18 de julho de 2009

Show 'Acústico' de Paulinho continua majestoso

Resenha de Show - Segunda Visão
Título: Acústico MTV
Artista: Paulinho da Viola (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Canecão (RJ)
Data: 17 de julho de 2009
Cotação: * * * * 1/2
Em cartaz até 19 de julho de 2009

Um ano e meio após sua estreia nacional no Canecão (RJ), em 6 de dezembro de 2007, o Acústico MTV de Paulinho da Viola está de volta à mais tradicional casa de shows do Rio de Janeiro para temporada de duas semanas que se encerra no domingo, 19 de julho de 2009. Sem as cordas da gravação editada em CD e DVD, o compositor revisa sua obra majestosa em traje de gala. Já não há as amarras típicas dos projetos fonográficos da MTV. Mais solto e mais falante do que na estreia, Paulinho se permite alterar o roteiro original com a inclusão de temas como Amor à Natureza, samba-enredo lançado em 1975, pretexto para longo discurso sobre a inspiração do belo samba, pioneiro na adesão à causa ecológica. O repertório também já abriga antigo samba-enredo da escola de samba carioca União de Jacarepaguá, que no Carnaval deste ano homenageou o compositor com o enredo A Toda Hora Rola uma História... com Samba e Chorinho de Paulinho da Viola.
A toda hora rola uma história no palco do Canecão, contada no tempo todo próprio de Paulinho. Pode ser a demora de dez anos para concretizar uma parceria com Eduardo Gudin, Ainda Mais. Ou a tática que resultou em Talismã, primeira colaboração de Paulinho com Arnaldo Antunes e com Marisa Monte. Ou ainda a popularidade de Mauro Duarte (1930 - 1989) no bairro de Botafogo. Paulinho desfia histórias como se estivesse na sala de sua casa. Com intimidade, mas com alguma cerimônia. Às vezes, é até prolixo. Contudo, quando ele canta e toca (alternando-se no violão e no cavaquinho), o tempo é preciso. Seja com a banda (que destaca a flauta de Mário Sève em números como Sinal Fechado), seja quando fica em cena sozinho com seu violão para tirar do seu baú jóias como 14 Anos, Jurar com Lágrimas (na forma breve de uma vinheta) e Coisas do Mundo, Minha Nega. Enfim, seu acústico continua majestoso em cena. E vale ressaltar que o roteiro está mais ajustado, com o irresistível Foi um Rio que Passou em Minha Vida corretamente deslocado para o bis (na estreia, o samba estava meio desperdiçado no roteiro, situado no meio das músicas inéditas). Em cena, Paulinho da Viola faz sua apoteose ao samba (e eventualmente ao choro!!) com a nobreza que lhe é característica.

17 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Um ano e meio após sua estreia nacional no Canecão (RJ), em 6 de dezembro de 2007, o Acústico MTV de Paulinho da Viola está de volta à mais tradicional casa de shows do Rio de Janeiro para temporada de duas semanas que se encerra no domingo, 19 de julho de 2009. Sem as cordas da gravação editada em CD e DVD, o compositor revisa sua obra majestosa em traje de gala. Já não há as amarras típicas dos projetos fonográficos da MTV. Mais solto e mais falante do que na estreia, Paulinho se permite alterar o roteiro original com a inclusão de temas como Amor à Natureza, samba-enredo lançado em 1975, pretexto para longo discurso sobre a inspiração do belo samba, pioneiro na adesão à causa ecológica. O repertório também já abriga antigo samba-enredo da escola de samba carioca União de Jacarepaguá, que no Carnaval deste ano homenageou o compositor com o enredo A Toda Hora Rola uma História... com Samba e Chorinho de Paulinho da Viola.
A toda hora rola uma história no palco do Canecão, contada no tempo todo próprio de Paulinho. Pode ser a demora de dez anos para concretizar uma parceria com Eduardo Gudin, Ainda Mais. Ou a tática que resultou em Talismã, primeira colaboração de Paulinho com Arnaldo Antunes e com Marisa Monte. Ou ainda a popularidade de Mauro Duarte (1930 - 1989) no bairro de Botafogo. Paulinho desfia histórias como se estivesse na sala de sua casa. Com intimidade, mas com alguma cerimônia. Às vezes, é até prolixo. Contudo, quando ele canta e toca (alternando-se no violão e no cavaquinho), o tempo é preciso. Seja com a banda (que destaca a flauta de Mário Sève em números como Sinal Fechado), seja quando fica em cena sozinho com seu violão para tirar do seu baú jóias como 14 Anos, Jurar com Lágrimas (na forma breve de uma vinheta) e Coisas do Mundo, Minha Nega. Enfim, seu acústico continua majestoso em cena. E vale ressaltar que o roteiro está mais ajustado, com o irresistível Foi um Rio que Passou em Minha Vida corretamente deslocado para o bis (na estreia, o samba estava meio desperdiçado no roteiro, situado no meio das músicas inéditas). Em cena, Paulinho da Viola faz sua apoteose ao samba (e eventualmente ao choro!!) com a nobreza que lhe é característica.

18 de julho de 2009 às 13:22  
Anonymous Leo said...

palmas ao Rei.

18 de julho de 2009 às 13:51  
Anonymous Anônimo said...

O Maestro do samba. Samba "classudo". Feito para "rebolar" ou apenas para escutar.

Anônimo, o poeta.

18 de julho de 2009 às 13:54  
Anonymous Anônimo said...

Se Geraldo Azevedo é o Tom Jobim do nordeste, Paulinho é o Villa-Lobos do Samba.

18 de julho de 2009 às 14:25  
Anonymous Anônimo said...

Não entendi porque faltou meia estrela.
Paulinho sempre foi e será 5 estrelas.

18 de julho de 2009 às 14:42  
Anonymous Anônimo said...

Paulinho da Viola não tem classificação de gênero. Quem compõe "Sinal Fechado", depois "Onde a Dor não Tem Razão" e por aí vai é ARTISTA DE TODO GÊNERO. É MESTRE.

18 de julho de 2009 às 14:42  
Anonymous Anônimo said...

SENSACIONAL!!!!!!!!!!!!

18 de julho de 2009 às 17:35  
Blogger Pedro Capistrano said...

Sem comentarios
Artista magnifico

18 de julho de 2009 às 17:56  
Anonymous Anônimo said...

Sinto orgulho de ter nascido no mesmo planeta que ele. Viva Paulinho. Viva o Samba.

Luiz Leite - Belém/PA

18 de julho de 2009 às 20:05  
Anonymous Anônimo said...

Teresa Cristina, nossa Prinsesa do Samba, além da justíssima homenagem, prestou um serviço à MPB quando em seu primeiro trabalho dedicou 2 CDs à obra de Paulinho e o apresentou às novas gerações e até às velhas menos "antenadas" .
Repertório de "sucessos" ou não.
Sucessos está entre aspas porque em se tratando de Paulinho é só detalhe. Tudo que compõe É SUCESSO - para quem tem o bom gosto de ouvir cada nota de sua melodia ou cada sílaba de sua poesia. E concordo com o anônimo anterior. Paulinho faz samba, faz bossa-nova, faz MPB e se tiver de "classificar" é "GÊNERO: PAULINHO DA VIOLA".

18 de julho de 2009 às 20:44  
Anonymous Anônimo said...

Muita gente já deve estar de "saco cheio" destes "acústicos" (eu, inclusive) mas não é que o formato é perfeito para o estilo de Paulinho ? Seu samba é lírico mesmo, tipo música clássica. "TODA REGRA TEM SUA EXCEÇÃO"

18 de julho de 2009 às 21:39  
Anonymous Anônimo said...

Esse "Rio" aí não só passou como represou na minha vida.
TALENTO É POUCO, "NOBREZA" É POUCO, SIMPLICIDADE É POUCO.
Agradeço a EMI - é tanta gente xingando gravadora que merece a reverência - pelo relançamento da obra do Gênio da Viola em CD.

19 de julho de 2009 às 03:09  
Anonymous Anônimo said...

A exceção a regra de que toda unanimidade é burra.

19 de julho de 2009 às 16:47  
Anonymous Anônimo said...

É, mas está faltando muitos cd's a serem remasterizados e relançados. Fico no aguardo e assino embaixo de todos os comentários feitos. Paulinho é simplesmente fodástico (mistura de foda com fantástico). Abraços,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

PS: EMI poderia relançar a obra de outro grande intérprete do samba: Roberto Ribeiro (na minha opinião o MAIOR de todos), que se vivo fosse estaria completando em 2010 70 anos.

20 de julho de 2009 às 08:59  
Anonymous Anônimo said...

Marcelo, que Beth é A MELHOR de todas vou estar sempre fazendo coro com você, mas O MELHOR eu não arrisco não.

20 de julho de 2009 às 20:13  
Anonymous Anônimo said...

rsrs Tá bom! Mas temos grandes intérpretes no samba. Roberto Ribeiro e Paulinho são dois grandes cantores do nosso samba. Abs,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

21 de julho de 2009 às 10:57  
Anonymous Luc said...

Em uma palavra: magnífico!

21 de julho de 2009 às 18:34  

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