Show de Frejat expõe intimidade de fã com hits
Resenha de Show
Título: Intimidade entre Estranhos
Artista: Frejat (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Morro da Urca (RJ)
Data: 15 de fevereiro de 2009
Cotação: * * * 1/2
Quase no fim da apresentação de seu show Intimidade entre Estranhos no projeto Verão do Morro, Frejat avisou ao público que ia tocar uma música inédita que havia composto de tarde. Era uma pegadinha. A tal música era Por Você, balada que se tornou um dos maiores sucessos do Barão Vermelho na década de 90 e cujos versos foram todos acompanhados em coro pelo público que esperara até 1h30m da madrugada de domingo, 15 de dezembro de 2009, para ver Frejat subir ao palco do Morro da Urca (RJ) e reapresentar o show que estreou no Canecão (RJ) em setembro de 2008, passou pelo Circo Voador (RJ) e retornou ao Rio de Janeiro no projeto de verão que junta cinema e música no Morro (antes do show, houve exibição do magistral documentário Loki, sobre Arnaldo Dias Baptista). Na imediata seqüência de Por Você, Frejat fez outro gracejo com a disposta platéia. Disse que ia apresentar uma música que gostava muito de cantar, mas que às vezes esquecia a letra. Era Malandragem - parceria dele com Cazuza (1958 - 1990) que foi sucesso na voz de Cássia Eller (1962 - 2201) - e o público também não se fez de rogado: ajudou Frejat a cantar o tema, se responsabilizando pelo verso "Quem sabe ainda sou uma garotinha?". Houve cumplicidade entre artista e platéia...
A intimidade exposta no novo show de Frejat é a do público com os velhos hits do Barão Vermelho e da carreira solo de seu líder e vocalista - como a balada Amor pra Recomeçar, também inserida no roteiro na calorosa seqüência final do azeitado espetáculo. Mas Frejat - justiça seja feita - não oferece mais do mesmo ao seu público. A primeira parte do show é pontuada por músicas do CD Intimidade entre Estranhos, o mais irregular da carreira solo de Frejat. Tanto que o começo do show - com Controle Remoto, Dois Lados e Eu Não Quero Brigar Mais Não - nunca chega verdadeiramente a empolgar. Não por culpa de Frejat, que, além de soltar a voz com desenvoltura típica de já calejado frontman, se reveza com habilidade no violão e na guitarra (Billy Brandão pilota a outra guitarra na banda que destaca também o tecladista Maurício Barros, ex-Barão Vermelho, íntimo do artista e do repertório). Talvez pelo fato de o repertório estar mesmo aquém do histórico do cantor. E é pena que uma das músicas mais bonitas do álbum - Nada Além, balada composta com Zeca Baleiro - tenha sua beleza e delicadeza diluídas num show que cresce mais em números de atmosfera roqueira como Eu Preciso te Tirar do Sério (nessa ambiência, Homem Não Chora foi um dos pontos altos do roteiro com o hendrixiano solo de guitarra de Frejat). Já o funk Tudo de Bom se impõe pelo clima festivo - explícito já na letra - e pela presença de Rafael Pellegatti, o filho de Frejat, que já mostra, aos 12 anos, precoce intimidade no toque da guitarra. Tem futuro.
Entre alguns hits do Barão Vermelho (Bete Balanço é evocada para garantir momento de animação) e músicas de seus três álbuns individuais, Frejat tira da cartola alguns covers de efeitos distintos. Amor, meu Grande Amor - a canção de Ângela RoRo que o Barão já regravou em álbum de covers - ainda surte efeito. Mas a balada Vambora se ressente do clima mais introspectivo e delicado de sua autora, Adriana Calcanhotto. Já Mais uma Vez - parceria de Renato Russo (1960 - 1996) com Flávio Venturini - cai bem num show que oscila entre os rocks e as baladas. Saldo é bom.
Título: Intimidade entre Estranhos
Artista: Frejat (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Morro da Urca (RJ)
Data: 15 de fevereiro de 2009
Cotação: * * * 1/2
Quase no fim da apresentação de seu show Intimidade entre Estranhos no projeto Verão do Morro, Frejat avisou ao público que ia tocar uma música inédita que havia composto de tarde. Era uma pegadinha. A tal música era Por Você, balada que se tornou um dos maiores sucessos do Barão Vermelho na década de 90 e cujos versos foram todos acompanhados em coro pelo público que esperara até 1h30m da madrugada de domingo, 15 de dezembro de 2009, para ver Frejat subir ao palco do Morro da Urca (RJ) e reapresentar o show que estreou no Canecão (RJ) em setembro de 2008, passou pelo Circo Voador (RJ) e retornou ao Rio de Janeiro no projeto de verão que junta cinema e música no Morro (antes do show, houve exibição do magistral documentário Loki, sobre Arnaldo Dias Baptista). Na imediata seqüência de Por Você, Frejat fez outro gracejo com a disposta platéia. Disse que ia apresentar uma música que gostava muito de cantar, mas que às vezes esquecia a letra. Era Malandragem - parceria dele com Cazuza (1958 - 1990) que foi sucesso na voz de Cássia Eller (1962 - 2201) - e o público também não se fez de rogado: ajudou Frejat a cantar o tema, se responsabilizando pelo verso "Quem sabe ainda sou uma garotinha?". Houve cumplicidade entre artista e platéia...
A intimidade exposta no novo show de Frejat é a do público com os velhos hits do Barão Vermelho e da carreira solo de seu líder e vocalista - como a balada Amor pra Recomeçar, também inserida no roteiro na calorosa seqüência final do azeitado espetáculo. Mas Frejat - justiça seja feita - não oferece mais do mesmo ao seu público. A primeira parte do show é pontuada por músicas do CD Intimidade entre Estranhos, o mais irregular da carreira solo de Frejat. Tanto que o começo do show - com Controle Remoto, Dois Lados e Eu Não Quero Brigar Mais Não - nunca chega verdadeiramente a empolgar. Não por culpa de Frejat, que, além de soltar a voz com desenvoltura típica de já calejado frontman, se reveza com habilidade no violão e na guitarra (Billy Brandão pilota a outra guitarra na banda que destaca também o tecladista Maurício Barros, ex-Barão Vermelho, íntimo do artista e do repertório). Talvez pelo fato de o repertório estar mesmo aquém do histórico do cantor. E é pena que uma das músicas mais bonitas do álbum - Nada Além, balada composta com Zeca Baleiro - tenha sua beleza e delicadeza diluídas num show que cresce mais em números de atmosfera roqueira como Eu Preciso te Tirar do Sério (nessa ambiência, Homem Não Chora foi um dos pontos altos do roteiro com o hendrixiano solo de guitarra de Frejat). Já o funk Tudo de Bom se impõe pelo clima festivo - explícito já na letra - e pela presença de Rafael Pellegatti, o filho de Frejat, que já mostra, aos 12 anos, precoce intimidade no toque da guitarra. Tem futuro.
Entre alguns hits do Barão Vermelho (Bete Balanço é evocada para garantir momento de animação) e músicas de seus três álbuns individuais, Frejat tira da cartola alguns covers de efeitos distintos. Amor, meu Grande Amor - a canção de Ângela RoRo que o Barão já regravou em álbum de covers - ainda surte efeito. Mas a balada Vambora se ressente do clima mais introspectivo e delicado de sua autora, Adriana Calcanhotto. Já Mais uma Vez - parceria de Renato Russo (1960 - 1996) com Flávio Venturini - cai bem num show que oscila entre os rocks e as baladas. Saldo é bom.
4 Comments:
Quase no fim da apresentação de seu show Intimidade entre Estranhos no projeto Verão do Morro, Frejat avisou ao público que ia tocar uma música inédita que havia composto de tarde. Era uma pegadinha. A tal música era Por Você, balada que se tornou um dos maiores sucessos do Barão Vermelho na década de 90 e cujos versos foram todos acompanhados em coro pelo público que esperara até 1h30m da madrugada de domingo, 15 de dezembro de 2009, para ver Frejat subir ao palco do Morro da Urca (RJ) e reapresentar o show que estreou no Canecão (RJ) em setembro de 2008, passou pelo Circo Voador (RJ) e retornou ao Rio de Janeiro no projeto de verão que junta cinema e música no Morro (antes do show, houve exibição do magistral documentário Loki, sobre Arnaldo Dias Baptista). Na imediata seqüência de Por Você, Frejat fez outro gracejo com a disposta platéia. Disse que ia apresentar uma música que gostava muito de cangar, mas que às vezes esquecia a letra. Era Malandragem - parceria dele com Cazuza (1958 - 1990) que foi sucesso na voz de Cássia Eller (1962 - 2201) - e o público também não se fez de rogado: ajudou Frejat a cantar o tema, se responsabilizando pelo verso "Quem sabe ainda sou uma garotinha?". Houve cumplicidade entre artista e platéia...
A intimidade exposta no novo show de Frejat é a do público com os velhos hits do Barão Vermelho e da carreira solo de seu líder e vocalista - como a balada Amor pra Recomeçar, também inserida no roteiro na calorosa seqüência final do azeitado espetáculo. Mas Frejat - justiça seja feita - não oferece mais do mesmo ao seu público. A primeira parte do show é pontuada por músicas do CD Intimidade entre Estranhos, o mais irregular da carreira solo de Frejat. Tanto que o começo do show - com Controle Remoto, Dois Lados e Eu Não Quero Brigar Mais Não - nunca chega verdadeiramente a empolgar. Não por culpa de Frejat, que, além de soltar a voz com desenvoltura típica de já calejado frontman, se reveza com habilidade no violão e na guitarra (Billy Brandão pilota a outra guitarra na banda que destaca também o tecladista Maurício Barros, ex-Barão Vermelho, íntimo do artista e do repertório). Talvez pelo fato de o repertório estar mesmo aquém do histórico do cantor. E é pena que uma das músicas mais bonitas do álbum - Nada Além, balada composta com Zeca Baleiro - tenha sua beleza e delicadeza diluídas num show que cresce mais em números de atmosfera roqueira como Eu Preciso te Tirar do Sério (nessa ambiência, Homem Não Chora foi um dos pontos altos do roteiro com o hendrixiano solo de guitarra de Frejat). Já o funk Tudo de Bom se impõe pelo clima festivo - explícito já na letra - e pela presença de Rafael Pellegatti, o filho de Frejat, que já mostra, aos 12 anos, precoce intimidade no toque da guitarra. Tem futuro.
Entre alguns hits do Barão Vermelho (Bete Balanço é evocada para garantir momento de animação) e músicas de seus três álbuns individuais, Frejat tira da cartola alguns covers de efeitos distintos. Amor, meu Grande Amor - a canção de Ângela RoRo que o Barão já regravou em álbum de covers - ainda surte efeito. Mas a balada Vambora se ressente do ambiente mais refinado típico de sua autora, Adriana Calcanhotto. Já Mais uma Vez - parceria de Renato Russo (1960 - 1996) com Flávio Venturini - cai bem num show que oscila entre os rocks e as baladas. Saldo é bom.
Não sou um fã de ficar aqui discutindo e defendendo, mas Frejat tem o meu respeito. Soube sair da sombra de Cazuza; soube manter o Barão até hoje e aprendeu a cantar dentro de suas limitações. Quanto ao guitarrista, já nasceu craque.
É por essas e outras que vem mantendo uma carreira-solo de respeito.
Vivendo e aprendendo. Muitos deveriam seguir o exemplo.
Mauro, só um errinho que passou despercebido: onde está "cangar", acredito que seja "cantar" ("Disse que ia apresentar uma música que gostava muito de cangar, mas que às vezes esquecia a letra."). Perdão pela intromissão.
E o Frejat fez a brincadeira de dizer que ia cantar uma música "inédita"? Lembro dele fazendo isso no primeiro show em que fui, do Barão, em 1999, na fase "Puro Êxtase", quando foi tocar "Bete Balanço". Mas a piadinha continua engraçada...
Fora isso, fecho com o Oliveira. Sem contar que Frejat é um cidadão absolutamente classudo, sempre solícito com todo mundo, sem deixar de defender com firmeza suas opiniões.
Mauro, no show do Frejat houve uma participação... a da cantora Marna Lima. Você sabe me dizer o que eles cantaram?
Postar um comentário
<< Home