7 de maio de 2010

Sandy escreve diário de princesa em Manuscrito

Resenha de CD
Título: Manuscrito
Artista: Sandy
Gravadora: Universal
Music
Cotação: * * 1/2

"Nem sei qual a cor da dor de ser mais um rosto que mente", admite Sandy em verso da balada Mais um Rosto, uma das 13 faixas autorais de seu primeiro disco solo, Manuscrito, nas lojas a partir desta sexta-feira, 7 de maio de 2010. Sem romper com seu passado musical, a artista mostra alguma evolução neste primeiro trabalho fora da linha infanto-juvenil. O CD exibe boa arquitetura instrumental, urdida pelos produtores Lucas Lima e Junior Lima - o marido e o irmão da cantora, respectivamente - com diversificado naipe de cordas (ukelele, banjo, bandolim, violinos, cellos) e teclados vintage. O que impede Sandy de alçar voo maior é uma (provável) falta de disposição para buscar no mundo outras parcerias e vivências que expandissem os limites de seu mundo musical. Em Esconderijo, a boa faixa de um minuto e três segundos que esboça clima mais denso e instrospectivo ao fim do álbum, a compositora retrata um menino-homem trancafiado em seu quarto escuro - metáfora para alma - com medo do mundo. Talvez a própria Sandy - vista como uma princesa do pop - esteja precisando sair desse quarto para experimentar as dores do mundo. Aliás, de certa forma, é como se ela tivesse escrito em Manuscrito um diário de princesa, com lampejos de questionamentos mais adultos, mas (ainda) sem a densidade que seria esperada de um disco de tom confessional. Sandy parece não ter saído do lugar mesmo quando contatou em Londres a cantora e compositora britânica Nerina Pallot, parceira e convidada de Dias Iguais, balada forrada com piano. Mesmo sem dar o esperado salto estilístico que poderia posicionar Sandy definitivamente num mundo musical adulto, Manuscrito soa coerente com a trajetória da artista ao expor coleção de baladas que, por vezes, tendem para o folk, caso da boa Dedilhada. Pés Cansados - a faixa eleita para promover o disco nas rádios, TVs e internet - traduz com fidelidade o tom calmo do disco. A única faixa mais diferente é Quem Eu Sou, tema pop que tangencia o universo do rock. É fato que a voz de Sandy se afasta um pouco do tom infantilizado, mas sem estar em total sintonia com a entrada da artista no mundo adulto. Quanto à safra de 13 inéditas, quase todas foram compostas em parceria com Lucas Limas (com três eventuais adesões de Junior). Sandy assina sozinha apenas duas faixas, O Que Faltou Ser e a já citada Esconderijo. O que justifica a falta de fôlego percebida na segunda metade do álbum. Tempo e Ela / Ele soam bem mais inspiradas do que Perdida e Salva e Tão Comum, por exemplo. Trabalho extremamente íntimo e pessoal, Manuscrito deixa a (boa) impressão de que Sandy não procurou impressionar a crítica para tentar alcançar um status que ainda lhe é negado por conta do imenso sucesso popular alcançado com a dupla formada com Junior. Nesse sentido, o disco soa bastante digno, honesto e verdadeiro. E cabe ao tempo responder se Sandy vai conseguir firmar ou não seu estilo e seu som no mundo adulto.

38 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

"Nem sei qual a cor da dor de ser mais um rosto que mente", admite Sandy em verso da balada Mais um Rosto, uma das 13 faixas autorais de seu primeiro disco solo, Manuscrito, nas lojas a partir desta sexta-feira, 7 de maio de 2010. Sem romper com seu passado musical, a artista mostra alguma evolução neste primeiro trabalho fora da linha infanto-juvenil. O CD tem bom acabamento instrumental, urdido pelos produtores Lucas Lima e Junior Lima - o marido e o irmão da cantora, respectivamente - com diversificado naipe de cordas (ukelele, banjo, bandolim, violinos, cellos) e teclados vintage. O que impede Sandy de alçar voo maior é uma (provável) falta de disposição para buscar no mundo outras parcerias e vivências que expandissem os limites de seu mundo musical. Em Esconderijo, a boa faixa de um minuto e três segundos que esboça clima mais denso e instrospectivo ao fim do álbum, a compositora retrata um menino-homem trancafiado em seu quarto escuro - metáfora para alma - com medo do mundo. Talvez a própria Sandy - vista como uma princesa do pop - esteja precisando sair desse quarto para experimentar as dores do mundo. Aliás, de certa forma, é como se ela tivesse escrito em Manuscrito um diário de princesa, com lampejos de questionamentos mais adultos, mas (ainda) sem a densidade que seria esperada de um disco de tom confessional. Sandy parece não ter saído do lugar mesmo quando contatou em Londres a cantora e compositora britânica Nerina Pallot, parceira e convidada de Dias Iguais, balada forrada com piano. Mesmo sem dar o esperado salto estilístico que poderia posicionar Sandy definitivamente num mundo musical adulto, Manuscrito soa coerente com a trajetória da artista ao expor coleção de baladas que, por vezes, tendem para o folk, caso da boa Dedilhada. Pés Cansados - a faixa eleita para promover o disco nas rádios, TVs e internet - traduz com fidelidade o tom calmo do disco. A única faixa mais diferente é Quem Eu Sou, tema pop que tangencia o universo do rock. É fato que a voz de Sandy se afasta um pouco do tom infantilizado, mas sem estar em total sintonia com a entrada da artista no mundo adulto. Quanto à safra de 13 inéditas, quase todas foram compostas em parceria com Lucas Limas (com três eventuais adesões de Junior). Sandy assina sozinha apenas duas faixas, O Que Faltou Ser e a já citada Esconderijo. O que justifica a falta de fôlego percebida na segunda metade do álbum. Tempo e Ela / Ele soam bem mais inspiradas do que Perdida e Salva e Tão Comum, por exemplo. Trabalho extremamente íntimo e pessoal, Manuscrito deixa a (boa) impressão de que Sandy não procurou impressionar a crítica para tentar alcançar um status que ainda lhe é negado por conta do imenso sucesso popular alcançado com a dupla formada com Junior. Nesse sentido, o disco soa bastante digno, honesto e verdadeiro. E cabe ao tempo responder se Sandy vai conseguir firmar ou não seu estilo e seu som no mundo adulto.

7 de maio de 2010 às 08:46  
Blogger EGBERTO said...

Parabéns Mauro pela crítica longe de preconceitos. Sandy fez um trabalho mais maduro e bastante honesto dentro daquilo que sabe fazer. Fica o desejo de crescimento na sua carreira daqui em diante. O primeiro passo foi dado.

7 de maio de 2010 às 08:56  
Blogger Saulo said...

Bela crítica, mesmo com uma carreira de 20 anos, a Sandy ainda tem tempo a percorrer, a acertar e errar, a mostrar a que veio. E ela já deu seu ponta pé inicial, de forma íntima e simples. Apesar de você ter cotado o disco com apenas duas estrelas e meia, achei coerente alguns trechos, porém merecia algo perto de quatro estrelas, pois é notável a evolução dela de carreira em dupla para solo, e você consegue reconhecer isso na sua crítica. E como a cada album, uma nova experiência, vem tambem uma nova maturidade. E o tempo que você cita sobre a capacidade da Sandy se firmar no estilo e som adulto cabe a nós pensar que ainda há tempo. Tempo pra ela ser novamente reconhecida, tempo pra novos discos, tempo pra outras parcerias e novos caminhos, e não uma visão pessimista de que a capacidade dela está estagnada depois de Manuscrito. E por agora reescrevo suas palavras quando ditas que "o disco soa bastante digno, honesto e verdadeiro".

7 de maio de 2010 às 09:08  
Blogger Beatriz E da Costa said...

Parabens pela crítica sem preconceitos!
Eu gostei muito da linha que a Sandyseguiu nesse album, de músicas mais calmas, sem obrigação de tocar nas rádios, e sem gritos.
Admiro a Sandy por não ter se perdido e por ter sido verdadeira. Ela podia fazer um album totalmente pop que faria bem mais sucesso com o 'povão', mas ela escolheu fazer algo bem mais íntimo. Mas acho que Manuscrito vai vender muito bem, pq os fãs da dupla vão continuar com ela. Eu mesmo já comprei o meu.

7 de maio de 2010 às 09:17  
Blogger Wennes Mota said...

Parabéns pela sensata crítica. Sandy mostra que está disposta a crescer profissionalmente, embora ainda não tenha atingido sua meta. No entanto, o cd manuscrito mostra uma Sandy mais madura, com letras introspectivas. Um bom começo para uma mudança.Com certeza ela seguirá evoluindo, pois bom gosto e talento ela tem de sobra! O cd merece sucesso!

7 de maio de 2010 às 09:21  
Anonymous Diogo ! said...

Sandy é afinada sim mas o timbre não me agrada. Ainda não ouvi todo o cd mas achei a faixa escolhida para promover o album - " Pés Cansados " - cansativa demais ...

7 de maio de 2010 às 09:55  
Anonymous Suami said...

http://twitter.com/Suami/status/13547414982
Tu é genial sabia?
Escreve e deixa a gente com fome de música!
Sem ser chato, cri-cri...
Teus ouvidos são isentos e invejáveis!

7 de maio de 2010 às 10:08  
Blogger Unknown said...

Tbm sinto falta de uma Sandy mais solta, mais aberta a novos parceiros. O bom é que mesmo a Sandy sendo muito reservada e distante de outros artista, ela por sí só, tem um grande numero de admiradores no meio musical, desde os já consagrados e os mais novos talentos...ela desperta o interesse.
Ela tem esse poder, e realmente deveria usar, achei bacana ela ter convivido com o ingleses lá, produtores, engenheiros de som, musicos, compositores...o Lucas tbm trouxe muito do que ele aprendeu na Unicamp, trouxe amigos dele de lá pra banda que são muito talentosos.
Acho que esse foi um primeiro passo. mas no 2° CD ela deveria se jogar mais e conviver mais com outros musicos, sem ser os da familia.

7 de maio de 2010 às 10:18  
Anonymous Anônimo said...

Saulo, a nota da resenha é justa; o Mauro reconheceu que ela está melhorando em relação aos tempos de Sandy & Junior, mas também apontou que ainda falta bastante em termos de maturidade e evolução. Seria incoerente dar quatro estrelas pra algo que ainda precisa de maturidade e evolução.

7 de maio de 2010 às 11:55  
Anonymous Anônimo said...

concordo muito com essa parte: "O que impede Sandy de alçar voo maior é uma (provável) falta de disposição para buscar no mundo outras parcerias e vivências que expandissem os limites de seu mundo musical."
mas isso tb não quer dizer que o disco não esteja ótimo... mas tb achei pouco as 2,5 estrelas... já vi vc dando 3, 4 estrelas para cada porcaria...

7 de maio de 2010 às 12:23  
Anonymous Anônimo said...

Acho no mínimo interessante a paciência que se tem para esperar a tal maturidade da moça chegar. Parece que estão falando de uma menina de 15 anos, quando na verdade, ela tem 27. Com essa idade, desculpem, Elis, Gal, Bethânia, já tinham lançado discos que até hoje são pilares da nossa música. Comparação esdrúxula? Pode ser. Mas posso citar ainda Maria Rita, Céu, Roberta Sá, que lançaram também seus primeiros discos com mais ou menos essa idade. Trabalhos densos, autorias, de artistas de verdade, que têm algo a dizer. O universo da cantora em questão é muito limitado. Crescer? Talvez até role um dia. Mas prefiro ouvir música de gente grande mesmo, independente da idade.

Anderson Falcão
Brasília - DF
(ouvindo Festa, Rosa Passos.)

7 de maio de 2010 às 12:28  
Blogger Roberto Abreu said...

Gostei da crítica. De fato, Mauro, Você não transpareceu cheio de deboches e ironias quanto a algum trabalho novo ou simplesmente por querer falar da Sandy aqui no seu blog. Claro, eu acho que o Manuscrito tenha merecido muito mais que apenas 2,5 estrelinhas, mas, dentro da sua avaliação, se é assim que você vê eu vou compreender. O novo CD, pra mim, é cheio de qualidade, tanto nas composições quanto na sonoridade e voz. Esse é um trabalho que eu posso dizer com muita certeza de que vou escutar todas as músicas desde o começo até o fim, quando já tiver o CD em mãos. Pois é tão notável a evolução que Sandy fez presente nesse primeiro trabalho solo, que pode-se perceber o quanto se distancia dos trabalhos que fazia com o irmão na época da dupla. E como você faz sempre questão de frisar, o "infanto-juvenil" dessa vez ficou para trás, porque com o Manuscrito o novo rumo de Sandy agora é outro: o adulto.

7 de maio de 2010 às 12:30  
Anonymous Ju said...

"Trabalho extremamente pessoal, Manuscrito deixa a (boa) impressão de que Sandy não procurou impressionar a crítica para tentar alcançar um status que ainda lhe é negado por conta do imenso sucesso popular feito com a dupla formada com Junior. Nesse sentido, o disco soa bastante digno, honesto e verdadeiro. E cabe ao tempo responder se Sandy vai conseguir firmar seu estilo e seu som no mundo adulto."

^^^^^^^^^^eh isso ai, ela quis fazer um cd do jeito dela, q refletisse a historia dela.... deu certo, como o mauro falou, digno, honesto e verdadeiro!! mas tb concordo q num proximo cd ela tb busque por novas parcerias.. pode continuar com o lucas e junior, mas nada impede de tentar coisas novas tb.. eu acho..

7 de maio de 2010 às 13:26  
Anonymous Roberto said...

Achei a critica muito boa e vai ao encontro de muito do que penso sobre o cd.

Agora, as 2 estrelas e meia mostram que ha sim um certo preconceito por se tratar de Sandy. Eu nunca fui fa da dupla ou ate mesmo da voz da Sandy, mas ela mostra uma simplicidade e leveza bem originais se comparados ao trabalho da dupla Sandy e Junior.

Certamente se fosse uma artista iniciante ou diferente teria um pouco menos julgamento ou critica. A verdade eh que no momento que escutei pela 1 vez ja estava pronto pra odiar e criticar, mas algumas cancoes como Esconderijo me deram arrepios, me fazendo prestar atencao em cada cancao, tentando nao julgar e sim escutar e realmente ouvir. Tanto cancao como letra de Ela/Ele sao realmente poeticas e no mesmo nivel de outros artistas tao poeticos e menos populares que Sandy.

O tempo so fara bem a ela. O primeiro passo foi dado, e boa sorte.

Infelizmente ela sabe que eh julgada por ser Sandy, e nao por ser uma boa cantora/compositora e fico feliz por ter tido coragem (e ok da gravadora) pra lancar album sao simples e tao arriscado no concorrido mercado falido da musica no Brasil.

Daqui dos EUA eu escuto e aprecio.
Abraco!

7 de maio de 2010 às 13:35  
Blogger Felipe Abrantes said...

A crítica mais correta que li até agora com o que nos foi apresentado. Livre de preconceitos. Mesmo tendo gostado demais da evolução - que eu senti latente - sua crítica é muito boa. Você é muito bom. Continue assim. Pessoas como você tem vida longa na carreira. Suficiente pra ver a Sandy acertar (ainda) mais o seu tom.

7 de maio de 2010 às 13:42  
Anonymous Anônimo said...

Concordo TOTALMENTE com o Anderson. Abs,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

7 de maio de 2010 às 15:20  
Anonymous Anônimo said...

Opiniões a parte, MAURO por favor nos diga quais faixas vc mais gostou,aponte as qualidades vocais de Sandy, notadas por vc nesse disco e o porquê de duas estrelas e meia.
Abraços

7 de maio de 2010 às 16:45  
Blogger Vitor said...

Critica perfeita a do Mauro, ele disse exatamente tudo que eu pensei quando ouvi o cd. A Sandy é uma princesinha que sempre foi criada numa redoma de vidro, muito por causa do sucesso precoce e sua música é reflexo disso, porém achei bastante honesto todo o trabalho e de grande sensibilidade. O dia q a princesa sair de seu castelo em Campinas e for respirar ares, no RJ por exemplo, acredito que poderemos esperar algo bem interessante

7 de maio de 2010 às 23:02  
Blogger Danilo Rocha said...

Engraçado como se tem uma resistência em dar trela à Sandy. Esse legado de dupla parece não ter fim. As comparações são irritantes e de mal gosto. Sandy é uma mulher de 27 anos, uma adulta que não precisa se esforçar para entrar em seu próprio mundo. Se alguém disser que o disco não é tão bom por isso e isso (aponte-me os defeitos no som produzido), aceito, mas elogiar a voz, as músicas e terminar numa análise morna, medrosa, é inadmissível. Acusar a garota de permanecer no mesmo território é absurdo! É o mesmo que dizer que o novo disco, por exemplo, da Roberta Sá continua no samba, ela não é uma cantora de samba (MPB e afins)? Julgue-a pelo que ela é, não pelo que deveria ser.

7 de maio de 2010 às 23:19  
Anonymous Anônimo said...

gostei muito!!! achei a musica ela/ele uma espécie e "eduardo e monica" só que mais liríco, mais sutil parabéns sandy manuscrito me surpreendeu !!!! confesso que ela cresceu bastante como compositora.

7 de maio de 2010 às 23:21  
Blogger Isaac Melo - Textos Selecionados said...

Acompanho o trabalho da Sandy há pelo menos seis anos. Confesso ser um admirador da voz e talendo desta. O novo cd, a meu ver, teve realmente um amadurecimento incrível. Mas vejo esse amadurecimento aparecendo já no último cd dela - Acústico MTV - sobretudo na música "Abri os Olhos", que foi composta pela própria Sandy. Isso é tão verdade que há no novo álbum músicas escritas quando a Sandy ainda era uma dupla. Isso, a Sandy era uma dupla. "Manúscrito", e o nome do cd é sugestivo, ou seja, um início do que pode vir é só um manuscrito, vem para ser deixado de lado a música fácil, aquela sem muita metáfora. E essa figura há muito no novo cd. Em relação as 2,5 estrelas acho pouco também (rs) no mínimo 3,5.

8 de maio de 2010 às 11:41  
Blogger Cássia said...

Já é hora do vôo adulto. Pelas minhas contas e pesquisas, ela é da mesma geração da Roberta Sá, Ana Cañas, Maria Gadu, Mariana Aydar, dentre outras... Talvez menos pela idade e mais pelo estigma da dupla Sandy & Júnior e suas referências musicais de infância ainda não permitem um trabalho solo completamente independente e desvinculado de suas origens.

8 de maio de 2010 às 14:44  
Anonymous Anônimo said...

MUITO BOA A OBSERVÇÃO DO COMENTARIO ACIMA REALMENTE "ELA/ELE" PARECE SER UMA CRÔNICA NO ESTILO DA INSPIRADA CANÇÃO DE RENATO RUSSO (EDUARDO E MONICA). MAIS A MINHA PREFERIDA DO ÁLBUM "MANUSCRITO" É A MUSICA "TEMPO". SEM DUVIDA SANDY SE REVELA UMA BOA COMPOSITORA NESSE TRABALHO.

MARCELO ALVES REIS - SOROCABA-SP

9 de maio de 2010 às 15:59  
Blogger Fran said...

É um disco digno. Sandy tem uma voz doce e angelical. Em Manuscrito, ela conseguiu largar alguns vícios que preservava há um tempo atrás, as composições estão maduras e a voz também, apesar do ar infantilizado ainda existir em algumas interpretações. Sem dúvidas o disco é o passo inicial para que a cantora alcance o patamar desejado. Afinação ela tem, voz também, ou seja, só depende dela.
Minha cotação para o disco seria de ***1/2 estrelas.

Mauro, também quero saber quais foram suas faixas preferidas e o porque das **1/2 estrelas.

9 de maio de 2010 às 17:44  
Blogger Isaac Oliveira said...

Aqui no Brasil é muito engraçado... idolatram certas cantoras-divas-instantanias que mal conseguem cantar ao vivo e só têm uma produção monstruosa que se alastram pelo mundo, para compensar a falta de talento.

Se Sandy não fosse brasileira, talvez fosse diferente...

A crítica do momento é a suposta falta de maturidade da voz de Sandy.

Se o Mauro não tivesse levantado essa questão na crítica a "Elas cantam Roberto", ninguém estaria falando nisso.

Cadê os elogios aos produtores: Lucas e Júnior? Se tivesse sido este cd produzido por outro qualquer produtor consagrado, estariam atribuindo a este, os méritos alcansados por sandy neste cd tão bom.

Mas é mais fácil repetir as criticas de outros!

Mauro, em tempo, parabéns pela crítica a Manuscrito" e pelo serviço prestado a música no Brasil. Vc é 10!

10 de maio de 2010 às 11:15  
Blogger Chá de Camomila said...

Mauro de uma forma cheia de propriedade e conhecimento conseguisses descrever o meu único comentário feito ao meu marido quando vi o lançamento no Caldeirão no último Sábado, falei: "- ainda quero ver ela mais viceral, cantando com gana, com amor e ódio, com sentimentos mais fortes...a imagem dela no palco ainda é de uma boneca de porcelana, uma princesa,..."
Mas é o primeiro, e acho que ela deu um grande passo já, se considerarmos a redoma de vidro em que sempre viveu. Pra mim, simples ouvinte e leiga achei Esconderijo a melhor.
Parabéns pela crítica.
Grande abraço.

10 de maio de 2010 às 14:14  
Anonymous Anônimo said...

Convenhamos que o que ajudou a Sandy a compor letras mais instrospectivas foram as aulas da faculdade de letras que ela cursou, ela como aluna dedicada que é aprendeu a usar bem as palavras, é só!

15 de maio de 2010 às 10:04  
Anonymous Anônimo said...

"No outono é sempre igual
As folhas caem no quintal
Só não cai o meu amor( essa parte é uó!)
Pois não tem jeito, é imortal".Música composta por Sandy

Veja a diferença, ela gosta de Clarice Lispector, realmente a Faculdade de Letras, deu uma boa noção de como se compor músicas mais elaboradas,mais articuladas, o povo não estuda, depois quer saber escrever direito!Tudo pode começar com a escrita de poemas, depois é só aperfeiçoar!

Estudem!

15 de maio de 2010 às 12:29  
Anonymous Anônimo said...

A voz...a voz ainda não consegue me agradar, desculpem, mas acho muito fanhosa,ela afinada e tudo, mas não é só isso, ela canta pelo palato, depois que estudou o canto lírico ficou pior!

15 de maio de 2010 às 12:31  
Blogger Unknown said...

Nao é a toa que Sandy em 10 dias de lançamento do cd já vendeu 40 mil copias.

18 de maio de 2010 às 21:13  
Anonymous Anônimo said...

Parabéns, Mauro Gostei da sua crítica, bem sensata, perto das demais que tenho ouvido! Tipo, Sandy fez um albúm perto do passado! Gente, é notória a evolução dela! Ela e ele, dedilhada, até as românticas tem mais conteúdo!
Acho que boa parte da galera que critica nem escuta o cd todo e ja vem com pre-conceitos Só pode!

21 de maio de 2010 às 22:28  
Anonymous Anônimo said...

Só de a Sandy não ter escrito canções como " Comigo é na base do beijo..." mostra que pessoas sao injustas com ela Tanta cantora cantando cada coisa e o povão vem falar de sandy, que compoe suas músicas e consegue fazer faixas que tem conteudo

21 de maio de 2010 às 22:30  
Blogger Unknown said...

Gostei tambem da crítica!

Bom, sempre achei a Sandy uma cantora singular. Penso que ela colabora com a diversidade (positiva) da música brasileira. Até em sua carreira POP, acredito que ela se destacava, sobre as nortes americanas, já que seu foco era a música e não escândalos como as demais.

O fato é que o Brasil ainda tem dificuldades em valorizar o "nacional", é por isso que nas maiorias das radios, a cada 5 músicas tocadas 3 são internacionais.

Quanto a imagem que todos veêm a Sandy, eu discordo um pouco. muitos acham que ela deva sair dessa imagem de princesa encastelada, pois eu penso que é exatamente isso sua caracteristica principal. de certa foram, ela sempre foi uma princesa musicalmente falando, vejam, sua fama começou ainda quando criança, desde então sempre foi famosa (sem oscilações)a mídia sempre a tratou (quando criança) perfeitamente, sempre extremamente educada, almeijada por muitos fãs. Acho normal essa postura que ela adota, e não acredito que ela deva mudar isso. até porque ser uma "princesa" é algo distinto de ser infantil.

Bem, mais em ralação ao CD, tambem acho que deva haver maiores evoluções para as proximas gravações. percebi que ela ficou muito focada em um unico tema, como "erros e passado" varias musicas abordam essa pensamento. e tambem ainda há muitos respingos da sua carreira POP. Sei que ela tem grandes intimidades com o Jazz, e senti falta um pouco desse estilo.

mais acho o CD escutavel, e pretendo compra-lo sim! minha musica favorita é ela/ela...

23 de maio de 2010 às 00:59  
Blogger Sandro Ferrie said...

Por Sandro Ferreira.


Só acho que a Sandy deveria ousar mais na voz, e acredito que as canções deveriam ter tons mais fortes. A Sandy tem um grande potencial vocal, porém, não mostrou esse talento no " Manuscrito". Ela pode muito mais.

27 de maio de 2010 às 23:32  
Blogger Vanessa de Assis said...

Bela crítica, mas acho que os dois escolhidos para co-produzirem o cd foram ótimos pq nada mais certo que duas pessoas que a conhecem tão bem, arriscar em inovações drásticas talvez não seja a hora ainda, mas com apenas 27 anos de idade e 20 de carreira o ar maduro está se fincando nas obras de Sandy, e as evoluções vorão naturalmente.

28 de maio de 2010 às 11:42  
Blogger Nena josé said...

Que pena acho as pessoas não estão ouvindo esse disco(ele continua redondo)com os ouvidos, não senti diferença. Acho mesmo que o principal problema são as parcerias.

Sandy querida vc tem timbre pra fazer uma boa música embora ausência de volume se faça presente, pegue um cd do Pato Fu troque umas ideias com a Fernandinha e peça ao John e o Lobão pra poduzirem o próximo, agora {abandone esses cacoetes sertanejos depressa} A Fernanda vai te mostrar como usar esse timbre macio que vc tem e ensinar a escrever umas letras com mais peso crítico o John vai colocar vc num universo tecnologico certo pra sua música e o Lobão vai dar a dose pertfeita de loucura pra vc amadurecer e parecer mais com gente que passou por um processo de crescimento( sou totalmente contra as drogas mas, acho que em certos casos artistisco...)
Saia urgente da zona de confortos experimente vc já é rica perca alguns fãs ganhe outros, ande em mas companhias músicais (no bom sentido é claro).

Como que te deixaram copiar a introdução de Reptition do Information Society em Pés Cansados e ainda nem se deram o trabalho de mudar o tom, meus deus. So trocaram sinthetizador por violão. A já sei é assim que se usa a influência do Coldplay (se declarou influenciada por eles).

Vc parece ser tão legal.
Bom vai ai uma lista de possibilidades pro próximo.
1 Deixe o Coldplay de mão já copiaram Satriane, Kraftwerk, pode conferir la no youtube e procure tambem Reptition do Information Society.
2 Demita a banda contrate um naipe de cordas um tecladista que faça bom uso sampler, troque de roupa e de cabelo, va para um estudio e companha na base do improvisso junto com a banda aceite opniões chame tambem um percusionista que use percu. eletrónica, fale pro seu marido não se meter(pior o Junior)
3 Compre uns cds da Bjork, Kd Lang, Kate power, massive atack, PatoFu, Mariza Monte, Cassia Eller, Mutantes, Arnaldo Batista se (quiser eu te dou o documentário sobre ele)Bauhaus, The Cure... enfim desafie seu cerebro, desconstrua tudo, não tenha medo de não aparecer mais no Faustão imagine o quanto vai ser bom pra sua carreira menina, afinal ninguem merece.

Já percebeu o quanto teus fâs aparetam não ter nada na cabeça estão sempre dizendo amém iguais foquinhas amestradas batendo palmas af!

Também eles cresceram cantando a música dos Powerangers né. Se quiser eu posso compor algumas pra vc, olha só tenho poucos parceiros
é privilégio.

Vc parece ser tão bacaninha. Sinto te dizer mais ta não hora de contrariar algums.

23 de agosto de 2010 às 10:20  
Blogger Nena josé said...

Que pena acho as pessoas não estão ouvindo esse disco(ele continua redondo)com os ouvidos, não senti diferença. Acho mesmo que o principal problema são as parcerias.

Sandy querida vc tem timbre pra fazer uma boa música embora ausência de volume se faça presente, pegue um cd do Pato Fu troque umas ideias com a Fernandinha e peça ao John e o Lobão pra poduzirem o próximo, agora (abandone esses cacoetes sertanejos depressa) A Fernanda vai te mostrar como usar esse timbre macio que vc tem e ensinar a escrever umas letras com mais peso crítico o John vai colocar vc num universo tecnologico certo pra sua música e o Lobão vai dar a dose perfeita de loucura pra vc amadurecer e parecer mais com gente que passou por um processo de crescimento( sou totalmente contra as drogas mas, acho que em certos casos artistiscos...)
Saia urgente da zona de confortos experimente, vc já é rica perca alguns fãs ganhe outros, ande em mas companhias músicais (no bom sentido é claro).
Como que te deixaram copiar a introdução de Reptition do Information Society em Pés Cansados e ainda nem se deram o trabalho de mudar o tom, meus deus. So trocaram sinthetizador por violão.
A já sei é assim que se usa a influência do Coldplay (se declarou influenciada por eles).
Vc parece ser tão legal.
Bom vai ai uma lista de possibilidades pro próximo.
1 Deixe o Coldplay de mão já copiaram Satriane, Kraftwerk, pode conferir la no youtube e procure tambem Reptition do Information Society.
2 Demita a banda contrate um naipe de cordas um tecladista que faça bom uso sampler, troque de roupa e de cabelo, va para um estudio e componha na base do improvisso junto com a banda aceite opiniões chame tambem um percusionista que use percu. eletrónica, fale pro seu marido não se meter(pior o Junior)
3 Compre uns cds da Bjork, Kd Lang, Kate power, massive atack, PatoFu, Mariza Monte, Cassia Eller, Mutantes, Arnaldo Batista se (quiser eu te dou o documentário sobre ele)Bauhaus, The Cure... enfim desafie seu cerebro, desconstrua tudo, não tenha medo de não aparecer mais no Faustão imagine o quanto vai ser bom pra sua carreira menina, afinal ninguem merece.

Já percebeu o quanto teus fâs aparetam não ter nada na cabeça estão sempre dizendo amém iguais foquinhas amestradas batendo palmas af!

Também eles cresceram cantando a música dos Powerangers né.
Vc parece ser tão bacaninha. Mas ta na hora contrariar alguns.

23 de agosto de 2010 às 10:30  
Blogger Mirlane N. Cardoso said...

O antes e o depois...nunca fui fã, durante a época de Sandy e Jr minhas críticas eram um pedido pra que a dupla se desfizesse, era uma música insuportável! Hoje com o álbum Manuscrito percebi claramente que Sandy sabe fazer música, sabe compor, isso está enraizado nela. É uma adulta com voz suave, tom q não agrada muito.Sandy tem muitos desafios ainda na sua carreira. Lucas Lima mostra-se um ótimo parceiro musical. A busca por novas parcerias é realmente ideal. Com este álbum mostrou-se estar no caminho certo para novos e supreendentes trabalhos! Ela/Ele, Perdida e Salva e Duras Pedras são ótimas músicas!
As pessoas crescem e evoluem e com elas as suas músicas!

15 de novembro de 2012 às 16:29  

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