de estúdio, para depois "agradar" aos fãs com discos ao vivo que, se antes era barulhento demais, hoje é quase todo arrumado em estúdio.
Vanessa tem um timbre que me irrita e ainda fez uma rima forçada gasguitamente INESQUECÍVEL: "hóspIde" com "príncipe". Prá mim, estragou a artista para sempre. Por isto, continuo com Marisa Monte e Martinália. Por onde andam as Elis e as Cássias deste país????
Recebí o meu sabado... amei, a Vanessa é magica, linda e a voz incomparavel, to apaixonada pelas cançoes e dvd. Indico!
Vc vai me destruir já era matadora, com o Cidadão Instigado na área é morte certa.
Em História de uma gata ela está exuberante.
Eu daria 4 estrelas fácil.
PS: Que vestido bonito!!!
Jose Henrique
Ahhhhhhh, não comungo com a falta de afinação da moça. Adoro o timbre dela.
Quando se fala de afinação eu sempre lembro do boquirroto Mano Caetano, que certa vez disse: "Sandy é muito afinada."
No que eu pergunto: E daí?
Jose Henrique
só felicidade ouvir e ver vanessa da mata!
Desafinada mas estilosa à beça.
Gostei do DVD. Achei frequentemente solar, e em outros momentos um arco-iris após o temporal.
É uma beleza ouvir e ver Vanessa da Mata.
Adorei as desafinadas dela, os rodopios, a empolgação do público, a chuvinha no fim do DVD...
Acho que "As rosas não falam" não carecia de entrar no roteiro...
Mas o que eu acho também não importa.. Quero é que esse CD/DVD venda igual o da Ivete, pq se tem tanta porcariada na mídia, um cantora e compositora como a Vanessa é justo que brilhe também!
Adoro as "IMPERFEIÇÕES PERFEITAS "de Vanessa. Adoro sua cor, sua vibração, sua entrega perfeita no palco... e claro sua música, que é a MELHOR de hoje.
Vermelho!!!!!!!!!!!!!!
estou simplesmente apaixonado pelo cd e o dvd,axo q vou ter q comprar novamente pq com ctz vai furar!!!!
Além de todo talento, Vanessa trouxe de volta a feminilidade na Música Brasileira;
aquele "gostinho" de vê-la na TV, seu figurino, seu cabelo, seus "rodopios".
Adoro Ana Carolina, Calcanhotto, Martinália,entre outras, mas não corro pra vê-las. Como diz um amigo: eles vão pra TV como vão ao shopping.
Viva Vanessa!!!
Vanessa da Mata é um enigma. Até hoje, eu não entendo como uma artista, autora de uma obra genial como o álbum de 2002, pôde se render às mediocridades. Não compro e nem recomendo.
sensibilidade rara e dvd que é a cara dela! nos mínimos detalhes como se vê nos making-ofs q estao no youtube. tudo mto bem cuidado, mto SINCERO! o dvd mais original pra artista mais original surgida nessa década! que venham os maravilhosos shows!
leônidas - fortaleza
Confesso que sou fã dos 2 primeiros albuns dela. Já vi ao vivo 2 vezes em Portugal. E se da primeira vez fiquei fascinado com a leveza, o ar encantado e encantador de Diva, no ano passado quando vi este show fiquei tristíssimo porque me parece que Vanessa tem um problema muito grave: não se acha uma cantora suficientemente boa mas na realidade ela tem uma voz doce, honesta e lindaaa... O que mais me custa é vê-la perder-se quando ela tem tudo para ser uma das maiores da MPB. Esses arranjos do ultimo show é tudo muito Reggae, muito 'Boa Sorte' e isso me dá uma pena.. Os 2 primeiros CD's dela são maravilhosos mas esse ultimo não me convence. Tomara que se encontre depressa porque talento não lhe falta.
Marco
achei um sacrilégio deixar 'boa sorte', 'música' e 'nossa canção' de fora desse magro show.
Mauro, por que cargas d'água vc barrou meu comentário sobre a Vanessa?!?
Tão sem propósito que não entendi.
Pô, esqueci de assinar.
Sou eu quem gostaria muito de saber o porquê da barração.
Jose Henrique
JÁ COMPREI, VI, OUVI E RECOMENDO.
Assisti no Multishow e gostei embora não goste do timbre meio tatebitate da cantora.
E não há jeito dela se manter melodicamente sem desafinar grosseiramente. Mas sua figura cênica está cada dia mais nteressante.
O que mais me dói em Vanessa da Mata é que ela declarou certa vez que a produção do primeiro disco não era compatível com a juventude dela. Como eu tenho 23 anos e acho aquela obra estupenda, cujo nível ela nunca mais sequer esbarrou novamente, fico tranquilo em ser um "velho" se isto for sinônimo de bom gosto.
Guilherme/MG
Tb não aprecio seu timbre, mas a 'força' que Bethania lhe deu no início da carreira reverbera até hj. A moça ganhou prestígio rapidinho.
E concordo que seu primeiro CD foi o melhor, talvez porque menos 'pensado', menos comprometido. E, ao meu ver, juventude é espontaneidade.
concordo com a Lea e Guilherme q o primeiro cd é infinitamente o melhor da carreira dela, pois revelou quem era a Vanessa e atual é apenas uma cantora mpb-pop... ouvi o áudio desse show e achei os arranjos muito pobres e desafinou o tempo todo....
www.adrianosaldanha.multiply.com
Parabéns a Vanessa e principalmente aos seus músicos e sua produção que souberam transformar o pensamento de Vanessa em arte, nos trazendo este belíssimo DVD. Recomendo a todos, de excelente qualidade auditiva e VISUAL, o que temos muito pouco hj em dia por aí.
Já falei isso e voltarei a falar: Bethânia e nana desafinam terrivelmente, no entanto são duas das artistas mais importantes da MPB.
Existe muito de exagero nessa conversa de que Vanessa desafina. Ela não tem controle absoluto da voz, mas não desafina mais que nenhuma das duas citadas antes.
E mesmo que desafinasse, compõe músicas lindas e simples, tem timbre agradável e suave (mas de adulta, diferente de dona Sandyléah), e uma figura linda de se ver.
O DVD é lindo.
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