14 de abril de 2010

'Cantos e Contos' evidencia a pluralidade de Zizi

Resenha de DVDs
Título: Cantos & Contos 1 e 2
Artista: Zizi Possi
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * * 1/2

Em 2008, Zizi Possi celebrou seus 30 anos de carreira - tomando como ponto de partida a gravação, em 1978, de seu primeiro LP, Flor do Mal - com o requinte que caracteriza sua discografia do álbum Sobre Todas as Coisas (1991) em diante. De 11 de março a 27 de maio daquele ano de 2008, a cantora apresentou uma série de 12 shows na íntima casa Tom Jazz, em São Paulo (SP). Em que pesem algumas interseções nos roteiros das 12 apresentações, os shows Cantos & Contos - dirigidos por José Possi Neto, irmão de Zizi - tiveram conceitos, repertórios e convidados diferentes. Uma forma de escapar do retrospecto corriqueiramente feito por artistas para festejar efemérides do gênero. Para quem não pôde ver os shows, a festa das três décadas de carreira de Zizi se estende nos dois DVDs ora lançados pela gravadora Biscoito Fino - à venda de forma avulsa - com 36 números que resumem o espírito de confraternização e a emoção reinantes nos 12 shows. E que, sobre todas as coisas, evidenciam a pluralidade do canto de Zizi Possi, irretocável nesse passeio chique por cancioneiro de vários ritmos e latitudes. Maestria já evidenciada na abertura do Cantos & Contos 1, feita com Vira Moenda (Elza Soares Mendes), tema do folclore maranhense que Zizi entoa num registro quase a capella.
Cantos & Contos 1 reúne duetos com Alceu Valença, Alcione, Edu Lobo, João Bosco e Roberto Menescal. São encontros em que Zizi mergulha no universo dos convidados, sem a preocupação de cantar uma espécie de greatest hits dos 30 anos de carreira. Com Alceu, ela voa na altura de Sabiá (Luiz Gonzaga e Zé Dantas) e encara os lamentos mais densos de Na Primeira Manhã (Alceu Valença), mostrando que a técnica exemplar de seu canto não empana a emoção, latente também em Pra Dizer Adeus, primeiro dos três números feitos na presença embevecida de Edu Lobo. Único convidado com o qual Zizi já vinha dividindo os palcos nos últimos anos, Lobo expressa a admiração sincera pela cantora, que encara a complexidade de Lábia (Edu Lobo e Chico Buarque) com a mesma naturalidade e leveza com que deita e rola no ritmo ágil de Upa Neguinho (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri). Ao brilho da voz metálica, alia-se o suingue que abunda também em Nega do Cabelo Duro (Rubens Soares e David Nasser), número solo em que Zizi dá banho na divisão. No mesmo clima suingante, Gostoso Veneno (Wilson Moreira e Nei Lopes) é o ápice do encontro com Alcione, intérprete original do samba lançado em 1979. Com a Marrom, a cantora evoca também - com passione - a porção italiana de sua obra em Grande, Grande, Grande (no volume 2, há Senza Fine). Sozinha, Zizi celebra Alcione à sua moda, dando tom cool a Sufoco (Chico da Silva e Antonio José) - grande sucesso da Marrom em 1978 - sem deixar de expressar toda a melancolia contida nos versos do tema. Entre velha bossa (Dindi e O Barquinho - com a guitarra de Roberto Menescal, o produtor que lhe abriu as portas da gravadora Philips em 1978) e os sambas de João Bosco (Bala com Bala e Incompatibilidade de Gênios - com a voz e o violão do parceiro de Aldir Blanc neste dois clássicos dos anos 70), Zizi canta Cartola (As Rosas Não Falam) e Dorival Caymmi (Milagre, com João Bosco) em um amplo leque estilístico que abre - sempre - harmonioso no Cantos e Contos 1.

Ligeiramente menos sedutor do que o primeiro volume, Cantos & Contos 2 abre com a valsa Luiza (Tom Jobim), pretexto para o encontro emocionado de Zizi com Luiza Possi. Mãe e filha - esta uma cantora em nítida evolução - se enternecem mutuamente no clima lúdico de João e Maria (Sivuca e Chico Buarque). Na sequência do dueto, Tudo a Ver (Jorge Vercillo) se mostra a música menos inspirada do fino cancioneiro. Que inclui Sentado à Beira do Caminho (Roberto e Erasmo Carlos), Caminhos do Sol (Herman Torres e Salgado Maranhão) - um raro hit radiofônico da Zizi dos anos 80 incluído na seleção que, talvez por isso mesmo, logo ganhe o coro espontâneo da plateia - e Nada pra mim (John Ulhoa). Três números individuais que se destacam entre as 18 faixas, em especial a balada do Pato Fu que fez sucesso na voz de Ana Carolina. Aliás, quanto aos convidados, a própria Ana Carolina é presença luminosa no samba Bom Dia (Swami Jr. e Paulo Freire) - em que canta e toca seu pandeiro todo particular - e mostra que é sempre uma grande cantora quando usa sua voz potente na medida certa, como no medley que une Carvão (Ana Carolina) e Quem É Você (Lyle Mays e Luiz Avellar). Já a participação de Ivan Lins deixa a sensação de que poderia ter sido mais bem compilada no DVD. Ivan toca seu piano enquanto Zizi mergulha no universo denso de Alfonsina y el Mar (Ariel Ramirez e Félix Luna) e relê com a anfitriã seu Bilhete (Ivan Lins e Vítor Martins) - dueto já criado em gravação ao vivo feita por Ivan em 2005. Mais surpreendente é a participação de Eduardo Dussek, compositor recorrente na fase inicial da discografia de Zizi Possi. Foi na voz de Zizi que Eu Velejava em Você se tornou conhecida e, não por acaso, a música é revivida em Cantos & Contos. Com Dussek tocando seu piano blueseiro, a intérprete entoa Cantando no Chuveiro. E leva o compositor, alegre, a brincar com os versos de Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça). No todo, a seleção eclética de convidados e músicas é unificada pela voz de Zizi. E tudo faz sentido neste Cantos & Contos, como mostram os dois bons documentários exibidos nos extras. É luxo!!

29 Comments:

Anonymous Denilson Santos said...

Que maravilha o conteúdo desses dois DVDs. Dignos de colecionador. Zizi passeia com sua voz mágica por diversos estilos, roçando o brega por vezes, sem perder a classe.

Já a capa... Continuo achando muito aquém da qualidade habitual que a Zizi costuma impor aos seus trabalhos.

Enfim... Quem vê capa, não vê conteúdo.

abração,
Denilson

14 de abril de 2010 às 13:10  
Blogger Mauro Ferreira said...

Em 2008, Zizi Possi celebrou seus 30 anos de carreira - tomando como ponto de partida a gravação, em 1978, de seu primeiro LP, Flor do Mal - com o requinte que caracteriza sua discografia do álbum Sobre Todas as Coisas (1991) em diante. De 11 de março a 27 de maio daquele ano de 2008, a cantora apresentou uma série de 12 shows na íntima casa Tom Jazz, em São Paulo (SP). Em que pesem algumas interseções nos roteiros das 12 apresentações, os shows Cantos & Contos - dirigidos por José Possi Neto, irmão de Zizi - tiveram conceitos, repertórios e convidados diferentes. Uma forma de escapar do retrospecto corriqueiramente feito por artistas para festejar efemérides do gênero. Para quem não pôde ver os shows, a festa das três décadas de carreira de Zizi se estende nos dois DVDs ora lançados pela gravadora Biscoito Fino - à venda de forma avulsa - com 36 números que resumem o espírito de confraternização e a emoção reinantes nos 12 shows. E, sobre todas as coisas, evidenciam a pluralidade do canto de Zizi Possi, irretocável nesse passeio chique por cancioneiro de vários ritmos e latitudes. Maestria já evidenciada na abertura do Cantos & Contos 1, feita com Vira Moenda (Elza Soares Mendes), tema do folclore maranhense que Zizi entoa num registro quase a capella.
Cantos & Contos 1 reúne duetos com Alceu Valença, Alcione, Edu Lobo, João Bosco e Roberto Menescal. São encontros em que Zizi mergulha no universo dos convidados, sem a preocupação de cantar uma espécie de greatest hits dos 30 anos de carreira. Com Alceu, ela voa na altura de Sabiá (Luiz Gonzaga e Zé Dantas) e encara os lamentos densos de Na Primeira Manhã (Alceu Valença), mostrando que a técnica exemplar de seu canto não empana a emoção, latente também em Pra Dizer Adeus, primeiro dos três números feitos na presença embevecida de Edu Lobo. Único convidado com o qual Zizi já vinha dividindo os palcos nos últimos anos, Lobo expressa a admiração sincera pela cantora, que encara a complexidade de Lábia (Edu Lobo e Chico Buarque) com a mesma naturalidade e leveza com que deita e rola no ritmo ágil de Upa Neguinho (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri). Ao brilho da voz metálica, alia-se o suingue que abunda também em Nega do Cabelo Duro (Rubens Soares e David Nasser), número solo em que Zizi dá banho na divisão. No mesmo clima suingante, Gostoso Veneno (Wilson Moreira e Nei Lopes) é o ápice do encontro com Alcione, intérprete original do samba lançado em 1979. Com a Marrom, a cantora evoca também - com passione - a porção italiana de sua obra em Grande, Grande, Grande (no volume 2, há Senza Fine). Sozinha, Zizi celebra Alcione à sua moda, dando tom cool a Sufoco (Chico da Silva e Antonio José) - grande sucesso da Marrom em 1978 - sem deixar de expressar toda a melancolia contida nos versos do tema. Entre a bossa (Dindi e O Barquinho - com a guitarra de Roberto Menescal, o produtor que lhe abriu as portas da gravadora Philips em 1978) e o samba de João Bosco (Bala com Bala e Incompatibilidade de Gênios - com a voz e o violão do parceiro de Aldir Blanc neste dois clássicos dos anos 70), Zizi canta Cartola (As Rosas Não Falam) e Dorival Caymmi (Milagre, com João Bosco) em um amplo leque estilístico que abre - sempre - harmonioso no Cantos e Contos 1.

14 de abril de 2010 às 13:15  
Blogger Mauro Ferreira said...

Ligeiramente menos sedutor do que o primeiro volume, Cantos & Contos 2 abre com a valsa Luiza (Tom Jobim), pretexto para o encontro emocionado de Zizi com Luiza Possi. Mãe e filha - esta uma cantora em nítida evolução - se enternecem mutuamente no clima lúdico de João e Maria (Sivuca e Chico Buarque). Na sequência do dueto, Tudo a Ver (Jorge Vercillo) se mostra a música menos inspirada do fino cancioneiro. Que inclui Sentado à Beira do Caminho (Roberto e Erasmo Carlos), Caminhos do Sol (Herman Torres e Salgado Maranhão) - um raro hit radiofônico da Zizi dos anos 80 incluído na seleção que, talvez por isso mesmo, logo ganhe o coro espontâneo da plateia - e Nada pra mim (John Ulhoa). Três números individuais que se destacam entre as 18 faixas, em especial a balada do Pato Fu que fez sucesso na voz de Ana Carolina. Aliás, quanto aos convidados, a própria Ana Carolina é presença luminosa no samba Bom Dia (Swami Jr. e Paulo Freire) - em que canta e toca seu pandeiro todo particular - e mostra que é sempre uma grande cantora quando usa sua voz potente na medida certa, como no medley que une Carvão (Ana Carolina) e Quem É Você (Lyle Mays e Luiz Avellar). Já a participação de Ivan Lins deixa a sensação de que poderia ter sido mais bem compilada no DVD. Ele toca piano enquanto Zizi mergulha no universo denso de Afonsina y el Mar (Ariel Ramirez e Félix Luna) e canta com a anfitriã Bilhete (Ivan Lins e Vítor Martins), dueto já feito em gravação ao vivo feita por Ivan em 2005. Mais surpreendente é a participação de Eduardo Dussek, compositor recorrente na fase inicial da discografia de Zizi Possi. Foi na voz de Zizi que Eu Velejava em Você se tornou conhecida e, não por acaso, a música é revivida em Cantos & Contos. Com Dussek tocando seu piano blueseiro, a intérprete entoa Cantando no Chuveiro. E leva o compositor, alegre, a brincar com os versos de Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça). No todo, a seleção eclética de convidados e músicas é unificada pela voz de Zizi. E tudo faz sentido neste Cantos & Contos, como mostram os dois bons documentários exibidos nos extras. É luxo!

14 de abril de 2010 às 13:15  
Anonymous Anônimo said...

É uma pena não ter Zizi gravando com frequência e com a concepção musical que vinha nos brindando provando que há algo além da mediocridade reinante no mercado musical (leia-se gravadoras e execução na mídia).
Mas pelo menos não temos Zizi se rendendo a esta mediocridade. Vamos ouvir sempre os trabalhos registrados, principalmente de Sob Todas s Coisas em diante, mas vale dar uma pescada no repertório anterior porque tem pérolas também.

14 de abril de 2010 às 16:00  
Anonymous Anônimo said...

ELA EXCLUIU OS PRINCIPAIS NÚMEROS DOS SHOWS E OPTOU PELAS ÓBVIAS DINDI, RETRATO EM BRANCO E PRETO, JOÃO E MARIA, DINDI, ETC ...ISSO É UM PONTO

O OUTRO SÃO AS CAPAS MEDONHAS.

E, POR FIM, OS PRODUTOS MOSTRAM O QUANTO ZIZI DEIXA A DESEJAR NO QUESITO CARISMA.

TUDO ISSO DOOOOOOOOOOOIS ANOS DEPOIS DE GRAVADO. IMAGINEM QUANTA COISA ELA PODERIA TER FEITO NESSE INTERVALO DE DOIS ANOS ?

14 de abril de 2010 às 16:52  
Anonymous Carioca da Piedade said...

Como de hábito, Denilson mandou bem. As capas de fato são muito, muito fracas.
O conteúdo é tudo de bom. Zizi mostra nos dvds o quanto ela é uma artista interessante, bem além dos mares pasteurizados em que já navegou. Ela com Dussek é muito bom e até mesmo com Ana Carolina soa solta, particularmente em uma das músicas.
Aos defensores da BF ta aí uma coisa que ela devia ter interferido: na capa. Pois, de capa e conteúdo a BF entende.

Carioca da Piedade, voltando a gostar de Zizi como nos velhos tempos

14 de abril de 2010 às 17:44  
Anonymous Anônimo said...

Só tenho o audio dos DVD's mas já dá para abrir o apetite. Em breve espero tê-los em casa.
Agora pelo que ouvi (apenas ouvi!) parece muito exagerado essas estrelas todas. Mas... dou o benefício da dúvida

Abraço de POrtugal

14 de abril de 2010 às 19:29  
Anonymous Anônimo said...

A BF pisando na bola maid uma vez! Depois da capa medíocre do CD de Simone faz outra com o de Zizi. Os dois trabalhos são eotimos mas cadê a concepção visual?

14 de abril de 2010 às 19:32  
Anonymous Anônimo said...

Apesar da falta de carisma- o que é
comum a quase todas que priorizam
a técnica - os dvds são bacanas e trazem belos momentos.Mesmo já sabendo há tempos tudo que ela diz sobre a Bethania,é um lindo depoimento , justa e verdadeira homenagem. Que bom ter Zizi de volta num trabalho correto e emblemático do melhor lado de sua carreira.

14 de abril de 2010 às 19:36  
Anonymous Anônimo said...

Zizi é grandiosa e não precisa provar mais nada. Fico feliz pelos DVDs Cantos & Contos ter encontrado tão boa receptividade por parte da crítica. Até o momento só li críticas favoráveis. Espero que o público também reconheça o valor que esses trabalhos possuem. Parabéns Zizi!

14 de abril de 2010 às 19:42  
Anonymous Anônimo said...

Os dvds saõ maravilhosos, apesar, na minha opinião da participação fraca de Alcione, totalmente sem voz... Mas isso é um detalhe. Zizi tem carisma, voz e afinação seguras. Uma parceria com Edu Lobo seria uma consagração. Vamos esperar shows pro lançamento desses dvds...

14 de abril de 2010 às 21:01  
Anonymous Anônimo said...

Ela fez um projeto não óbvio e mostrou apenas o óbvio, não entendo. Queria ouvir Zizi e Alcione em tanta saudade!

14 de abril de 2010 às 21:07  
Blogger Doug said...

Adoro Zizi Possi. Ao lado de Gal Costa, Nà Ozzetti, Vânia Bastos e mais poucas outras, é uma das grandes cantoras "técnicas" do Brasil. Digo "técnica" para não excluir da lista de grande cantoras aquelas que não o são... mas enfim

A única coisa que me incomoda em Zizi é uma certa vergonha que ela parece ter de seus hits. Tudo bem que era preciso evoluir e sair da fórmula imposta pelas gravadoras, e que ela tenha feito seus melhores discos à partir do "Sobre todas as coisas", mas acredito que seu público adoraria que , além de "Caminhos de sol", ela olhasse com carinho para Asa morena, A Paz, Nunca, Meu amigo meu herói, Perigo, e tantas outras musiquinhas que cresci ouvindo e que ainda hoje me dão tamanha alegria. Acho que com uns arranjos bem elaborados, ela pode continuar curtindo seus sucessos sem cair no comercialismo vão. E eu, como público, adoraria.

14 de abril de 2010 às 21:19  
Anonymous Anônimo said...

Perigo é super brega mas eu gosto. Duas músicas que não poderiam faltar nesse DVD ela não incluiu. Pedaço de Mim e Nunca. Dois sucessos que a fizeram ser conhecida no mercado. Mas ainda hoje, Zizi prova que é ao lado de Gal e Bethânia, uma das maiores cantoras brasileiras.

15 de abril de 2010 às 09:35  
Anonymous Anônimo said...

Doug,não por acaso,todas as cantoras citadas por voce são sopranos.Nenhuma cantora deve desafinar,mas para essas,com essa característica a coisa ficaria muito explicita,de doer nos ouvidos,praticamente impossível de passar desapercebido,o efeito é catastrófico.Então o cuidado técnico tem que ser redobrado.Mas há um excesso de crítica quando por vezes esporádicas uma Bethânia desafine.A Nana que adora transitar nos limites da semitonagem sempre encontra um ansioso ou competitivo implacável para critica-la a tempo de não perceber que na verdade ela faz que vai mas não semitona.Mas Zizi é mesmo uma maravilha.Estudou muito,sabe dessas coisas e é uma verdadeira dama da canção.

15 de abril de 2010 às 14:10  
Blogger sidney said...

ZIZI é técnica e emoção, é um canto raro; a interpréte que faz da música seu instrumento, como deve ser; não importa se o que canta é o que se espera, o que importa é a qualidade do canto que encanta, ouvidos e corações.

15 de abril de 2010 às 14:20  
Anonymous Anônimo said...

Os DVDs são maravilhosos! Zizi está de parabéns´por uma carreira tão bonita.

15 de abril de 2010 às 17:11  
Anonymous Anônimo said...

Eu também senti saudades dos sucessos radiofônicos da Zizi, faltou além das que o DOUG citou Luz e Mistério, Esquece e Vem, O Amor Vem Pra Cada Um e Noite...enfim num próximo DVD poderia rolar, preferi o DVD 2 Tudo a Ver ficou muito legal, Zizi é ótima desde as composições mais elaboradas que refletem a sociedade da década de 30,40,50 e 60 até as baladinhas POP dos anos 70 e 80...Zizi não esqueça do seu passado, nem tudo que é comercial é brega, Zizi nunca foi brega o disco Amor & Música é lindo, ela não é cantora de ser prender em estilo ou um repertório. Acredito que um dia ela nos presenteará com seus sucessos radiofônicos ao vivo

15 de abril de 2010 às 19:58  
Anonymous Anônimo said...

Não acho o amor vem pra cada um brega, é uma canção pop. Aliás, não acho nada que a Zizi Possi gravou brega, talvez Per Amore.

16 de abril de 2010 às 09:36  
Anonymous Anônimo said...

Zizi tem algumas coisas bregas sim. Perigo, O Amor Vem Pra Cada Um, Foi Assim e outras... mas isso não tira o seu lugar de grande artista da nossa música.

16 de abril de 2010 às 12:06  
Anonymous Anônimo said...

Zizi é luxo só! Uma profissional como poucas. Aliás, pouquíssimas.

16 de abril de 2010 às 14:42  
Anonymous Anônimo said...

Ouvi o CD que tem perigo, realmente é muito brega. Mas continua achando que O amor vem pra cada um nem um pouco brega. Se essa música é brega Marisa Monte e Ana Carolina são pra lá de bregas.

16 de abril de 2010 às 20:24  
Anonymous Anônimo said...

Que gente chata! Brega é essa discussão nos posts de Zizi, Gal, Simone do q é brega ou n é. Quem gosta escuta , se n pula a faixa ou n compra o cd.Ou melhor...vai lá e faça melhor.

17 de abril de 2010 às 17:47  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo...não é questão de pular faixa ou não. A discussaõ saudável sobre o que é brega e o que não é é bem razoável. O q é pra uns , não é pra outros. O porque, não sei... Talvez situação social, jeito diferente de ver a vida, percepção diferente ...etc etc...
Esse encerramento que vc pede sobre o assunto é de uma imaturidade tamanha.

17 de abril de 2010 às 20:30  
Anonymous Anônimo said...

Ai,meu Deus!!!!!!!
O anônimo acima DISSE TUDO!!!!!!!!
Não há coisa mais chata do que essa de se questionar o que é brega ou não.
Gosto é gosto e não se discute.
Adoro Zizi chique,Zizi brega,adoro ouvir Zizi cantando.
Francisco Carlos,fã da MAIOR SAMBISTA DE TODOS OS TEMPOS-A IMORTAL,INSUBSTUÍVEL E INIMITÁVEL Clara Nunes.

17 de abril de 2010 às 20:35  
Blogger Tommye said...

Nenhum artista nasce com a fórmula pronta do que é chic, sofisticado, cool e outras tantas classificações. Zizi Possi, grande intérprete como é considerada hoje, no início de carreira teve que fazer concessões às gravadoras e à mídia, que impunham mesmo ao artista o que este deveria gravar. Mas, felizmente, ela optou, no momento certo (já com o estofo das grandes divas), por direcionar sua carreira por meio de um repertório à altura de sua qualidade vocal e técnica. Se olharmos para o que circunda as grandes cantoras brasileiras, veremos que estão ilhadas por inúmeros artistas medíocres, mas quem tem bom ouvido, sensibilidade e informação vai lá na "ilha" e resgata essas maravilhas. Viva Zizi!

18 de abril de 2010 às 08:47  
Blogger Doug said...

Não acho Perigo uma canção brega. Pelo contrário. Acho uma jóia do pop nacional. E o disco em que ela está tb não é brega, tem boa canções, mas que infelizmente foram mal produzidas e arranjadas.

18 de abril de 2010 às 12:59  
Anonymous Anônimo said...

Imaturidade é achar que o mundo inteiro tem que se emocionar com a ditadura cult / chic sei lá o que e ter a "mesma opinião formada sobre tudo".Se uma cantora optou por uma época ser popular mostra pluraridade. Esse discurso de brega chega a ser quase preconceituoso e até perigoso pois torna o trabalho anterior de Zizi e outros sem memória cultural.A nova geração perde.

18 de abril de 2010 às 17:25  
Blogger Isac Santos said...

A discografia inteira da Zizi é primorosa!E não somente a partir de "Sobre todas as Coisas" que é realmente uma Obra-prima da discografia, não só da cantora como faz parte da discografia brasileira! Mas Zizi possui discos excepcionais e que fazem parte da história da melhor e mais elaborada música brasileira. Incluindo sua estréia (Flor do Mal), passando por "Pedaço de Mim", "Asa Morena", "Estrebucha Baby"...são de primeira grandeza! Só para citar alguns exemplos! Em sua discografia anterior ao citado "Sobre todas as coisas" há também perolas dispersas em alguns discos e que são obras primas do cancioneiro brasileiro, em versões definitivas na voz de Zizi! Basta escutar a discografia completa da cantora já disponivel em CD! A única excessão é o disco da faixa "Perigo". A canção "Perigo" é ótima, mas é a única música audivel neste disco que distoa completamente da excelência da discografia da Zizi Possi!

17 de maio de 2011 às 11:51  

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