13 de setembro de 2009

Disco do Tantra com a irmã de Russo é insosso

Resenha de CD
Título: O Fim da Infância
Artista: Carmem
Manfredini & Tantra
Gravadora: LGK Music
/ Som Livre
Cotação: * *

Os primeiros acordes de Luz do Dia, a faixa que abre o CD feito por Carmem Manfredini com o grupo Tantra, dão a sensação de que vai entrar em seguida a voz de Renato Russo (1960 - 1996). Nada a ver com o fato de Carmem ser irmã do mentor da Legião Urbana, mas, sim, com o fato de o álbum O Fim da Infância ter sido produzido por Carlos Trilha, tecladista do Tantra e piloto da discografia solo de Russo. Bem, a despeito de já ter experiência como cantora em Brasília (cidade onde integrou de 1991 a 1997 o Coro Sinfônico Comunitário da UnB e, na sequência, fez parte até 2004 do grupo Spirituals de Porco), Carmem Manfredini tem uma voz tão afinada quanto inexpressiva. Falta aquele algo mais no seu canto, inócuo para uma intérprete que sempre se aventurou pelo blues (e uma das onze músicas do disco, Parábola Blues, evoca esse passado de Carmem). Contudo, verdade seja dita, o maior problema do disco não é o canto apenas correto da vocalista, que faz dueto com o guitarrista Fred Nascimento em Supernovas, mas a irregularidade do repertório inédito assinado pelos músicos do Tantra, grupo formado por Trilha, Fred e o baixista Gian Fabra (três ótimos músicos, diga-se). O destaque absoluto da safra é Mar nos Olhos, de real beleza melódica e poética. Mas ela não é suficiente para tornar o disco sedutor. Para completar, um cover insosso de Virgem - a música de Marina Lima e Antonio Cícero que deu título ao álbum lançado por Marina em 1987 - sinaliza que o interesse do disco se esgota no fato de Carmem ser irmã de Renato Manfredini.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Os primeiros acordes de Luz do Dia, a faixa que abre o CD feito por Carmem Manfredini com o grupo Tantra, dão a sensação de que vai entrar em seguida a voz de Renato Russo (1960 - 1996). Nada a ver com o fato de Carmem ser irmã do mentor da Legião Urbana, mas, sim, com o fato de o álbum O Fim da Infância ter sido produzido por Carlos Trilha, tecladista do Tantra e piloto da discografia solo de Russo. Bem, a despeito de já ter experiência como cantora em Brasília (cidade onde integrou de 1991 a 1997 o Coro Sinfônico Comunitário da UnB e, na sequência, fez parte até 2004 do grupo Spirituals de Porco), Carmem Manfredini tem uma voz tão afinada quanto inexpressiva. Falta aquele algo mais no seu canto, inócuo para uma intérprete que sempre se aventurou pelo blues (e uma das onze músicas do disco, Parábola Blues, evoca esse passado de Carmem). Contudo, verdade seja dita, o maior problema do disco não é o canto apenas correto da vocalista, que faz dueto com o guitarrista Fred Nascimento em Supernovas, mas a irregularidade do repertório inédito assinado pelos músicos do Tantra, grupo formado por Trilha, Fred e o baixista Gian Fabra (três ótimos músicos, diga-se). O destaque absoluto da safra é Mar nos Olhos, de real beleza melódica e poética. Mas ela não é suficiente para tornar o disco sedutor. Para completar, um cover insosso de Virgem - a música de Marina Lima e Antonio Cícero que deu título ao álbum lançado por Marina em 1987 - sinaliza que o interesse do disco se esgota no fato de Carmem ser irmã de Renato Manfredini.

13 de setembro de 2009 às 11:08  
Anonymous Anônimo said...

Não sei o que é pior, se esse cd ou a volta da Legião.

13 de setembro de 2009 às 18:07  

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