16 de abril de 2009

Fred mergulha linear nas águas da 'Guanabara'

Resenha de CD
Título: Guanabara
Artista: Fred Martins
Gravadora: Sete Sóis
/ Tratore
Cotação: * * 1/2

Projetado como compositor em 1999, na voz atenta de Ney Matogrosso, Fred Martins está completando uma década de visibilidade mergulhado nas águas plácidas da Bossa Nova. Guanabara evoca já no título o estado de espírito da antiga capital do Rio de Janeiro, imersa nas ondas da bossa na primeira metade dos anos 60. Pena que o mergulho de Martins seja linear. Seu quarto álbum soa tão sofisticado quanto repetitivo, em especial na primeira metade, totalmente dominada por sambossas como Amo Tanto, Breve Primavera e Olhos em Chamas. Cordas orquestradas por Jessé Sadoc embalam as faixas Amo Tanto e Dormir. Entre referências a Tom Jobim (1927 - 1994) e reverências ao canto de João Gilberto, detectáveis nas interpretações de sambas como Asas do Desejo, composto há 20 anos em parceria com Manoel Gomes, Guanabara explora a vertente do afro-samba em Doceamargo, tema lançado pelo autor em seu primeiro e único registro ao vivo (Tempo Afora, 2007). Ao se encerrar com faixa de acento mouro, Por um Fio, parceria com Marcelo Diniz, o álbum deixa a certeza do talento de Fred Martins como compositor. Uma alteração na ordem das faixas - a segunda metade tem climas mais variados - deixaria Guanabara menos linear e mais vivaz. Não é o melhor CD de Fred, mas é bom.

3 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Projetado como compositor em 1999, na voz atenta de Ney Matogrosso, Fred Martins está completando uma década de visibilidade mergulhado nas águas plácidas da Bossa Nova. Guanabara evoca já no título o estado de espírito da antiga capital do Rio de Janeiro, imersa nas ondas da bossa na primeira metade dos anos 60. Pena que o mergulho de Martins seja linear. Seu quarto álbum soa tão sofisticado quanto repetitivo, em especial na primeira metade, totalmente dominada por sambossas como Amo Tanto, Breve Primavera e Olhos em Chamas. Cordas orquestradas por Jessé Sadoc embalam as faixas Amo Tanto e Dormir. Entre referências a Tom Jobim (1927 - 1994) e reverências ao canto de João Gilberto, detectáveis nas interpretações de sambas como Asas do Desejo, composto há 20 anos em parceria com Manoel Gomes, Guanabara explora a vertente do afro-samba em Doceamargo, tema lançado pelo autor em seu primeiro e único registro ao vivo (Tempo Afora, 2007). Ao se encerrar com faixa de acento mouro, Por um Fio, parceria com Marcelo Diniz, o álbum deixa a certeza do talento de Fred Martins como compositor. Uma alteração na ordem das faixas - a segunda metade tem climas mais variados - deixaria Guanabara menos linear e mais vivaz. Não é o melhor CD de Fred, mas é bom.

16 de abril de 2009 às 10:00  
Blogger Unknown said...

Este cara tem talento Zélia Duncan e Ney Matogrosso sabem disto!

18 de abril de 2009 às 23:19  
Anonymous Renata / SP said...

Mauro concordo com vc.
Fred Martins é um bom compositor mas como cantor deixa muito a desejar.
Tb achei o CD morno, linear.
abs
Renata

8 de maio de 2009 às 14:44  

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