Cidadão Leo Maia persegue pegada do pai, Tim
Resenha de CD
Título: Cidadão do Bem
Artista: Leo Maia
Gravadora: LGK Music / EMI Music
Cotação: * * 1/2
Ao lançar em 2005 seu primeiro bom CD, Cavalo de Jorge, Leo Maia procurou se dissociar da figura de seu pai - um tal de Tim Maia (1942 - 1998). Em Cidadão do Bem, o segundo álbum de Leo, a associação já é inevitável por conta da dispensável regravação de Eu Amo Você, balada de Cassiano e Silvio Roachel lançada por Tim em seu genial primeiro LP, de 1970. Contudo, justiça seja feita, Leo apresenta de novo bastante repertório inédito, apesar de ter caído na tentação de regravar músicas como Baby - dando um tom soul à canção de Caetano Veloso - e Como Vovó Já Dizia (Óculos Escuros), que soa como um trivial cover do tema composto por Raul Seixas e Paulo Coelho, em 1974, para a trilha sonora original da novela O Rebu.
Embora seja filho adotivo de Tim Maia, Leo Maia parece trazer no sangue o suingue de seu pai, que traduziu a soul music americana para o idioma da música brasileira. Parceria do jovem cantor com Alexandre Processo, a faixa-título de Cidadão do Bem persegue inclusive a pegada típica do Síndico. Até mesmo na letra simplória rascunhada em tributo aos que pregam a paz. O que parece faltar a Leo é o talento para compor músicas irresistíveis como os hits de seu pai, alguns de aparência até banal, só que contagiantes. Como Tim, Leo também se mostra capaz de expiar sua dor-de-corno em músicas suingantes como Doeu - uma das faixas mais animadas do álbum ao lado de Baile Black e do balançado tema que batiza o CD.
Felizmente, nem tudo soa como Tim Maia no som de Leo Maia. A canção Pra Nunca Mais Dizer Adeus, que fecha o disco em clima suave e tons baixos, é o exemplo de que o artista tem cacife para burilar identidade própria sem ficar na cola do pai famoso. Ainda no terreno das baladas, a bucólica Coisas Rurais - composta por Ubirajara e Ubiratan Marques, com citação de verso de Luar do Sertão - é outro destaque do disco, gravado com sonoridade mais contemporânea. Os arranjos de Cássio Calazans - produtor do CD ao lado do próprio Leo Maia - incluem programações eletrônicas. Mas nem elas diminuem a sensação de que Leo Maia freqüenta o baile black em que ia seu pai, parecendo às vezes um clone dele...
Título: Cidadão do Bem
Artista: Leo Maia
Gravadora: LGK Music / EMI Music
Cotação: * * 1/2
Ao lançar em 2005 seu primeiro bom CD, Cavalo de Jorge, Leo Maia procurou se dissociar da figura de seu pai - um tal de Tim Maia (1942 - 1998). Em Cidadão do Bem, o segundo álbum de Leo, a associação já é inevitável por conta da dispensável regravação de Eu Amo Você, balada de Cassiano e Silvio Roachel lançada por Tim em seu genial primeiro LP, de 1970. Contudo, justiça seja feita, Leo apresenta de novo bastante repertório inédito, apesar de ter caído na tentação de regravar músicas como Baby - dando um tom soul à canção de Caetano Veloso - e Como Vovó Já Dizia (Óculos Escuros), que soa como um trivial cover do tema composto por Raul Seixas e Paulo Coelho, em 1974, para a trilha sonora original da novela O Rebu.
Embora seja filho adotivo de Tim Maia, Leo Maia parece trazer no sangue o suingue de seu pai, que traduziu a soul music americana para o idioma da música brasileira. Parceria do jovem cantor com Alexandre Processo, a faixa-título de Cidadão do Bem persegue inclusive a pegada típica do Síndico. Até mesmo na letra simplória rascunhada em tributo aos que pregam a paz. O que parece faltar a Leo é o talento para compor músicas irresistíveis como os hits de seu pai, alguns de aparência até banal, só que contagiantes. Como Tim, Leo também se mostra capaz de expiar sua dor-de-corno em músicas suingantes como Doeu - uma das faixas mais animadas do álbum ao lado de Baile Black e do balançado tema que batiza o CD.
Felizmente, nem tudo soa como Tim Maia no som de Leo Maia. A canção Pra Nunca Mais Dizer Adeus, que fecha o disco em clima suave e tons baixos, é o exemplo de que o artista tem cacife para burilar identidade própria sem ficar na cola do pai famoso. Ainda no terreno das baladas, a bucólica Coisas Rurais - composta por Ubirajara e Ubiratan Marques, com citação de verso de Luar do Sertão - é outro destaque do disco, gravado com sonoridade mais contemporânea. Os arranjos de Cássio Calazans - produtor do CD ao lado do próprio Leo Maia - incluem programações eletrônicas. Mas nem elas diminuem a sensação de que Leo Maia freqüenta o baile black em que ia seu pai, parecendo às vezes um clone dele...
2 Comments:
só o mauro perde tempo com esse cidadão
Poxa, o Leo Maia ta com cd novo, com o som da gafieira, chamado Bendita Gafieira, mto manero, vale a pena conferir.
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