Riba canta a perplexidade do Nordeste urbano
Resenha de CD
Título: Reprocesso
Artista: Zé de Riba
Gravadora: Urban Jungle
Records / Tratore
Cotação: * * * 1/2
Em 2001, quando lançou seu Seda Pura, um disco de tom mais pop, Simone fez a crítica prestar atenção na poesia crua e sem meias palavras de Zé de Riba, o compositor nordestino que assinava duas das melhores faixas do álbum, www.sem e Fuga nº 1. As duas músicas estão no primeiro disco de Riba, Reprocesso, que confirma a qualidade de sua produção autoral, já evidenciada no CD de Simone. Fuga nº 1 - em especial - ainda causa incômodo.
"Sabe Alencar tá uma falta de ar / Não se sabe ao certo ou errado / Onde isto vai parar?", questiona Zé de Riba em Sabe Alencar - em clima melancólico. O compositor retrata bem a perplexidade que norteia a humanidade no caos social dos tempos atuais. Riba canta a desorientação popular sob a ótica de um Nordeste mais urbano. Os sons que saem de Reprocesso são contemporâneos. A grande vivacidade rítmica nordestina está presente na faixa-título e em temas como Oito Pilha Hum Real, espécie de embolada turbinada pelos vocais dos rappers Funk Buia e Gaspar, do grupo Z'África Brasil. A propósito, a matriz africana molda a (ótima) faixa Banto.
"Mais vale um covarde vivo do que um herói morto", prega Riba no hilário Samba da Dalgiza. Entre sambas e um dub (Juvenal), Riba radiografa as loucuras da vida urbana com inspiração. Ele já está para o (seu) Nordeste assim como Pedro Luís está para o Rio.
Título: Reprocesso
Artista: Zé de Riba
Gravadora: Urban Jungle
Records / Tratore
Cotação: * * * 1/2
Em 2001, quando lançou seu Seda Pura, um disco de tom mais pop, Simone fez a crítica prestar atenção na poesia crua e sem meias palavras de Zé de Riba, o compositor nordestino que assinava duas das melhores faixas do álbum, www.sem e Fuga nº 1. As duas músicas estão no primeiro disco de Riba, Reprocesso, que confirma a qualidade de sua produção autoral, já evidenciada no CD de Simone. Fuga nº 1 - em especial - ainda causa incômodo.
"Sabe Alencar tá uma falta de ar / Não se sabe ao certo ou errado / Onde isto vai parar?", questiona Zé de Riba em Sabe Alencar - em clima melancólico. O compositor retrata bem a perplexidade que norteia a humanidade no caos social dos tempos atuais. Riba canta a desorientação popular sob a ótica de um Nordeste mais urbano. Os sons que saem de Reprocesso são contemporâneos. A grande vivacidade rítmica nordestina está presente na faixa-título e em temas como Oito Pilha Hum Real, espécie de embolada turbinada pelos vocais dos rappers Funk Buia e Gaspar, do grupo Z'África Brasil. A propósito, a matriz africana molda a (ótima) faixa Banto.
"Mais vale um covarde vivo do que um herói morto", prega Riba no hilário Samba da Dalgiza. Entre sambas e um dub (Juvenal), Riba radiografa as loucuras da vida urbana com inspiração. Ele já está para o (seu) Nordeste assim como Pedro Luís está para o Rio.
3 Comments:
Seda pura, mais um acerto da Cigarra que quase ninguém lembra.
" Seda pura " tem um tom pop/rock . Não foi nesse show que disseram que ela tocava guitarra ?
Emanuel Andrade disse...
Não tenho medo de errar em dizer que em Seda Pura, Simone mostra que sabe fazer em qualquqre ocasiçao. Zeda Riba revela-se um compositor e poeta antenado com o Nordeste e o mundo. MAURO, Já que vc fala de um artista novo, queria que seu blog desse a oportunidade a um grande compositor chamado Carlinhos Veloz. Quando ele estourar, ninguém vai temer em dizer que o cara tem uma produção superior a de Jorge Vercilo e Seu Jorge. E olhe que Veloz já tem três ou quatros Cds. Ora vão pensar que é o Gil em alta fase de inspiração, mas depois ouvirão uma bela voz duferente e uma musica de luxo.
Postar um comentário
<< Home