Música de Catulo até cai bem na voz de Mayer
Resenha de musical
Título: Um Boêmio no Céu
Autor: Catulo da Paixão Cearense
Direção: Amir Haddad
Elenco: José Mayer (em foto de Marc Van Legen) e outros
Em Cartaz: Teatro Villa-Lobos (RJ)
Cotação: * * 1/2
Compositor maranhense, celebrizado por conta da forma poética com que cantou o sertão brasileiro, Catulo da Paixão Cearense (1863 - 1946) passou para a história como o autor de Luar do Sertão e Ontem ao Luar. Sua obra musical, porém, é vasta e volta à tona na oportuna peça Um Boêmio no Céu - um dos dois textos da obscura incursão de Catulo pela dramaturgia teatral (o outro, Os Dois Repentistas, permanece inédito) - em cartaz no Rio de quinta-feira a domingo.
Texto estruturado com uma rala progressão dramática, sobretudo na primeira parte, Um Boêmio no Céu chegou aos palcos - pela primeira vez - por determinação de José Mayer, o ótimo ator que encarna o trovador que morre e se depara com São Pedro à porta do céu. Não é exatamente um musical, mas o diretor Amir Haddad optou por inserir na narrativa músicas de Catulo. E elas até caem bem na voz bem colocada do ator - sobretudo canções e modinhas derramadas como O Que Tu És e Rasga o Coração. Mayer mostra molejo insuficiente nos temas mais buliçosos - caso de Sertaneja. Contudo, a performance vocal do ator contribui para animar um espetáculo urdido com brasilidade meio rara em palcos cariocas.
Título: Um Boêmio no Céu
Autor: Catulo da Paixão Cearense
Direção: Amir Haddad
Elenco: José Mayer (em foto de Marc Van Legen) e outros
Em Cartaz: Teatro Villa-Lobos (RJ)
Cotação: * * 1/2
Compositor maranhense, celebrizado por conta da forma poética com que cantou o sertão brasileiro, Catulo da Paixão Cearense (1863 - 1946) passou para a história como o autor de Luar do Sertão e Ontem ao Luar. Sua obra musical, porém, é vasta e volta à tona na oportuna peça Um Boêmio no Céu - um dos dois textos da obscura incursão de Catulo pela dramaturgia teatral (o outro, Os Dois Repentistas, permanece inédito) - em cartaz no Rio de quinta-feira a domingo.
Texto estruturado com uma rala progressão dramática, sobretudo na primeira parte, Um Boêmio no Céu chegou aos palcos - pela primeira vez - por determinação de José Mayer, o ótimo ator que encarna o trovador que morre e se depara com São Pedro à porta do céu. Não é exatamente um musical, mas o diretor Amir Haddad optou por inserir na narrativa músicas de Catulo. E elas até caem bem na voz bem colocada do ator - sobretudo canções e modinhas derramadas como O Que Tu És e Rasga o Coração. Mayer mostra molejo insuficiente nos temas mais buliçosos - caso de Sertaneja. Contudo, a performance vocal do ator contribui para animar um espetáculo urdido com brasilidade meio rara em palcos cariocas.
3 Comments:
essas músicas tem seu valor, mas já são ultrapassadas
exceto, claro, Luar do sertão
Mauro, hoje (23) Paula Toller completa 45 anos. Ainda é tempo de dedicar uma resenha à carreira dela. Daquelas que só você sabe fazer. Abraços e parabéns pela coluna.
Catulo tem sua importância na música brasileira. Villa-Lobos mesmo usou o 'Rasga o Coração' no retumbante 'Choros n.10', que alguns consideram sua obra-prima.
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