5 de dezembro de 2009

Krassik aborda a obra de Bosco com intimidade

Resenha de CD
Título: Odilê, Odilá
- Nicolas Krassik
Interpreta João Bosco
Artista: Nicolas Krassik
Gravadora: Rob Digital
Cotação: * * * *

Diz o violinista francês Nicolas Krassik que a obra de João Bosco foi a musa inspiradora de sua paixão pela música brasileira. Talvez isso ajude a explicar a feliz intimidade com que Krassik - radicado no Brasil desde 2001 - aborda no CD Odilê, Odilá a obra do compositor de Corsário, que, aliás, figura entre as 12 músicas selecionadas para o disco. O repertório equilibra sucessos (Coisa Feita e Linha de Passe), lados B (Sanfoneiro do Deserto, Senhoras do Amazonas e Água, Mãe Água) e até uma música (Depois da Penúltima) ausente da discografia oficial de Bosco por ter sido gravada pelo compositor em disco de seu parceiro Aldir Blanc. O tema é revisitado por Krassik em tons plácidos. Bosco avalizou o álbum ao pôr sua voz percussiva nos afro-sambas Da África à Sapucaí e Odilê, Odilá. Com arranjos de Marcelo Caldi e produção de Luís Felipe de Lima, que toca violão de sete cordas na frenética leitura de Bala com Bala, Krassik visita Bosco entre a reverência e a liberdade estética. Há algo da passionalidade do tango em Caça à Raposa, por exemplo. Linha de Passe é praticamente refeita sem perder o elo com a linha melódica original. Já Bijuterias, música propagada em 1977 e 1978 na abertura da novela O Astro, expõe o tom mais intimista e camerístico que norteia boa parte do disco.

5 comentários:

  1. Diz o violinista francês Nicolas Krassik que a obra de João Bosco foi a musa inspiradora de sua paixão pela música brasileira. Talvez isso ajude a explicar a feliz intimidade com que Krassik - radicado no Brasil desde 2001 - aborda no CD Odilê, Odilá a obra do compositor de Corsário, que, aliás, figura entre as 12 músicas selecionadas para o disco. O repertório equilibra sucessos (Coisa Feita e Linha de Passe), lados B (Sanfoneiro do Deserto, Senhoras do Amazonas e Água, Mãe Água) e até uma música (Depois da Penúltima) ausente da discografia oficial de Bosco por ter sido gravada pelo compositor em disco de seu parceiro Aldir Blanc. O tema é revisitado por Krassik em tons plácidos. Bosco avalizou o álbum ao pôr sua voz percussiva nos afro-sambas Da África à Sapucaí e Odilê, Odilá. Com arranjos de Marcelo Caldi e produção de Luís Felipe de Lima, que toca violão de sete cordas na frenética leitura de Bala com Bala, Krassik visita Bosco entre a reverência e a liberdade estética. Há algo da passionalidade do tango em Caça à Raposa, por exemplo. Linha de Passe é praticamente refeita sem perder o elo com a linha melódica original. Já Bijuterias, música propagada em 1977 e 1978 na abertura da novela O Astro, expõe o tom mais intimista e camerístico que norteia boa parte do disco.

    ResponderExcluir
  2. Galera, o Bosco faz show terça na Modern Sound, no Rio

    ResponderExcluir
  3. A música de João Bosco é tocada em pagodes de mesa, voz e piano, arranjos instrumentais e big bands.

    João Bosco é um escândalo. Só isso.

    ResponderExcluir
  4. Isso deve estar o MÁXIMO! Vou comprar agora!

    ResponderExcluir
  5. Já vi o Nicolas Krassik participando de shows de Beth Carvalho, Edu Krieger, Casuarina e Yamandú Costa. O cara é um gênio do violino!

    ResponderExcluir

Este blog se mudou a partir de 1º de novembro de 2010 para o endereço http://blognotasmusicais.blogspot.com

Mas comentários para postagens antigas continuam bem-vindos, desde que feitos com educação. Abs, Mauro Ferreira