26 de outubro de 2009

'Akokan' evoca o espiritual afro-jazz de Fonseca

Resenha de CD
Título: Akokan
Artista: Roberto Fonseca
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Projetado em escala mundial ao substituir o pianista Rubén Gonzalez (1919 - 2003) em alguns shows do coletivo de Cuba Buena Vista Social Club, Roberto Fonseca logo se impôs como um virtuose do piano. Mais jazzístico do que percussivo, o toque de seu piano transita pelo afro-cuban-jazz com grandes doses de lirismo e espiritualidade, como se detecta em La Flor que No Cuidé e Como en las Películas, dois dos 13 temas do quinto álbum de Fonseca, Akokan, recém-lançado no Brasil pela gravadora Biscoito Fino. Não por acaso, o título do disco significa 'coração' na língua yorubá. Akokan solidifica o estilo do pianista, propagado com força em seu álbum anterior, Zamazu (2007), no qual Fonseca flertava com a música brasileira. Como Zamazu, Akokan abre com cântico religioso ouvido na voz da cantora Mercedes Cortes Alfaro, Fragmento de Misa, saudação do artista à sua mãe. A louvação ao amor materno abre e encerra o álbum na faixa Cuando una Madre Llama a su Hijo, tema-vinheta solado pela voz do pianista. Aliás, embora essencialmente instrumental, Akokan agrega vozes como as do violonista Raul Midón - que entoa em inglês sua canção Everyone Deserves a Second Chance - e da cabo-verdiana Mayra Andrade, intérprete e parceira de Fonseca em Siete Potencias (Bu Kantu), tema que saúda os mortos e os santos protetores, evocando a espiritualidade ancestral que envolve com leveza o belo Akokan.

4 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Projetado em escala mundial ao substituir o pianista Rubén Gonzalez (1919 - 2003) em alguns shows do coletivo de Cuba Buena Vista Social Club, Roberto Fonseca logo se impôs como um virtuose do piano. Mais jazzístico do que percussivo, o toque de seu piano transita pelo afro-cuban-jazz com grandes doses de lirismo e espiritualidade, como se detecta em La Flor que No Cuidé e Como en las Películas, dois dos 13 temas do quinto álbum de Fonseca, Akokan, recém-lançado no Brasil pela gravadora Biscoito Fino. Não por acaso, o título do disco significa 'coração' na língua yorubá. Akokan solidifica o estilo do pianista, propagado com força em seu álbum anterior, Zamazu (2007), no qual Fonseca flertava com a música brasileira. Como Zamazu, Akokan abre com cântico religioso ouvido na voz da cantora Mercedes Cortes Alfaro, Fragmento de Misa, saudação do artista à sua mãe. A louvação ao amor materno abre e encerra o álbum na faixa Cuando una Madre Llama a su Hijo, tema-vinheta solado pela voz do pianista. Aliás, embora essencialmente instrumental, Akokan agrega vozes como as do violonista Raul Midón - que entoa em inglês sua canção Everyone Deserves a Second Chance - e da cabo-verdiana Mayra Andrade, intérprete e parceira de Fonseca em Siete Potencias (Bu Kantu), tema que saúda os mortos e os santos protetores, evocando a espiritualidade ancestral que envolve com leveza o belo Akokan.

26 de outubro de 2009 às 09:42  
Anonymous Diogo ! said...

Em que pese o fato da falta de originalidade nesse combo ' afro-cuban-jazz ',Fonseca é 10 mesmo. Assim como uma dúzia de outros pianistas cubanos como Chucho e Bebo Valdés, Roberto Carcases e supra citadoRubén Gonzalez ...


Não ouvi esse " Akokan " mas o último dele, " Zamazu " é ótimo. E sempre com su mamá,Mercedes Cortes Alfaro !

26 de outubro de 2009 às 12:50  
Anonymous bia said...

Que notícia maravilhosa!
Sou fã do Roberto! Seu primeiro, Zamazu, é uma obra-prima, ousado!
Não vejo a hora de ouvir Akokan (o nome já é sonoro!)
Beijo a todos!
Bia

26 de outubro de 2009 às 13:58  
Blogger Caio said...

Muito bom o som...
Boa dica!
Abrs

28 de outubro de 2009 às 14:55  

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