5 de junho de 2010

Pontual se revela bom autor sem inventar moda

Resenha de CD
Título: Inventa
Qualquer Coisa
Artista: Carlos Pontual
Gravadora: Independente
/ Sem indicação
Cotação: * * *

Ótimo guitarrista da banda Os Infernais, que toca nos discos e shows de Nando Reis, Carlos Pontual se revela compositor interessante neste terceiro disco solo, Inventa Qualquer Coisa. Ao contrário do que faz supor o título, Pontual não inventa moda ao transitar por rock (como no matador Veneno de Cobra), balada (Mesmo que Seja Ilusão, com solo que reitera sua já conhecida habilidade na guitarra), country (Mensagens Subliminares, de pegada stoneana), tema que evoca Jorge Ben (4 Horas da Manhã) e surf rock (a faixa-título, Inventa Qualquer Coisa, hit em potencial se a gravação tiver a chance de ser ouvida em rádios ou novelas). A produção - capitaneada pelo próprio Pontual - ambienta bem o coeso repertório autoral. O senão do disco é a voz do artista, muito bem colocada, mas sem aquele algo mais capaz de se distinguir um cantor na multidão de vozes que buscam atenção em mercado cada vez mais segmentado à medida paradoxal em que fica mais globalizado. Aclimatada com suavidade, a balada Janelas Sincronizadas é exemplo de música que poderia crescer em vozes mais vocacionadas para o canto. Contudo, entre tema instrumental (A Vingança dos Dinossauros Voadores) e samba-rock à moda carioca (Quero te Dizer), o disco Inventa Qualquer Coisa deixa impressão positiva ao revelar o plural universo musical do compositor e mostra que já é hora de Pontual - até então à sombra de Nando Reis - ser mais conhecido.

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Ótimo guitarrista da banda Os Infernais, que toca nos discos e shows de Nando Reis, Carlos Pontual se revela compositor interessante neste terceiro disco solo, Inventa Qualquer Coisa. Ao contrário do que faz supor o título, Pontual não inventa moda ao transitar por rock (como no matador Veneno de Cobra), balada (Mesmo que Seja Ilusão, com solo que reitera sua já conhecida habilidade na guitarra), country (Mensagens Subliminares, de pegada stoneana), tema que evoca Jorge Ben (4 Horas da Manhã) e surf rock (a faixa-título, Inventa Qualquer Coisa, hit em potencial se a gravação tiver a chance de ser ouvida em rádios ou novelas). A produção - capitaneada pelo próprio Pontual - ambienta bem o coeso repertório autoral. O senão do disco é a voz do artista, muito bem colocada, mas sem aquele algo mais capaz de se distinguir um cantor na multidão de vozes que buscam atenção em mercado cada vez mais segmentado à medida paradoxal em que fica mais globalizado. Aclimatada com suavidade, a balada Janelas Sincronizadas é exemplo de música que poderia crescer em vozes mais vocacionadas para o canto. Contudo, entre tema instrumental (A Vingança dos Dinossauros Voadores) e samba-rock à moda carioca (Quero te Dizer),o disco Inventa Qualquer Coisa deixa impressão positiva ao revelar o plural universo musical do compositor e mostra que já é hora de Pontual - até então à sombra de Nando Reis! - ser mais conhecido.

5 de junho de 2010 às 13:21  

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