3 de maio de 2007

Livro compila a produção apaixonada de Rangel

Pioneiro no exercício constante da crítica musical na imprensa oficial e alternativa, a partir dos anos 50, Lúcio Rangel (1914 - 1979) escrevia de forma apaixonada. Com a mesma intensidade com que louvava os seus ídolos (Pixinguinha, Cartola, Ismael Silva e Noel Rosa), Rangel apontava erros de informação e demolia modismos - sem medo de melindrar artistas, gravadoras e colegas de ofício. A produção intensa (em todos os sentidos) do criador em 1954 da Revista da Música Popular foi compilada em Samba, Jazz & Outras Notas, livro recém-lançado pela Editora Agir. Autor do delicioso perfil biográfico de Rangel que o apresenta aos leitores, o jornalista Sérgio Augusto selecionou e organizou textos escritos pelo crítico - entre as décadas de 50 e 70 - para jornais e revistas como Diário Carioca, Manchete e A Cigarra, entre outros. Textos urdidos com paixão que não cegava o autor, de olhar rigoroso ao fornecer informações precisas sobre discos e artistas. Uma aula de jornalismo musical necessária em tempos de críticos sem opinião e amedrontados diante do controle das assessorias de imprensa...

Um comentário:

  1. admito que nunca ouvi falar em Lúcio Rangel. Mas, se idolatrava Pixinguinha e Noel, só pode ter sido do bem.

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