11 de fevereiro de 2010

O CD de raridades de Ben merece edição avulsa

Não, Jorge Ben Jor não ficou nada satisfeito com a inclusão na recém-lançada ótima caixa Salve, Jorge! de compilação dupla com 28 gravações raras - 13 inéditas em disco - feitas por ele num período que vai de 1966 a 1975. Numa recente passagem por João Pessoa (PB), para fazer um show no festival Estação Nordeste, o cantor deixou claro, ao autografar a caixa para o jornalista André Cananéa, que o CD de raridades tinha sido incluído na caixa sem sua autorização. Mesmo que tenha sido produzido à revelia do cantor, a coletânea dupla valoriza a caixa - que embala os 13 álbuns lançados por Ben na extinta Philips entre 1963 e 1976 - e merece edição avulsa. Por mais que as quatro razoáveis músicas inéditas (Camisa 12, Silvia Lenheira, Os Mentes Claras e Salve América) não tenham cacife para se tornar clássicos da obra do artista. As faixas de compactos (como as gravações do Hino do Clube de Regatas do Flamengo e de Jazz Potatoes, feitas para compacto de 1973), as versões diferenciadas de grandes sucessos (Mas que Nada reaparece em dois takes de 1972, de andamentos diferentes da gravação original de 1963) e os fonogramas de álbuns coletivos nunca reeditados em CD (como o samba-enredo Bahia, Berço do Brasil, gravado por Ben em 1972 para o LP Os Maiores Sambas-Enredos de Todos os Tempos Vol. 2) justificam a edição - fora da caixa - desta compilação dupla que raspou o baú de Ben nos arquivos da Universal Music, gravadora herdeira do (rico) acervo da Philips. Mesmo à revelia de Ben Jor...

3 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Não, Jorge Ben Jor não ficou nada satisfeito com a inclusão na recém-lançada ótima caixa Salve, Jorge! de compilação dupla com 28 gravações raras - 13 inéditas em disco - feitas por ele num período que vai de 1966 a 1975. Numa recente passagem por João Pessoa (PB), para fazer um show no festival Estação Nordeste, o cantor deixou claro, ao autografar a caixa para o jornalista André Cananéa, que o CD de raridades tinha sido incluído na caixa sem sua autorização. Mesmo que tenha sido produzido à revelia do cantor, a coletânea dupla valoriza a caixa - que embala os 13 álbuns lançados por Ben na extinta Philips entre 1963 e 1976 - e merece edição avulsa. Por mais que as quatro razoáveis músicas inéditas (Camisa 12, Silvia Lenheira, Os Mentes Claras e Salve América) não tenham cacife para se tornar clássicos da obra do artista. As faixas de compactos (como as gravações do Hino do Clube de Regatas do Flamengo e de Jazz Potatoes, feitas para compacto de 1973), as versões diferenciadas de grandes sucessos (Mas que Nada reaparece em dois takes de 1972, de andamentos diferentes da gravação original de 1963) e os fonogramas de álbuns coletivos nunca reeditados em CD (como o samba-enredo Bahia, Berço do Brasil, gravado por Ben em 1972 para o LP Os Maiores Sambas-Enredos de Todos os Tempos Vol. 2) justificam a edição - fora da caixa - desta compilação dupla que raspou o baú de Ben nos arquivos da Universal Music, gravadora herdeira do (rico) acervo da Philips. Mesmo à revelia de Ben Jor...

11 de fevereiro de 2010 às 10:51  
Anonymous Anônimo said...

Que tudo se resolva, e não ocorra o que aconteceu com João Gilberto e seu LP marco.

O problema não é bem com a Universal, mas acredito que seja com a antiga editora dele, que hoje não vive de amores com Babulina ...


Carioca da Piedade

12 de fevereiro de 2010 às 10:29  
Anonymous Anônimo said...

O grande problema de Jorge Ben Jor com sua discografia inicial é permitir que as pessoas façam as contas e constatem que ele tem quase 70 anos de idade. Para um cara que se mantém um garotão até hoje, isso incomoda.
Viva Ney Matogrosso, que é coroa assumido sem medo de ser um velhinho feliz.

12 de fevereiro de 2010 às 18:52  

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