12 de fevereiro de 2010

Coletânea historia os 20 anos do funk brasileiro

Foi em 1989 que o funk ouvido nos bailes do Rio de Janeiro ganhou contornos eletrônicos - seguindo novo estilo norte-americano que seria rotulado como Miami Bass - e sotaque de fato brasileiro, com letras em português. A mudança foi completada já nos anos 2000 com o advento do tamborzão, que dita o ritmo de um gênero ainda carregado de preconceito por (apenas eventualmente) estar associado ao crime. Assinada pelo DJ Marlboro (um dos pioneiros do Funk Brasil), a coletânea Tributo ao Funk enfileira 18 hits desse controvertido ritmo - com direito a um texto elucidativo do antropólogo Hermano Viana, pioneira voz da elite a defender publicamente o funk. Para quem ainda insiste em ignorar a beleza que também pode haver no gênero, a seleção da compilação editada pela Som Livre oferece alguns bons motivos para mudar de opinião. Estão lá sucessos dos bailes como Rap da Felicidade (MC Cidinho & MC Doca), Rap do Silva (MC Bob Rum), Nosso Sonho (Claudinho & Buchecha), Rap do Borel (MC William e MC Duda), Feira de Acari (MC Batata) e Endereço dos Bailes (MC Junior & MC Leonardo), entre outros. É fato que a compilação Tributo ao Funk repete os fonogramas já reunidos nos dois volumes da coletânea Clássicos do Funk, editados pela mesma gravadora em 2007 e em 2009, respectivamente. Ainda assim, a atual coletânea é indicada para quem quer começar a se inteirar - sem preconceito - do som menos erotizado que rolou nos bailes da pesada ao longo desses 20 anos. O tamborzão ainda dá o tom...

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Foi em 1989 que o funk ouvido nos bailes do Rio de Janeiro ganhou contornos eletrônicos - seguindo novo estilo norte-americano que seria rotulado como Miami Bass - e sotaque de fato brasileiro, com letras em português. A mudança foi completada já nos anos 2000 com o advento do tamborzão, que dita o ritmo de um gênero ainda carregado de preconceito por (apenas eventualmente) estar associado ao crime. Assinada pelo DJ Marlboro (um dos pioneiros do Funk Brasil), a coletânea Tributo ao Funk enfileira 18 hits desse controvertido ritmo - com direito a um texto elucidativo do antropólogo Hermano Viana, pioneira voz da elite a defender publicamente o funk. Para quem ainda insiste em ignorar a beleza que também pode haver no gênero, a seleção da compilação editada pela Som Livre oferece alguns bons motivos para mudar de opinião. Estão lá sucessos dos bailes como Rap da Felicidade (MC Cidinho & MC Doca), Rap do Silva (MC Bob Rum), Nosso Sonho (Claudinho & Buchecha), Rap do Borel (MC William e MC Duda), Feira de Acari (MC Batata) e Endereço dos Bailes (MC Junior & MC Leonardo), entre outros. É fato que a compilação Tributo ao Funk repete os fonogramas já reunidos nos dois volumes da coletânea Clássicos do Funk, editados pela mesma gravadora em 2007 e em 2009, respectivamente. Ainda assim, a atual coletânea é indicada para quem quer começar a se inteirar - sem preconceito - do som menos erotizado que rolou nos bailes da pesada ao longo desses 20 anos. O tamborzão ainda dá o tom...

12 de fevereiro de 2010 às 09:42  

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